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Posts para categoria ‘Cercas Vivas e Arbustos’

lilás

Os lilases são uma das flores mais bonitas que a natureza nos oferece e, por isso, ter um espaço repleto de lilases significa transformar esse espaço num paraíso do qual nunca mais vai querer sair.

Não só a cor, mas os lilases preenchem o espaço com o seu aroma agradável, para que os seus sentidos sintam prazer, convidando-o a viver uma experiência inigualável. Apesar de sua beleza indiscutível, os lilases são flores humildes e pouco exigentes, tanto que você ficará surpreso ao saber como é fácil cultivá-los e cuidar deles.

A planta lilás ou lilo
O lilás ou lilás, como quiser chamá-lo, só tem um ponto contra: teremos que esperar a primavera para desfrutar de suas maravilhosas flores com suas cores e fragrâncias. Mas a espera vale a pena, porque quando o lilás é bem cuidado e floresce, o faz com gratidão.

Os lilases vêm de um arbusto, que atinge de 2 a 6 m de altura, dependendo do espaço disponível e dos cuidados dispensados. Produz folhas em formato de coração, de um lindo verde escuro que acompanham a flor, porque as folhas também são lindas por si mesmas e, além disso, duram até o outono.

lilás

Origem do Lilás
A planta lilás tem origem na Ásia e também é comum encontrá-lo em países da Europa. Apesar de suas origens, não são muito mais exigentes do que qualquer outra planta.

Digamos que o seu cultivo tenha uma dificuldade moderada, ou seja, não é tão simples como cuidar de uma suculenta, mas com um pouco de atenção e dando-lhe as condições adequadas, podemos tê-la no nosso jardim sem muitas complicações.

Variedades de Lilases
Apesar do nome, existem diferentes variedades lilases e nem todos são desta cor. Por exemplo, temos o Syringa vulgaris Madame Lemoine, cujas flores são cor branca.

Syringa vulgaris Madame Lemoine

Depois há os Syringa vulgaris Sensação, com flores que apresentam dois tons de cor, roxo e lilás, mais escuros e mais claros nas bordas. E por fim, há o Seringa vulgar Katherine Havemeyer, que quando floresce nos deixa lindos exemplares em tons lilases-púrpura que também chamam a atenção.

Syringa vulgaris Sensação

Syringa vulgaris Katherine Havemeyer

É bom saber disso porque, dependendo da variedade, o lilás pode crescer mais ou menos e você terá que conhecer a espécie específica que está plantando, sobretudo, para ver onde colocá-lo em termos de espaço que o arbusto vai precisa crescer.

Como é a propagação dos lilases
Você pode propagar lilases por sementes ou através de estacas. Geralmente este último é o método mais utilizado. Se você optar por usar estacas, terá evitado o processo mais longo e tedioso de esperar o aparecimento da muda.

Não é que tudo seja fácil quando você decide plantar a muda, mas pelo menos a planta já surgiu e você pode observar seu crescimento. É uma planta que, a priori, está prosperando, embora possa entrar em colapso se não for bem cuidada.

Você pode conseguir as mudas com um vizinho, conhecido, fazendeiro ou loja especializada. Ou, se você tem um lilás, aproveite para propagar e ampliar sua família lilás para que seu jardim fique ainda mais bonito.

Devem ser mudas verdes e, ao cortá-los, deve-se deixar pelo menos quatro botões. Remova todas as folhas que estejam pelo menos na metade do corte. Seria positivo se você também mergulhasse o corte em uma fórmula que promove o enraizamento, para que, no momento do plantio, possam enraizar-se bem no solo.

Por outro lado, o melhor a hora de plantar lilos é na primavera. Então aproveite esses momentos de boa temperatura para propagar seus lilases.

Syringa vulgaris Katherine Havemeyer22

Onde colocar mudas de lilás
Tenha isso em mente: o lilo precisa de muito sol, então você deve procurar um espaço onde o sol incida diretamente por pelo menos 6 horas por dia. E, por outro lado, a temperatura deve ser mantida em torno de 22º-24ºC.

Também é importante que a planta tenha espaço, pois se não tiver espaço suficiente para crescer sua colheita pode fracassar. Tenha isso em mente se você tiver outras culturas próximas e mesmo se estiver plantando várias mudas de lilás, não coloque-as muito próximas.

Como regar suas mudas de lilás
Um aspecto tão importante quanto plantar mudas de lilás corretamente e fazer onde recebe sol significa regá-la, principalmente nos primeiros meses de vida, até que a planta esteja bem crescida e mais forte. Pulverize com água para manter a umidade constante, mas não muito, pois é preciso evitar mofo.

lilás

Solo
O solo onde você planta seus lilases deve ser rico em nutrientes. Você pode conseguir isso aplicando um bom fertilizante. Especialmente um fertilizante rico em minerais durante a época de floração. Isso fará com que cresçam flores cada vez mais bonitas. Lembre-se que este período se estende desde a primavera até o mês de junho.

Por outro lado, é de vital importância a drenagem e que seja bem arejada, para que não produza acúmulo de água e, com ela, apareçam mofo e pragas ou, pior ainda, raízes apodrecem do lilás

Tenha cuidado porque as raízes do mudas de lilás, elas podem levar até quatro semanas para aparecer, então o cuidado e os mimos com a planta devem ser extremos durante esse tempo de espera. E, obviamente, seja paciente.

Propague lilases por meio de sementes
Se você decidir recorrer ao sementes para propagar lilases, é uma boa ideia aplicar fertilizante, porque é uma planta que realmente não precisa, mas vai ajudar a semente a se firmar e a se desenvolver mais cedo e com mais sucesso.

borboletas amarelas

Nerium oleander

Ainda que esta não seja uma típica planta de interiores, decidi destacá-la, como um alerta, visto que se trata de uma espécie frequentemente utilizada no paisagismo de condomínios residenciais, empreendimentos comerciais, e mesmo nas calçadas e praças públicas.

O Nerium oleander, popularmente chamado de espirradeira, é altamente tóxico. O contato com sua seiva de aspecto leitoso pode causar irritações na pele, além de um grande desconforto gástrico, caso alguma parte da planta seja ingerida acidentalmente.

No entanto, a fama assustadora que o oleandro carrega tem lá suas pitadas de exagero. Chamada por muitos de a planta mais venenosa do mundo, a espirradeira não causa maiores problemas, caso seja manuseada com cuidado e mantida longe do alcance de crianças pequenas e animais domésticos.

Deve-se apenas evitar a ingestão ou o contato com o látex que o Nerium oleander costuma liberar, quando algum segmento de seu tecido vegetal é seccionado.

Estão presentes na seiva da espirradeira as substâncias químicas oleandrina e neriantina, assim nomeadas como derivações do nome científico da planta, Nerium oleander. Estes compostos pertencem a um grupo de moléculas ativas denominadas cardenolídeos, esteroides capazes de exercer uma série de efeitos no tecido cardíaco.

O interessante é que estes compostos químicos podem apresentar, ao mesmo tempo, propriedades terapêuticas ou venenosas, dependendo da dosagem e da forma de sua utilização. Ainda assim, o mais comum é que ocorram relatos de acidentes decorrentes do contato de humanos ou animais de estimação com a seiva tóxica do oleandro.

Também há registros de que a ingestão da espirradeira era utilizada como uma forma de tentativa de suicídio, durante a antiguidade, muito embora sejam raríssimos os casos de mortes causadas por esta planta.

oleandro-nerium

A espirradeira faz parte da família botânica Apocynaceae. É uma planta de porte arbustivo, mas que pode atingir cinco m de altura, assumindo o aspecto de uma arvoreta. A espécie Nerium oleander é nativa de países localizados ao norte do continente africano, na porção leste da região do Mediterrâneo, como em Portugal, assim como no sul da Ásia.

Ainda que seja uma planta exótica, aqui no Brasil, a espirradeira adaptou-se muito bem aos climas tropical e subtropical do país, sendo amplamente cultivada devido às suas características ornamentais.

Ainda que a espirradeira com flores rosadas seja a mais comumente encontrada, também existem variedades capazes de produzir flores brancas, amarelas ou mais avermelhadas. Suas pétalas podem ser simples ou dobradas. As florações do oleandro costumam acontecer durante os meses mais quentes do ano, na primavera e verão.

O aspecto vegetativo do Nerium oleander também é bastante ornamental, com folhas alongadas e lanceoladas. Existem variedades na versão variegata, além daquelas de menor porte, que são ideais para coberturas e varandas ensolaradas de apartamentos.

Sob estas condições domésticas de cultivo, é importante que o oleandro seja plantado em um vaso grande, com abundante espaço para o desenvolvimento das raízes. O espaço disponível para estas estruturas influenciará na altura e diâmetro da copa que o arbusto poderá atingir.

Além de espaçoso, o vaso precisa ter furos no fundo e uma boa camada de drenagem, geralmente montada com argila expandida. No entanto, pode ser utilizado qualquer material particulado, como cacos de telha, brita ou pedrisco.

Ainda que seja uma planta bastante rústica e resistente, a espirradeira irá se desenvolver melhor se cultivada em solo rico em matéria orgânica. O aspecto e coloração da folhagem ficarão mais atraentes, sob estas condições de cultivo. É importante que a terra não seja muito compactada. Solos aerados e facilmente drenáveis são os ideais para o cultivo do oleandro.

Nerium oleander7

O Nerium oleander é um arbusto capaz de sobreviver a longos períodos sem ser regado, principalmente quando é plantado em áreas externas, diretamente no chão.

Em calçadas, jardins e praças públicas, as plantas são mantidas pela própria natureza, que se encarrega de irrigá-las com a água das chuvas. No cultivo doméstico, principalmente em vasos e áreas cobertas, as regas devem ser mais frequentes quando a planta é jovem, ou quando a muda for recém-plantada. Posteriormente, pode-se espaçar mais a frequência das irrigações, principalmente durante o inverno.

Ainda que a espirradeira não seja muito exigente quanto à adubação, suas florações podem ser incentivadas com a aplicação de um fertilizante mais rico em fósforo.

Existem formulações próprias para espécies floríferas, à venda em lojas de jardinagem ou mesmo em supermercados. Para uma maior praticidade, pode-se misturar grânulos de adubo que apresentam liberação lenta, ao solo em que o oleandro é plantado.

O Nerium oleander irá produzir mais flores se for cultivado sob sol pleno, em áreas externas. Em varandas de apartamentos, as variedades anãs precisam receber o maior número possível de horas de sol por dia, para uma floração mais consistente.

Espirradeira9

Tanto o crescimento como a forma do oleandro podem ser controlados através de podas periódicas. Este é um arbusto que se presta à arte da topiaria, por exemplo.

No entanto, é importante que estes procedimentos sejam realizados com equipamento adequado de proteção, como luvas e óculos, visto que sua seiva leitosa pode causar irritações na pele e mucosas. Após as podas, os ramos cortados podem ser utilizados como estacas, para a propagação da espirradeira.

Tomando-se os devidos cuidados, o Nerium oleander pode ser cultivado sem maiores problemas. Sua rusticidade, facilidade de manutenção e rápido crescimento, aliados à beleza e variedade das flores, justificam a popularidade do oleandro como planta ornamental, principalmente em áreas externas, sob sol pleno.

Além disso, as variedades de menor porte podem trazer cor e alegria para apartamentos, em varandas mais ensolaradas.

primavera (2)

Ixora coccínea

Utilizada em paisagismo de áreas externas, em empreendimentos comerciais, condomínios residenciais, e até mesmo em canteiros nas calçadas, é popularmente conhecida como ixória, icsória ou ixora.

Ainda que seja uma clássica planta de ruas e jardins, a ixora pode ser cultivada em vasos, dentro de casas e apartamentos, desde que receba bastante luminosidade.
Outro local ao qual a ixora se adapta muito bem, principalmente a mini ixora, é a sacada do apartamento, desde que esta seja bem ensolarada. A Ixora coccinea também vai muito bem em jardineiras, localizadas na parte externa das janelas de casas e apartamentos.

No entanto, é preciso escolher a variedade com cuidado, já que há espécimes capazes de ultrapassar os dois metros de altura. O ideal é adquirir as formas mais compactas, para estes locais de cultivo, como a ixora anã. Esta versão também é perfeita para ser cultivada em interiores, plantada em vasos menores.

Os diferentes tipos de ixora pertencem à família botânica Rubiacea as ixoras são plantas originárias do continente asiático, sendo que a espécie Ixora coccinea é nativamente encontrada em países como Índia, Bangladesh e Sri Lanka.

Em países de língua inglesa, a ixora é popularmente conhecida como chama da selva, graças ao intenso colorido avermelhado ou alaranjado de suas flores, que, de fato, parecem incandescentes.

ixoracoccinea

Além destas cores, também podemos encontrar ixoras com flores amarelas ou rosadas. Um tom que eu acho particularmente bonito é este mostrado na foto de abertura, acima, que corresponde à variedade chamada de ixora coral.

Por ser um arbusto bastante resistente e aceitar podas frequentes, a ixora presta-se à composição de jardins mais formais, nos quais as plantas são usadas como bordaduras retangulares ou moldadas através da topiaria.

No entanto, como esta é uma planta que floresce a partir das extremidades dos caules, as podas de formação irão diminuir a produção de flores. Caso o objetivo seja priorizá-las, convém evitar este tipo de poda, limitando-se a retirar galhos mais antigos, improdutivos.

A ixora aprecia temperaturas mais elevadas, visto que se trata de uma planta de origem tropical. Sendo assim, este arbusto não se dá bem em regiões onde ocorrem geadas, por exemplo. Em países de clima temperado, com invernos rigorosos, a ixora é protegida em estufas ou dentro de casa, durante esta estação.

Ainda que as flores da ixora possam surgir ao longo de todo o ano, é durante a primavera e verão que a planta atinge o apogeu de suas florações. Durante os meses mais frios do ano, o metabolismo da planta entra em um ritmo mais lento. Por este motivo, deve-se evitar fazer podas ou plantar estacas, neste período do ano.

Ixora coccínea3

É interessante salientar que as diferentes estruturas vegetais da ixora, caule, folhas, flores e frutos, não são tóxicas caso ingeridas acidentalmente por crianças ou animais de estimação. Claro que é sempre aconselhável evitar o consumo de plantas ornamentais.

A ixora é um arbusto de fácil cultivo. É comum encontrarmos canteiros nas calçadas repletos destas plantas, nas mais diferentes cores, sem que qualquer esforço extra de manutenção seja realizado. Tanto nas ruas como em jardins, as ixoras meio que se viram bem, sem nossa intervenção.

No entanto, quanto a ixora anã é trazida para dentro de casa, ou colocada em vasos e jardineiras, em varandas, alguns cuidados devem ser tomados. Como existe uma quantidade limitada de solo, e a mini ixora geralmente não recebe a água da chuva, nestes locais, as regas precisam ser efetuadas com frequência. A ixora é uma planta que consome bastante água, mas não pode ficar com o substrato encharcado.

Por ser uma planta tropical, a ixora aprecia solos ricos em matéria orgânica, que apresentem um pH mais ácido. O substrato precisa ser fértil, rico em nutrientes, porém aerado e facilmente drenável, para evitar o acúmulo da água das regas.

Estes substratos prontos, próprios para a jardinagem amadora, à base de terra vegetal adubada, são apropriados para o cultivo da ixora.

Ixora-amarela

Para que a floração venha sempre abundante, é importante complementar a adubação com uma fórmula mais rica em fósforo, a letra P do NPK. Existem adubos próprios para o estímulo da floração, à venda em lojas especializadas.

Por uma questão de praticidade, o cultivador pode optar por grânulos de liberação lenta, misturados ao substrato, no momento do plantio.

Além da adubação, outro fator crucial para que a ixora floresça regularmente é a luminosidade. Idealmente, esta é uma planta para ser cultivada sob sol pleno, em áreas externas.

Dentro de casas e apartamentos, é importante que ela receba o maior número de horas de sol possível. Janelas face norte são as ideais para o cultivo desta planta. Existem, ainda, algumas variedades de ixora que são mais propícias para o cultivo em ambientes internos, mais sombreados.

Como é grande o número de híbridos de ixora, sempre existem alternativas para todos os ambientes de cultivo, com cores e tamanhos variados.

A propagação da ixora é bastante tranquila, realizada através do plantio de estacas. Pode-se aproveitar o material remanescente das podas para a produção de novas mudas. É importante que este procedimento seja feito no início da primavera, com o aumento das temperaturas, e o consequente metabolismo mais ativo da planta.
Ixora coccínea9
Sendo possível escolher entre ixoras vermelhas, amarelas, e até mesmo a ixora coral, considerando que podemos plantá-las na calçada, sob sol pleno, ou dentro de casa, em vasos, e tendo à disposição exemplares de diferentes tamanhos, grandes, compactos, ou ainda menores, como a mini ixora ou ixora anã, torna-se bastante difícil ficar indiferente a tanta beleza e versatilidade.

Qualquer que seja o ambiente de cultivo, há sempre uma ixora ideal para abrilhantá-lo, com sua explosão de flores, capazes de ostentar um colorido quente e tropical, e que ainda apresentam o diferencial da atração de borboletas e beija-flores.

chuva no mar

Abutilon striatum9

A lanterna chinesa, também conhecida como lanterna japonesa, é uma flor produzida por um arbusto, cujo nome científico é Abutilon striatum. Ao contrário da maioria das plantas, que costumam ser cultivadas dentro de casas e apartamentos, a lanterna chinesa é mais apropriada para áreas externas, desenvolvendo-se melhor sob sol pleno. Ainda assim, é possível cultivá-la em apartamentos, em sacadas e coberturas ensolaradas.

Apesar do apelido, a lanterna chinesa é produzida por uma espécie tipicamente tropical, originária do continente americano. As diferentes espécies do gênero Abutilon fazem parte da família Malvaceae, a mesma do hibisco (Hibiscus) e do baobá (Adansonia digitata).

O Abutilon striatum pode ser encontrado no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Em território brasileiro, a lanterna chinesa faz parte da vegetação da Mata Atlântica.

Quando bem cultivado, um exemplar de lanterna chinesa fica repleto de delicadas flores pendentes,  alaranjadas com veios vermelhos, balançando como brincos ao vento. Suas florações podem acontecer ao longo de todo o ano, mas concentram-se nos meses mais quentes do ano, durante a primavera e verão.

A flor da lanterna chinesa é conhecida por atrair beija-flores e borboletas. É muita beleza e delicadeza para uma planta só. Ainda que algumas pessoas conheçam a lanterna chinesa como brinco de princesa, o mais comum é que este apelido seja atribuído às fúcsias, do gênero botânico Fuchsia. As folhas da lanterna chinesa são recortadas, lembrando as do bordo (gênero botânico Acer).

Este é um arbusto que pode atingir grandes proporções, chegando aos 4 m de altura. No entanto, no cultivo doméstico, é mais comum encontrarmos exemplares de menor porte. A lanterna chinesa é uma planta bastante versátil, podendo ser cultivada em jardins, plantada diretamente na terra, ou em vasos.

Devido à natureza flexível de seus longos ramos, esta planta pode ser cultivada sob a forma pendente, em vasos suspensos, ou em treliças, como uma trepadeira. A lanterna chinesa fica perfeita em varandas de apartamento, ajudando na composição de jardins verticais.

Além de belíssima, a flor da lanterna chinesa é comestível, de modo que ela pode ser considerada uma representante do grupo das PANC (plantas alimentícias não convencionais).

Além da espécie Abutilon striatum, nome científico da lanterna chinesa, outros membros do gênero Abutilon produzem flores comestíveis. Elas podem ser consumidas cruas ou cozidas, sendo comumente utilizadas em saladas e na decoração de bolos.

Abutilon striatum1

Durante o preparo dos pratos com a flor da lanterna chinesa, é aconselhável retirar os estames, para evitar problemas em pessoas alérgicas ao pólen. É importante fazer uma boa higienização de flores coletadas de plantas cultivadas em áreas urbanas, já que elas costumam ficar impregnadas com resíduos de poluição.

Não por acaso, a espécie Abutilon striatum, da lanterna chinesa, é parente dos diversos tipos de hibiscos, do gênero Hibiscus, cujas flores também são comestíveis. As flores e frutos de Hibiscus costumam ser utilizadas na culinária japonesa, em conservas. Além disso, o famoso chá de hibisco é produzido com as pétalas das flores desta planta.

A lanterna chinesa é uma planta bastante rústica e resistente. Nativa da Mata Atlântica, ela está habituada a solos férteis, ricos em matéria orgânica, mantidos sempre levemente úmidos. O Abutilon striatum aprecia elevados níveis de umidade relativa do ar, como ocorre nas florestas tropicais, que constituem seu habitat de origem.

Por isso, é importante que a lanterna chinesa seja regada com frequência, principalmente se cultivada em vasos. Jardineiras localizadas na parte externa das janelas de apartamentos, bem como varandas de andares mais altos, costumam ser atingidas por ventos constantes, o que retira a umidade do ambiente.

Portanto, o cuidado com a frequência das regas deve ser redobrado, nestes ambientes de cultivo. O solo precisa estar levemente úmido, constantemente, sem encharcamentos.

Uma vez que a espécie ocorre em uma vasta região, que abrange o sul da América do Sul, até o Uruguai, a lanterna chinesa pode tolerar temperaturas mais baixas. Em regiões de climas muito quentes, é aconselhável proteger a planta do sol intenso, incidente nas horas mais quentes do dia.

Esta é uma planta que não irá se desenvolver muito bem dentro de casas e apartamentos, devido à falta de luminosidade. Sob estas condições de cultivo, é mais difícil que suas florações ocorram, sendo elas o principal atrativo da lanterna chinesa.

Para garantir que o Abutilon striatum fique repleto de flores com o formato de lanternas chinesas, é importante adubar este arbusto com uma formulação mais rica em fósforo.

Existem fertilizantes específicos para a estimulação da floração, do tipo NPK, com uma concentração maior do elemento químico P (fósforo). Para uma maior praticidade, a lanterna chinesa pode ser plantada com um solo no qual este adubo já é misturado, sob a forma de grânulos de liberação lenta.

Abutilon striatum3

A lanterna chinesa pode ser facilmente propagada através do método de estaquia. Basta cortar alguns ramos da planta, preferencialmente aqueles que apresentem um menor grau de lignificação, sendo mais macios, e plantá-los em um outro vaso.

Uma substância enraizadora pode ser utilizada, para acelerar o desenvolvimento da nova muda. Para aumentar as chances de sucesso, este procedimento deve ser feito no início da primavera, com a elevação das temperaturas, aproveitando o metabolismo mais acelerado da planta.

Durante esta fase inicial de desenvolvimento da lanterna chinesa, é importante que a muda fique em um local mais sombreado, protegido do sol direto, e seja regada com mais frequência.

Ainda que não seja a escolha ideal para ambientes internos, a lanterna chinesa dá um show de versatilidade, seja no jardim, em floreiras externas, ou em sacadas e coberturas de apartamentos. Trata-se de uma ótima opção ornamental para valorizar a flora nativa brasileira.

pétalas ao vento