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Capaz de causar surpresa e encantamento no mais experiente botânico, algumas das variedades mais raras de plantas têm características únicas para adaptar-se aos seus habitats, por vezes inóspitos. Da espécie mais resistente do mundo, passando por plantas dançarinas e fétidas e belas flores gigantes. Conheça algumas plantas mais incomuns e com a aparência mais estranha do planeta.

Welwitschia mirabilis: A planta mais resistente do mundo.
Ela não é bonita de se olhar, mas esta planta comum na Namíbia é realmente um dos tipos mais curiosos encontrados na natureza. Não há realmente nada parecido. A Welwitschia tem em apenas duas folhas e um caule robusto com raízes. Duas folhas que continuam a crescer até se parecerem à juba de uma criatura da ficção científica.
Ao invés de ganhar altura, seu caule engrossa e pode chegar a quase dois metros de altura e oito metros de largura. Sua vida útil estimada é de 400 a 1,5 mil anos. Ela pode sobreviver por até cinco anos sem chuva. A planta conhecida por ser muito saborosa e é conhecida por ‘Onyanga’, que significa cebola do deserto.

Welwitschia mirabilis
Dionaea muscipula: a Vênus carnívora
Ela é a mais famosa de todas as carnívoras, devido à natureza única, ativa e eficaz das suas armadilhas. Mas, além de famosa ela também é ameaçada de extinção. A planta tem duas folhas articuladas cobertas de uma penugem e ultra sensível que detecta a presença de tudo, desde formigas a aracnídeos. A armadilha se fecha em menos de um segundo.

Dionaea_muscipula
Rafflesia arnoldii: A flor mais larga do mundo
Ela é uma das plantas mais exóticas e raras do mundo, mas você provavelmente não vai querê-la no seu jardim. Apesar de bela, ela é a maior flor do mundo e, quando está florida, dela desprende um odor fétido semelhante à carne podre. Por essa característica ela é conhecida como ‘planta cadáver’ pelos nativos da Indonésia, seu país de origem.
Recentemente catalogada na família Euphorbiaceae, a Rafflesia arnoldii pode ter um metro de diâmetro e pesar de 6 a 11 kg. Ela é bela, salpicada de flores e tem uma cor vermelho ferrugem.
Suas flores duram apenas três dias por semana e esse cheiro desagradável que produz atrai insetos polinizadores que a ajudam a perpetuar a espécie. Mas apenas 10 ou 20% das mudas sobrevivem. Com alguma sorte, em nove meses ela floresce.

Rafflesia arnoldii

flores-em-série4

Ipomoea horsfallia

As trepadeiras não possuem um caule ou um tronco suficientemente firmes para se susterem de pé. Por esse motivo, desenvolvem-se junto ao solo, criando raiz até encontrarem um ponto de apoio – um muro ou uma planta. Ao trepar, as plantas podem alcançar mais luz ou “fugir” dos predadores.

São plantas aventureiras e oportunistas. Algumas são anuais e vivem apenas durante uma estação de crescimento, enquanto outras, perenes, asseguram uma presença constante no jardim. Cobrem geralmente muros e vedações, mas podem combinar-se com outras plantas, oferecendo resultados interessantes. Podem ser plantadas em vasos, sobre estruturas ou simplesmente sobre uma cerca. Plantar trepadeiras sobre um edifício pode ajudar a realçar a sua beleza ou a esconder alguns aspectos mais desagradáveis.

Por que escolher uma trepadeira?
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Num jardim pequeno, as trepadeiras podem revestir muros, poupando espaço;
- Servem de cobertura a edifícios ou outras estruturas e produzem um efeito escultural sobre árvores velhas ou mortas;
- Podem plantar-se sobre bonitas estruturas, como arcos, pérgolas, caramanchões, túneis e obeliscos, ou simples estacas;
- Crescem sobre outras plantas, de forma a florir em épocas diferentes, criando efeitos originais.

Características a saber, na escolha das plantas
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Se são de sol ou sombra;
- Folhagem caduca ou perene;
- A altura que alcançará;
- O método de trepar;
- Se precisa ser atada ou não;
- Se há necessidade de suportes;
- Se não é demasiado vigorosa para os suportes que escolheu;
- Se não vai danificar a fachada da casa ou muro ou bloquear as calhas;
- Cores folhagem e flores, perfume.

Métodos de trepar
Gavinhas nas hastes –
Passiflora, Vitis
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Apresentam estruturas, que podem ser folhas ou ramos modificados, capazes de se enrolar no suporte, permitindo assim a fixação e ascendência da planta.

Crescimento vertical – Bouganvilllea, Jasminum, Rosa, Rubus, Solanum
Apesar de não serem trepadeiras, podem ser conduzidas sobre diversos suportes, desde que bem tutoradas e amarradas. Durante o crescimento, os seus ramos iniciam eretos e pendem após atingir certo comprimento.

Ventosas adesivas – Parthenocissus
Ótimas para revestir muros, este tipo de trepadeira emite diretamente do caule, raízes modificadas que penetram e fixam no suporte, com muita aderência.

Pecíolos – Clematis, Tropaelum
Sebes, vedações

Hastes flexíveis pouco apertadas – Cucúrbita
Muros

Hastes flexíveis muito apertadas – Actinidia, Campsis, Jasminum, Lonicera Wisteria
Caules e ramos jovens são capazes de se enrolar na estrutura, durante o crescimento da planta.

Raízes aéreas – Campsis, Cucurbita, Hedera, Fícus
Ótimas para revestir muros, este tipo de trepadeira emite diretamente do caule, raízes modificadas que penetram e fixam no suporte, com muita aderência.

Gavinhas nas folhas - Falsa-vinha ou hera-de-inverno (Partenocissus tricuspidata)
Esta bela trepadeira pode proporcionar o fechamento total de muros.

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Nos cuidados específicos das principais carnívoras, é importante antes, falarmos sobre o substrato usado para o cultivo.
O solo deve ser basicamente pobre em nutrientes, de pH baixo (ácido). A exceção fica por conta de algumas espécies de Pinguicula, que necessitam de pH alto. Não há exatamente um consenso entre os cultivadores no que diz respeito ao substrato que deve ser usado.

Alguns utilizam a mistura de pó de fibra de coco e musgo (do gênero Sphagnum) em partes iguais; outros preferem uma mistura de: pó de de fibra de coco, musgo e areia em partes iguais.
Para eles, a areia melhora a drenagem do solo, tornando-o mais próximo do tipo de solo do habitat natural de algumas carnívoras.

A areia deve ser de rio e não do mar (pois contêm muitos sais, prejudiciais a estas plantas). Esta areia deve ser bem lavada, até que a água escorra de cor clara. Com o passar do tempo (em média 2 a 3 anos), o musgo se decompõe, sendo necessário replantar a carnívora em um novo substrato.

Tanto o pó de fibra e coco como o musgo são ser encontrados em lojas de produtos para jardinagem.

dionéia
Dionéia:
Necessita de muita luz, calor e umidade. O ideal é mantê-la em um local onde receba um pouco de sol direto por dia. Recomenda-se manter o substrato sempre úmido, regando duas vezes ao dia ou mantendo o vaso em um pratinho com água (sempre sem cloro). Não há necessidade de adubações.
Para obter novas mudas: Retirar mudas laterais que se formam com o tempo e plantar em outro vaso. Outro método simples é retirar uma folha saudável, sem a parte da “boca”, e deixá-la deitada em um vaso com a mistura descrita acima. Mantenha num local sem luz direta, com o substrato sempre úmido até surgirem novas mudinhas. A multiplicação por sementes e por meristema são métodos bem mais complicados para serem realizados em casa.

Drosera
Droseras:
Conhecidas popularmente como droseras, elas possuem um líquido parecido com cola que cobre suas folhas e atrai os insetos pelo do seu odor. Os cuidados são os mesmos recomendados para as dionéias, resumindo-se em muita luz, calor e umidade. Não há necessidade de adubações.
Para obter novas mudas: As droseras se multiplicam com muita facilidade por meio de sementes que se soltam quase o ano todo. Só é necessário colocar as mudas novas em outros vasos preparados com o substrato.

sarracênia psittacina
Sarracênias:
Os cuidados são os mesmos recomendados para as dionéias e droseras. Não há necessidade de adubações.
Para obter novas mudas: As sarracênias multiplicam-se por meio da divisão de touceiras. A nova muda deve ser plantada num vaso pequeno preparado com o substrato.

Nepenthes alata x ventricosa
Nepenthes:
A Nepenthe é uma das poucas plantas carnívoras que se adapta à meia-sombra: gosta de local sem sol direto, mas com muita luminosidade. Recomenda-se regá-la de duas a três vezes por semana. Embora existam controvérsias, alguns cultivadores indicam uma adubação mensal com uma mistura de farinha de osso com torta de mamona.
Para obter novas mudas: A multiplicação é feita por meio de estacas: corte um pedaço de 15 cm da planta com 2 a 3 folhas. Espete 5 cm da estaca para dentro do substrato.

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Quando estamos junto ao mar, em zonas no litoral e temos de planear um jardim, muitas vezes somos confrontados com algumas dificuldades: que plantas escolher uma vez que o ar do mar (salitre) pode queimar ou danificar seriamente as plantas que não estejam perfeitamente adaptadas. Quais são essas plantas?

Se formos passear à beira mar verificamos que de fato também lá existem jardins, então o que temos de fazer é observar que tipo de plantas são utilizadas e mais importante, verificar se as plantas que estão nesses jardins se encontram de boa saúde e se estão bem adaptadas. Há casos em que as plantas foram mal escolhidas e acabam por morrer ou definhar.

Abaixo segue uma listagem de plantas e respectivas características que estão perfeitamente adaptadas às zonas marítimas.

O tamarix (Tamarix gallica) é um arbusto/árvore que tem uma floração espantosa, cor de rosa e é muito utilizado para formar cortinas corta vento. É especialmente resistente ao ar do mar. É muito usado em programas contra a desertificação.

tamarix gallica

O pitosporum (Pitosporum tobira) é também bastante resistente ao ar do mar e pode ser plantado mesmo na primeira linha do mar. A floração é pouco vistosa, mas sente-se a vários metros de distância.

Pittosporum_tobira
O metrosidero (Metrosidero excelsa) é uma árvore de grande porte. A floração é abundante de um vermelho vivo. É a espécie mais resistente ao salitre. Será comum encontrar e observar espécimes plantados mesmo sobre a areia. A árvore quando adulta pode emitir raízes aéreas (adventícias) que podem mesmo chegar ao solo formando uma espécie de lianas grossas e muito densas.

Metrosiduselsa

O acer (Acer pseudoplatanus) é uma espécie caduca que tolera muito bem o ar do mar. É também super resistente aos ventos e inclusive à poluição.

Acer_Pseudoplatanus

O crataegus vulgar (Crataegus spp.) é um arbusto resistente ao ar do mar. As suas flores são semelhantes às das rosas silvestres (pertence à família das rosáceas), e com as suas bagas vermelhas podem ser confeccionadas diversas receitas.

Crataegus

O pinheiro larício (Pinus nigra) é outra espécie bem adaptada aos climas marítimos. É uma conífera que mantém as suas agulhas durante todo o ano.

Pinus_nigra

O chorão das praias (Carpobrotus edulis) é muito resistente e foi introduzido no litoral europeu com o objetivo de estabilização de taludes e dunas, devido à sua rápida proliferação foi posteriormente considerada uma invasora. Os seus frutos servem de alimento a diversos animais contribuindo assim para a sua proliferação noutras zonas mais distantes do mar.

chorão das praias (Carpobrotus edulis)

Esta espécie não deve ser utilizada nem propagada.

Outras plantas para zonas maritimas: Quercus ilex, Pinus radiata, Atriplex, Elaeagnus, Olearia, Pyracantha, Senécio, Ulex, etc.

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