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Eugenia involucrata - Cerejeira-do-mato

Nome popular: Cerejeira-do-mato, araçá, araçázinho, cereja, cereja-do-mato, cereja-do-rio-grande

Nome científico: Eugenia involucrata DC.

Família: Myrtaceae

Tipo: Nativa

Características botânicas
Árvore com até 9 m de altura, ritidoma liso, acinzentado; râmulos cilíndricos, pubescentes com tricomas esbranquiçados a glabrescentes. Folhas com pecíolos, glabros; lâmina elíptica ou obovadas a oblanceoladas, cartáceas a coriáceas, glabras, discolores; base atenuada a aguda; ápice agudo a levemente acuminado. Flores solitárias, axilares ou em nós bracteados; pedúnculos glabros; bractéolas oblongas, glabras; sépalas oblongas, glabras.

flor da Eugenia involucrata - florFlor da Cerejeiro-do-mato

Os frutos têm forma variável, com polpa espessa e carnoso-suculento de sabor doce ou acidulado. A maturação dos frutos ocorre na primavera e verão. Ocorre no Brasil em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

Usos e propriedades
Planta silvestre e muito ornamental, sendo muito interessante para jardins. Pode ser realizada poda de formação da copa. É frutífera e os frutos são consumidos ao natural ou na forma de sucos e licores. Fornece também madeira de excelente qualidade, muito utilizada para cabos de ferramentas; é útil também para alimento da avifauna e como melífera.

Para a obtenção de sementes, os frutos podem ser recolhidos diretamente do chão após a queda ou colhidos quando atingirem a cor roxo-violácea. Não é necessário quebrar a dormência das sementes.

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bambu

Algumas lições de vida muito importante podem ser aprendidas, pela simples observação do bambu. Por exemplo, ele fortalece primeiro suas raízes antes de se projetar para fora da terra. Só depois de bem consolidado no subsolo, começa seu desabrochar pleno, tornando-se uma planta vistosa e alta, mas com hastes fininhas.

Nas tempestades, enquanto as árvores de troco grosso se desgastam e quebram durante a luta contra a natureza, o bambu faz uso de sua incrível flexibilidade, envergando sobre os ventos e chuvas, para se levantar majestoso, quando o tempo abre.
Essa pequena biografia explica porque ele se tornou a árvore símbolo de algumas das principais escolas do Oriente, como o Zen, o Tão, o Reiki e muitas outras, além de estar associado à felicidade, sorte, retidão e equilíbrio  entre força e flexibilidade.

Quem pratica a jardinagem como um meio de se conectar com a perfeição da natureza e incorporar suas características na vida, não pode deixar de ter o bambu em seu jardim.

Como se trata de uma família botânica bastante extensa, é possível encontrar espécies  adequadas aos mais diversos tipos de arranjos de espaço ou estilo que se possa imaginar.

Anatomia do Bambu
O cultivo de bambu não tem muitos segredos, mas exige que se conheça o básico de sua estrutura para entender melhor o seu comportamento e não perder nenhum lance no seu desenvolvimento.

Folhas – As folhas de bambu na verdade são lâminas de caulinares que crescem em galhos e se diferenciam das folhas caulinares dos colmos, “tomando a forma e a função fotossintética de uma folha”. São resistentes e longevas.

Colmo - É a parte que se identifica com o “caule” do bambu, formado por fibras de lignina e silício com nós e entrenós bem visíveis. Normalmente são ocos e possuem características diferenciadas de diâmetro, altura, cor e textura para cada espécie. Concentra quantidades variáveis de amido.

Flores – A floração do bambu ainda não foi totalmente compreendida pelos botânicos, nem pelos produtores. Sabe-se que ela ocorre a intervalos muito longos, que vão de 10 a 100 anos. Na maioria das vezes, após a floração, os bambus secam, não conseguindo mais produzir novos brotos. Muitos lavradores orientais aceitam isso como mau presságio, mas é apenas o ciclo de floração que é longo.

Solo - O bambu se adapta bem em quase todos os tipos de solo e climas, só não tolera a terra com excesso de umidade. Ele se dá melhor em solos levemente ácidos e argilosos, com 5.5 a 6.5 de pH. Gosta mais dos locais planos ou com inclinação bem leve, arejados, férteis, com terra fofa, boa drenagem e boa quantidade de matéria orgânica.

Rizomas - A formação rizomática pode ser paquimorfa, que tem origem tropical e lembra uma espécie de bulbo, formando touceiras densas, ou lepmorfa, de origem temperada, cuja forma alongada e fina lembra uma vara subterrânea do próprio bambu. Eles são alastrantes.

Conheça algums espécies encontradas no Brasil

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Bambuza vulgaris “vittata”
Esta espécie também é conhecida como bambu-amarelo, bambu-imperial e bambu-brasileiro, mesmos tendo a sua origem verdadeira na China e sudeste asiático. Seu colmo de coloração amarelo rajado de verde tem alto valor ornamental. É uma espécie entouceirante não invasiva de grande porte (pode chegar aos 30 metros). Gosta de exposição solar plena e dos climas tropical e subtropical.

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Guadua angustifolia
Bambu nativo da América, especialmente de países como Equador, Colômbia e Venezuela. É muito resistente e rústico. O traço marcante fica por conta dos nós brancos bem mais chamativos do que o encontrado nas outras espécies. É muito utilizado economicamente para a construção, pois possui um dos melhores colmos lenhosos. Atinge cerca de 25 metros e gosta de sol pleno, com baixa tolerância ao frio extremo. Forma touceiras não alastrantes.

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Dendrocalamus giganteus
Também conhecido pelo nome de bambu-gigante, pode atingir 36 metros de altura, e seus colmos são bastante grossos, chegando a até 30 cm de diâmetro. Crescem em moitas e de forma bem acelerada (cerca de 94 cm por dia). O ciclo de florescimento é a cada 30 anos. Prefere climas tropicais, mas é bem resistente às mais variáveis situações. Utilizado na constução civil e no artesanato além de seus brotos serem comestíveis.

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Phyllostachys nigra
Originário da Ásia, o bambu negro se destaca como uma das espécies mais ornamentais no grupo dos bambus. Quando jovem, os colmos são verdinhos e brilhantes, mas vão adquirindo uma coloração escura com a maturidade. Quando adulta, além de estar com as varas totalmente pretas, pode atingir até 7,5 metros de altura.

Seus colmos são fininhos, cerca de 2 a 4 cm de diâmetro. As folhas são verdes na página de cima e levemente acinzentadas abaixo. Gosta de sol pleno e solos profundos e é sensível a ventos frios e excesso de calcário na terra. Exige cuidados para não se alastrar.

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Phyllostachys nigra ‘Boryana’
A variante da Phyllostachys nigra tem colmo verde salpicado de manchas marrons e é muito rústica e resistente. A folhagem é densa e vistosa. Os efeitos pintalgados do colmo ficam ainda mais bonitos quando exposto ao sol pleno, assemelhando-se à pele de leopardos e onças.

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Bambusa mulfiflex
É uma das espécies mais populares de bambu, bem tolerante ao frio. Gosta de solos ricos e forma touceiras de fácil controle. Tem porte médio de cerca de 3,5 metros, colmos delicados e folhagem densa. Muito usado tanto no paisagismo quanto no artesanato.

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Bambusa vulgaris
Como o primeiro nome revela, é o tipo mais comum de bambu. Atinge até 15 metros de altura, e seus colmos de cor verde bem intensa e marcado tem cerca de 10 cm de diâmetro. Apesar de ser muito adaptado e presente em todo territóroi brasileiro, é originário da China. Gosta do clima tropical.

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Buddha’s belly bamboo
Nome comercial para designar espécies de bambu de aparência muito exótica, com entrenós inchados nos seus colmos curtos, e coloração verde e brilhante. Podem ser manuseados como bonsais ou atingir muitos metros de altura, sendo resistentes a secas e ao frio, embora não suportem geadas.

As duas variedades mais comuns com essa característica de alargamento dos entrenós, são a Bambusa vulgaris “Wamin” e a Bambusa ventricosa, que em alguns estudos e compêndios aparece como Bambu tuldoides “Ventricosa”.

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Pleioblastus variegatus
Espécie arbustiva de porte pequeno. Atinge média de 14 cm de altura e tem folhas verdes variegatas de branco. Outras nomenclaturas possíveis de encontrar são Pleioblastus fortunei “variegata” e Arundinaria variegata.

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tulipas-rosas

Para ajudar as suas plantas a terem um crescimento forte e saudável e mantê-las com uma aparência bonita, cores fortes, brilho e vigor, aprenda a adubar o substrato com elementos naturais que seriam desperdiçados.

- Se você tem um aquário em casa, quando for fazer a troca da água, reaproveite-a.

- Coloque a água “suja” do aquário em um recipiente e deixe descansar sob o sol durante seis horas aproximadamente.

- Regue as suas plantas com essa água.

- Misture restos de pó de café, chá ou outras infusões no substrato dos seus vasos.

- Depois de ferver legumes, verduras ou frutas, conserve a água.

- Quando essa água estiver na temperatura ambiente, use-a para regar as plantas.

- Depois de um churrasco, recolha as cinzas do carvão quando já estiverem frias e misture-as com a terra do vaso.

- Se você tiver lareira ou fogão a lenha, utilize as cinzas do dia anterior como adubo orgânico.

Todos os materiais orgânicos se decompõem rapidamente. Se você armazená-los em um lugar adequado, poderá preparar o seu próprio terriço caseiro.

fertilizar

Coelogyne_cristata
Cattleya guttata var. Leopoldir: Magnífica espécie com pseudobulbos eretos e cilíndricos de 50 cm de altura, bifoliadas. Inflorescência com trinta flores de 10 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas castanhas salpicadas de púrpura. Labelo trilobado em forma de istmo e disco largo roxo-ametista. Cheiro agradável a canela. Originária do litoral brasileiro desde o Rio de Janeiro até a Bahia. A sua cultura exige bastante rega durante a vegetação.

Cattleya intermédia: Espécie bastante espalhada no litoral meridional brasileiro – desde o Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul. Planta de fácil cultura, com pseudobulbos roliços e sulcados, de 25 cm a 45 cm de altura, bifoliados, com inflorescências de 3-5 flores de 10 cm de diâmetro. A planta tipo tem sépalas e pétalas róseas ou brancas e labelo púrpura-escuro.

Cattleya labiata autumnalis: Espécie que é considerada o protótipo de todas as Cattleyas do grupo das labiatas.
Cognominada Rainha do Nordeste.
Planta com pseudobulbos com uma única folha. Inflorescência com 3-5 flores de 20 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas róseas ou róseas-lilás. Labelo muito aberto e encrespado com a parte central púpura-arroxeada-brilhante passando para estrias púrpura e face amarelo. Tem muito perfume e variedades raras. É de fácil cultura em ripados.

Cattleya labiata: Flor grande caracteriza o grupo das Cattleya labiata. São todas nativas da América do Sul e epífitas, com pseudobulbos de 15 a 20 cm de altura. Flores de 15 a 25 cm de diâmetro. As Cattleya de flor média também são nativas da América do Sul e produzem hastes florais com até 10 flores em cacho.

Cattleya loddigesii: Espécie bastante conhecida no Centro-Sul do Brasil, principalmente em São Paulo e Minas Gerais. Com pseudobulbos cilíndricos de 30 cm a 50 cm de altura e bifoliadas. Sépalas e pétalas róseo-lilás, largas, labelo trilobado, lóbulos laterais arredondados, ondulados e lóbulo frontal de cor ametista-pálido passando para amarelo na base. A variedade Alba é totalmente branca. Fácil cultura em ripados.

Cattleya mossiae var. coerulea: Magnífica variedade azulada desta significativa espécie venezuelana com flores de 20 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas encrespadas, cinzentas-azuladas, labelo róseo-azulado. Limbo amplo, largamente aberto com centro purpúreo matizado de roxo, margem branca, fauce amarela estriada de carmesim. Floresce em setembro/outubro.

Cattleya nobilior: Espécie originária do Brasil Central que aparece numa altitude entre 600 a 900 metros. Pseudobulbos de 10 cm de altura, oval, fusiforme ou claviforme sulcados e com duas folhas de 10 cm de comprimento, elíptico-ovais e coriácea. As flores nascem da base dos pseudobulbos. Flores nascem da base dos pseudobulbos.

Flores de 15 cm de diâmetro de cor róseo-púrpuras. Labelo grosso, profundamente trilobado e com lóbulos frontais uniformes e emarginados, disco amarelado com estrias púrpuras.
Para obter uma boa floração deve-se parar totalmente as regas após o amadurecimento dos pseudobulbos. Floresce em agosto/setembro.

Cattleya walkeriana: Espécie com floração hibernal, crescimento esparramado e desordenado. Vegeta sobre árvores ou rochas numa altitude entre 700 a 1000 metros. Pseudobulbos curtos, cilíndricos, fusiformes e sulcadas com uma única folha elíptica-lanceloada, coriácea. Inflorescências que nascem de falso pseudobulbo com duas e três flores de 10 cm de diâmetro.

Flores com muita substância e grande durabilidade. São de cor rosa-púrpura até magenta. Labelo panduriforme, plano, branco no centro e magenta no restante, com zona marginal mais escura. Existem belíssimas variedades albas, semi-albas e coeruleas. Seu cultivo vai bem em placas de peroba ou toco de madeira inclinado dentro de vaso de barro, completado com fibra de coco e casca de pinus. Flores entre maio e julho.

Cattleya warneri: Magnífica espécie brasileira do grupo, com robustos pseudobulbos claviformes e largas folhas elípticas, de crescimento viçoso. Flores grandes, alcançando 25 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas róseo-lilás ou róseo-púrpura, labelo grande púrpura-escuro, muito aberto, com estrias avermelhadas. Fauce amarela com zonas brancas. Vegeta em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia. É de fácil cultura e floresce em outubro/novembro.

COELOGYNE
Embora asiático, é muito cultivado no Brasil. Epífita de crescimento simpodial, com mais de 100 espécies, para uma boa floração necessitam de uma diferença de, no mínimo, 10 graus de temperatura entre o dia e a noite. Como suas hastes florais surgem em épocas de chuva, deve-se proteger a planta da chuva sob pena dos botões apodrecerem.

CYMBIDIUM
É um gênero composto por 44 espécies, distribuídas pela Ásia e Austrália. As espécies são geralmente terrestres ou epífitas, porém algumas também são rupícolas e podem facilmente ser reconhecidas por seus pseudobulbos proeminentes com várias folhas lineares.

Plantas bastante floríferas, com flores de labelo trilobado, com calosidade central. Todas as espécies possuem duas políneas. São espécies bastante utilizadas a hibridação de flores para corte, sendo que as espécies chinesas e indianas foram as mais utilizadas.

As plantas desenvolvem-se vigorosamente, devem ser regadas e fertilizadas com freqüência.
Gostam de muita luminosidade, porém não gostam de pleno sol.

As espécies com flores grandes, espalhadas desde o Himalaia até a China, requerem um período de frio para iniciar a floração, sendo que a temperatura noturna não deve passar de 12 °C e a rega deve ser reduzida. Exige uma combinação de adubos orgânicos e químicos.

Estas espécies geralmente são vigorosas e cultivadas em grandes vasos.
As espécies terrestres com flores pequenas encontradas no Himalaia, China e Japão, não requerem um período de frio tão extenso e pronunciado, sendo que devem ser cultivadas sob temperaturas baixas a intermediárias por todo o ano. Estas espécies são mais bem cultivadas em vasos.

Espécies tropicais com flores pequenas devem ser cultivadas sob calor durante todo o ano e não necessitam de um período de frio pronunciado. Estas espécies possuem flores em hastes pendentes e por isso são mais bem cultivadas em cachepôs.
Principais espécies: Cym. canaliculatum, Cym. dayanum, Cym. devonianum, Cym.eburneum, Cym. ensifolium, Cym. insigne, Cym. lowianum, Cym. madidum, Cym. parishii.
CYTROPODIUM
Aproximadamente 30 espécies são conhecidas, ocorrendo desde a Flórida até a Argentina e Bolívia.

São plantas com grandes pseudobulbos suculentos similares ao de um Catasetum.
Existem espécies terrestres, epífitas e rupícolas. Suas flores são geralmente amarelas com manchas ou pintas marrons e uma espécie com flores cor-de-rosa. As flores são dispostas em grandes hastes florais provenientes da base dos pseudobulbos em desenvolvimento.

Devem ser cultivadas em grandes vasos com boa drenagem, sendo que o substrato vai depender da espécie em cultivo.
Siga as mesmas instruções de rega e fertilização dos Catasetum.

ostam de sol pleno, porém com bastante ventilação evitando que as folhas se queimem.
Principais espécies: Cy. andersonii, Cy. punctatum, Cy. saintlegerianum, Cy. humboldtii.

DENDROBIUM
Este é um mega gênero. Composto por aproximadamente 1000 espécies, distribuídas desde a Índia e Sri-Lanka até o Japão, Filipinas, Malásia, Indonésia e chegando a Papua, Nova Guiné, Austrália e Nova Zelândia. Como todo mega gênero, possui quatro subgêneros e 41 seções, para tornar a determinação das espécies mais fácil.

A maioria das espécies é epífita, porém é difícil determinar características vegetativas para todo gênero, visto que existem espécies com pseudobulbos lineares, outras com roliços e outras com formato terete. O mesmo acontece com as hastes, que podem ser uniflorais ou multiflorais, laterais ou apicais, e com as flores que podem ser pequeninas ou grandes, de todas as cores imagináveis (menos preta).

Possuem as sépalas juntas à base da coluna. As condições de cultivo variam de acordo com a região de origem das espécies. Portanto, antes de cultivar qualquer espécie de Dendrobium, é necessário conhecer sua origem e condições de seu habitat.

Existem algumas regras que podem ser empregadas para todas as espécies, que são: boa circulação de ar, boa luminosidade, rega constante durante o período de crescimento vegetativo e, durante o período de dormência, somente umidade ambiente ou água suficiente para que os pseudobulbos não desidratem.
Principais espécies: Den. amethystoglossum, Den. anceps, Den. atroviolaceum, Den. bellatulum, Den. canaliculatum, Den. chrysotoxum, Den. cruentum, Den. crumenatum, Den. cuthbertsonii, Den. dearei, Den. discolor, Den. forbesii, Den. finisterrae, Den. harveyanum, Den. infundibulum, Den. kingianum, Den. lawesii, Den. leonis, Den. lindleyi (ex agregatum), Den. lineale, Den. macrophyllum, Den. nobile, Den. pseudoglomeratum, Den. polysema, Den. sanderae, Den. speciosum, Den. spectabile, Den. subclausum, Den. tetragoneum.

Dendrobium anosmum (ex superbum): Espécie epífita com pseudobulbos finos, nodosos e compridos com até mais de 1 metro de comprimento. Sua floração é intensa, formando duas fileiras laterais nos pseudobulbos. Flores grandes, de 6 cm de diâmetro, com pétalas e sépalas de cor rosa claro. Labelo de cor púrpura escura e bastante papiloso. É muito perfumada. Vegeta em Sri-Lanka, Índia, Filipinas, Vietnã e Nova Guiné.

Dendrobium chrystoxum: Espécie originária de Burna. Com pseudobulbos fusiformes e folhas coriáceas, verdes-lustrosas. Perto do ápice, nascem as inflorescências eretas, levemente curvadas, com lindas flores de 2 cm de diâmetro de cor amarelo-dourado-intenso, realçado pelo disco do seu labelo alaranjado. Tem cheiro intenso a mel.

Denbrobium devonianum: Espécie com pseudobulbos cilíndricos, compridos e muito finos. É talvez a espécie que possui flores mais bonitas. Sépalas e pétalas branco-creme levemente matizadas por duas máculas de cor magenta. Labelo amplo, marginado de púrpura e grande mancha alaranjada. Originária de Burna e Assã. É de difícil cultura.

Dendrobium nobile: Espécie epífita de pseudobulbos eretos de até 40 cm de altura, que sempre floresce no pseudobulbo formado no ano anterior, nascendo escapos florais com uma a três flores nos nódulos de suas metades superiores. Flor de 3 cm de diâmetro cor-de-rosa-purpureo. Labelo com grande mácula marrom-purpurea intensa que as pessoas chamam de “Olho-de-Boneca”. Existem muitas variedades, principalmente de cores.

Procede da Índia, sul da China, Laos e Tailândia onde vegeta a 1.500 metros de altura. A espécie foi coletada e descrita por John Lindley em 1830. Acredita-se que haja mais plantas dessa espécie no Brasil do que nos países asiáticos. Sua cultura deve ser feita com o seguinte cuidado: nos meses de maio e junho, quando nos nódulos dos pseudobulbos aparecem pequenos intumescimentos, deve-se diminuir radicalmente as regas.

Caso contrário, ali nascerão novas mudas da planta. Se deixarmos de molhar, ali surgirão flores. Para os pseudobulbos não se desidratarem, devemos nesse período lhe dar apenas pequenas pulverizações. O cultivo em vasos de cerâmica cônicos, tamanho médio, com fibra de coco mais os substratos já descritos em outros posts, boa drenagem e com tutores é o ideal, podendo ficar em pleno sol.

Dendrobium lindleyi (ex aggregatum): Espécie epífita com pseudobulbos de 2 cm de altura rastejantes e sulcados, portanto pequenas folhas de 5 cm de comprimento, lanceoladas e coriáceas de cor verde escuro. Hastes florais pendentes e ramificadas com até 30 flores. Flor de 2 cm de diâmetro com pétalas e sépalas amarelo-carregado e margens encrespadas. Labelo arredondado de cor alaranjada. Floresce na primavera. Seus habitats localizam-se em uma altitude entre 350 e 1.500 metros na Índia, Burna, sul da China, Malásia e Indochina.

ENCYCLIA
Gênero composto por aproximadamente 242 espécies, distribuídas por toda a América tropical.A Encyclia é caracterizada por plantas epífitas, simpodiais, com inflorescências apicais e flores nunca excedendo 4 centímetros de diâmetro com labelo livre da coluna por quase toda sua extensão.

Encontradas em florestas secas e úmidas, desde o nível do mar até altitudes de 3.000 metros, dependendo da espécie. A maioria das espécies é cultivada sob condições de temperaturas e clima intermediários, sendo normalmente cultivadas como as Cattleysa, que gostam de alta luminosidade.
Este é um gênero que foi criado a partir do gênero Epidendrum, ao qual está intimamente ligado.
Principais espécies: Enc. alata, Enc. cordigera, Enc.brassavolae, Enc. lutzemberg, Enc. polybulbum, Enc. spirictusantensis, Enc. vitellina.

EPIDENDRUM
Gênero com mais de 1.000 espécies conhecidas e descritas, sofreu diversas subdivisões nos últimos anos e diversos gêneros, como Dimerandra, Encyclia, Hormidium, Oesterdella, foram criados a partir dele. Mesmo assim, continua tendo status de mega gênero.

Suas espécies estão distribuídas por toda América tropical e podem ser reconhecidas pelo estreito rostillum, por possuírem labelo unido à coluna, formando um tubo. Muitas espécies possuem pseudobulbos parecidos com hastes florais, porém várias espécies apresentam diferentes formas vegetativas. Normalmente, possuem quatro políneas.

O gênero está dividido em mais de 50 seções e vários esforços têm sido feitos no intuito de que outros gêneros sejam aceitos porque, desta forma, possa-se tornar o Epidendrum um gênero mais homogêneo.Condições de cultivo, como nos mega gêneros mencionados anteriormente, variam muito, dependendo da região de onde origina-se a espécie.

Existem espécies epífitas, rupícolas e terrestres, e para cada uma as condições são diferentes, porém na sua maioria, são plantas que devem ser cultivadas em clima intermediário, com boa ventilação e umidade, sem necessitarem de grande adubação nem de períodos secos durante o ano.
Na sua maioria são plantas de fácil cultivo, que podem ser bem cultivadas em conjunto com as Cattleyas.
Principais espécies: Epi. avicula, Epi. calanthum, Epi. campaccii, Epi. ciliare, Epi. cinnabarinum, Epi. coronatum, Epi. falcatum, Epi. ilense, Epi. longipetalum, Epi. marmoratum, Epi. nocturnum, Epi. parkinsonianum, Epi. pfavii, Epi. pseudoepidendrum, Epi. sophronitoides, Epi. stamfordianum, Epi. vesicatum.

GOMESA
Este é um gênero endêmico do Brasil, com cerca de 13 espécies conhecidas.
É caracterizado pela presença de pseudobulbos oblongos e lisos, com duas folhas apicais bem finas e leves. Possui inflorescências arqueadas, produzidas da base do bulbo e com inúmeras flores pequeninas de cores verde-amareladas. São espécies epífitas encontradas nas florestas secundárias do sudeste e sul do Brasil.

As Gomesa são plantas de fácil cultivo, que se adaptam bem a condições adversas. Podem ser cultivadas com sucesso em vasos de barro com fibra de coco ou em placas de coxim. Gostam de umidade ambiente e boa movimentação de ar.
Principais espécies: G. barkeri, G. crispa, G. glaziovii, G. recurva.

Gomesa crispa: Espécie epífita, com pseudobulbos alongados e lateralmente achatados, sustentando duas ou três folhas liguladas ou oblongas. Inflorescências de 20 centímetros de comprimento, curvadas para baixo e com muitas flores densamente agrupadas. Flor pequena, de 1 centímetro de diâmetro, verde-amarelada. Pétalas e sépalas obtusas e onduladas, sendo as pétalas laterais concrescidas na base.

Labelo oblongo, com duas cristas obtusas e margens finamente crenuladas, indo da base até perto do labelo. É de cultura simples em locais sombreados, requer abundantes regas quando está vegetando e relativa seca na floração. Floresce de junho a agosto.

Gomesa recurva: Espécie epífita com pseudobulbos alongados e achatados lateralmente sustentando 2 a 3 folhas oblongas, inflorescências de 18 cm de comprimento pendentes com 20 a 30 flores. Flor pequena de 2 cm de diâmetro com pétalas e sépalas de cor verde. Labelo rombudo de cor amarelo-esverdeado. Sua cultura necessita de locais úmidos e sombreados. Floresce na primavera.

LAELIA
Aproximadamente 60 espécies são conhecidas, distribuídas na América Central, principalmente no México, Guatemala e no Brasil. Possuem pseudobulbos com uma ou duas folhas, dependendo da espécie, hastes florais eretas, uniflorais ou multiflorais, sempre saindo do ápice dos pseudobulbos. São plantas epífitas na sua maioria, mas possuem um grupo de plantas que crescem sobre rochas, denominadas rupícolas.

Por tratar-se de um gênero extenso, existem alguns subgrupos de plantas, as quais são cultivadas diferentemente umas das outras. Porém, de forma geral, as Laelias rupícolas gostam de temperaturas mais baixas, luz intensa, alta umidade ambiente e ótima drenagem.

Devem ser cultivadas em vasos com substrato que pode ser fibra de coco, pedriscos ou casca de peroba com sphagnum à sua volta, apesar de que seu cultivo é bastante difícil e não recomendado para iniciantes.

As epífitas de forma geral são cultivadas em vasos de barro com xaxim, necessitam de boa luminosidade, porém menos intensa do que as rupícolas, que crescem muitas vezes a pleno sol. Elas gostam de umidade ambiente e crescem bem se cultivadas junto às Cattleyas.
Algumas espécies como: L. pumila, L. praestans, L. dayana, L. alaorii e L. jongheana, são de cultivo mais complexo e devem ser colocadas em vasos de barro, mas sobre uma casca com sphagnum ou fibra de coco à sua volta e não devem ser adubadas freqüentemente.
Principais espécies:
L. alaorii, L. anceps, L. autumnalis, L. briegeri, L. cinuabarina, L. fidelensis, L. harpophylla, L. jongheana, L. lobata, L. milteri, L. pumila, L. praestans, L. purpurata, L. rubescens, L. sincorama, L. tenebrosa, L. xanthina.

MASDEVALLIA
Gênero formado por aproximadamente 350 espécies descritas, é um dos mais espetaculares gêneros desta subtribo, com espécies distribuídas desde o México até o Brasil, sendo que a grande maioria encontra-se na Cordilheira dos Andes. São encontradas como epífitas, porém nas partes mais baixas das árvores, nunca a mais de 2 metros do solo, e por esse motivo necessitam de ambiente bastante úmido e com pouca luminosidade.

Como são encontradas em altitudes elevadas, necessitam de clima com temperaturas relativamente baixas. As folhas são brilhantes e carnudas e sempre mais compridas que seu caudículo. Suas inflorescências são igualmente uniflorais ou racemosas. Suas flores são sempre coloridas e suas sépalas unidas, formando um tubo ou cone. As pontas das sépalas são finas e curvas.

As pétalas, ao contrário de outros gêneros, são pequenas e praticamente não percebidas, bem como o labelo, que é pequeno e mais parece uma calosidade ou pequena lingüeta, normalmente na cor branca ou púrpura. São cultivadas em pequenos vasos com fibra de coco ou sphagnum, em estufas com pouca luz, bastante circulação de ar e temperaturas amenas.
Principais espécies: M. ayabacana, M. bicolor, M. angulata, M. coccinea, M. coríacea, M. decumana, M. brinacea, M. exaltata, M. ígnea, M. infracta, M. limax, M. nidifica, M. pachyura, M. portillae, M. recemosa, M. rósea, M. rubiginosa, M. setacea, M. strobelli, M. trovarensis, M. triangularis, M. trochilus, M. uniflora, M. veitchiana.

MAXILLARIA
Existem aproximadamente 700 espécies descritas neste gênero, distribuídas desde o Caribe e América Central até o sul do Brasil e norte da Argentina. Como todo grande gênero, as diferentes morfologias e formas vegetativas são presentes. Também vêm sendo criados diversos novos gêneros a partir de espécies incluídas originalmente como Maxillarias.

A grande diferença de formas e colorido das flores também estão presentes neste gênero, sendo que as Maxillarias com colorido mais intenso e com flores de maior tamanho encontram-se na Cordilheira dos Andes, do Peru até a Colômbia.

As Maxillarias brasileiras são plantas menores tanto no tamanho da planta quanto das flores, bem como de colorido menos fascinante.
As Maxillarias andinas crescem em altitudes que vão de 1000 até 3000 metros, enquanto que as brasileiras são encontradas em locais de menos altitude.

Por este fator, as Maxillarias andinas necessitam de maior umidade, menos luminosidade e temperaturas mais amenas.

Na natureza, as Maxillarias como Max. sanderiana, Max. lepidota, M. striata, Max. longipétala, etc. crescem muitas vezes em conjunto com os Phragmipedium e podem ser tanto terrestres quanto epífitas. Diversas vezes, uma mesma espécies é encontrada nas duas formas.
Principais espécies: Max. curtipes, Max. lúteo-alba, Max. picta, Max. ochroleuca, Max. lepidota, Max. sanderiana, Max. striata, Max. longipétala, Max. schunkeana, Max. rufescens, Max. tenuifolia.

MILTONIA
Este é um gênero composto por aproximadamente 10 espécies, distribuídas principalmente pelo sudeste brasileiro. Plantas caracterizadas pela presença de uma ou duas folhas apicais e mais duas folhas que saem da base dos pseudobulbos, de onde são projetadas as hastes florais. Suas inflorescências podem ser uniflorais ou multiflorais, dependendo da espécie.

Suas flores são sempre belas, com um labelo grande em relação às sépalas e pétalas, sempre planas e arredondadas na sua extremidade. Todas as espécies possuem duas políneas. Algumas espécies andinas foram transferidas para o gênero Miltoniopsis e a espécie chamada Miltonia warscewiczii foi transferida para o gênero Oncidium.

As Miltonias são plantas epífitas, que necessitam de luminosidade média, bastante circulação de ar e umidade. Podem ser cultivadas em vasos de barro com xaxim, bem como em placas e estufas de clima intermediário.
Principais espécies: M. cândida, M. clowesii, M. cuneata, M. flavescens, M. moreliana, M. regnellii, M. spectabilis.

ONCIDIUM
Este é mais um dos mega gêneros, com aproximadamente 600 espécies distribuídas por toda a América tropical, desde o México até o norte da Argentina. Caracteriza-se por uma grande diversidade morfológica de suas espécies, porém de forma geral possui pseudobulbos semelhantes aos das Miltonias e Odontoglossum, com hastes florais provenientes da base dos pseudobulbos.

Nos quais encontram-se duas folhas. Suas flores sempre são de cores predominantemente amarela ou marrom com pintas e sua maior característica é a presença de calosidade na parte distal do labelo, além de possuir junto ao estigma, duas saliências semelhantes a duas asas. Seu labelo origina-se na base da coluna. Possuem duas políneas.

A grande maioria das espécies é epífita, porém existem também espécies terrestres e rupícolas. Podem ser encontradas em regiões com altitudes que variam desde o nível do mar até 4.000 metros, sempre em florestas úmidas.

Devem ser cultivadas em estufas de clima intermediário, em vasos de barro com xaxim, sempre com excelente drenagem, ou em placas de peroba ou coxim, sempre com água abundante durante todo o ano. Crescem nas áreas ensolaradas das florestas, sobre ramos e gravetos de árvores.
Principais espécies: Onc. ampliatum, Onc. barbatum, Onc. baueri, Onc. bicolor, Onc. bifolium, Onc. cebolletae, Onc. cheirophorum, Onc. concolor, Onc. crispum, Onc. divaricatum, Onc. enderianum, Onc. fimbriatum, Onc. flexuosum, Onc. forbesii, Onc. gardnerii, Onc. hastatum, Onc. hastilabium, Onc. lanceanum, Onc. leinigii, Onc. luridum, Onc. nubigenum, Onc. onustum, Onc. ornithorhynchum, Onc. planilare, Onc. sarcodes, Onc. silvanum, Onc. spiopterum, Onc. stacyi, Onc. stenotis, Onc. tiyrinum, Onc. varicosum.

PAPHIOPEDILUM
Este gênero compreende cerca de 60 espécies, distribuídas pela Ásia tropical, desde a Índia até a Nova Guiné e Filipinas.

São conhecidas como ”Lady´s slippers” devido ao formato de seu labelo. Dos gêneros desta família, são as mais encontradas em cultivo, devido à sua fácil adaptação em cultivo. São espécies notoriamente difíceis de se conseguir a partir de sementes, visto a grande dificuldade na germinação das mesmas. Por este fator, as populações de Paphiopedilum na natureza estão praticamente dizimadas, uma vez que foram intensamente coletadas.

As flores são similares na forma, variando somente na coloração.
São espécies terrestres, que crescem em locais de pouca luz e muita umidade. Suas sépalas laterais são unidas, pequenas, e normalmente estão escondidas pelo “sapatinho” do labelo. A maioria das espécies produz hastes uniflorais, porém algumas produzem hastes multiflorais com flores simultâneas que podem durar vários meses.

As Paphipedilum pfitzer podem ser separadas em três grupos de cultivo distintos. O primeiro, com plantas cujas folhas são marchetadas, é mais tolerante ao calor, visto tratarem-se de espécies de locais de altitude mais baixa. O segundo, com folhas lisas ou não marchetadas e com hastes uniflorais, que preferem clima intermediário para frio e, por último, as plantas com folhas sem desenho (não marchetadas ou lisas) e com hastes multiflorais, que preferem temperaturas mais elevadas e mais luminosidade que os outros dois grupos.

Devem ser cultivadas em composto misto para epífitas e terrestre, em vasos, sendo que nunca devem ficar secas. Assim sendo, dê preferência a vasos de plástico.
Principais espécies: Paph. adductum, Paph. armeniacum, Paph. bellatulum, Paph. callosum, Paph. charlesworthii, Paph. concolor, Paph. delenatii, Paph. druryi, Paph. emersonii, Paph. exul, Paph. godefroyae, Paph. hirsutissimum, Paph. insigne, Paph. lowii, Paph. malipoense, Paph. micranthum, Paph. niveum, Paph. parishii, Paph. primulinum, Paph. rothschildianum, Paph. sanderianum, Paph. sukhakulii, Paph. venustum.

Paphiopedilum callosum: orquídea terrestre, asiática, não possui pseudobulbos e é formada por fascículos. Folhas de até 30 cm de comprimento. Formas e cores muito variadas, como branco, amarelo, verde e marrom. São mais conhecidas como “sapatinho”, por causa da forma especial do seu labelo. As flores podem durar até 3 meses.

PHALAENOPSIS
O gênero compreende cerca de 50 espécies epífitas, ocasionalmente rupícolas, distribuídas por toda a Ásia tropical, desde o sul da Índia até o leste de Papua, Nova Guiné e do norte da China e Taiwan até o sul da Austrália. As Filipinas são particularmente ricas em Phalaenopsis.

São planta monopodial, com folhas largas e suculentas, de porte pequeno, com grossas e suculentas raízes. As inflorescências são produzidas por entre as folhas, com hastes florais que possuem apenas poucas flores até espécies com hastes com mais de 100 flores, com várias cores e formas. Todas as espécies possuem labelo trilobado.

O gênero está intimamente relacionado com Kingidium, sendo que alguns botânicos acreditam que estes são gêneros idênticos. Também está relacionado com Dorotis, com o qual possui inúmeros híbridos intergenéricos, chamados de Doritaenopsis.

Algumas espécies de Phalaenopsis, originárias de Borneo, foram transferidas para o gênero Paraphalaenopsis.
As Phalaenopsis constituem um dos gêneros mais cultivados, tanto por colecionadores como por horticultores, principalmente para o mercado de flores de corte, visto que suas plantas possuem crescimento rápido e suas flores são muito duráveis e também porque algumas espécies podem passar diversos meses em floração contínua.

Devem ser cultivadas em vasos com substrato que retenha umidade, uma vez que, por não possuírem pseudobulbos, não têm mecanismos para armazenagem de água. O vaso ideal é o de plástico. Além disso, devem ser cultivadas com pouca luminosidade e muita circulação de ar, pois deste modo você conseguirá florações mais belas e abundantes e reduzirá a incidência de pragas e doenças.
Principais espécies: Phal. amabilis, Phal. aphrodite, Phal. cornu-cervi, Phal. fasciata, Phal. hieroglyphica, Phal. lobbii, Phal. lueddemanniana, Phal. manii, Phal. mariae, Phal. sanderiana, Phal. schilleriana, Phal. violácea.

PLEUROTHALLIS
Este é um dos maiores e mais complexos gêneros da família das orquídeas e compreende cerca de 1000 espécies descritas, subdivididas em 27 subgêneros e 25 seções. Devido à grande extensão e diversidade deste gênero, que está distribuído por toda a América tropical, existem plantas que variam de tamanho desde plantas minúsculas até plantas de grande porte, que podem ser epífitas ou terrestres, altas ou baixas, eretas ou pendentes, formando touceiras ou não, com hastes florais longas e curtas, com folhas largas ou estreitas, com hastes uniflorais ou multiflorais. Suas flores podem ser tanto coloridas como brancas, delicadas ou não, perfumadas ou não, porém sempre possuem duas políneas.

São plantas encontradas em todas as coleções de orquídeas, muitas vezes sem identificação ou com identificação errada.

Encontram-se espalhadas pelas mais diferentes regiões e, portanto, existem espécies cultivadas em clima frio, quente e intermediário, bem como espécies de locais úmidos e outras encontradas em regiões secas.
Principais espécies: Ple. acuminata, P. allenii, P. cordata, P. erinacea, P. flexuosa, P. gélida, P. grobyi, P. hemirhoda, P. pectinata, P. portillae, P. secunda.

POLYSTHACHYA
Gênero composto por aproximadamente 150 espécies, distribuídas, principalmente, pela África, com apenas algumas espécies encontradas em Madagascar, Ásia e Américas.

São plantas geralmente de porte pequeno, com pseudobulbos de várias formas, normalmente formando pequenas touceiras. São plantas bastante parecidas com Bulbophyllum, porém podem ser facilmente distinguidas devido às suas inflorescências serem apicais. Suas flores são normalmente pequenas e com coloração bem diversificada. Possuem sempre hastes florais eretas, apicais e normalmente multiflorais.

s flores geralmente são viradas para baixo, como chapéus. Podem ser cultivadas em pequenos vasos, com boa drenagem, ou em placas de peroba. Existem espécies de clima frio e quente, como também espécies que são encontradas a mais de 3.000 metros acima do nível do mar.

Uma das mais belas Polystachia é a Pol. kermesina, espécie africana, encontrada em altitudes de aproximadamente 11.000 pés, em Ruanda.
Sua planta é de porte pequeno, porém é compensada pela beleza de suas flores de cor vermelho sangue.
Principais espécies: Pol. adansoniae, Pol. bella, Pol. concreta, Pol. kermesiana, Pol. pubescens, Pol. ottoniana.

RODRIGUEZIA
Nome dado em homenagem a Manoel Rodríguez, botânico espanhol e contemporâneo dos exploradores Ruiz e Pavón. Gênero de pequenas plantas que vegetam desde a Costa Rica até o Brasil e Peru. Tem 30 espécies epífitas.
Principais espécies: Ro. decora, Ro. lanceloata (ex Rodriguezia secunda), Ro. obtusifolia, Ro. venusta.

Rodriguezia decora: Espécie com pequenos pseudobulbos que sustentam uma única folha, estreita e pontuda. Pseudobulbos que aparecem sobre roliço e fino rizoma, em intervalos de 10 cm uns dos outros. Racimos florais arqueados e multiflorais, de até 30 centímetros de comprimento. Flores vistosas, com pétalas e sépalas de cor creme, salpicadas de púrpura. Labelo grande, reniforme, de cor branca, com cristas salpicadas, também, de púrpura.

Rodriguezia lanceloata: Espécie com rizoma alongado e ascendente. Pseudobulbos ovais, aproximados, sustentando uma única folha oblonga e acuminada de 10 cm de altura de cor verde-claro. Racimos recurvados com três a seis flores de 3 cm de diâmetro, de cor roxo-lilás e labelo cuneiforme de cor mais forte e cristas salpicadas de vermelho. Florescem de fevereiro a abril. Vegeta em habitats ensolarados nos estados do Pará e Mato Grosso, até em praças públicas.

Rodriguezia obtusifolia: Espécie epífita, com pseudobulbos estreitos e achatados, sustentando folha estreita e acuminada. Os pseudobulbos aparecem em intervalos de 15 cm sobre fino e roliço rizoma. Seu crescimento nas árvores hospedeiras é sempre vertical. Racimos florais finos e arqueados, com até 40 cm de comprimento, portanto de três a cinco flores. Flor de 2 cm de diâmetro, com pétalas, sépalas e labelo reniformes, todos de cor branca. Floresce no inverno.

Rodriguezia venusta: Espécie que habita nas matas do litoral brasileiro, desde Pernambuco até o Rio Grande do Sul. Pseudobulbos compridos sustentando duas a três folhas estreitas e coriáceas de 15 cm de comprimento e de cor verde-claro. Flores muito perfumadas que formam graciosos racimos recurvados. Pétalas e sépalas de cor branco-leitosa, labelo bem encrespado dotado de mácula amarela. É altamente decorativa. Floresce em outubro/novembro.

SOPHRONITIS
Este é um gênero pequeno, com pequenas plantas, mas de beleza e colorido gigantesco. Possui cerca de 7 espécies, distribuídas pelo Brasil, Bolívia e Paraguai. Caracteriza-se por possuir pseudobulbos cilíndricos, próximos uns dos outros, formando grandes touceiras e contendo normalmente uma única folha apical, com inflorescências curtas e partindo do ápice dos pseudobulbos, podendo ser multiflorais ou uniflorais, dependendo da espécie.

Possui labelo livre da coluna, porém circundando-a, e todas as espécies contêm oito políneas. Este gênero está intimamente ligado às Cattleya, Laelia, Epidendrum e Brassavola, com os quais produz diversos híbridos, sempre doando para estes sua cor vermelha.

Estas espécies desenvolvem-se em florestas úmidas em regiões com altitudes que variam de 500 a 1000 metros. São plantas de difícil cultivo, porém podem ser cultivadas com sucesso em pequenos vasos de barro, com vasos de coxim e sempre com excelente drenagem.

ode-se também cultivá-las sobre um pedaço de madeira, colocado em um vaso com sphagnum à sua volta. Desta forma, a planta ficará com seu sistema radicular bem aéreo e terá a umidade ambiente de que necessita. O melhor é o vaso de fibra de coco. Não é bom o uso de cachepô.
Principais espécies: Soph. cernua, Soph. coccinea, Soph. grandiflora, Soph. wittigiana, Soph. mantiqueira.

Sophronitis coccinea: Epífita brasileira, mede em torno de 10 cm de altura. Folhas e pseudobulbos juntos, cor vermelho-vivo são suas flores de até 4 cm de diâmetro, com pétalas e sépalas redondas de cor vermelho-escarlate-brilhante que transmite para seus híbridos.

Viceja em matas ralas e ensolaradas no espigão de toda Serra do Mar, desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, em locais bastante úmidos entre densas neblinas numa altitude entre 600 a 1500 metros. Floresce em agosto/setembro.

Sophronitis cernua: Espécie anã e rasteira formando, muitas vezes, verdadeiros tapetes. Pseudobulbos curtos e cilíndricos com uma única folha espessa e oval. Inflorescência com 3-4 pequenas flores de 1,5 cm de diâmetro. Totalmente amarela-limão. Originária do Sul de Minas Gerais, Brasil. Floresce em julho/setembro. É de difícil cultura.

Sophronitis mantiqueira: Uma das raras orquídeas de cor vermelha, é natural da Serra da Mantiqueira. De cada pseudobulbo emerge só uma florzinha de 3 cm de diâmetro. Essa espécie requer sombra moderada e muita umidade atmosférica, crescendo melhor em árvores vivas.

VANDA
O gênero compreende aproximadamente 50 espécies, distribuídas desde o Sri Lanka e sul da Índia até a Nova Guiné e Austrália, e do norte da China até as Filipinas. É um gênero bastante complexo e com diversas espécies transferidas para outros gêneros, já que, até o momento, não há um consenso entre os botânicos.

São plantas monopodiais, geralmente grandes. As flores saem em hastes multiflorais a partir das axilas das folhas, são de colorido geralmente amarelo ou marrom, com pintas.

Muitas espécies são bastante perfumadas durante o dia. São cultivadas normalmente em cachepots, com suas raízes aéreas. As plantas necessitam de muita luminosidade, porém não desejam sol direto. Além disso, gostam de muita circulação de ar e água abundante.

Quando expostas a locais com baixa umidade, as plantas começam a perder suas folhas. Como já dissemos anteriormente, esta planta tem deficiência de fixação de nitrogênio e, por isso, devem ser fertilizadas com freqüência.

Este também é um gênero muito cultivado na horticultura de forma geral, juntamente com outros gêneros (Renanthera, Aerides, Ascocentrum, Rhynchostylis, etc.). Chamados comumente de “Vandaceas”, produzem diversos híbridos de flores bastante coloridas, duráveis e perfumadas, que por isso são muito apreciadas por colecionadores e público em geral.

As Vandas, em geral, são epífitas. Mas uma espécie, a Vanda teres, também pode ser plantada no chão.
Principais espécies: V. coerulea, V. dearei, V. denisoniana, V. lamellata, V. luzonica, V. merrillii, V. tricolor.

VANILLA
Este gênero compreende aproximadamente 50 espécies descritas, espalhadas por todo o mundo tropical. Suas plantas são semelhantes a trepadeiras ou parreira e chegam a atingir mais de 30 metros de comprimento e possuem folhas suculentas, bem como seu caule, e raízes aéreas.

Suas flores são belas, porém duram apenas um ou dois dias, na maioria das espécies, e saem de hastes florais a partir da base de suas folhas, florescendo sucessivamente. A essência de baunilha é produzida de diversas espécies de Vanilla, o que faz com que este gênero seja um dos únicos gêneros de orquídeas utilizadas para propósito comercial, que não o de beleza ornamental.

São cultivadas com sucesso quando plantadas com suas raízes basais em vasos de barro com meio formado por partes iguais de terra orgânica, fibra de coco e areia.

Porém, como toda trepadeira, necessitam de suporte para poderem desenvolver-se. Mantenha-as em local com alta luminosidade, bastante umidade e adube com frequência.
Principais espécies: Vanilla phaeantha, Vanilla planifólia, Vanilla pompona.

Vanilla planifólia: Planta trepadeira que é cultivada comercialmente em grande escala. Os seus frutos (vagens), depois de tratados, são a aromática baunilha dos nossos doces. Folhas suculentas verde-escuras. Flores de 10 cm de diâmetro com forma que lembra as Cattleyas. Sépalas e pétalas verde-amareladas-brilhantes. Labelo encrespado branco e fauce amarela. Originaria da América Central e Brasil. Floresce no verão.

ZYGOPETALLUM
Este é um gênero composto por cerca de 16 espécies sul-americanas. Caracteriza-se por possuir pseudobulbos ovais, com várias folhas laterais e apicais e inflorescência multifloral saindo da base dos pseudobulbos. Suas pétalas e sépalas são livres, possuindo labelo trilobado com calosidade basal bem característica.

São plantas encontradas como terrestres e epífitas, em florestas úmidas em regiões com altitude que varia entre 300 e 1500 metros. Podem ser cultivadas em vasos de barro com xaxim, sempre bem drenados, com água abundante durante todo o ano. O melhor é o vaso de coxim. Não é bom o uso de cachepô.
Principais espécies: Z. crinitum, Z. intermedium, Z. mackayi, Z. maxillare, Z. pabstii.

Zygopetallum crinitum: Vegeta em matas úmidas e é uma bela espécie epífita brasileira, que floresce entre julho e setembro, exalando delicioso perfume. Os pseudobulbos são ovóides e as folhas estreitas e lanceoladas.

Zygopetallum mackayi: Distribui-se no Brasil pelo Espírito santo até o Rio Grande do Sul e interior de Minas Gerais.
Variedades: cochleatum, parviflorum, pictum.
Cultivo:
o cultivo deve ser feito a meia sombra, em vaso de vaso de barro, de tamanho grande ou diretamente no solo. Deve-se usar terra vegetal, pedaços de xaxim velho, folhas mortas e pedaços de pau podre. Essa planta é mais humícola que terrestre, ela dá preferência para solos que apresentem restos vegetais.

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