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Nome científico: Myrciaria glazioviana
Família: Mirtáceas
Nome comum: cabeludinha
Origem: Brasil (nativa dos estados do Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais e de São Paulo)

Características
Arbusto perene de 2 a 4 metros de altura, nas partes novas nota-se a presença de pêlos brancos (penugem), forma uma copa bonita e compacta.
As folhas são verdes, coriáceas, alongadas com 6 a 11 centímetros de comprimento, formadas dois a dois e opostas nos ramos, a nervura principal é saliente na face inferior e as margens do limbo recurvadas para baixo. O pecíolo (haste liga o limbo foliar ao caule) é curto.
As flores são brancas, pequenas, hermafroditas (têm os dois sexos na mesma flor), autoférteis, formadas em grande quantidade, em gluméluras e axilares (região da inserção da folha no ramo). O florescimento ocorre no período de maio a junho.
Os frutos maduros são globosos, casca grossa, cor amarela-canário, a polpa é translúcida, suculenta, doce e levemente ácida (adstringente). Em cada fruto contem 1 a 2 sementes grandes.

As condições favoráveis ao bom desenvolvimento e frutificação são: clima ameno a quente, solos férteis ricos em matéria orgânica e boa disponibilidade de água durante o ano. A propagação é feita por sementes e pode ser feita por enxertia. Existem materiais mais produtivos que outros, bem como no tamanho e no sabor dos frutos.

Produção e produtividade: o início da frutificação ocorre 2 a 4 anos após o plantio no local definitivo. Não existe informação sobre a produtividade, pois a planta é pouca conhecida pelo grande público e não muito difundida no meio rural.

Utilidade: o fruto é comestível ao natural, apresenta um sabor agradável, levemente ácido e muito rico principalmente em vitamina C. Pode ser usado no preparo de sucos e geléias. A planta, pela sua bela arquitetura, pode ser usada nos trabalhos de paisagismo de praças, jardins e na recuperação da vegetação de áreas degradadas.

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amarílis (Hippeastrum hybridum.)

Onde comprar?
Você pode comprar excelentes bulbos em garden-centers, floriculturas e pela internet. As lojas online costumam ser bem especializadas e por não necessitarem expor os produtos em prateleiras, eles ficam bem armazenados e cuidados. Além disso, este tipo de negócio depende muito da confiança e do marketing boca a boca, e costuma enviar produtos de qualidade para conquistar seus clientes. Ao comprar neste tipo de loja você tem chance de planejar sua compra no conforto da sua casa e muitas vezes pode negociar e encomendar quantidades maiores por e-mail ou telefone.

Evite adquirir bulbos em supermercados e lojas de departamentos. Mesmo que sejam de boa procedência, os bulbos nestes locais ficam mal armazenados e tendem a desidratar, apodrecer e mofar com muita rapidez. Além disso, raramente os bulbos velhos e estragados são removidos das prateleiras e dos estoques. Outra alternativa bastante duvidosa são os sites de leilão. Apesar de interessante à primeira vista, este tipo de comércio de bulbos pode apresentar uma série de irregularidades. A mais freqüente diz respeito à qualidade dos bulbos, que muitas vezes são refugos (lotes velhos ou de bulbos pequenos). Outra, também comum, é a venda de bulbos importados ilegalmente, que têm seu desenvolvimento comprometido, pois não foram aclimatados ao nosso país, e podem carrear uma série de doenças e pragas exóticas, já que não passaram pelo período de quarentena e fiscalização agrícola.

Como escolher?
Se você tiver a oportunidade de escolher os bulbos pessoalmente, use o bom senso e escolha da mesma forma que seleciona legumes e frutas. Pegue o bulbo nas mãos e verifique se está firme, pesado, sólido, sem pragas, cortes, partes amolecidas, manchadas, mofadas, com brotações pálidas e longas de raízes e folhas, ou exsudando líquidos. Leve em consideração que alguns bulbos são naturalmente mais macios, como os bulbos de mini-amarílis. Outros precisam necessariamente ser cortados, como os rizomas em geral. A túnica (casca que recobre os bulbos) deve estar íntegra de preferência.

As dálias em especial podem conter alguns tubérculos murchos e secos, que nada mais são que os tubérculos mãe que foram gerados no ano passado. Por ser necessária a preservação de uma pequena porção do caule nas dálias, às vezes não é possível remover estes tubérculos murchos do conjunto, o que não compromete a saúde geral dos outros tubérculos novos. Dálias, angélicas, alguns amarílis, alpínias, bulbines, lírios-do-brejo entre outros bulbos tropicais vêm com brotações, o que não compromete o sucesso do seu cultivo. Este fato é bem freqüente em bulbos que estão saindo do período de dormência, ou que são perenes naturalmente, ou seja, não perdem as folhas em um período do ano e permanecem em atividade vegetativa mesmo no ponto de venda. Bulbos com brotações são viáveis, mas não devem ser comprados para armazenar, eles precisam ser plantados o mais breve possível.

Quando comprar?
Uma dúvida freqüente é sobre a época de compra dos bulbos. A resposta depende do tipo de bulbo e da região do país em que você se encontra. A maioria dos bulbos no Brasil pode ser adquirida o ano todo, pois são plantas tropicais que não precisam de período de dormência e deste modo estão sempre disponíveis no mercado. Isso inclui todo tipo de antúrio, alpínia, lírio-do-brejo perfumado, helicônia, bastão-do-imperador, gengibre ornamental, caládio, cana, moréia, trevo-da-sorte, etc. No sul do país, assim como em regiões de altitude do sudeste, é conveniente plantar bulbos tropicais na primavera e verão, para que as primeiras brotações não se ressintam com o frio. Alguns bulbos anuais são sensíveis a geadas, mas podem ser plantados mesmo assim, pois você pode protegê-los com um plástico, caso tenham brotado antes da primavera.

Bulbosas de clima subtropical, ou até mesmo algumas de clima temperado, que já estão aclimatadas ao nosso país, podem ser plantadas em regiões tropicais sem problemas. Salvo aquelas que não toleram calor excessivo, a maioria brotará e florescerá, sendo que algumas poderão perenizar, florescendo posteriormente ou não, enquanto outras vão definhar por serem anuais. A experiência é sempre válida e você não precisa abrir mão de tê-las no jardim, mas precisa aceitar o fato de algumas vão se adaptar, enquanto outras não.

Nos estados com inverno mais marcado pelo frio, será possível cultivar bulbos que necessitam de vernalização. Alguns bulbos, como os lírios-asiáticos, narcisos e gladíolos precisarão de mais tempo plantados para quebra de dormência, ou armazenamento em câmara fria, pois são anuais e a temperatura no inverno pode não ser suficientemente baixa para induzir uma rápida brotação. Outros, como tulipas e jacintos, permanecem sem aclimatação para nosso país, mas podem ser cultivados como anuais sem problemas.

O principal fato que devemos ter em mente é que a maioria dos bulbos podem ser comprados e plantados o ano todo. Mas algumas espécies anuais podem não brotar tão rápido, pois entram em dormência logo que são colhidos. Outros bulbos podem florescer apenas uma vez, o que significa que devem ser tratados como anuais, e serão adquiridos a cada ano, sendo descartados após a floração (ou enviados a um amigo que mora no sul). Na dúvida pesquise, se informe, pergunte, estude as espécies desejadas. Aqui não existem as regras impostas pela estações do ano nos países de clima frio, por isso pode parecer confuso à primeira vista, mas é maravilhoso. Você pode ter certeza que temos condições de cultivo e uma ampla variedade de bulbosas tropicais e subtropicais invejada por jardineiros do mundo todo.

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bulbos

Ao se falar em bulbos, ou plantas bulbosas, nos vêm a mente belas plantas como tulipas, gladíolos, amarílis, íris, dálias, canas-de-jardim, caládios, etc. Alguns são bulbos verdadeiros, nos corretos termos botânicos, enquanto outros não. Apesar disso, em jardinagem e paisagismo, o termo bulbo é usado para descrever uma grande variedade de plantas geófitas e seus órgãos subterrâneos de armazenamento, incluindo bulbos, cormos, rizomas, tubérculos e raízes tuberosas.

Alguns destes órgãos são caules modificados, enquanto outros são raízes engrossadas. Embora sejam estruturalmente diferentes, todos os bulbos armazenam alimento para as plantas sobreviverem durante uma estação inóspita e crescerem em estações subseqüentes, ou para emitirem novas brotações, ou para se reproduzirem assexuadamente, aumentando uma população de plantas.

Bulbos
Um bulbo verdadeiro consiste de um caule e folhas adaptadas ao armazenamento. O caule é basal e comprimido em uma forma achatada ou cônica, denominada prato. Suas folhas são modificadas, suculentas e preenchidas com substâncias de reserva. Narcisos, tulipas, jacintos e cebolas são bulbos tunicados, cujas folhas são justapostas em camadas, umas sobre as outras, e as folhas mais externas ficam secas e marrons, formando uma túnica entorno do bulbo. Da base dos bulbos tunicados, surgem bulbilhos (bulbos pequenos), que podem ser separados para formar novas plantas.

Lírios têm bulbos escamosos, cujas folhas também se sobrepõem, porém de maneira mais frouxa, com textura mais suculenta e sem formar uma túnica. Neste caso, a separação delicada das escamas gera novas plantas.

Cormos
O cormo é um caule inchado e modificado para armazenar alimento. Geralmente ele é arredondado, sendo achatado na parte superior e levemente côncavo embaixo. Ele freqüentemente apresenta uma casca amarronzada, não muito diferente da túnica do bulbo verdadeiro.

Ao ser cortado, no entanto, o cormo tem um aspecto sólido. Da sua base, surgem jovens pequenos cormos, que produzirão novas plantas. Os exemplos de cormo conhecidos são o gladíolo e a babiana.

Rizomas
O rizoma é também um caule inchado, que cresce horizontalmente na superfície do solo ou de forma subterrânea. Das suas extremidades surgem brotações que originarão a parte aérea da planta, suas folhas e flores.

As raízes são produzidas na parte de baixo do rizoma. Novos ramos laterais são formados nas extremidades do rizoma com o passar do tempo, e estes originarão mais folhas e raízes, dando à planta um aspecto entouceirado. Esta touceira pode ser facilmente dividida formando novas plantas. O lírio-do-brejo, o gengibre e a maioria das íris são exemplos de rizoma.

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Consolda

É uma belíssima planta herbácea vivaz pertencente à família das borragináceas, que pode crescer até 1 metro de altura e um diâmetro equivalente, de forma muito rápida.

Comum na Europa, exceto na região mediterrânica, surge no nosso país em alguns jardins e hortas, onde é cultivada de forma a tirar partido das suas inúmeras características: em conjunto com outras plantas hortícolas, melhora a produção e a qualidade, por melhorar a disponibilidade de fósforo e potássio, além de poder proporcionar sombra, o que se revela ótimo, por exemplo, nos morangueiros.

Rica em cálcio, potássio, fósforo, ferro e magnésio, possui uma relação C/N semelhante ao composto curtido (9,8/1)!!!; O chorume fermentado obtido a partir das folhas fermentadas acelera a compostagem.

Prefere solos leves, úmidos e bem drenados, embora se adapte a qualquer tipo de solo desde que não encharcado, situação que pode levar ao apodrecimento e morte da planta.

Desenvolve-se bem ao sol embora prefira situações de meia-sombra.

Gosta de ser bem irrigada no Verão e desenvolve-se muito rapidamente, produzindo uma enorme massa foliar.
Resistente ao frio, floresce entre Maio e Junho e as suas sementes ficam maduras entre Julho e Agosto. As flores são cor-de-rosa, em grande número, hermafroditas e polinizadas por abelhas.

Pode tornar-se invasiva, pois possui um sistema radicular muito profundo e difícil de erradicar, mesmo pequenas porções de raiz no solo podem dar origem a novas plantas. Convém por isso escolher um local definitivo para a plantar, não se adaptando à permanência em vaso ou floreira por muito tempo, a não ser em contentores grandes e bem drenados.

A propagação pode fazer-se por sementeira no Outono ou Primavera ou por divisão durante toda a Primavera/Verão.

O enraizamento de caules herbáceos também é possível nesta altura.
Pode ser atacada por doenças como a ferrugem e o míldio, que podemos combater removendo as folhas atacadas e podando sistematicamente a planta, de forma severa, já que reage rapidamente, produzindo novas folhas em abundância.

Os caracóis também representam um problema, mas em alguns casos esta situação pode transformar-se em vantagem, já que a planta representa uma excelente “armadilha” para os apanhar em grande número.

Existem muitas espécies e variedades de consolda, uma das mais comuns é a Bocking 14, pela sua elevada disponibilidade em alantoína e potássio, embora seja menos interessante enquanto planta comestível.

Nos últimos anos é cada vez mais procurada para agricultura ou jardinagem biológica, onde deve ter um lugar de destaque, pois pode facilmente substituir a aplicação de fertilizantes de síntese, algo muito difícil de conseguir com qualquer outra planta.

Algumas receitas possíveis de realizar com esta planta:
Bioestimulante
: para favorecer a germinação de sementeiras, maturação de algumas hortícolas e a ativação do composto.
1 kg de folhas frescas para 10 litros de água. Deixar a macerar/fermentar durante alguns dias. Filtrar muito bem. Aplicar diluindo 10% (10 cl/1litro água) preparado em água em utilizações como adubo verde e regar; diluindo 5% (5 cl/1litro água) preparado em água em pulverização foliar.

Insecticida
: contra a mosca branca e pulgões.
Fazer uma infusão durante 20 minutos com cerca de 8 folhas grandes, partidas aos bocados, num litro de água. Deixar repousar meio dia e pulverizar sem diluir.

Cicatrizante de feridas ou cortes de poda
: permite a sua desinfecção.
Colocar várias folhas a fermentar num recipiente opaco, sem água. Com a ajuda de uma ferramenta, prensa-se todos os dias até se obter um sumo escuro e concentrado. Aplicado sobre as feridas ou cortes de poda permite desinfectá-las de forma surpreendente.

Controlo de caracóis e lesmas
: permite a sua captura em massa.
As folhas são irresistíveis para caracóis e lesmas. Espalhadas pelos cultivos são verdadeiras armadilhas que permitem a sua captura em grande número.

Veterinária
: pasta cicatrizante para animais domésticos.
As folhas e raízes esmagadas e depois aplicadas em cataplasmas nestas situações permitem acelerar a velocidade de cicatrização de cortes e feridas de forma surpreendente.

Compostagem
: permite acelerar o processo.
Colocar várias folhas na pilha de compostagem contribui para aumentar a velocidade do processo e aumentar a qualidade do composto final, pela riqueza em nutrientes apresentada.

Comestível
: folhas e rebentos frescos podem ser consumidos tal como o espinafre.
As folhas e os rebentos jovens frescos são comestíveis e ricos em vitamina B12, embora com precaução, pois em consumo excessivo pode tornar-se tóxica.

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