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Chamaedorea elegans
Na natureza, não é preciso muito para que as espécies vegetais se desenvolvam bem. Na maior parte das vezes, basta um solo fértil, luz e água na medida certa. Mas a situação é bem diferente quando o objetivo é cultivar plantas ornamentais em ambientes fechados. Nesses locais, onde há maior restrição de luminosidade e de espaço, garantir a vitalidade desses elementos decorativos vivos é um desafio que, para ser superado, requer respeito às particularidades de cada planta.

Garantir perenidade e beleza passa, em primeiro lugar, pela compatibilização entre o ambiente e a espécie que se tenciona plantar. Plantas que se caracterizam por crescer desordenadamente e por raízes agressivas devem ser evitadas, assim como as espécies venenosas, se o local for utilizado por crianças e animais domésticos.

Via de regra, palmáceas, arbustos, folhagens e algumas samambaias e floríferas têm grande capacidade de adaptação. Mas isso não significa que elas possam se comportar bem em qualquer situação. Não adianta, por exemplo, esperar que o lírio da paz (Spathihyllum wallisi) dê flores se está plantada em um local escuro. “Também não dá para colocar bambu-mossô em lavabos ou em halls de elevadores sem janelas, pois estamos falando de uma espécie que precisa de sol pleno”, exemplifica o paisagista Maier Gilbert.

Um dos aspectos mais críticos do cultivo em interiores é justamente a luminosidade. Por isso mesmo, o ideal é que os vasos fiquem sempre próximos às janelas. Também por causa da luz, as espécies que mais tendem a ter sucesso em salas, varandas e cozinhas são as que se desenvolvem à meia sombra ou à sombra. Esse é o caso das palmeiras ráfis (Rhapis excelsa) e leque (Licuala grandis), além das Dracaenas, das Chamaedoreas e das Pleomeles. Além de serem mais tolerantes às restrições do cultivo, algumas dessas espécies trazem ainda outra virtude: colaboram para a melhoria da qualidade do ar interno pela metabolização de compostos químicos, como benzenos, informa o paisagista Jordi Castan Baneras. Se a intenção é cultivar espécies resistentes, que demandem pouca manutenção, a Jibóia (Epipremnum pinnatum) e o Filodendro (Philodendron) também são opções interessantes.

Reposição nutricional
A escolha da espécie a ser cultivada dentro de casa deve se pautar também por aspectos arquitetônicos. É fundamental que a alocação de vasos e jardineiras não atrapalhe a circulação dos usuários e que também não entre em conflito com os demais elementos da decoração.

Outros cuidados necessários para o cultivo bem sucedido em ambientes internos se referem à qualidade do substrato, que precisa contar com boa drenagem. Isso pode ser resolvido com a colocação, sob a terra, de manta sintética (bidim) e argila expandida ou brita. O equilíbrio das regas, sempre de acordo com a necessidade da planta e a evaporação do ambiente, é também um ponto essencial.

A terra, por sua vez, precisa ser bastante fértil, rica em matéria orgânica.“Em ambientes internos a planta não tem a possibilidade de repor seus nutrientes com se estivesse exposta na natureza. Daí a importância do plantio ocorrer em solo fértil, bem como a reposição de adubo e da água periodicamente”, comenta Gilbert.

A dica é adicionar húmus de minhoca ao solo pelo menos a cada seis meses, assim como adubo químico com nitrogênio, fósforo e potássio, que são os macronutrientes das plantas. O nitrogênio (N) favorece a brotação e faz com que a planta fique repleta de folhas brilhantes. O fósforo (P), por sua vez, é necessário para a floração e frutificação. Já o Potássio (K), está relacionado com as funções fisiológicas da planta, favorecendo principalmente raízes, caules e ramos.

Para evitar pragas, recomenda-se, ainda, realizar pulverizações mensais de óleo de nim (planta indiana), eficaz na prevenção contra insetos, assim como a aplicação de fungicidas, como a calda de bordalesa.

Confira outras dicas de cultivo
• Dentro de casa, o local mais indicado para alocar as plantas é próximo à fonte de luz natural, preferencialmente a uma distância menor que 2 m;
• Salas de estar e de jantar, cozinhas e varandas estão entre os locais mais apropriados para o cultivo. Em contrapartida, locais como banheiros, onde há muita umidade e pouca ventilação e insolação, geralmente não oferecem condições para o cultivo de plantas;
• Antes de plantar uma muda, certifique-se de que tamanho ela poderá ficar quando adulta. Também verifique se a planta já está enraizada e se não tem pragas;
• Jamais plante espécies de características diferentes lado a lado. Caso contrário será muito difícil conseguir cuidar de cada uma delas individualmente;
• Para que as plantas durem bastante é recomendável a pulverização periódica de adubo foliar, assim como a adição de adubo orgânico no solo;
• O excesso de água é tão prejudicial à planta quanto a falta de hidratação. Para evitar problemas, uma dica é colocar o dedo na terra para sentir sua umidade. Se ela estiver seca é sinal de que precisa regar;
• Mantenha as plantas venenosas (buxinho, comigo-ninguém-pode e dedaleira, por exemplo) fora do alcance das crianças e dos animais domésticos;
• As plantas não devem ficar muito próximas a saídas de ar condicionado. Isso porque o vento pode ressecar e até queimar as folhas;
• Em hipótese alguma devem ser utilizados agrotóxicos dentro de casa.

Espécies mais recomendadas para uso interno
• Palmeira chamaedorea
• Licuala
• Pleomele verde
• Ráfis
• Palmeira fênix
• Filodendros
• Sagifragas (Lança de Santa Rita)
• Yucca
• Renda portuguesa
• Nolina ou pata de elefante
• Pacová
• Dracena arbórea
• Árvore da felicidade

Espécies mais populares para uso em interiores
Licuala
• Nome popular: Licuala, palmeira-leque
• Nome científico: Licuala grandis
• Origem: Oceania
• Melhor época para plantio: todo o ano
• Quais problemas pode apresentar? A licuala é uma planta de fácil manutenção e adaptação. Mas o excesso de insolação e a falta de hidratação podem comprometer sua vitalidade.
• Cuidados gerais: Esse tipo de palmeira prefere temperaturas amenas e deve ser cultivado à meia-sombra em solo fértil. Seu crescimento é lento, o que contribui para sua adaptação ao ambiente doméstico. Pode atingir no máximo 3 m de altura. Requer fertilização uma vez por mês.

Ráfis
• Nome popular: Palmeira ráfis ou palmeira-rápis
• Nome científico: Rhapis excelsa
• Origem: China
• Melhor época para plantio: todo o ano
• Quais problemas pode apresentar? Quando expostas ao sol pleno, as folhas da ráfis amarelam. Essa planta também pode sofre bastante com a exposição prolongada ao ar condicionado.
• Cuidados gerais: A palmeira-rápis tem crescimento lento. Deve ser cultivada a meia-sombra, em solo fértil e bem drenável. Essa espécie não tolera o encharcamento do solo, por isso, recomenda-se atenção especial à drenagem. A adubação para repor os nutrientes necessários pode ser feita anualmente.

Pleomele
• Nome popular: Pleomele, Dracena-malaia, Pau-d’água
• Nome científico: Dracaena reflexa
• Origem: Madagascar e Ilhas Maurício
• Época das floradas: final do inverno
• Melhor época para plantio: qualquer época do ano
• Quais problemas pode apresentar? O crescimento deve ser monitorado. Caso a planta comece a perder as folhas, pode ser que esteja faltando luz. Quando mudada bruscamente de ambiente, ela pode se ressentir, perdendo parte das folhas.
• Cuidados gerais: A pleomele deve ser cultivada preferencialmente sob meia-sombra ou luz difusa e em solo fértil e drenável. Deve ser fertilizada quinzenalmente durante a primavera e verão. As regas devem acontecer sempre que o solo estiver seco. Em regiões com muita evaporação, a irrigação precisa ser diária.

Mais plantas para ambientes internos
- Palmeiras pinangas (Pinanga khulii), que não gostam da incidência de sol direta, e lírio da paz gigante (Spathiphyllum ortogiesii sensation.
- Bambu da sorte, a Dracaena sanderian, essa espécie é muito valorizada pelo Feng Shui por trazer energia positiva.
- O musgo (Selaginella kraussiana) deve ser cultivado sob sombra ou meia-sombra em substrato leve. Em vasos, pode ser aproveitado em composição com outras plantas ou sozinho.
- Pimenteiras. A planta, famosa por eliminar mau olhado, é também muito ornamental e requer cultivo em pleno sol.
- Orquídea falenópsis (Phalaenopsis). Essa espécie precisa ser cultivada à meia-sombra.
- A palmeira licuala (Licuala grandis) deve ser mantida em solo fértil e úmido.
- A palmeira ráfis (Rhapis excelsa) é uma das plantas que melhor se adapta a ambientes com pouca luz. Essa espécie precisa de solos com boa drenagem.
- Rústica e de fácil cultivo, a pleomele (Dracaena reflexa) é recomendada para purificação do ar em interiores, a planta é eficiente na remoção de compostos tóxicos do ar.
- A árvore da felicidade (Polyscias guilfoylei) é ideal por humanizar o ambiente e pela facilidade de manutenção. A planta recebe água apenas uma vez por semana.
- Exótica e escultural. Assim é a dracena de Madagascar (Dracaena marginata), indicada para uso em ambientes internos. Essa espécie é resistente e fácil de manter, mas que não tolera ventos fortes.

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O desbaste, é o processo no qual nós escolhemos as melhores plantas no canteiro, arrancando as piores, deixando um espaço entre plantas próximo ao recomendado.

Arranque as plantas certas
O importante do desbaste é que a maioria das plantas estejam espaçadas umas das outras, na distância recomendada. Essa etapa depende muito do bom senso de quem faz. É claro, damos preferência em manter as plantas que estão mais fortes.

Arranque as plantas escolhidas, puxando-as lentamente pela base.

Regue após o desbaste
O desbaste é um processo que pode quebrar um pouco as raízes das plantas que permanecerão na nossa horta. Para que as plantas se recuperem rapidamente, é recomendável que reguemos a horta logo em seguida.

abelinha

flores-rosas

Um jardim bem cuidado requer uma manutenção adequada.

As roseiras, por exemplo, devem ser podadas com a chegada da estação mais fria do ano.

Confira algumas dicas para deixá-las sempre bonitas.
- Com um alicate de poda, corte os galhos menores bem rentes à gema principal.

- Os mais velhos (aqueles mais grossos) devem ser cortados com o serrotinho.

- Nos galhos que foram cortados, conte três gemas e corte 1 cm acima da terceira.

- Já nos locais onde não foram cortados, conte cinco gemas e corte 1,5 cm acima.

- Repita o procedimento até que fique um pequeno arbusto.

barrinha de vasinhos

folha
Para que mostrem sempre uma aparência de viço e frescor, as plantas precisam ser bem cuidadas. Mas isso não significa submetê-las à irrigação adequada, à nutrição balanceada ou à exposição à correta luminosidade. Assim como nós, as plantas também precisam de um bom trato no visual. Os vegetais fabricam seu próprio alimento num processo chamado fotossíntese, que depende basicamente das folhas e da incidência de luz. É nas folhas que está a clorofila, que elabora o alimento. É também nelas que se localizam os estômatos, buraquinhos microscópicos por onde a planta troca gás carbônico por oxigênio, e vice-versa.

É por isso que as folhas precisam estar sempre limpas e livres de qualquer poeira. Em grandes centros urbanos, onde a poluição atmosférica pode chegar a níveis inaceitáveis, essa limpeza deve ser feita com maior freqüência, pois os resíduos poluentes podem obstruir os estômatos, sufocando a vegetação.

Para cada tipo, um cuidado
As folhas, em geral, não têm muitos estômatos na face superior. Uma camada de poeira, contudo, pode reduzir a absorção da luz. Assim, elas devem ser cuidadosamente limpas no verso e reverso.

As grandes folhas cerosas ou brilhantes (seringueira ou schefflera, por exemplo) devem ser limpas com uma esponja embebida numa solução de água fria com algumas gotas de detergente biodegradável. Nunca use cerveja, leite ou vinagre para limpá-las. E jamais passe óleo de soja, amendoim ou oliva para dar-lhes brilho. O óleo pode entupir os estômatos. Bem tratadas, as plantas costumam apresentar um bonito brilho natural.

As folhas aveludadas dos cactos, das suculentas e de espécies como as gloxínias e violetas devem ser escovadas cuidadosamente, para retirar-lhes o pó, com uma escova de cerdas macias, como as usadas para pentear os bebês.

Já as plantas de folhas pequenas, ou em grande quantidade como algumas espécies de samambaias, árvores da felicidade, cissus, murta e tantas outras, devem ser limpas com a pulverização generosa de água sobre suas folhas.

linha de flores