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Pau-amargo (picramnia parvifolia)

Uma planta é antagônica para outra quando inibe seu potencial de crescimento: ela libera substâncias no solo ou no ar capazes de invadir o espaço de outras plantas e limitar suas necessidades de luz e água.

Algumas espécies possuem substâncias que afastam ou inibem a ação de insetos, como ocorre, por exemplo, com o piretro, presente no cravo-de-defunto e nos crisântemos. Como qualquer estratégia de manejo agroecológico, o uso de tais plantas não deve ser feito isoladamente e, sim, dentro de uma visão abrangente de promoção do equilibro ecológico em toda a propriedade agrícola. Quanto mais equilibrados estiverem o solo, as plantas e os animais, menor será a necessidade de se apelar para tais estratégias, aproximando a produção orgânica da situação ideal que é a de pouco intervir porque agroecossistema já se tornou capaz de se auto-regular.

a) Cravo-de-defunto (Tagetes minuta) e ou Cravorana (Tagetes sp) silvestre.
As plantas inteiras, principalmente no florescimento, são boas repelentes de insetos e nematóides (no solo). Usadas em bordadura das culturas ou em pulverizações na forma de extratos alcoólicos, atuam tanto por ação direta contra as pragas, quanto por “disfarce” das culturas pelo seu forte odor.

Fórmula Geral: 200 gramas de planta verde, mascerados por 12 (doze) horas em álcool (aproximadamento 1 litro) e diluídos em 18 a 19 litros de água (20 litros para pulverização)

b) Cinamomo (Melia azedorach L., família Meliaceae)
O chá das folhas e o extraído acetônico-alcoólico dos frutos (ambos na dosagem média de 200 gramas para um volume final de 20 litros para pulverização) são inseticidas. Os frutos devem ser moídos e seu pó pode ser usado na conservação de grãos armazenados.
Observação: É uma árvore ornamental comum no sul do Brasil, de origem asiática.

c) c) Saboneteira ( Sapindus saponaria L.)
Árvore nativa da América Tropical, usada como ornamental , possui nos frutos um efeito inseticida. Para se ter uma idéia de seu poder de ação, vale mencionar que seis frutos bastam para preservar 60 quilos de grãos armazenados.
Os estratos podem ser feitos dos frutos amassados diretamente em água (uso imediato) ou conservados por extração acetônica e/ou alcoólica. Em ambos os casos, 200 gramas são suficientes para o volume de 20 litros de um pulverizador costal.

d) Quássia ou Pau-amargo (Quassia amara, família Simarubaceae)
Arbusto alto, nativo da América Central, com ação inseticida especialmente contra moscas e mosquitos, pelo alto teor de substâncias amargas na casca e madeira. Estas partes podem ser usadas em pó ou extrato acetônico-alcoólico, assim como os ramos e folhas, variando apenas a concentração: 200 gramas de cascas ou madeira moída.

e) Mucuna-preta (Mucuna sp ou Stizolobium oterrium)
Plantada associada ao milho, evita mais de 90% da instalação dos gorgulhos nas espigas

Atrativos ou “Plantas-Armadilhas”
Muitas plantas possuem substâncias atrativas específicas para alguns insetos, que podem ser utilizadas como plantas-armadilha para várias pragas. A simples concentração dessas pragas já as torna mais vulneráveis a parasitas e predadores, assim como mais sujeitas a doenças, permitindo também a utilização de métodos agroecológicos de manejo de pragas e doenças.

Alguns exemplos de plantas atrativas de comprovada utilidade na horticultura
Purungo ou Cabaça (Lagenaria vulgaris)

Plantado em bordadura (em forma de cercas-vivas) ou com seus frutos cortados e espalhados na lavoura é o melhor atrativo para o besourinho ou vaquinha verde-amarela (Diabrotica speciosa).

Tajujá (Cayaponia tayuya)
Planta da família das cucurbitáceas, atrativa para as vaquinhas. Sua limitação consiste no fato de que as raízes que são a parte mais útil da planta, são de cultivo mais difícil que o do Purungo.

bebedouros de pássaros

ervas-daninhas

As ervas daninhas, os insetos nocivos e os animais destruidores reduzem a produção de uma horta e desencorajam o seu horticultor. Uma proteção eficaz das culturas necessita de uma correta compreensão dos diferentes tipos de pragas e de doenças que atacam as culturas, assim como um conhecimento dos diferentes meios e métodos que permitem eliminá-las. Muitas vezes, o problema desaparece se as plantas selecionadas se adaptarem à sua localização e se o solo e a água forem bem geridos.

A doença de uma planta é uma situação anormal causada por microorganismos, geralmente demasiado pequenos para serem visíveis a olho nu e que são chamados bactérias, fungos, vírus e nemátodos, estes últimos são vermes minúsculos que atacam as raízes. Outros prejuízos são também causados por pragas, tais como os insetos, os ácaros e os vermes. Certas doenças das plantas propagam-se facilmente. Por exemplo, a mosca branca transmite o vírus do mosaico, que se propaga das plantas de mandioca doentes para as plantas saudáveis.

Certas plantas parasitas, como a striga ou pequeno feiticeiro e a Orobanca/erva-toira, são consideradas como nocivas porque causam grandes perdas na colheita.

As ervas daninhas
Em muitas hortas, as ervas daninhas representam um grande problema para as plantas alimentares. Estas ervas disputam com as culturas alimentares os elementos nutritivos, a água, os raios solares e o espaço. As culturas invadidas por ervas daninhas crescem mal e por vezes morrem. Quando são muito densas, as ervas daninhas podem abrigar serpentes, ratos ou pragas. O problema ganha ainda mais importância nas hortas onde não há árvores adultas. Se as ervas daninhas não forem bem controladas desde o início, podem necessitar de mão-de-obra que poderia ter sido mais bem utilizada no cultivo de plantas úteis.

A erva representa por vezes também um sério problema pelo fato de poder invadir rapidamente uma horta. Pode, por outro lado, servir igualmente para proteger a horta da erosão do solo e produzir material de proteção com folhagem seca, para produzir composto ou ainda para fornecer colmo para os telhados.

Como lutar contra as ervas daninhas
O melhor meio de lutar contra as ervas daninhas é privá-las de luz solar e de espaço. As três técnicas mencionadas a seguir ensinam o modo de fazê-lo:
- cortar ou enterrar as ervas daninhas com a ajuda de um sacho ou de uma foice antes de as suas flores libertarem as sementes;
- cobrir o solo com 6 cm de folhagem seca (mulch) de proteção (as ervas daninhas cortadas com o sacho ou a foice podem ser utilizadas como material de proteção);
- cultivar plantas rastejantes de crescimento rápido para cobrir o solo (por exemplo, culturas de cobertura como a abóbora, o feijão ou a batata-doce).

Para lutar de forma mais duradoura contra as ervas daninhas, é necessário cultivar plantas que cubram o solo permanentemente. O sistema das culturas em diferentes níveis, no qual plantas de diferentes tamanhos crescem em conjunto, constitui o meio mais eficaz.
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jardim

Você quer iniciar um jardim, ou apenas um canteiro de flores, quem sabe alguns vasos para enfeitar sua casa. Qualquer que seja sua intenção, seu projeto começa com a preparação da terra para o plantio.

Este é o passo inicial que vai refletir em todo resultado de seu trabalho. Então, vamos a algumas dicas simples que farão com que suas plantas lhe agradeçam com um sorriso de beleza!

A mistura básica indicada para o plantio de plantas ornamentais é:
1 parte de terra comum – aquela que você consegue quando cava o chão;
1 parte de terra vegetal ou terra preta – rica em matéria orgânica, vendida em sacos;
1 parte de areia – aquela usada em construção.

Algumas plantas exigem diferentes composições de substrato. As mais comuns são:
Argiloso
2 partes de terra comum, 2 partes de terra vegetal e 1 parte de areia.

Areno-argiloso
1 parte de terra comum, 1 de terra vegetal, 1 de composto orgânico e 1 de areia.

Arenoso
1 parte de terra comum, 1 de terra vegetal e 2 partes de areia.

Rico em matéria orgânica
1 parte de terra comum, 1 de terra vegetal, 2 partes de composto orgânico húmus.
Ao escolher a planta, procure informações sobre o tipo de substrato mais adequado para ela.

Dicas para os vasos
Lembre-se de que as plantas demoram mais para se adaptar a vasos do que a canteiros.

Os cuidados básicos são: Regas – Adubação e Substrato.

Na montagem de seu vaso, não se esqueça do sistema de drenagem no fundo. Você pode usar uma argila expandida, cacos de telha, britas ou até pedaços de isopor.

É bom cobrir com uma tela para filtrar a água das regas e depois coloque o substrato.

O tipo de material escolhido para o vaso vai ter influência na questão da rega – a cerâmica, por exemplo, vai exigir regas mais constantes ou então que seja feita a impermeabilização do vaso.

Como em toda natureza, até mesmo em nossas vidas, o importante é o equilíbrio – Não afogue sua planta com excesso de água – pode causar sua morte!

Uma boa dica é usar casca de pinus sobre a terra para manter a umidade.

A adubação deve ser feita na primavera, quando as plantas acordam do sono do inverno.

Sobre a adubação é importante lembrar que: O excesso de adubo pode matar a planta! Portanto, antes menos que mais.

A escolha do substrato
É um grande erro usar apenas a terra vegetal como substrato. É preciso que seja feita a mistura adequada para que a haja aeração, caso contrário ele pode endurecer muito e sufocar a planta.

Ainda uma dica: Escolha a sua planta de acordo com o lugar onde vão ficar os vasos – sombra ou sol, luz plena ou meia luz. Existem plantas ornamentais para cada tipo de ambiente.

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dendrobium

De um modo geral, cada espécie tem sua época de floração que é uma vez por ano. Convém marcar a época de floração de cada espécies e examiná-las periodicamente, pois, caso não floresçam nessa época, você poderá detectar que algo errado poderá estar acontecendo com a planta e tomar providencias. Por exemplo, no verão, temos a floração na Cattleya granulosa, C.bicolor, C.guttata. No outono, temos a C. violácea, C. luteola, L. perrinii, C. bowringiana. Na primavera temos C. waneri, L. purpurata, C. gaskeliana, Existem orquídeas, como certas Vandas, que, bem tratadas, chegam a florir até quatro vezes por ano (desde que não seja atingida por um inverno rigoroso). O mesmo ocorre com Híbridos cujos pais têm épocas diferentes de floração.

Como fazer as Orquídeas florescerem
Cattleyas
– Colocá-las na parte mais alta, ou pendurá-las.
Phalaenopsis – Reduzir a temperatura à noite para cerca de 15° C.
Oncidium e Epidendrum – Mudá-las de lugar até encontrar um local de que elas gostem. Às vezes, três ou cinco centímetros para um lado ou outro fazem diferença, devido a uma alteração na luz e na circulação do ar.
Dendrobium – As plantas devem ficar secas durante algumas semanas (inverno).
Paphiopedlium – As plantas devem ser regadas com menor freqüência.

Microorquídeas
Consideramos microorquídeas as plantas que possuem flores com menos de 1 cm de diâmetro.
A subtribo Pleurothallideae da série das Acranthae reúne perto de 50 gêneros de pequenas plantas com inflorescências no ápice de seus caules secundários. Nós orquidófilos brasileiros, podemos destacar três deles, que são:

Octomeria R.br., Pleurothallis R. br., Stelisswartz
Suas plantas apresentam as seguintes características:
● Não possuem pseudobulbo engrossado, mas um caule fino e rijo.
● Todas as plantas possuem somente uma folha.

Octomeria
Muitas vezes confundimos as plantas deste gênero com as Pleurothallis, pois elas também apresentam folhas oblongas, lanceoladas ou roliças. O melhor meio de diferenciá-las é pelo número de políneas de suas flores que neste gênero são oito.
Suas flores nascem sempre em forma de fascículos nas axilas das folhas, e pode-se observar que nas axilas das folhas velhas também aparecem novas florações. Seu rizoma é sempre curto e as plantas crescem em forma cespitosa, com caules secundários e folhas agregadas.

Pleurothallis
Grande gênero com cerca de 500 espécies. Distingue-se dos outros gêneros por suas flores terem somente duas políneas. Suas flores têm sépalas grandes, geralmente muito maiores que as pétalas.
Sépalas laterais fortemente crescidas, dando à flor a aparência de bico, forma típica do gênero. A forma das folhas é variável, existindo também folhas oblongas, lanceoladas ou roliças.
Podemos destacar dois grupos pelo seu crescimento. Um com rizoma curto e caules secundários agrupados, inflorescências racimosas. O segundo grupo, com rizoma rasteiro e comprido, caules secundários distanciados ostentando uma a três flores, nascendo sobre pequenos pedúnculos nas axilas das folhas.

Stelis
Miniplantas que possuem flores pequenas lembrando uma estrela com três pontas, pois têm pétalas triangulares, obtusas, bem abertas e um mesmo plano. Suas pétalas, labelo e coluna são minúsculas e quase invisíveis a olho nu. Suas inflorescências compõem-se de racimos com muitas flores. Um fato curioso é haver espécies cujas flores abrem à noite e outras durante o dia, em função da luminosidade.

Capanema uiliginosa
O aspecto desta espécie assemelha-se muito ao de uma Brassavola em miniatura. Pseudobulbos com 1 cm e folhas de 5 cm cilíndricas, espessas, carnosas e pontiagudas. Hastes florais delicadas e pendentes, com flores de 0,5 cm de diâmetro.
Flores brancas com uma pequena mácula amarela no centro do labelo. É, sem dúvida, a microorquídea conhecida mais decorativa. Nasce nos matos sombrios desde Espírito Santo até Rio Grande do Sul, Brasil. Floresce de setembro a dezembro.

Warminghia eugenii
É uma rara espécie de microorquídea brasileira. Pertence ao grupo das Oncidium e suas flores totalmente brancas surgem em racimos pendentes. A planta requer muita umidade e sombra completa, não suportando luz direta do sol, para desenvolver-se bem convém instala-la em galhos finos de arbustos vivos, do tipo da azaléia.

orquídeas