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O que é
A mergulhia é uma técnica de reprodução assexuada de plantas (propagação vegetativa), semelhante à estaquia, sendo a alporquia um tipo particular de mergulhia. O método consiste no enraizamento da planta a ser multiplicada, na própria planta. Isso é feito através do enterramento (mergulho) de um ramo ainda ligado à planta, sendo por isso chamado de mergulhia. Comercialmente, algumas espécies são multiplicadas dessa forma: jabuticabeira, macieira, abieiro, camu-camueiro, entre outras.

Vantagens
Algumas plantas que não podem ser reproduzidas por estaquia, podem ser reproduzidas facilmente por mergulhia.

Desvantagens
É um método mais difícil que a estaquia, sendo recomendado somente quando a estaquia não é possível.

Como realizar a mergulhia
Há vários tipos de mergulhia, mas de maneira geral, podemos simplificar em alguns passos:

1 – Escolher um ramo que seja flexível e alcance o chão, sem quebrar. Devemos verificar qual parte do ramo que poderá ser enterrada. A parte enterrada não deve ser o ponteiro, mas sim na parte mediana do ramo. Nessa parte que será enterrada, devemos fazer um anelamento (retirada da casca) de 2 a 3 cm e/ou a retirada das folhas do local;

2 –  Abaixar o ramo até o solo, e enterrar uma pequena parte do ramo (a que está anelada e/ou desfolhada), prendendo esse ramo ao solo com uma estaca de bambu, pedra, estaca de madeira, ou mesmo com um arame grosso. Recomenda-se regar constantemente, mantendo o solo úmido, sem encharcar, até que ocorra o enraizamento;

3 – Após o enraizamento do ramo, basta cortarmos o ramo de uma só vez, ou gradativamente, formando assim uma nova muda. É recomendado que a planta seja plantada em um vaso ou saco de mudas antes do plantio no local definitivo

Dracaena-draco-

Família: Agavaceae

Sinônimos: Asparagus draco L.

Nome comum: Dragão das Canárias

Lugar de origem: Planta nativa das Ilhas Canárias, Madeira e Cabo Verde.

Etimología: Dracaena, do grego drakaina = dragão ou serpente hembra, fazendo referência a sua seiva avermelhada como “sangre de dragão”. Draco, do latím, dragón.

Descrição: Planta arborescente de até 15 m de altura, com o tronco grosso, liso nos exemplares jovens e rugoso, com marcas nos exemplares mais velhos.
Tronco sem ramificar até que passem muitos anos.
Folhas lineares, coriáceas mas flexíveis, de cor verde grisáceo a glaucescente, de 50-60 cm de comprimento e 3-4 cm de largura.
Flores esbranquiçadas em inflorescências densas.
Frutos esféricos, carnosos, de cor laranja, de até 1.5 cm de diâmetro.

Cultivo e usos: É de destacar, o famoso dragoeiro de “Icod de los Vinos” (Tenerife),  que se calcula ter mais de mil anos. o “sangue de dragão”, obtido mediante incisões na sua casca, tem propriedades medicinais e foi bastante apreciado no passado. Planta de fácil cultivo que tolera relativamente o frio se não for muito intenso.

Deve ser utilizado como exemplar isolado.

barco

epiphyllum phyllanthus

Nome popular: Pitainha, Acutirém-biú
Nome indígena:Acutirem-biú – vem do tupi-guarani e significa “Erva longa que dá frutos como lança”.
Origem: Matas ciliares de rios de todo o Brasil.

Características: É uma herbácea epífita (que se alimenta da umidade do ar), com folhas ramificadas, longas ou Fitocládios, onde os espinhos só aparecem nos caules velhos. As flores se abrem a noite, tem forma de um tubo longo de até 15 cm com coloração amarelo-creme.

Cultivo: A planta resiste a baixas temperaturas de até – 6 graus, adaptando-se a qualquer altitude, preferindo lugares onde a umidade relativa do ar é alta; é bom plantá-la em covas ricas em matéria orgânica e folhas ou madeira em decomposição onde não existe umidade. Outra opção é cultivá-la em vasos suspensos com fibra de coco ou sobre arvores corticosas (na forquilha) onde as raízes possam se fixar.
Irrigue as plantas a cada quinze dias quando não chover. Coloque 15 gramas de N-P-K 10-10-10 na superfície e em volta da planta no inicio de novembro quando estiver chovendo e cubra com 1 kg de matéria orgânica. A frutificação inicia-se com 5 anos quando cultivada por sementes e com 2 anos quando cultivada por estaquia.

Mudas: As sementes são pequenas e germinam em 70 a 100 dias sob material poroso. Desse modo as plantas vão crescer lentamente. Uma outra opção é fazer mudas por estacas do caule que enraízam facilmente. Plantas multiplicadas desse modo frutificam com no máximo 2 anos.

É uma cactácea resistente a secas quando plantada no solo, de forma que as covas devem conter 500g de cinzas, 5 kg de cama de frango decomposta, 50% de terra e 50% de folhas e galhos apodrecidos ou em decomposição. Plante-as na sombra, num espaçamento de 2×2 m.

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tulipas

Há quem pense que as plantas bulbosas são difíceis de cultivar. Pelo contrário, elas são indicadas para jardineiros iniciantes por serem rústicas e fáceis de lidar. Dependendo da região, o jardineiro iniciante pode começar com canas, moréias, caládios, copos-de-leite, alpínias, lírios-do-brejo, gladíolos e dálias. É imprescindível que se pesquise quais os bulbos mais adaptados à sua região, para não correr o risco de se frustrar com os bulbos. No norte e nordeste do país, por exemplo, comece com rizomas tropicais de gengibres, alpínias, canas e bastão do imperador e vá aos poucos experimentando os outros. Assim a chance de sucesso é maior.

Mas e as tulipas e os jacintos, tão bonitos e elegantes, porque é que não conseguimos mais do que uma ou duas floradas? Muitos de nós já sabemos que o cultivo de tulipas não é possível no nosso clima tropical, mas você saberia dizer o porquê? Isso acontece por que estes bulbos em especial necessitam de um período de frio chamado vernalização. A vernalização provoca mudanças químicas dentro do bulbo que permitem que ele se desenvolva com plenitude. Alguns bulbos precisam de condições específicas para que a vernalização ocorra bem. Não basta só ter frio, é preciso que seja a uma temperatura específica, constante e com umidade na medida certa e pelo tempo correto, o que é não é tão simplesmente alcançado colocando-se os bulbos na geladeira como alguns poderiam sugerir.

Um dos erros mais freqüentes no cultivo das plantas bulbosas diz respeito à profundidade com que elas são plantadas. Talvez pela ânsia de ver a planta brotar logo, ou por indicação de outra pessoa, geralmente os bulbos são plantados muito superficialmente. Quando estão novos, recém comprados e cheios de reservas não há problema, vemos flores e folhas bonitas, mas você pode crer que a próxima floração ficou comprometida, pois o bulbo não encontrou as melhores condições para o seu desenvolvimento. Portanto, o ideal é plantá-los na profundidade indicada para a espécie em questão.

Os bulbos gostam de ficar onde o solo é mais geladinho e úmido. Na dúvida, uma regrinha simples pode resolver:
- Plante os bulbos a uma profundidade de 3 a 5 vezes a sua própria altura. Não se esqueça de levar uma régua para o jardim. Hoje em dia há pazinhas com marcações de altura, ou mesmo transplantadores de bulbos, que são ferramentas práticas e úteis nesta tarefa de cavar, medir e plantar.

A maioria dos bulbos não tem uma preferência quanto ao tipo de solo. Ele pode ser arenoso, argiloso ou uma mistura destes dois. No entanto algumas espécies podem preferir um ou outro tipo específico de solo. A experiência e o aprofundamento no assunto vão lhe indicar o melhor caminho.

Apesar de aceitarem a maioria dos solos, os bulbos têm algumas exigências, quanto a porosidade, capacidade de drenagem, pH e aeração do solo. Ou seja, não pense que será só plantar em solo virgem. O solo deve ser bem trabalhado antes do plantio, pelo menos em uma camada de 20 centímetros de profundidade.

Os solos argilosos, que geralmente são pesados e compactos devem receber boa quantidade de matéria orgânica, na forma de terra vegetal, turfa, compostagem doméstica ou outro tipo de composto de folhas. Se for possível, melhore a capacidade de drenagem de um solo argiloso, elevando os canteiros onde serão plantados os bulbos.

Com os arenosos geralmente o problema é o inverso. Eles retêm poucos nutrientes e secam muito depressa. Nestes solos, a adição de matéria orgânica tem o efeito de aumentar a retenção de água e fertilizantes. Em todos os casos, a adição de matéria orgânica também estimula o desenvolvimento de microorganismos benéficos no solo, não obstante todos os outros benefícios citados.

Os bulbos preferem solos neutros a levemente ácidos. A adição de calcário corrige um pH ácido demais, uma característica freqüente dos solos brasileiros. Esta correção deve ser feita pelo menos um mês antes do plantio, com base na análise do solo, previamente realizada. Essas análises são econômicas e simples, e podem ser solicitadas a laboratórios de análise de solo, plantas e água que são facilmente encontrados junto a Faculdades de Agronomia, e órgãos como Embrapa e Emater.

Além do índice de pH, a análise também fornece outras informações relevantes, como a textura do solo, se é arenoso, argiloso, quanto de matéria orgânica possui e quais os nutrientes que estão faltando. E por falar em nutrientes, saiba que uma fertilização de base, com um bom fertilizante granulado, preferencialmente de liberação lenta e com micronutrientes, é imprescindível para o desenvolvimento sadio e pleno das plantas bulbosas. Se preferir fertilizantes orgânicos, utilize o velho segredo de acrescentar um punhado de farinha de ossos ao buraco de plantio, para estimular intensas florações. Não esqueça de destorroar o solo e incorporar bem o composto orgânico e o fertilizante.

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