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Certas orquídeas apresentam-se mais ornamentais com a forma de suas folhas e pseudobulbos, que propriamente com as flores. Inclusive, algumas espécies vegetam invertido (de cabeça para baixo), numa apresentação diferente e que contribui para o seu embelezamento.

Gêneros: Epidendrum (Epi. vesicatum), Pleurothallis (P. strupifolia, P. pectinata), e na forma normal (ereto), Lockhartia (L. lunifera).

Bifrenária: Gênero que foi subdividido recentemente e conta hoje com cerca de 6 espécies, distribuídas pelo Brasil. As plantas do gênero caracterizam-se por possuírem pseudobulbos ovóide-quadrangulares, com uma ou duas folhas levemente e fibrosas. As flores crescem a partir da base dos pseudobulbos em hastes uniflorais.

São espécies epífitas, que crescem em florestas tropicais úmidas, em locais com altitude de 200 a 700 metros. A maior parte das espécies está concentrada no sudeste brasileiro e possui flores grandes e em pequeno número.

Devem ser cultivadas em temperaturas intermediárias, com boa umidade e luz.
São mais bem cultivadas em vasos com xaxim, sendo regadas regularmente e da mesma forma durante todo o ano.
São plantas de fácil cultivo, porém com pouca floração.
Principais Espécies:
B. tropurpurea, B. harrisoniae, B. tetrágona, B. thyriantina.

Bifrenária thyriantina: Espécie que cresce nas pedras em Minas Gerais, sendo, portanto, rupícola. Pseudobulbos ovóides e agrupados com uma única folha coriácea e plissada verde-escura. São de fácil cultura em vasos com material orgânico desfibrado e exigem muita luz.

BRASSAVOLA
Gênero distribuído pela América Central e do Sul, com aproximadamente 17 espécies. Caracteriza-se por possuir pequenos pseudobulbos, com folhas apicais semi-terete.

A inflorescência sai do ápice dos pseudobulbos e contém um labelo branco arredondado em torno da coluna formando um tubo, que abre na frente como um coração. São encontradas em florestas úmidas desde o nível do mar até 1000 metros de altitude.

A grande maioria das espécies possui hábito epífito e são facilmente cultivadas em vasos, sob temperaturas intermediárias e boa luminosidade. Produzem lindas flores, bastante duráveis e perfumadas.
Principais espécies: B. cordata, B. nodosa, B. cucullata, B. flagellaris, B. fragrans, B. perinii.

Brassavola fragans
Gênero epífito sul-americano, com folhas roliças e sulcadas. Distribuída no Centro e Sul do Brasil. Pétalas e sépalas cor branco-esverdeado e labelo branco. Deve ser cultivada em cestinhas (cachepô) de madeira, necessitando de muita luz.

Brassavola perinii
Gênero epífito exclusivamente americano com folhas roliças e profundamente sulcadas. Espécie proveniente do interior do centro e sul do Brasil. Flores com labelo elíptico e pontiagudo envolvendo a coluna na base. Pétalas e sépalas branca-esverdeadas e labelo branco. Deve ser cultivada em cestinhas (cachepô) ou cubos de madeira, necessitando de muita luz.

BRASSIA
É um gênero composto por 29 espécies descritas, distribuídas por toda América tropical. Caracterizado por possuir inflorescência em longas hastes florais com flores grandes em forma de aranha, sendo que as sépalas e pétalas são bem maiores no comprimento do que na largura, algumas atingem 25 cm de comprimento.

A maioria das espécies é epífita, encontradas em florestas úmidas em altitudes que vão do nível do mar até 1500 metros. São facilmente cultivadas junto às CATTLEYAS. Gostam de boa luminosidade, bastante umidade e boa adubação. Podem ser plantadas tanto em vasos como em placas de xaxim.
Principais espécies:
Brs. arcuigera, Brs. caudata, Brs. gireondiana, Brs. lanceana, Brs. verrucosa.

BULBOPHYLLUM
Atualmente, o gênero compreende cerca de 1000 a 1200 espécies, subdivididas por diversos subgêneros e seções. Modificações acontecem a todo o momento devido à grande diversidade de hábitos que se apresentam entre suas espécies. O gênero está distribuído por quase todos os continentes, sendo que seu epicentro é o sudeste asiático e, principalmente, a Nova Guiné.

Porém, possui espécies distribuídas pela África, Austrália e Brasil. Como em qualquer mega gênero, fica impossível especificarmos as condições climáticas e de cultivo para essas plantas, sendo que são próprias de cada região de onde provém a espécie. Pode-se dizer que a maioria delas ocorre em florestas tropicais úmidas, com hábito epífito.

Normalmente, a orquídea Bulbophyllum apresenta hábito simpodial, com pseudobulbos espaçados ao longo de um rizoma. As folhas tanto podem ser milimétricas quanto chegarem a até mais de um metro.

As flores saem lateralmente dos rizomas ou da base dos pseudobulbos, raramente do ápice e possuem um labelo flexível, que se move com o vento. As flores são geralmente milimétricas, mas algumas espécies possuem flores com alguns centímetros.

Os polinizadores, na sua maioria, são moscas e mariposas, atraídas pelo perfume exalado pelas flores, algumas com odor semelhante a urina, sangue e carne podre. Todas as espécies são bastante curiosas, porém pouco cultivadas devido ao hábito vegetativo, com seus grandes rizomas e pseudobulbos afastados.

São mais bem cultivados em placas de xaxim ou casca de peroba, devido ao seu hábito vegetativo e as regas devem somente acontecer durante o período de desenvolvimento vegetativo. Essas plantas devem ser cultivadas sob baixa luminosidade e temperaturas intermediárias para quentes. Permita alta umidade, porém com grande circulação de ar.
Principais espécies: Bulb. barbigerum, Bulb. falcatum, Bulb. lasiochilum, Bulb. lobbi, Bulb. longissimum, Bulb. putidum, Bulb. scaberulum, Bulb. umbellatum.

CATASETUM
Gênero com aproximadamente 80 espécies, distribuídas desde o Caribe até o México, na América Central e por toda a América do Sul. Todas as espécies possuem pseudobulbos suculentos, ovalados e com vários nódulos e que geralmente possuem de 8 a 12 folhas. Suas inflorescências aparecem a partir da base de seus pseudobulbos e apresentam-se normalmente dois tipos: uma com flores masculinas e outra com flores femininas.

Às vezes, surgem numa mesma haste floral, flores dos dois tipos, porém é raro. As flores masculinas possuem colorido e forma bem distintos e bem diferentes entre as espécies, enquanto que as femininas são geralmente similares e de colorido verde ou amarelado.

Essas plantas devem ser cultivadas em placas de coxim casca de peroba e também podem ser cultivadas em vasos com fibra de coco.

São plantas de difícil cultivo e não são aconselhadas para iniciantes, visto que necessitam de um período de seca (durante o inverno), quando as folhas caem, e muita água quando os novos brotos estão se desenvolvendo.

Deve-se ter muito cuidado ao regar as plantas evitando que as folhas e brotos sejam molhados, deste modo a chance de sucesso é maior. Quando os novos brotos estão desenvolvendo-se e chegando à maturidade, além de água, necessitam de boa fertilização.

Cultivando-se as plantas sob plena luz serão obtidas flores femininas com maior facilidade, enquanto que sob menor luminosidade serão obtidas flores masculinas. Essas plantas sempre necessitam de grande circulação de ar para evitar o ataque de ácaros.
Principais espécies: Ctsm. barbatum, Ctsm. bicolor, Ctsm. cernuum, Ctsm. discolor, Ctsm. expansum, Ctsm. integerrimum, Ctsm. macrocarpum, Ctsm. maculatum, Ctsm. pileatum, Ctsm. saccatum, Ctsm. trulla, Ctsm. tenebrosum.

CATTLEYA
Este é um gênero composto por aproximadamente 48 espécies, distribuídas por toda a América tropical. É um dos mais, senão o mais importante, gênero da horticultura, caracterizado por possuir pseudobulbos cilíndricos com vários nódulos, com folhas apicais e carnudas.

As espécies são normalmente epífitas, ocorrendo em florestas úmidas em altitudes que variam do nível do mar até 1500 metros de altitude. A maioria das espécies é encontrada no alto de grandes árvores e deve ser cultivada sob condições intermediárias, com boa umidade ambiente.

Podem ser separadas em dois grupos: um formado por plantas bifoliadas e outro por plantas unifoliadas.
Este último com espécies cujas flores normalmente são maiores e em menor número, enquanto as bifoliadas possuem geralmente flores menores em maior número.As espécies do grupo das bifoliadas devem ser cultivadas em vasos, com as plantas colocadas sobre uma casca e xaxim ou sphagnum em sua volta, ao passo que as unifoliadas devem ser cultivadas em vasos com xaxim.
Principais espécies: C. aurantiaca, C. bicolor, C. dowiana, C. guttata, C. intermédia, C. labiata, C. loddigesii, C. lueddemanniana, C. mossiae, C. máxima, C. nobilior, C. percivaliana, C. schilleriana, C. trianae, C. walkeriana, C.warneri, C. warscewiczii, C. eldorado.

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Azadirachta indica

É uma árvore da família Meliaceae, a mesma da Santa Bárbara ou Cinamomo, Cedro e Mogno. Originária da Índia, pesquisada, cultivada e com crescente utilização no EUA, Austrália, paises da África e América Central.

São utilizados há mais de 2 mil anos na Índia para controle de insetos e pragas (mosca branca, minadoura, brasileirinho, carrapato, lagartas e pragas de grãos armazenados, broca do café, mosca das frutas), nematóides, alguns fungos, bactérias, na medicina humana e animal, como madeira de lei e adubo, assim como no paisagismo.

Pode-se utilizar as folhas, frutos, sementes moídas, óleo e torta das sementes, casca da árvore e madeira.

Os produtos de Nim não provocam a morte imediata do inseto, mas a interrupção do seu crescimento e conseqüente diminuição da população da praga.

* Como preparar um extrato de Nin
Um modo prático de utilização é: bater no liquidificador 250 gramas de folhas maduras de NIM, com um pouco d´água. Deixar descansando por uma noite com um pouco mais de água. Na manha seguinte, filtrar e diluir com água para obter 20 litros de preparado, pulverizando logo em seguida. Pode ser armazenado em frasco e local escuros por três dias.

Ao se prensar as sementes obtêm-se o óleo, que pode ser armazenado por até um ano e é utilizado na diluição de 1 litro de óleo para 200 litros de água, aplicados sobre as plantas e animais atacados por pragas.

* Os extratos de Nim são indicados para pragas e doenças tais como:
Pragas de cultivos e criações:
mosca branca, mosca minadoura, mosca-das-frutas, pulgões. Diabrotica speciosa, traça das crucíferas, lagarta do cartucho, brocas do tomateiro, ácaros fitófagos, tripes, cochonilhas, bicho mineiro do cafeeiro, bicho minador dos citrus, outros besouros e lagartas, mosca doméstica, barata, pulga, mosquitos, pernilongos, aedes aegypt, berne, carrapato, mosca dos chifres, piolho e nematóides (aplicar no solo).

Doenças de plantas: ferrugem do cafeeiro, Rhizictonia solari, R. oryzae, sclerotium rolfsii, fusarium oxysporum.

* Outras utilidades do Nim
Na medicina:
seus chás, folhas moídas e óleo são utilizados contra: malária, doença de chagas, antivermes intestinais, antiinflamatório, antidiabetes, antiacnes, antifúngico (frieiras), antifertilidade (previne concepção), poderoso anticárie e homeopatia

Cosmética: sabonete, creme para pele, creme dental, hidrante, xampu.

* Dica: utilize os produtos de Nim para controlar pragas, doenças dos cultivos e parasitas das criações e com isso fuja dos altos custos do perigosos venenos convencionais.

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As plantas têm uma maneira muito própria de se defender de pragas e de outras plantas. Elas liberam substâncias no solo ou no ar, processo explicado por uma ciência: a Alelopatia.

Esses aleloquímicos existem em todas as partes da planta e são liberados pelas raízes, folhas e caule. Já as substâncias presentes nas espécies aromáticas “voam” para as outras plantas sendo absorvidas rapidamente pela “pele” de suas vizinhas. Em outros casos, podem ser condensadas pelo orvalho e penetram no solo, por onde chegam até as raízes das outras plantas. A principal função de um aleloquímico é defender a planta emissora, mas ele pode cumprir uma função ainda mais nobre.

Plantas que liberam uma alta taxa de aleloquímicos de defesa contra pragas podem ajudar a defender outras plantas no mesmo canteiro, por exemplo.

- A “esperteza” das plantas:
A alelopatia destaca a perfeição da natureza nos mínimos detalhes. O ácido cítrico que existe no sumo de muitas frutas assegura que as sementes não germinem antes da hora, da mesma forma que o tanino de alguns frutos impedem que eles sejam comidos antes do tempo. Além de proteção, a química das plantas pode funcionar como um bioestimulante.
Se você planta cebolas junto a roseiras, os botões de rosa desabrocharão com um perfume mais acentuado.

Como a ciência explica a amizade entre as plantas
A alelopatia é determinada por substâncias produzidas nas células das plantas. Elas são agrupadas da seguinte maneira:

- Ácidos Orgânicos:
O ácido cítrico é um ótimo exemplo. Está presente no sumo de muitas frutas assegurando a vida das sementes por não deixar que elas germinem antes do momento certo e das condições apropriadas.

- Esteróides e Terpenóides:
Os óleos essenciais estão dentro desse grupo. Os eucaliptos em geral elaboram essas substâncias que inibem o crescimento da vegetação vizinha.

- Quinonas:
Algumas árvores, como a nogueira (Juglans nigra), são campeãs na produção dessa substância.
Às quinonas é atribuída a propriedade de resistência a muitas doenças causadas por bactérias e fungos. Assim, uma nogueira plantada no meio de outras plantas pode ser uma ótima guardiã.

- Gases Tóxicos:
São aqueles que, produzidos em certas plantas, inibem o crescimento das raízes de outras. A amônia, poderoso germicida, é um deles. Muitas espécies da família das brássicas (couve, nabo, etc.) produzem esses gases que inibem não só o crescimento de certas plantas ao seu redor como impedem a ação de doenças no solo.

Tenha pelo menos uma delas em seu jardim, sua horta ou no seu orquidário.
Todas as nove plantas indicadas são companheiras, ou seja, quando plantadas, podem repelir insetos e vermes de solo de todo um canteiro, defendendo as plantas vizinhas. São elas:

1) Cravo-de-Defunto (Tagetes patula)
2) Citronela (Cymbopogum nardus)
3) Arruda (Ruta graveolens)
4) Capuchinha (Tropaeolum majus)
5) Alfazema (Lavandula angustifolia)
6) Manjericão (Ocimum gratissimum)
7) Sálvia (Salvia officinalis)
8) Mamona (Ricinus communis)
9) Urtiga (Urtica dioica)

As plantas e seus podere
Através da alelopatia, é possível identificar várias funções da plantas:
- Impedir o crescimento de certas plantas.
- Estimular o crescimento de novas espécies.
- Evitar o ataque de microorganismos indesejáveis.
- Aumentar o vigor vegetativo das espécies vizinhas.
- Conservar as sementes.
- Provocar uma espécie de auto-intoxicação que controla a população daquela mesma planta.
- Ajudar nos processos de nutrição, reprodução e fotossíntese.
- Emitir substâncias repelentes, atraentes ou tóxicas para os insetos.

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agrotoxicos

Quase todos os produtos usados para combater pragas e doenças são tóxicos e muito perigosos para os animais domésticos e para o próprio homem. Os industrializados devem ser mantidos em suas embalagens originais, mas seria bom, mesmo para os preparados em casa, você acrescentar uma etiqueta bem grande dizendo “veneno” e guardá-los fora do alcance das crianças e dos animais domésticos.

Nunca aplique defensivos em dias de muito vento e nas horas de sol forte. O melhor horário é à tarde e sempre com as costas voltadas para a direção do vento. Como são muito voláteis, habitue-se a usar máscara quando for pulverizar. Estas máscaras, que custam uma ninharia, são fáceis de encontrar em qualquer loja de insumos agrícolas. Do mesmo modo as roupas usadas durante o trabalho devem ir imediatamente para o cesto de roupa suja, e seria muito aconselhável tomar um copo de leite e um bom banho em seguida.

Ao adquirir um produto agrotóxico:
1- Verifique o grau de toxidez para adultos, crianças, cães, gatos, pássaros, etc.
Toda embalagem vem uma tarja colorida numerada de I a IV (em algarismos romanos) que significa o seguinte:

I – Tarja vermelha: extremamente tóxico.

II – Tarja laranja: altamente tóxico.

III – Tarja azul: medianamente tóxico.

IV – Tarja verde: pouco tóxico.

Para o manuseio seguro destes produtos, deve-se usar máscara, luvas, mangas compridas, calça comprida e usa-los em, dias sem vento, com temperatura abaixo de 25° C, sem incidência solar direta.

2- Observe se não há incompatibilidade em misturar um agrotóxico com outro (ver bula).

3- Veja o pH da água. Para obter o máximo rendimento do produto, o pH da água deve estar entre 5 e 6 e isto se consegue adicionando 8 gotas de vinagre por litro à água que se vai usar. Como o fabricante não informa nada disso na bula, é importante usar o produto imediatamente após mistura-lo à água, porque muitas substâncias sofrem HIDRÓLISE, que é a decomposição do produto por reação química com a água tornando-o inútil.

lagartas