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epiphitas

São encontradas diversas adaptações entre as epífitas, plantas que crescem sobre outras plantas, sem, contudo, parasitá-las.

Estruturas especiais na epiderme proporcionam aparentemente o intercâmbio de gases quando a epiderme está saturada de água.

A Dischidia rafflesiana possui uma modificação notável. Algumas de suas folhas são estruturas achatadas e suculentas, ao passo que outras formam tubos que coletam detritos e água pluvial. Colônias de formigas vivem no interior das “urnas” e ajudam no suprimento de nitrogênio. Raízes formadas no nó situado acima da folha modificada, crescem para baixo e penetram no interior da urna, onde absorvem água e sais minerais.

Dischidia rafflesiana
Adaptações para Armazenamento de Alimento
As raízes na maioria, são órgãos de armazenamento e estas raízes tornam-se carnosas devido à grande quantidade de parênquima de reserva. O desenvolvimento de algumas raízes de reserva, como a cenoura (Dancus carota), assemelha-se essencialmente ao de raízes “não carnosas”, exceto pelo predomínio de células parenquimatosas no Xilema e Floema secundários.

A raiz da batata-doce (Ipomoea batatas) desenvolve-se de modo semelhante ao da cenoura; contudo, na batata-doce, células adicionais do câmbio vascular desenvolvem-se no interior do Xilema secundário, ao redor de rasos individuais ou grupos de vasos.

Ipomoea batatas
Estes câmbios adicionais produzem também muitas células parenquimatosas em ambas as direções.

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Os líquenes existem em todo o planeta, podendo crescer em solo nu, troncos de árvores, muros, rochas, etc. São associações simbióticas entre fungos e algas específicos, caracterizadas por uma interdependência funcional e morfológica Inicialmente, terão sido relações de parasitismo que, por um processo evolutivo, passaram a relações simbióticas.

Os fungos e algas que se associam em líquenes são diferentes dos outros fungos e algas não simbióticos.
O fungo, heterotrófico e micobionte, obtém matéria orgânica sintetizada pela alga.

A alga, autotrófica e ficobionte, obtém água e sais minerais absorvidos pelo fungo, que a protege contra a desidratação. Os líquenes podem ser classificados quanto ao talo ou corpo, nos seguintes tipos: foliáceo, fruticuloso e crustáceo.

Num talo, podem encontrar-se as seguintes camadas:
1 – córtex superior/externo  – constituído por hifas de parede espessa, ramificadas, curtas, dispostas numa rede densa;
2 – camada algal – constituída pelo ficobionte com coloração verde intensa resultante da presença do pigmento clorofilino;
3 – zona medular – constituída por hifas longas dispostas numa malha frouxa;
4 – córtex inferior/interno – apresenta uma constituição semelhante à do córtex superior.

Os líquenes de talo crustáceo não apresentam córtex inferior. Em líquenes de talo fruticuloso, o talo é constituído por filamentos cilíndricos achatados em que o córtex circunda a camada algal e a medula. Os líquenes de talo foliáceo possuem, na parte inferior, hifas fúngicas denominadas rizinas que servem de órgãos de fixação. O líquen de talo foliáceo é o único que possui todos os constituintes devidamente evidenciados e por ordem correta.

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fotossintese

A fotossíntese ocorre ao longo de duas etapas
A fase fotoquímica (fase dependente da luz solar ou etapa clara), onde a luz é captada deixando os eletrons do fotossistema num estado excitado. Nesta mesma etapa, dá-se a fotólise da água (desdobramento das moléculas em protons, eletrons e oxigênio devido à radiação). O hidrogênio (protons) e os electrons vão então intervir em sucessivas reações de oxirredução. Existe libertação do oxigênio, pois este composto não é necessário ao processo fotossintético, não interessando à planta.

A fase química, onde se observa um ciclo descoberto pelo bioquímico norte-americano Melvin Calvin. Nessa fase chamada de ciclo de Calvin, o carbono que provém do dióxido de carbono do ar é fixado e integrado numa molécula de hidrato de carbono (carboidrato). Desta fase resulta a formação de compostos orgânicos como a glicose, necessária à actividade da planta.

Plantas jovens consomem mais dióxido de carbono e libertam mais oxigénio, pois o carbono é incorporado a sua estrutura física durante o crescimento.

A clorofila é responsável pela absorção de energia luminosa que será utilizada numa reação complexa onde o dióxido de carbono reage com a água, formando-se glicose (base dos hidratos de carbono), que é armazenada e utilizada pelas plantas, libertando-se, como resíduo desta operação, moléculas de oxigênio.

É importante ressaltar que a fase escura não ocorre de noite ou na ausencia de luz, o nome apenas se refere ao fato desta fase não necessitar da luz para seu funcionamento. Ela acontece logo após a fase clara numa reação em cadeia ate que o substrato se esgote.

Organismos fotossintetizadores
Além das plantas verdes, incluem-se entre os organismos fotossintéticos certos protistas (como as diatomáceas e as euglenoidinas), as cianófitas (algas verde-azuladas) e diversas bactérias.

Fatores que afetam a fotossíntese
– Comprimento de onda e intensidade da luz
- Concentração de dióxido de carbono
- Temperatura
- Água
- Morfologia foliar

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Uma semente fertilizada contém um embrião a partir do qual a planta crescerá quando encontrar as condições apropriadas. Também contém um suprimento de alimentos que servirão para o primeiro estágio de desenvolvimento da planta, antes da formação completa dos órgão responsáveis pela alimentação. Este suprimento se desenvolve a partir de um tecido chamado endosperma, proveniente da planta mãe.

O endosperma torna-se rico em óleo ou amido e proteínas. Em algumas espécies, o embrião é envolto em endosperma, que será usado pela semente durante a germinação. Em outras o endosperma é absorvido pelo embrião durante a formação da semente, e seus cotilédones passam a armazenar o alimento. As sementes destas espécies, quando maduras, passam a não ter mais endosperma.

Exemplos de sementes com endosperma: feijão, girassol
Exemplos de sementes sem endosperma: todas as as coníferas e a maioria das monocotiledôneas.

A parte externa da semente, o tegumento, desenvolve-se a partir do tecido que envolvia o óvulo. Em sementes maduras pode formar uma fina camada ou um camada espessa e resistente. Ela ajuda a proteger o embrião de injurias mecânicas e perda excessiva de água. Para que o embrião germine, é preciso que o tegumento se rompa. Na maioria das espécies isso acontece em contado com a água ou em um certo teor de umidade, em outras é preciso que haja uma escarificação mecânica (uma quebra ou raspagem, que na natureza pode ser provocada por algum animal, ou pela própria queda da semente no chão) para que a água possa atingir o embrião. Outras sementes, ainda, precisam passar pelo trato digestivo de animais (ex: erva-de-passarinho) ou ser exposta a altas temperaturas (como algumas plantas do cerrado brasileiro, que germinam depois de um incêndio).

As sementes das angiospermas, em geral, formam-se e desenvolvem-se dentro do fruto. As das gimnospermas começam o seu desenvolvimento descobertas, e são depois envoltas por estruturas chamadas pinhas ou cones (Ex: pinhão).

A formação das sementes
A flor, após sofrer a diferenciação, desenvolve-se e, à semelhança de um ramo vegetativo, passa a constituir-se de um eixo (receptáculo) e de apêndices laterais, que são os órgãos florais.

Função das sementes
Diferente dos animais, as plantas são limitadas em sua habilidade de procurar condições favoráveis para sua vida e crescimento. Como consequência, elas desenvolveram muitas maneiras de dispersão e distribuição da sua população através das sementes. Uma semente precisa chegar de alguma maneira a um local e precisa estar lá enquando haja condições favoráveis à germinação e crescimento. Em alguns casos as propriedades que contribuem com este movimento das próximas gerações para longe da planta mãe estão mais ligadas a propriedades do fruto do que da semente e, em alguns casos, a uma mistura dos dois.

As sementes também possuem um mecanismo de proteção da próxima geração, evitando que a planta germine em condições desfavoráveis ao crescimento. Em áreas de invernos rigorosos, as sementes podem passar o inverno todo debaixo da neve, dormentes, só germinando na primavera. Esta mesma propriedade forma o banco de sementes em algumas florestas: as sementes ficam no solo até que alguma árvore mais velha caia e abra uma clareira, permitindo que a luz entre e novas sementes germinem. Em muitas espécies a estratégia é a mais simples: produzir o maior número de sementes. Esta estratégia funciona, mas exige o investimento de uma grande quantidade de energia por parte da planta, de forma que a relação custo-benefício pode ficar próxima da produção de poucas sementes altamente especializadas.

A semente mais antiga
A semente mais antiga (datada por Carbono-14) que germinou, tornando-se uma planta viável tinha 2000 anos de idade. Ela foi descoberta em uma escavação no palácio de Herodes, o Grande, em Massada, Israel e germinou em 2005. Era uma Tamareira.

Existe um mito de que sementes achadas em tumbas do Antigo Egito, com idades aproximadas de mais de 3000 anos seriam viáveis. O mito começou porque alguns artistas desonestos vendiam “sementes milagrosas”, para aproveitar a egiptomania européia dos 1800s. Em 1897, o Royal Botanic Gardens testou sementes verdadeiras, fornecidas por Wallis Budge, uma autoridade em antiguidades egipcias. Elas foram plantadas em condições controladas e nenhuma germinou.

Sementes no espaço
O astronauta Marcos Pontes levou algumas sementes para o espaço, durante a Missão Centenário. De lá mesmo ele deu a notícia em uma entrevista via satélite: As sementes de feijão que levou germinaram.

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