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Posts para categoria ‘Invasoras’

oxalis pes-caprae

Características de plantas invasoras
• Crescem rápido: usam uma alta quantidade de água;
• Excelente adaptação climática;
• Apresentam um curto intervalo entre floração e germinação;
• Perenes, geneticamente poliplóides .
• Apresentam estruturas para dispersão, e germinam em quase todos os substratos úmidos sem uma fertilização específica;
• Alta dormência;
• Alta longevidade;
• Alta produção e produção contínua;
• Faz ótimo uso dos nutrientes do solo.
Nas pequenas coleções elas praticamente não ocorrem, devido a facilidade da extração manual, mas nas grandes e orquidários comerciais, são responsáveis por perda de plantas, atraso no desenvolvimento, e aumento dos custos de produção devido á maior necessidade de adubação, irrigação e mão de obra.

Os vasos podem ser invadidos por três grupos de plantas
1 – Invasão por espécies ocasionais, quando nas proximidades do orquidário existem plantas produtoras de sementes que são levadas até os vasos pelos pássaros, vento ou qualquer outra forma. Normalmente são árvores, arbustos, frutíferos ou ornamentais e as cultivadas economicamente. Evitá-las é simples, basta melhorar a vedação do orquidário ou afastar as plantas matrizes próximas.

2 – Na infestação involuntária o próprio orquidófilo é o responsável. Desconhecendo problemas que poderá ter no futuro, introduz no orquidário vasos de outras plantas ornamentais que produzem esporos ou sementes. Estes no recinto com ambiente propicio infestam os vasos de orquídeas. As principais invasoras deste grupo são as samambaias, begônias e maria-sem-vergonha. As samambaias ornamentais produzem grande quantidade de esporos que permanecem nos vasos por muito tempo e germinam gradativamente. As outras espécies germinam durante todo ano. Para evitar este grupo, deve-se primeiramente retirar as plantas ornamentais do orquidário e eliminar manualmente dos vasos de orquídeas as infestantes, antes que produzam mais sementes.

3 – Neste grupo estão as espécies invasoras especializadas, adaptadas as mesmas condições de desenvolvimento das orquídeas. São introduzidas involuntariamente por vasos infestados ou uso de substrato contaminado. São mais prejudiciais, difíceis de serem eliminadas, propagam-se com grande intensidade, perenes e apresentam um período muito curto para iniciar a produção de sementes. No inicio ocorrem em apenas um vaso, mas depois se propagam rapidamente para os mais próximos, e quando são percebidas já causam algum dano, e extirpá-las demanda horas de trabalho.

Principais interferências
1 – Concorrência por nutrição.
As orquídeas são plantas que necessitam de nutrição equilibrada, sendo a florada diretamente proporcional ao estado nutritivo da planta. Os nutrientes macro e micro são absorvidos em pequenas quantidades lentamente durante o ciclo anual de desenvolvimento. A presença de plantas invasoras nos vasos, com sistema radicular e exigência nutricional, qualitativa e quantitativamente diferentes das orquídeas causa um desequilíbrio nos vasos. Em consequência desta nutrição desbalanceada, muitas nem chegam a florir ou se florescem, as flores são menores de curta duração e por vezes mal formadas.

2 – Concorrência por água
As plantas invasoras possuem um índice de utilização de água muitas vezes superior ao das orquídeas. Por terem um sistema radicular muito ramificado e mais eficiente na absorção, secam rapidamente o substrato, reduzindo a disponibilidade de água para as orquídeas. Alem disto contribuem para a diminuição da umidade relativa do ambiente. Dependendo do tipo de vaso as plantas invasoras podem obstruir o orifício de drenagem, causando o acumulo de água e a morte das raízes da orquídea.

3 – Concorrência pela luz
Problema que ocorre com maior frequência nos vasos coletivos, com orquídeas ainda em pequeno porte. As invasoras cobrem literalmente as mudas que, privadas da intensidade de luz ideal, não se desenvolvem, morrem ou ficam debilitadas e não florescem.

4 – Pragas e doenças.
Plantas sadias e bem nutridas sabidamente são mais resistentes a doenças. As invasoras contribuem para a manutenção de colônias de formigas, responsáveis pela introdução de cochinilhas e pulgões nas orquídeas. Estes insetos são sugadores produzindo a porta de entrada de outras doenças.

5 – Eficiência do substrato.
Os substratos que se decompõem com o tempo, tem sua durabilidade reduzida. As raízes das invasoras retiram os nutrientes do meio e aceleram o processo de decomposição. Um xaxim por exemplo tem sua vida util reduzida pela metade, e ainda durante o arranquio das invasoras são retirados porções de substrato.

6 – Danos mecânicos.
Durante o processo de retirada das invasoras dos vasos podem ocorrer varios danos mecânicos. Os mais frequentes são a quebra dos brotos, inflorescências, botões e raizes novas. As raizes maduras também podem ser danificadas pela retirada do velame, produzindo porta de entrada para fungos e bactérias. Dependendo do caso até mesmo a orquídea pode ser arrancada do vaso.

7 – Estética.
Ao observarmos uma orquídea queremos apreciar a beleza da planta e não um jardim botânico em miniatura. A presença destas ervas nos vasos denota desleixo e em exposições pode ser um contaminante.

8 – Mão de obra.
O orquidário infestado exige grande esforço para controlar as espécies indesejadas, tempo que poderia ser dedicado aos diversos cuidados que as orquídeas exigem.
Nos orquidários comerciais os proprietários tem sua produção diminuída. A interferência nos vasos coletivos, a demora no acabamento do lote para venda, maior necessidade de replantes, adubos e substratos, levam a uma diminuição nas margens de lucro. Orquidófilo conhecedor destes problemas não adquire vasos com plantas invasoras.

Como evitar:
Como já vimos são duas as principais vias de entrada das invasoras em nosso orquidário. A principal são as orquídeas adquiridas com vasos contaminados. As infestantes estão bem adaptadas ao meio e em pouco tempo produzem frutos que amadurecem e expelem sementes em todas as direções. Em pouco tempo os vasos vizinhos estarão colonizados. Tem se sugerido um local para quarentena.
Outra via de entrada é o substrato contaminado. A qualidade e a procedência devem ser conhecidas, principalmente quando se transplantam grandes quantidades ao mesmo tempo. No caso de sementes invasoras é recomendável que o substrato seja esterilizado.

Como eliminar
As plantas invasoras devem ser eliminadas tão logo sejam observadas. Quando jovens, as raízes são pouco desenvolvidas e devem ser pinçadas sem causar danos ao substrato e às raízes das orquídeas. Quando o sistema radicular estiver desenvolvido e fibroso, o método de pinçar pode causar danos; as raízes invasoras devem ser cortados logo abaixo da superfície do substrato e a extração deve ser feita com cuidado. Nas infestações mais severas como por brilhantina, fica mais fácil e econômico substituir todo o substrato, transplantando a orquídea para outro vaso ou esterilizando o mesmo (micro ondas). A muda de orquídea deve ser escovada e lavada para retirar todas as sementes e fragmentos que podem estar a ela aderidos. As bancadas devem ser lavadas e escovadas.

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brilhantina

Brilhantina – (Pilea microphylla)
Esta é mais importante invasora de vasos de orquídeas e vasos ornamentais. Éé originária das regiões tropicais da América. Seu nome popular está relacionado com as pequenas folhas brilhantes. Essa espécie possui variedades cultivadas como ornamentais de porte e folhas maiores. A Brilhantina é uma planta perene e não passa dos 20 cm de altura. Herbácea com ramos rasteiros, muito ramificados e com extremidades ascendentes. Folhas e ramos carnosos e quebradiços; e qualquer fragmento do ramo pode enraizar e dar origem a novas plantas. Seus frutos são cápsulas que ao abrirem lançam grandes quantidades de sementes pela redondeza do vaso, e sua infestação aumenta rapidamente. As sementes germinam sobre bancadas, paredes e até sobre as bainhas das orquídeas. A planta é quebradiça mas as raízes são fibrosas, e muitas vezes ao serem arrancadas se rompem logo acima do substrato e a planta rebrota em poucos dias. Quando o vaso está intensamente infestado é mais fácil e econômico trocar todo substrato, lavando-se bem a planta e o vaso (o vaso pode ser colocado no micro ondas, na temperatura máxima por 3 min,, ou colocá-lo com água numa panela de pressão) para livrá-los das sementes da brilhantina.

Oxalis corniculata

Trevinho ou Azedinha – (Oxalis corniculata)
Tem origem na Região do Mediterrâneo na Europa. Encontradas preferencialmente em lugares úmidos ou frescos, sendo consideradas “pragas” nos jardins. Planta perene, estolonífera ( planta com caule horizontal emitindo raízes e folhas na vertical) ramificando na base e nos nós. Suas características variam muito, ser pilosa ou lisa, estolões (talos) com entrenós curtos ou longos, folhas verdes ou avermelhadas, entre outras características.
Multiplica-se por sementes ou pos talos. Apresenta flores amarelas e frutos em cápsulas, e estas quando amadurecem, por meio de um mecanismo de adaptação, elevam-se sobre as folhas e se abrem violentamente, espalhando sementes a vários metros de distância. A azedinha possui dois tipos de raízes, uma pivotante que tem origem na semente, de desenvolvimento vertical e descendente, para o interior do substrato, são fibrosas e muitas vezes também carnosas; outras são fasciculadas e tem origem nos nós dos estolões (talos). No solo os estolões se desenvolvem apenas na superfície, mas nos substratos dos vasos ele pode se desenvolver tanto na superfície como no interior do substrato envolvendo as raízes e rizoma da orquídea. O trevinho é de crescimento vigoroso e exigente em nutrientes, sua infestação esgota em pouco tempo as reservas do substrato. Sua remoção deve ser realizada cortando-se as raízes logo abaixo dos nós ou abaixo da superfície e com muito cuidado que por serem fibrosos e estar entrelaçadas com as raízes das orquídeas, podem danificá-las ou deslocar volumes de substratos consideráveis.

Crianças costumam mastigar as folhas de algumas espécies deste gênero devido ao sabor levemente azedo e agradável decorrente da presença de oxalato de potássio. O oxalato de potássio origina o ácido oxálico, o qual é responsável pela toxidez do gênero.
O ácido oxálico, em sua forma solúvel, irrita as mucosas do estômago e do intestino quando ingerido. Esta irritação desencadeia vômitos, diarréia e dor abdominal. Uma vez no trato gastrintestinal, o ácido oxálico será rapidamente absorvido e reagirá com o cálcio cerco, formando oxalato de cálcio insolúvel.
Esta reação levará á duas graves conseqüências: hipocalcemia e depósito de oxalato de cálcio nos rins.
A hipocalcemia leva a uma violenta estimulação muscular tetânica, podendo causar distúrbios cardíacos e neurológicos. A deposição do oxalato de cálcio nos rins obstrui os canais, causando lesões renais por alteração da função tubular.
Apesar das sérias conseqüências que as intoxicações por oxalato de cálcio podem ocasionar estas só acontecem após a ingestão de grandes quantidades do vegetal. A digestão é lenta e, por isso, os primeiros sintomas (náusea, vômitos e diarréia) demoram a aparecer. O abdome pode apresentar-se distendido e volumoso devido aos gases de fermentação do material vegetal não digerido. Sintomas graves característicos da intoxicação com altas doses de oxalato de cálcio, como distúrbios cardíacos e neurológicos, raramente ocorrem.
O tratamento pode ser iniciado com lavagem gástrica e medidas provocativas de vômitos. Os distúrbios gastrintestinais são tratados sintomaticamente com administração de, antiespasmódicos e analgésicos.

Musgos-e-liquens
M
usgos
As várias espécies de musgos também podem ser consideradas plantas invasoras. Embora não sejam agressivas com relação á retirada de nutrientes, formam uma barreira que dificulta a penetração de água no interior do substrato.
A presença de musgo em grande quantidade sobre a superfície do vaso denuncia que o substrato se encontra decomposto, necessitando de substituição.

Cardamine bonariensis
Agriãozinho – (Cardamine bonariensis)
Muito semelhante ao agrião, espécie hortaliça consumida em saladas. Apesar de ser nativo da Europa, está bem aclimatado em nosso meio. Planta anual, ereta, sem pelos, tenra, pouco ramificada, com tamanho entre dez e 20 cm de altura. Folhas alternas são recortadas e as ramificações só aparecem depois que a planta inicia o florescimento. Tem crescimento vigoroso e precoce, surgindo flores brancas antes dos 30 dias da emergência. Os frutos se abrem violentamente, espalhando sementes em todas as direções.
Das plantas invasoras o Agriãozinho apresenta menor resistência para ser retiradas do vaso; seu sistema radicular é menos fibroso e pouco desenvolvido. Apesar disto são muito eficientes em retirar nutrientes do substrato. Sua agressividade está na precocidade e na grande quantidade de sementes que produz. É uma das espécies vegetais que tem um dos menores períodos para completar um ciclo, da emergência até a maturação dos frutos.

Phyllanthus tenellus
Quebra pedra – (Phyllanthus tenellus)
Originário do Brasil, é frequentemente encontrado infestando vasos de orquídeas e plantas ornamentais; habita lugares úmidos. Planta anual, ereta e pouco ramificada podendo atingir 50 cm de altura, folhas oblongas ou ovaladas, os frutos são cápsulas que arremessam as sementes ao se abrirem. O desenvolvimento da planta é rápido e o sistema radicular é ramificado e fibroso. Não precisa ser arrancada do vaso para ser eliminada, basta cortá-la junto á superfície do substrato, que não rebrota.
O nome quebra pedra vem do fato desta planta estar quase sempre nas quinas das pedras e do folclore popular de que é planta medicinal que tem o efeito de “quebrar cálculos renais”. Estudos científicos demonstraram que não há quebra dos cálculos renais mas talvez o impedimento de seu surgimento.

Hydrocotyle_pusilla
Cairuçu-mirim – (Hydrocotyle pussila)
Espécie nativa do sul do Brasil, tendo sido introduzido nos orquidários através se substrato contaminado e de mudas de orquídeas terrestres retiradas da natureza sem os devidos cuidados. Planta de caule filiforme, rasteira, ramificada, folhas arredondadas de bordos denteados com cerca de 1 cm de diâmetro. Inflorescência axilar mais curta que o pecíolo das folhas. Frutos elípticos, com sementes que germinam sobre o substrato. Muito agressiva, em pouco tempo forma um verdadeiro tapete verde sobre o substrato. Depois desta fase é mais fácil e econômico substituir o substrato.

Cyperus_rotundus
Tiririca, junça ou “barba de bode” – (Cyperus rotundus).
São introduzidas nos vasos através de substratos ou materiais contaminados. Anuais ou perenes. As anuais germinam, florescem e produzem sementes em uma só estação. As perenes têm órgãos de armazenamento subterrâneos, geralmente rizomas, que possibilitam seu crescimento por muitos anos. Elas podem se reproduzir tanto através de sementes quanto pela extensão do rizoma, do qual crescem plantas filhas.

Nephrolepis polypodium
Samambaia -  (Nephrolepis polypodium)
Planta cosmopolita tropical com ciclo de vida perene, introduzidas nos orquidários por substratos, vasos contaminados, e a proximidade com estas plantas que emitem esporos de longa resistência que são levados pelo vento e pássaros.
As samambaias são em geral plantas herbáceas, rizomatosas com folhas longas, subdivididas em folíolos que podem ser lisos ou rendados. De coloração verde, com diversas tonalidades, podem ser mais eretas ou mais pendentes dependo da espécie e variedade. Normalmente formam touceiras volumosas, demonstrando sua bela textura. Apresentam tamanhos muito variados, para todos os gostos e ambientes. A iluminação ideal para as samambaias em geral é a meia-sombra, salvo em algumas exceções. São plantas rústicas e que não gostam de frio. Os vasos devem ser irrigados frequentemente, porém devem ser bem drenados.

lago

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A Oxalis pes-caprae é uma pequena planta que forma densos tapetes verdes, pontilhados de belas flores amarelas e que se encontra por quase todo o lado,  desde Janeiro até ao inicio da Primavera. O impacto visual é de grande beleza.

Mas, cuidado, trata-se de uma planta invasora!

A Oxalis pes-caprae é vulgarmente conhecida por azeda, azedinha, trevo-azedo, azedinha-amarela, erva-azeda-amarela. erva-canária, erva-mijona, entre outros nomes

É uma planta vivaz que se reproduz através de um bolbo profundamente enterrado no solo. A parte aérea da planta, que morre no fim da época de floração para voltar a surgir no início do ciclo, é um tufo formado por caules muito juntos, com cerca de 20 cm de altura encimados por flores de pétalas amarelas. As folhas são em forma de trevo, com 3 folíolos em forma de coração.

Produz muitos bolbilhos que facilmente se fragmentam e dispersam, aumentando assim a sua distribuição e originando extensas colônias onde domina, competindo com as espécies nativas. Prefere as terras cultivadas e sítios descampados, sobretudo em solos argilosos, mas também invade as áreas naturais.

Com o aproximar da noite, e a falta de luz, as flores da Oxalis pes-caprae fecham-se, para reabrirem no dia seguinte, quando o sol  vai alto e as aquece. O mesmo acontece quando há vento fresco, pois as flores parecem friorentas.
Pertence à família botânica das Oxalidaceae, sendo que as plantas desta família são tóxicas se ingeridas em grandes quantidades. A intoxicação é decorrente da formação de oxalato de cálcio, a partir do ácido oxálico solúvel presente nas folhas. A ingestão desencadeia primariamente vômitos, diarréia e dores abdominais, resultantes da ação irritante do ácido oxálico nas mucosas digestivas e intestinais. O quadro pode ser agravado pelo desencadeamento da hipocalcemia e de lesões renais.  Em miúdos, todos nós ou pelo menos a maioria, já experimentámos sugar os pecíolos das folhas e nos deliciamos com a acidez do suco.  Em vista do acima exposto, convém recomendar moderação aos apreciadores.

A Oxalis pes-caprae é originária da África do sul, tendo sido introduzida em Portugal possivelmente com fins ornamentais. Pode dizer-se que foi um sucesso pois a plantinha  adaptou-se extremamente bem ao nosso clima. Na realidade, Portugal é reconhecido mundialmente como o país da Europa com melhores condições climáticas (clima mediterrânico com influências atlânticas) para o desenvolvimento de plantas invasoras.

Sobre as plantas Invasoras
A invasão biológica por espécies exóticas é considerada a segunda maior causa da perda de biodiversidade, sendo apenas ultrapassada pela destruição dos habitats. Estas espécies denominadas invasoras ocorrem um pouco por toda a parte, e de forma tão frequente que chegamos a pensar que são espécies nativas.

Muitas plantas exóticas foram introduzidas no nosso país quer como plantas ornamentais, quer para controlo da erosão ou exploração florestal. As plantas foram comercializadas durante anos, acabaram por se naturalizar e de repente demo-nos conta que se tornaram invasoras. Infelizmente espécies não nativas continuam a ser importadas, especialmente ao nível de plantas ornamentais.

No entanto, nem todas as espécies introduzidas se tornam invasoras.

As espécies exóticas tornam-se invasoras quando têm a capacidade de aumentar muito as suas populações, sem a intervenção humana, ameaçando a sobrevivência das espécies endêmicas, chegando a sufocá-las até à morte, nos casos mais graves. Estas espécies tornam-se excepcionalmente competitivas devido a múltiplos fatores, sendo um deles  a falta dos inimigos naturais que existiam no seu habitat de origem.

Por outro lado, há espécies introduzidas que se aclimatam naturalmente e se mantêm dentro de certos limites, sem ameaçar as espécies nativas e até contribuindo para aumentar a biodiversidade da área. A estas chamamos plantas naturalizadas, podendo as mesmas permanecer estáveis e com uma população em equilíbrio, durante muito tempo, ou mesmo para sempre. Muitas delas tornaram-se indispensáveis na nossa alimentação. Os pessegueiros, por exemplo, têm origem na China, os tomates são nativos dos Andes, as abóboras, milho e batata vieram das Américas, apenas para citar alguns casos.
No entanto, também pode acontecer que, através de algum fenômeno natural ou não, se originem clareiras ou espaços desocupados (por exemplo através de um fogo ou desmatamento), que estimule o aumento da sua distribuição, podendo assim a espécie vir a tornar-se invasora.

abelinha

vatisonia

Nome Científico: Watsonia meriana
Nomes Populares: palminha-rosa ou palminha, vatisônia
Origem: África do Sul

Planta herbácea, perene, entouceirada, de porte médio, ereto, atingindo de 50 a 90 cm de altura. As folhas são longas, laminares, verde-claras e coriáceas. Suas flores são rosas com nuances lilás que se formam durante a Primavera. Os frutos são do tipo cápsula deiscente. Forma cormos e cormilhos.

Quem vê se apaixona logo de cara, pouco usada no Brasil, esta bela espécie desperta suspiros aos amantes da natureza.

Muito ornamental, é uma planta que possui um visual interessante também quando não está florida, já que suas folhas, bem verdes e longas, criam um efeito interessante.

Deve ser cultivada a pleno sol, em solos ricos em matéria orgânica, permeáveis e com irrigação periódica. É uma espécie de fácil cultivo. Desenvolve-se bem em regiões com temperaturas amenas.

Multiplica-se por divisão de touceiras ou cormos e cormilhos.

Usada em jardins como bordadura ou plantada próximo a muros, paredes e grades. Também pode ser utilizada para plantio em conjunto com outras espécies.

Curiosidades: possui um visual atrativo mesmo quando não está florida, já que suas folhas verdes e longas criam um belo efeito.

É considerada de fácil cultivo, com irrigação periódica e como adubação dê preferência a o uso de humus de minhoca

É considerada planta invasora na Nova Zelândia e Ilhas Mauricio.

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