Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Vanda

Orquídeas não são parasitas. São capazes de sintetizar substancias orgânicas com base em inorgânicas e, portanto, conseguem produzir o seu próprio alimento.

Como a maioria das plantas, as folhas das orquídeas contêm um pigmento verde chamado clorofila, essencial para a sua nutrição. Quimicamente, a clorofila é semelhante à hemoglobina, o pigmento vermelho encontrado no sangue. É este pigmento que, nas plantas, capta a energia do sol.

Ao atrair as minúsculas partículas de luz chamadas fótons, uma parte da energia que absorvem é usada para “quebrar” as moléculas de água (H2O) presentes nos tecidos vegetais, separando o oxigênio (O) do hidrogênio (H).

O oxigênio é então liberado na atmosfera, enquanto o hidrogênio reage com o dióxido de carbono (CO2) existente no ar, convertendo-se em açúcares e amidos, com os quais a orquídea supre uma boa parte das suas necessidades alimentares.

A Orquídea em detalhes
Algumas pessoas, quando estão começando a mexer com jardinagem, às vezes questionam: as flores são tão parecidas… A amarilis e o lírio, por exemplo, não são espécies de orquídeas?

A resposta é não. O detalhe que mais caracteriza a flor da orquídea talvez seja a sua coluna, o conjunto formado pelos órgãos sexuais masculino e feminino. Enquanto nas outras plantas estes órgãos são completamente separados, nas orquídeas formam um conjunto único que recebe até um nome diferente: Ginostêmio.

Jóias do Reino Vegetal
Além disso, a flor da orquídea tem três sépalas (as peças do cálice) bastante desenvolvidas, que se alternam com igual número de pétalas. São as sépalas que envolvem e protegem a flor em botão, mas, enquanto na maior parte das flores são de cor verde, nas orquídeas tornam-se tão coloridas quanto as pétalas.

Uma das pétalas, aliás, é sempre muito diferente das outras duas e recebe o nome de labelo. É desse labelo, sempre mais forte e mais colorido, que exala o perfume destinado a atrair os insetos polinizadores.

Outra curiosidade. Na maioria das orquídeas, o botão floral cresce em posição vertical. Mais tarde, no entanto, ele se deita e faz a chamada ressupinação, um movimento de 180 graus, destinado a colocar o labelo na posição horizontal – como se fosse uma plataforma ou uma pista de aterrisagem – com vistas  a facilitar ao máximo o trabalho dos agentes polinizadores.

Existem alguns gêneros de orquídeas, é verdade, como o Epidendrum e o Hormidium, cujas flores não fazem esse movimento. Por isso mesmo são de dispersão mais difícil, na medida que seus polinizadores precisam fazer verdadeiros malabarismos para visitá-las, descobrir a antera e levar o pólen das políneas para o estigma.

Em qualquer caso, se tudo der certo, após a polinização a flor se fecha. Aí, mal comparando, é como se estivesse grávida. O ovário começa a se desenvolver e, muito lentamente, em cerca de um ano, transforma-se num fruto do tipo cápsula, que conterá de trezentas a quinhentas mil sementes.

Sementes diminutas, quase microscópicas, constituídas apenas do embrião, sem nenhuma substância nutritiva de reserva para vir a ser utilizada nas primeiras fases de um eventual desenvolvimento. Em todo caso, são sementes tão leves, que poderão facilmente serem carregadas a longas distâncias pelo vento.

janel174

Dendrochillum glumaceum

1) Simpodial – como, por exemplo, Cattleya e Dendrobium, têm um eixo cujo crescimento cessa no fim de cada estação. Na base cresce então um novo ramo, que desenvolve o seu próprio pseudobulbo (caule engrossado, semelhante a um bulbo) e, eventualmente, a sua própria flor.

2) Monopodial – como, por exemplo, Vanda e Phalaenopsis, têm um caule que cresce continuamente ano após ano, produzindo hastes florais a partir das axilas das folhas, ou opostas a elas.
Simpodial = Rizoma / Bulbo
Monopodial = Raiz / Caule

Estrutura das plantas
Simpodial (crescimento limitado, o novo broto desenvolve-se formando o Rizoma e um novo Pseudobulbo, num crescimento contínuo)
Monopodial (crescimento ilimitado, ou seja, com crescimento contínuo) fazem parte da estrutura:

- Bainhas: membrana paleácea que protege a parte externa e inferior dos pseudobulbos. Ela tem a função de preservar as gemas e as partes novas da planta contra os raios solares mais fortes e insetos daninhos que podem atacar os pseudobulbos tenros. Muitas vezes revestem o Rizoma e Caules novos, secam mais tarde e se desfazem totalmente. Depois de formado o pseudobulbo é aconselhável rasgar a Bainha até o ápice, caso não tenha mais a função. Normalmente as bainhas, por seus formatos diferentes, determinam a classificação de plantas de diferentes gêneros.

- Cápsulas ou fruto e semente: todas as orquídeas produzem frutos capsulares. Apenas a Vanilla aromática (a baunilha de nossos doces), tem frutos longos e carnosos. As plantas do gênero Vanilla são as únicas que têm sementes crustáceas e não são providas de asas ou membranas para serem carregadas pelo vento.

Na maioria das plantas os ovários se apresentam uniloculados, com placentas destacadas de maneira a se tocarem no centro do fruto. Esses frutos, depois de maduros, fendem-se com três aberturas, permanecendo ligadas na base. Por essas fendas escapam as sementes, nos dias mais secos, arrastadas pelo vento.

De acordo com os cálculos de especialistas, uma semente média pesa aproximadamente cinco miligramas, sendo necessárias cerca de 200.000 sementes para se conseguir 1 g. Genericamente, cada cápsula de semente de orquídea tem entre 300 a 500 mil sementes. Quando visitar um habitat de orquídeas em flor, polinize bastante flores, colaborando com a propagação da espécie.

- Flor: Desde os tempos do Paraíso terrestre o homem vive no meio de flores. Foi C. K. Sprengel que disse que tudo isso não foi feito por acaso, não é um simples divertimento da natureza, um simples prazer para os olhos humanos, mas sim para atrair seus agentes fecundadores.

- Folhas: As folhas das orquídeas apresentam grande variedade. Existem folhas laminadas, de consistência coriáceas (ligeiramente semelhante à consistência do couro), que armazenam água. Outras de folhas finas (como as Miltonias e alguns Oncidiuns) bastante sensíveis. Outras folhas, ainda, são caducas e caem quando o pseudobulbo completa o seu ciclo vegetativo (Catasetum e Dendróbios do grupo Nobile). A folha é uma defesa da planta contra o excesso de transpiração, evitando perda de água e propiciando maior resistência à seca.

Pelo colorido das folhas podemos saber se as plantas estão recebendo luminosidade adequada. Quando amarelas ou amareladas, estão sendo cultivadas com muita luz. Se estiverem de cor verde escuro falta luminosidade para a planta.

As folhas devem ser mantidas sempre bem limpas para poderem respirar através dos estômatos que se alojam no seu verso.

Cuidado para não expor plantas em pleno sol, pois a queimadura das folhas produz zonas necrosadas irreversíveis, que servem como uma porta aberta para pragas e doenças.

7678

Capanemia superflua

- Muda a ser replantada
a) Verificar se a planta não está com flor ou espata para florir.

b) Verificar também se o novo broto não está pequeno, que possa quebrar com o manuseio de retirar do vaso, limpar as raízes, etc.

c) Se a planta estiver em um vaso de barro ou plástico, colocar de molho por alguns minutos, passar uma faca em volta do vaso por dentro, bater no vaso, por fora e no fundo com a mão.

d) Com uma vareta de bambu retirar o substrato velho e pedras, desmaçarocar as raízes.

e) Cortar as raízes velhas e muito longas, folhas e bulbos secos.

f) Em água corrente lavar as raízes com auxílio da vareta de bambu.

g) Separar em mudas (nota: no mínimo de três bulbos ou pseudobulbos) e com frente para brotar ou brotada e ou da touceira.

h) A separação de muda de rizoma horizontal, faz-se o corte total ou com antecedência, ainda o vaso, meio corte, para forçar a brotação (Nota: cicatrizar o corte com pasta dental ou cicatrizante).

i) Estudar a melhor posição e maneira de fixa-la no novo vaso.

- Acabamento
a) Trançar varetas de bambu, já retirado um pouco do miolo e quebrado as quinas do bambu, para não ferir a muda.

b) Colocar a etiqueta com número, data de envasamento, nome, etc.

c) Prender a etiqueta em uma haste de fio de cobre ou amarra-la no vaso.

d) Colocar tutores e amarrar, caso seja necessário, os bulbos ou folhas na posição vertical.

e) Mergulhar o vaso no tanque ou balde para sair as bolhas, fazer o batismo e drenagem.

f) Retirar, deixar escorrer e guardar em lugar coberto por sete a dez dias.

g) Não precisa, nesse período, colocar água, somente borrifar água nas folhas.

- O vaso ideal
a) Devemos dar preferência a vasos de cerâmica bem porosos, com furo no fundo e nas laterais para drenagem.

b) Para plantas que gostam de mais umidade, podemos usar vasos de plástico, incluindo os seedlings (plantas pequenas que ainda não floresceram).

c) O vaso de xaxim é ideal para a maioria das plantas, mas está ficando escasso e a vigilância no corte dos troncos da planta samambaia ussu está mais rigorosa.

d) Muitos orquidófilos, entretanto, preferem cultivar suas plantas em cachepô (gaiolas) armadas com sarrafinhos de madeira. Esse recipiente elimina a necessidade de materiais de drenagem e facilita o transplante, além de ser indispensável para algumas espécies que dão flores por baixo do raizame. É leve e ideal para fixação da planta e no acabamento com varetas de bambu.

e) O vaso deve ser proporcional do tamanho da planta (muda). Um vaso grande para uma muda pequena, sobra muito espaço para o crescimento das raízes, desequilibrando com a parte superior da planta, ou retém demais a umidade, causando apodrecimento das raízes.

9656

orquidea_miltonia

Orquídea – designação comum às plantas e flores da família das Orquidáceas, impropriamente consideradas parasitas.

A família Orquidaceae é a que apresenta maior número de espécies entre os vegetais superiores (aqueles que possuem flores). Calcula-se que existam mais de 3.5000 espécies, variando de plantas microscópicas até plantas gigantes. Orquídeas existem em todos os continentes, mas sua grande diversidade é encontrada nos trópicos.

As orquídeas podem crescer no chão (terrestres), nas rochas (rupícolas), sobre árvores (epífitas) e em vegetais em decomposição (saprófitas).

Há orquídeas com as mais variadas dimensões, desde plantas extremamente pequenas, com flores do tamanho de uma cabeça de alfinete até plantas com mais de 3m de altura, capazes de produzir haste florais de comprimento superior a 4 m. Formas tão diferentes podem ser englobadas numa única família, devido ao fato de possuírem uma estrutura floral idêntica.

Numa flor típica da orquídea há sempre três sépalas (verticilo externo) e três pétalas (verticilo interno), embora algumas destas partes possam aparecer fundidas ou bastante reduzidas. Uma das pétalas, o labelo, é diferente das outras, quase sempre maior e mais vistosa; geralmente a flor cresce de tal modo que o labelo é o segmento inferior.

Projetando-se do centro da flor, surge um órgão carnudo e claviforme, o ginostêmio ou coluna, com o resultado da fusão dos órgãos masculinos (estames) e femininos (carpelos).

Este conjunto caracteriza uma Orquídea. A antera localiza-se no extremo da coluna e contém os grãos de pólen, agrupados em dois a oito massas, chamadas políneas. Imediatamente abaixo da antera fica uma pequena depressão de superfície viscosa, o Estigma, ou órgão receptivo feminino, no qual as políneas são depositadas durante a polinização. Sob a coluna está o ovário, que, após a fecundação, se desenvolve e forma uma cápsula contendo sementes. Uma única cápsula de orquídea pode conter um milhão de sementes, tão finas como pó de talco.

plantas02