Numa definição rápida, podemos dizer que são plantas que possuem reservas nutricionais para a sua sobrevivência em condições desfavoráveis ao seu desenvolvimento, como falta de água e baixas temperaturas.
Estas reservas ficam numa estrutura que são caules modificados e adaptados para acumular nutrientes. Estes caules podem se apresentar de várias formas ou tipos: bulbos, cormos, tubérculos e rizomas. Para saber a diferença entre eles e mais detalhes,
A maioria das plantas têm as raízes saindo diretamente do caule. Outras têm uma espécie de “cebola”, chamada de bulbo.
São órgãos de reserva que permitem ao embrião sobreviver durante o tempo de dormência antes de desabrochar novamente.
Têm grande durabilidade e podem sobreviver por longo tempo, brotando anualmente. Isto acontece porque se trata de um processo vegetativo que torna possível o cultivo e a produção de mais exemplares.
Podemos adquirir em floriculturas plantas bulbosas já desenvolvidas ou podemos adquirir os bulbos para plantio em vasos.
O bulbo nada mais é que um talo comprimido com uma parte basal de onde se desenvolvem raízes.
No bulbo está contida uma gema embrionária que pode desenvolver folhas e flores, protegida por uma série de folhas carnosas ou secas.
O exemplo mais simples é a cebola e o alho. O tipo de bulbo do alho é chamado de tunicado, pois as folhas que o envolvem parecem uma veste.
O cormo desenvolve-se na base do talo e sua estrutura é feita de escamas finas parecendo membranáceas.
Renova-se a cada ano e junto ao principal formam-se pequenos cormos que podem dar origem a outras plantas.
Escolhendo as espécies
Muitas vezes somos traídos pelos nossos desejos, por isso, na hora de escolher as espécies prefira as que são adequadas para o clima da sua região e para o local do plantio. Assim, você evita decepções e prejuízos. Existem espécies de plantas com bulbos para as mais variadas regiões, desde aquelas com clima frio até as mais quentes. Informe-se e pesquise bastante antes de comprar.
Saiba como armazená-los
Depois da compra, se não puder plantar o bulbo imediatamente, armazene-o em local seco, fresco e arejado. Uma boa dica é colocar os bulbos numa bandeja forrada com areia ou com papel limpo e seco, mantendo-os separados uns dos outros. Para não perder a noção, cole próximo a cada um deles uma etiqueta indicando a sua espécie e também a data da compra. A circulação de ar é muito importante para evitar o apodrecimento e para prevenir doenças, mas é sempre bom evitar locais com fortes correntes de ar, especialmente frio.
Plantar em vaso ou canteiro?
Plantas bulbosas não precisam de solo profundo e se desenvolvem bem em vaso. Jacintos preferem vasos pequenos, já Alpínias têm porte grande e devem ser plantadas diretamente no chão. Conheça bem as necessidades de cada espécie.
Chegou a hora de plantar em canteiros
Sem precipitações. Se for fazer o plantio em canteiros, evite após dias seguidos de chuva, quando o solo está muito molhado. Nesse caso, espere alguns dias até que a terra fique menos encharcada.
A boa drenagem é condição fundamental para o sucesso no plantio de bulbos, pois evita o surgimento de fungos. Se o solo for muito argiloso, coloque uma camada de mais ou menos 2 cm de areia grossa no fundo da cova.
Por outro lado, um solo muito seco dificulta a floração dos bulbos. Neste caso, incorporar um pouco de composto orgânico à terra ajuda a garantir a umidade necessária.
Chegou a hora de plantar em vasos
Novamente é preciso lembrar que uma boa drenagem é fundamental. Os vasos devem ter furos de drenagem no fundo. Se não forem suficientes, aumente seu tamanho ou quantidade.
Quanto à mistura de solo recomendada para vasos, é só prepará-la de acordo com as necessidades da espécie a ser plantada.
Prepare o substrato ideal
Acima da camada de drenagem, acrescente um pouco de areia comum. Então, prepare o substrato misturando duas partes de areia para uma de terra e outra de húmus – ponha uma pequena camada dessa mistura antes de posicionar o bulbo.
Faça a drenagem corretamente
Escolhido o vaso, faça uma camada de drenagem de mais ou menos 3 cm no fundo: você pode usar pedras, cacos de telha, argila expandida e até mesmo pedaços de isopor. Se o vaso for de plástico, use um material pesado para dar sustentação.
Profundidade de plantio
Existe uma regra básica orientando que os bulbos devem ser plantados com uma profundidade equivalente entre 3 a 5 vezes o seu tamanho. Mas é fato que a profundidade de plantio pode realmente afetar a floração dos bulbos. Se eles forem plantados muito profundos, podem perder energia até chegarem na superfície do solo e o resultado é que as flores podem até nem aparecer. Por outro lado, se forem plantados muito rasos, podem sofrer com a ação do sol, do vento e da chuva.
Para cultivar estas plantas não necessitamos de grandes espaços. Algumas se desenvolvem bem em interiores, assim que para apartamentos e jardins de sacadas as plantas bulbosas são uma excelente opção para ter em casa.
O único inconveniente é que durante seu período de dormência não teremos flores nem folhagem.
Ao planejar o espaço, coloque além das bulbosas algumas plantas de folhagens decorativas e de florações em épocas diferentes, assim a decoração não será prejudicada.
Cuidados após o plantio
Para ter um crescimento saudável, os bulbos precisam de umidade adequada o ano todo. O solo deve ser regado de 2 a 3 vezes por semana. É claro que nos períodos muito quentes e secos, as regas devem ser mais regulares.
Muita gente prefere cortar as folhagens das plantas de bulbo assim que termina a floração, porque acham que vão perder a energia. Mas isso não é recomendável. Os bulbos obtêm suas reservas de alimento justamente absorvendo a energia solar por meio do processo de fotossíntese de sua folhagem.
Assim, o ideal é deixar que as folhas murchem, fiquem amarelas e somente depois disso devemos cortá-las. Outra dica: não descarte os bulbos que se formam ao redor dos maiores. Plante-os em local separado e terá belos “filhotes” de seus exemplares.
Como evitar problemas
Bulbos não se desenvolvem como as sementes, por isso, o plantio tem alguns macetes. No Brasil, eles costumam ser plantados no outono para florir na primavera. Nosso clima costuma ser quente e úmido demais para a maioria das plantas bulbosas, daí algumas delas simplesmente não germinarem – como acontece com as tulipas, por exemplo. Você terá sucesso se escolher espécies mais adaptadas ao clima da sua cidade. Agapantos e Amarílis, por exemplo, crescem muito bem no Brasil.
Acerte na profundidade
O tamanho do bulbo indica a profundidade que ele deve ser posicionado no vaso: use a medida da altura como referência abaixo do solo. Um bulbilho de alho, por exemplo, ficará uns 3 cm enterrado, ao passo que uma Amarílis será posicionada mais fundo, de 5 a 10 cm.
Controle a umidade
Após posicionar o bulbo, complete o vaso com substrato e regue uma vez por semana. Essas plantas não suportam umidade constante, portanto, deixe o vaso e, local fresco e espere a terra secar entre uma rega e outra.
Cuide bem dos brotos
Nas primeiras semanas, o bulbo deve ser mantido na claridade, mas sem sol direto. Quando o broto surgir da terra, coloque o vaso semana após semana em local que receba sol apenas pela manhã. O crescimento a partir desse momento será rápido.
Bônus: O que fazer quando as flores morrerem?
O ciclo de vida das plantas bulbosas costuma ser anual: ao fim de oito a dez meses, elas murcham as flores, perdem as folhas e parecem mortas, mas não estão. Quando isso acontecer, desenterre os bulbos novos, lave-os, seque-os bem e guarde-os embrulhados em papel toalha (nunca em plástico!) no gavetão de legumes da geladeira. No próximo outono, eles estarão prontos para serem plantados e darem flores por mais um ano.