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Ciclame

ciclame

O ciclame inclui-se entre as poucas plantas que embelezam interiores na época do inverno, produzindo sua delicada floração do outono até a primavera. À primeira vista, parece que sua folhagem povoa-se de borboletas coloridas, tal o formato das pétalas características das várias espécies.

Cada exemplar desenvolve-se a partir de um cormo em forma de disco ovalado, grosso e fibroso. Na parte de baixo, assume contornos arredondados, onde nascem as raízes; na superfície superior, o cormo apresenta uma depressão na qual se desenvolvem as hastes das folhas e flores. Em estado natural, esses cormos contêm muito amido, fato que atrai animais que se deliciam com a planta. Nas regiões em que isso acontece, às vezes o ciclame recebe o nome popular de pão-de-porco. Outra curiosidade sobre o gênero reside na disseminação de exemplares silvestres cujas sementes são transportadas por formigas, a grandes distâncias.

A espécie cyclamen persicum, Ciclame da Pérsia, tornou-se a mais conhecida, assim como as variedades que dela derivaram. As flores, que lembram borboletas, com suas pétalas invertidas, desenvolvem-se a partir da base, sucedendo-se, em constante floração, de maio a setembro.
As hastes florais atingem cerca de 25 cm de altura e carregam uma única flor, que pode se apresentar de diversas cores, entre branco, vermelho, rosa, salmão, púrpura e combinações diferentes. Em algumas variedades, os bordos das pétalas apresentam-se ondulados.
Suas folhas, cordiformes, possuem um caprichoso desenho verde-prateado sobre fundo verde-escuro na maioria das espécies, o que confere à planta um aspecto ainda mais vistoso.

Quando recebe um tratamento adequado, o ciclame dura de três a quatro anos, fornecendo floradas mais profusas a cada inverno, até que complete seu ciclo vital.

O cyclamen persicum do norte da África, Oriente Médio e Creta, possui folhas cordiformes e arredondadas, de fundo verde-escuro e desenhos cinzentos ou verde-prateados. A floração surge na ponta de longas hastes e colore-se de branco, rosa, vermelho ou púrpura.

As variedades agrupam-se sob a denominação c. persicum giganteum: a ‘Candlestick’ apresenta flores rosadas com manchas rosa-avermelhadas; a ‘Bonfire’, compacta, tem floração escarlate e brilhante, com folhas desenhadas; a ‘Rococo’, de florada rosa ou vermelho-rosada, possui pétalas espessas com bordos crespos e centro vermelho-escuro; e a ‘Vogt’s Double’, com flores dobradas, colore-se de tons rosados.

- C. graecum, da Grécia continental e insular, apresenta desde flores em tons rosa-pálido até nuances mais escuras, aparecendo em março. Possui folhas sedosas, cordiformes, caprichosamente desenhadas em branco-prateado, com bordos mais grossos e rijos.

- C. Iibanoticum, do Líbano, tem folhas verde-escuras, muitas vezes com marcas amarelas e de vários coloridos no verso. Apresenta flores relativamente grandes, rosa-arroxeado e com pintas purpúreas.

- C. balearicum, da ilha de Majorca e outras da região, floresce de setembro a outubro. As flores, de delicado tom branco-rosado, apresentam a garganta cor-de-rosa e um leve perfume.

Os cuidados de verão reduzem-se ao mínimo, uma vez que o principal período de atividade da planta concentra-se entre maio e setembro. Do final da primavera até meados do outono, o ciclame atravessará a época de dormência. Logo que as hastes secarem, arranque-as do cormo. Se você deixar tocas, eles tenderão ao apodrecimento. Por isso, no momento de tirar as hastes, procure fazê-lo bem rente ao cormo. Para ter certeza de não danificar a planta, espere que os pecíolos e pedúnculos sequem por completo para arrancá-los.

Durante a época mais quente, apenas umedeça o solo à volta do cormo. Só aumente a quantidade no momento em que a planta rebrotar. Equilibre as regas de verão para não encharcar o composto e nem ressecá-lo.

O segredo para se obter um belo exemplar consiste na dosagem correta das regas. Coloque o vaso sobre um prato com água e deixe-o absorver o que necessita, durante vinte minutos. Passado esse período, jogue a água restante fora. A água que evapora dos seixos nos momentos mais quentes do dia atinge folhas e flores, refrescando-as. Se você regar o ciclame por cima, correrá o risco de molhar excessivamente a depressão do cormo, o que causará o apodrecimento pela base.

Os botões devem aparecer no fim de março ou em abril, numa sucessão de flores que durará até outubro. Nessa época de crescimento, deixe a planta em ambiente com cerca de 10 a 15°C e boa iluminação, evitando o sol direto, a fim de que as flores não feneçam muito depressa. Adube com fertilizante líquido a cada duas ou três semanas, para auxiliar o desenvolvimento do exemplar.

Esse gênero aprecia um pouco de ar fresco e de umidade enquanto estiver florescendo. Remova qualquer folha ou flor que morrer, dando uma rápida girada em sua haste, de forma que ela se quebre junto à superfície do cormo.

No final da primavera, quando o exemplar inteiro começa a se extinguir, diminua aos poucos a quantidade de água fornecida à planta. Assim, evita-se um crescimento temporão, ajudando-se o inicio do período de dormência. Daí em diante, molhe o composto apenas para que não resseque.

Depois da florada, quando já não houver mais folhas, e se o exemplar estiver muito apertado no vaso, proceda ao replantio. Talvez você precise trocar os recipientes todos os anos, mas só o faça quando as raízes realmente estiverem amontoadas. O ciclame prefere um pouco de aperto para florescer. Utilize terra adubada – com substratos preparados ricos em matéria orgânica – sobre uma boa camada de pedregulho, para melhor drenagem e sempre em locais protegidos.

Propagação
Quando se tem bastante prática em jardinagem, torna-se possível conseguir ciclames por sementes. Semeie de janeiro a março. Mantenha a sementeira entre 18º e 24°C, em local muito sombreado e quente. Umedeça o solo de leve; as germinações devem aparecer no prazo de cinco a seis semanas. Transplante as mudas para vasos individuais de 5 cm, umedeça o composto e deixe-os entre 15 e 18°C. Vá trocando o tamanho dos vasos assim que as raízes crescerem demais. Por volta de novembro, os exemplares devem estar em recipientes com 10 a 15 cm de boca. Adube a cada seis semanas. Depois de abril, trate a planta como adulta.

Ao dividir um cormo, remova a terra de suas raízes.
Deixe brotos de folhas nas duas metades. Pulverize o corte com enxofre.
Plante cada metade em vasos separados e mantenha-as em local fresco.

Problemas e soluções
O excesso de água pode levar à descoloração das folhas e, no final, ao apodrecimento das raízes, do cormo e dos caules. Deixe a planta em local mais seco e arejado; corte as partes afetadas e molhe o ciclame com o método do prato com água, nunca diretamente no solo.

Folhas murchas e amareladas revelam que o ar está seco e a temperatura muito alta, ou que a planta permaneceu por longo tempo ao sol. Mude-a para um lugar de meia-sombra que, porém, possua claridade. Deixe o solo úmido e à temperatura de 15 a 18°C.

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Além de estar entre as cactáceas mais fáceis de cultivar, esse gênero apresenta plantas muito resistentes. Suas espécies produzem uma grande quantidade de espinhos coloridos e uma profusão de belíssimas flores. Assumem formato arredondado ou de coluna, com numerosas “costelas” que percorrem o corpo da planta de cima a baixo, cobertas de espinhos eriçados. Suas grandes flores coloridas, de contornos semelhantes aos de uma trombeta ou de um funil, desabrocham à volta da coroa do exemplar, entre dezembro e o fim de fevereiro. Em geral, surgem em número de duas ou três por vez, e cada flor dura vários dias.

De origem sul-americana, existem cerca de quarenta espécies, quase todas disponíveis com facilidade, o que as torna uma ótima escolha para um local ensolarado. A Notocactus leninghausii constitui uma das espécies de maior estatura, alcançando 90 cm em seu habitat natural, enquanto apenas os exemplares mais velhos conseguem atingir uma altura máxima de 25 cm, quando cultivados dentro de casa. No início, a planta tem forma globular, mas com o tempo alonga-se como uma coluna. O corpo colore-se de verde-claro, quase todo encoberto por densa camada de espinhos amarelos. Quando o exemplar atinge entre 10 e 15 cm de altura, começa a produzir flores afuniladas, amarelas, cada uma com quase 5 cm de diâmetro.

Replante no começo da primavera, um pouco antes de a planta iniciar seu crescimento ativo. Faça um composto, agregando duas partes de terra adubada e uma de areia grossa. Reenvase o exemplar se as raízes preencherem o espaço interno, aumentando apenas um pouco o tamanho do recipiente; não exagere no tamanho do vaso, pois a planta mostra-se estimulada a florescer quando suas raízes estão ligeiramente comprimidas. Os exemplares que alcançaram mais de 10 cm de altura devem ser removidos de seus vasos, todos os anos, para uma avaliação das raízes. Nos anos em que não replantar, retire o máximo que puder do composto antigo, completando com mistura fresca.

Esses cactos adaptam-se às temperaturas normais de dentro de casa, as quais podem subir até 27°C. Coloque-os em local bastante ensolarado, a fim de que mantenham seu formato e forneçam uma bela florada.

Regue o composto à vontade, mas espere que esteja quase seco antes de regar de novo. Adube com fertilizante líquido, a cada quatro semanas, durante a fase de crescimento, de outubro ao final de março.

No inverno, deixe o cacto repousar. Conserve o vaso a uma temperatura nunca inferior a 10°C, em posição com bastante luminosidade. Sob essa temperatura não haverá necessidade de regas, entre abril e setembro.
Se a temperatura subir ou o ambiente estiver muito seco, aumente um pouco a quantidade de água das regas.

Essas plantas precisam de uma boa circulação de ar, mas evite submetê-las a correntes de ar frio.

Propagação
A propagação por sementes revela-se o melhor método, embora não constitua o mais rápido. Várias espécies florescem depois de apenas dois anos. Semeie em agosto e setembro, utilizando a mistura para sementes. Encha uma sementeiro de composto e molhe bem; firme o solo e nivele a superfície. Espalhe as sementes por cima e cubra-as com areia grossa. Coloque o conjunto em local sombreado, entre 21 e 24°C, e com boa ventilação. Após cerca de três semanas, as sementes germinam e assemelham-se a minúsculas esferas verdes. Transfira a sementeira para um lugar mais iluminado, porém evite a luz solar direta. Deixe as mudas na sementeira por um ano, para que não sofram nenhum tipo de perturbação. Conserve-as entre 18 e 21°C nesse período. Transplante na primavera seguinte, em vasos individuais.

Em outubro ou começo de novembro você também pode plantar os rebentos produzidos por algumas espécies. Separe-os da planta-mãe com cuidado e passe as superfícies cortadas em pó de enxofre fungicida. Deixe as mudas secarem por uma semana, até formarem uma calosidade nos cortes. Plante-as no composto citado; mantenha em local semi-sombreado, com uma temperatura entre 21 e 24°C. Pulverize água de vez em quando. Os rebentos devem enraizar depois de seis a oito semanas. Quando as novas brotações estiverem visíveis, trate as plantas como adultas.
Para molhar a mistura para semente, apoie a sementeira no fundo de uma pia com 2,5 cm de água. Retire-a quando o solo brilhar. Coloque o recipiente na bancada da pia, por alguns minutos, a fim de drenar.
Depois de colocar as sementes sobre o composto, cubra-as com uma leve camada de areia grossa; mantenha a sementeira em local sombreado.
Deixe as mudas descobertas, em posição clara, quente e abrigada de correntes de ar. Transplante-as quando tiverem 2 cm de diâmetro.

Espécies
- N. apricus - Originária do Uruguai. De formato globular, atinge até 10 cm de diâmetro e forma grupos rapidamente. Colore-se de verde-claro, e apresenta várias “costelas” que carregam espinhos amarelo-avermelhados. Produz flores com 10 cm de comprimento, de um amarelo vivo, manchadas de vermelho.

- N. mammulosus - Originária da Argentina e Uruguai. Aprecia muito sol. Colore-se de verde-escuro, assumindo, no início, formato globular. Com o tempo alonga-se e atinge cerca de 10 cm de altura. Revela uma coroa achatada, sem espinhos, e até vinte “costelas” bastante marcadas, com espinhos amarelados. As flores, amarelas com uma listra purpúrea, têm 4 cm de comprimento e desabrocham na coroa da planta (abaixo, à esquerda).

- N. claviceps -
Originária do Brasil. Muito semelhante à N. Ienirghausii. Tem espinhos esbranquiçados, virados para baixo, espalhados sem ordem ao longo das 25 ou trinta “costelas”. Possui corpo espesso, verde-escuro e grandes flores amarelas com reflexos prateados.

- N. ottonis
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Originária do Brasil e Argentina. Em geral esférica, às vezes torna-se alongada. Seu largo caule, achatado na parte superior, possui em torno de 12 “costelas” arredondadas, com grupos de espinhos eriçados e marrons. Logo surgem rebentos, que criam um grupo com 15 cm de largura formado de caules com até 8 cm de diâmetro. As flores, afuniladas e de cor amarelo-dourada, medem 8 cm de diâmetro.

- N. haselbergii - Originária de Brasil. De formato globular, atinge de 10 a 15 cm de diâmetro, com “costelas” rasas, espiraladas, cobertas de espinhos amarelados. Produz flores vermelhas ou alaranjadas, com 5 cm de diâmetro, que duram cerca de uma semana.

- Notocactus leninghausii – Originária do Brasil. Forma uma das espécies mais altas, atingindo até 90 cm em seu habitat natural, mas não chega a exceder os 25 cm quando cultivada como planta ornamental. No inicio de sua vida assume formato globular e começa a se alongar em coluna quando atinge em torno de três anos. O corpo da planta, verde-claro, exibe cerca de trinta “costelas” verticais, recobertas por uma densa camada de espinhos amarelos, curtos e eriçados, com três ou quatro espinhos centrais mais longos. Entre o final da primavera e o fim de fevereiro, as flores surgem na coroa ou perto dela quando as plantas já têm de 10 a 15 cm de altura. As flores revelam-se afuniladas, com 5 cm de diâmetro cada, amarelas, circundadas por sépalas esverdeadas (várias podem desabrochar na mesma época). Depois de muito tempo solitária, a planta produz rebentos à volta da base.

- N. scopa - Originária do Brasil e Uruguai. No inicio apresenta forma globular e depois em coluna, crescendo até 18 cm, depois de 10 anos. Colore-se de verde-claro e tem até quarenta “costelas” baixas, quase escondidas por espinhos brancos e macios; as flores amarelas medem 5 cm de comprimento e de largura.

Cuidados na Compra
Antes de comprar, verifique se a planta está firme no vaso. Evite os exemplares que apresentem manchas, partes moles ou fungos.

Escolha uma planta de bom formato, que não esteja pendida para os lados, pois esse defeito revela-se muito difícil de corrigir, causando a queda do exemplar.

Durante um inverno rigoroso, evite solo encharcado, que ocasiona o apodrecimento de ralões e caules. Pode suportar temperaturas baixas, inferiores às recomendadas, porém o solo deve estar seco.
No verão, o excesso de égua também prejudica: regue bastante, mas deixe o composto quase seco para molhar de novo. Essas cactáceas absorvem os nutrientes do solo muito depressa e exigem adubação adequada para um bom desenvolvimento e uma floração regular. Uma posição sombreada pode produzir um exemplar fraco. Forneça luz selar direta e bom arejamento.

Problemas & Soluções
A cochonilha lanuginosa costuma atacar a planta, em especial seu sistema radicular. Por isso, torna-se multo importante replantar seu exemplar a cada ano, para observar com atenção as ralões e verificar a presença de pequenos flocos brancos, que chegam a formar colônias. Se isso acontecer, coloque a planta sob água corrente e lave vigorosamente suas ralões. Deixe secar; aproveite para trocar o composto e lavar o vaso. Replante o cacto em mistura fresca.
Quando essas cochonilhas estiverem na parte superior do exemplar, elimine-as com uma mistura de água e álcool.

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avenca

A avenca tem sido cultivada há muito tempo e por isso tornou-se uma das plantas mais populares que se conhece. Mas exige cuidados constantes, pois, muito suscetível, sente-se agredida pela mais leve mudança no ambiente. Todas as espécies possuem folhagem delicada, com muitos folíolos que pendem de caules finos, eretos, rijos e de cor marrom-escuro.
Tem difusão mundial, com espécies e variedades da Europa, Ásia, Austrália e das Américas.
As raízes consistem em caules delgados mas robustos, que crescem sob o solo, a pouca profundidade. Na verdade, não se trata de uma raiz, mas de um rizoma. Recebendo tratamento adequado, ele estará em constante brotação, lançando novas folhagens que nascem enroladas como pequeninas bolas verdes e vão se soltando à medida que o caule se desenvolve.
O segredo para o cultivo da avenca reside em fornecer-lhe calor, muita umidade atmosférica e fora do vento direto, caso contrário a planta fenecerá.

Dentre as mais interessantes variedade encontramos a Scutum roseum, que apresenta brotos avermelhados que se tornam verde-escuros. A Wrightii, menor, é rosada ao nascer e se torna verde quando adulta.

Plante ou replante a avenca nos meses de primavera, num bom composto orgânico formado por duas partes de terra, uma parte de calcário, uma de areia, outra de carvão vegetal granulado e um pouco de fertilizante de boa qualidade.
Coloque a planta em local semi-sombreado para que os raios solares não a atinjam diretamente. Verifique se a temperatura não está muito alta, pois as avencas detestam o calor excessivo. Quando isso acontecer, proteja o vaso, borrifando bastante água a seu redor para aumentar a umidade atmosférica no ambiente. Além disso, coloque o vaso sobre um prato contendo seixos molhados.
Regue com regularidade, nos meses de calor, apenas para manter o composto bem úmido, tendo o cuidado de não encharcá-lo. Em pleno verão, molhe duas vezes por semana.
Adube a cada quinze dias, com fertilizante líquido (você pode misturá-lo à água das regas), durante toda a primavera e o verão.

Não exponha suas avencas a temperaturas inferiores a 13°C, senão sua folhagem desaparecerá e ela poderá morrer. O mesmo acontece quando a planta recebe correntes de ar frio.
Se os ramos escurecerem e começarem a murchar depois do inverno, corte-os com uma tesoura pontuda e afiada, bem rente à terra.

Problemas e Soluções
Quando não recebem os cuidados adequados, as avencas tornam-se suscetíveis e doentias.
* Uma folhagem ressecada pode resultar da falta de umidade atmosférica, em conjunto com solo seco e ambiente abafado. Providencie água, maior umidade e ar puro para conseguir uma folhagem viçosa.
Encharcar também é um erro: as avencas tomam muita água no calor, mas se a temperatura cair e a planta continuar a receber a mesma quantidade de água, a tendência será o apodrecimento dos rizomas. Pare de regar por alguns dias, até o solo ficar apenas úmido. Depois, regue só duas vezes por semana.
* Se as folhas ressecam ou ficam pendentes, parecendo murchar, a causa deve ser excesso de sol ou falta de adubo. Desloque a planta para um local sombreado e alimente-a a cada quinzena.
* A avenca, como as samambaias, é muito sensível à poluição, que escurece suas folhas. Retire a planta da cozinha ou de ambientes viciados.
* Cochonilhas lanuginosas raramente atacam as avencas, mas quando o fazem parecem-se com pequenos floquinhos de algodão. Destrua-os utilizando um cotonete embebido em uma mistura de álcool e água em partes iguais.
* Os ácaros poucas vezes atacam avencas, mas quando o fazem deixam uma teiazinha branca. Para eliminá-los, embeba um pincel com um acaricida e passe-o nas folhas durante dois ou três dias.
Nota - não confunda com pragas os esporos que se formam na superfície inferior das folhas e cuja função é gerar novos exemplares. Melhor do que qualquer especialista, a natureza se encarrega de espalhá-los com o vento e de proporcionar condições para que germinem, dando continuidade ao ciclo vital.

Dicas de cultivo
Mistura de solo ideal tanto para vasos como para canteiros:
1 parte de areia, 1 parte de terra vegetal e 1 parte de pó de fibra de coco. Essa mistura é leve, retém umidade, mas apresenta boa drenagem.

Propagação
A cada três anos, na primavera, divida os rizomas adultos e plante cada parte num composto orgânico formado por duas partes de terra, uma de calcário, uma de areia, outra de carvão vegetal granulado e um pouco de fertilizante.
Como não florescem, as várias espécies de avenca não podem ser semeadas. Todavia, os esporos produzidos no verso de algumas folhas podem germinar. Têm o aspecto de grãos de poeira e só produzem novos exemplares quando manuseados por especialistas, que propiciam as condições ideais.

Para separar as mudas, vire o vaso e dê-lhe uma batida por trás.
Segure a planta com a mão, logo acima da terra.
Com cuidado, vá puxando a avenca para fora do vaso.

Segure o aglomerado de rizomas com as duas mãos e parta-o em dois.
Cultive as partes separadamente, em vasos onde os rizomas tenham espaço suficiente.

Replante, usando o composto já indicado.
Firme-o, em volta do vaso todo, com os polegares, para evitar as bolsas de ar.
Regue as mudas novas com bastante água.

Cuidados na Compra
* Escolha exemplares que estejam plantados em compostos bem úmidos e rejeite os que possuírem algum ramo ressecado.
* Evite plantas expostas ao ar livre.

fonte_passaros

musgo

O que são “musgo” e “limo”?
São dois tipos de seres vivos fotossintetizantes, isto é, que produzem o seu próprio alimento clorofilados,ou seja, que têm clorofila, sendo geralmente verdes, que vivem em ambientes úmidos ou que ficam úmidos em determinadas ocasiões.

Qual a diferença entre eles?
Os musgos são plantas briófitas, já os limos são algas protozoários, por vezes associados com fungos (mixomicetos). Diferenciar os dois é bem fácil: Se você consegue perceber folhinhas é musgo, se for apenas algo esverdeado sem estruturas visíveis, é limo. Porém, muitos usam “limo” como sinônimo de musgo ou mesmo de lama.

Por que eles nascem nos vasos?
Muitos desses organismos soltam esporos ou afins que flutuam pelo ar, aos bilhões, constantemente. Quando uma destas estruturas reprodutivas ‘pousa’ em algum local propício, ela inicia seu metabolismo, ou seja, começa a viver. Geralmente isso é comum em vasos bem úmidos, já que são seres que dependem muito da umidade. Vasos com terra compactada também favorecem seu desenvolvimento, sobretudo dos musgos.

Por que eles dependem tanto de água?
O limo, por ser uma alga (muitos deles unicelulares), é naturalmente um ser de ambiente aquático. Ele consegue crescer e se desenvolver nas calçadas, muros, vasos e afins enquanto estes estão muito úmidos. Apesar de estar crescendo em um muro, por exemplo, ele está dentro d’água quando chove ou quando a umidade está alta, pois são organismos minúsculos, e, assim, uma alga pode sobreviver em ambiente terrestre.

Já os musgos, ao contrário das demais plantas, não conseguem transportar água pelo corpo de forma rápida, por isso costumam ser pequenos. Se o topo das folhas estiver perto da parte que está absorvendo água, a distância que esta tem de percorrer é bem mais viável. Além disso, eles não possuem pólen, e para se reproduzir sexuadamente, eles liberam na água seus gametas (células reprodutivas, como os espermatozóides e ovários do ser humano) e estes nadam pelo ambiente até se encontrarem e dar origem a uma nova planta. Algo muito semelhante ao que as samambaias também fazem.

Mas como eles conseguem viver nos vasos secos das plantas?
É que mesmo estes vasos não estão secos o tempo todo: Eles continuam úmidos por muitas horas após uma chuva ou uma rega, dando tempo do limo e/ou do musgo (ou até mesmo algumas samambaias) de nascer e se desenvolver até o momento em que este pequeno ambiente volta a secar e eles entram em dormência. Muitos musgos de desertos podem secar quase completamente, tendo só 5% de água em seus tecidos, para então voltarem a crescer e reproduzir quando finalmente chove.

Por que o solo compactado favorece o seu surgimento e desenvolvimento?
Porque quando um vaso que está com o substrato compactado, a água das regas e das chuvas tende a demorar mais para se infiltrar, e fica por algum tempo ‘empoçada’ na superfície. Quando isso ocorre, além do risco para as plantas (apodrecimento das raízes), o ambiente se torna perfeito para o desenvolvimento dos musgos e limos, e, especialmente, para a sua reprodução (quando uma mesma espécie de musgo surge em vários pontos do mesmo vaso ao invés de ir se espalhando a partir do ponto onde nasceu primeiramente pode estar ocorrendo estes pequenos alagamentos).

Eles causam algum mal às plantas?
Não. Eles vivem a vida deles sem interferir com a planta, podem até ser benéficos ao solo. Eles, apenas, são indicativos de que talvez o vaso esteja recebendo/mantendo umidade demais para as suculentas.

Que benefícios eles podem trazer?
Como seres vivos que são, eles produzem matéria orgânica e podem servir de alimento a outros seres. Isso ajuda, ainda que infimamente, a depositar matéria orgânica no solo e a manter uma biota de solo viva e ativa. Além disso, dependendo do que se pretende com o vaso, eles podem ter um aspecto atraente e/ou interessante para dar a impressão de serem grama ou outras ervas em meio à floresta – é o mesmo que se faz com os bonsais: se introduz ou se favorece o surgimento dos musgos para dar a impressão de que o bonsai é uma árvore grande rodeada de capim.

O que devo fazer quando perceber estas plantinhas e algas nos meus vasos?
Não é motivo para preocupação, a princípio. Basta verificar se o solo não fica úmido por muitas horas após as regas e se não está compactado.
Uma única exceção digna de nota seria o caso de surgir um outro tipo de briófita: as hepáticas. Estas plantinhas não têm a mesma resistência à seca que seus parentes musgos, e por isso quando conseguem surgir significa que o solo fica úmido por muitas horas após as chuvas. Então, se você vir hepáticas em seus vasos, elas estão te dando o sinal de que o substrato pode estar úmido a ponto de fazer mal às suas plantas.

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