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Semeadura

A maior parte das plantas pode ser multiplicada por meio de semeadura, basta produzir sementes férteis. Esse procedimento proporciona variedade genética, ao contrário do que acontece com a reprodução assexuada, nem sempre os descendentes adquirem as mesmas características da planta-mãe.
A semeadura apresenta como fator positivo a maior resistência das proles à fungos ou mesmo à pragas. Porém, nem sempre é comercialmente viável,  já que o tempo de floração e frutificação é bem mais longo.

Esse método é realizado através de sementes que sofreram fecundação cruzada (entre dois exemplares diferentes) ou auto-fecundação (da mesma planta). Neste último, há queda na germinação por falta de variabilidade genética.
A época de semeadura é de fundamental importância, sendo bastante variável devido, principalmente, às características climáticas de cada região. O período ideal deve satisfazer as exigências das espécies nas diferentes fases de desenvolvimento, reduzir o risco do aparecimento de doenças, sobretudo após o florescimento, a assegurar uma boa colheita (no caso de produção sem larga escala).

Para garantir uma boa produção, é preciso ficar atento ao período de germinação das espécies escolhidas. Além disso, é aconselhável adquirir as sementes em local confiável e que conte com profissional especializado para esclarecer as dúvidas. É possível cultivar até três espécies diferentes na mesma caixa.

Materiais a serem utilizados:
Caixa plástica ou madeira com furos para drenagem (sementeira);
Manta de impermeabilização:
Pá;
Areia;
Pedra brita.

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1 – Coloque a pedra brita preenchendo o fundo da caixa plástica (ou madeira) para drenar a água, evitar o excesso de umidade e impedir o aparecimento de fungos.

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2 – Dispomha a manta de impermeabilização sobre a camada de brita, barrando o escoamento do substrato pelos furos de drenagem da caixa.

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3 – Usando a pá, acrescente uma boa camada de areia, deixando um espaço livre até a borda da caixa, de 4 cm de altura.

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4 – Adicione as sementes, colocando-as próximas umas das outras, já que possuem reserva e não competirão pelos nutrientes.

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5 = Cubra as sementes com outra camada de areia, deixando uma margem de 0,5 cm da borda para a água não transbordar durante a rega.

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6 – Por último, irrigue. Na primeira rega é preciso umedecer totalmente a sementeira e depois, manter a umidade, mas sem encharcá~la.

Ao final, depois de fornecer água, algumas sementes podem ficar descobertas, sendo necessário acrescentar mais areia. Além disso, a sementeira deve permanecer em lugar sombreado e nunca ser exposta a pleno sol. Após a muda se desenvolver, transfira para um vaso ou canteiro.

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clúsia (Clusia fluminensis)

A clúsia (Clusia fluminensis) é uma planta nativa do litoral de São Paulo e Rio de Janeiro. Pode ter o porte de arbusto ou arvoreta, podendo atingir até 6 m de altura se não for podada.
É uma planta muito ornamental, por conta de suas folhas rijas e em forma de gota (a clúsia é uma planta que pertence à espécie das gutíferas; não só pelo formato das folhas, claro, mas também por produzir uma seiva de consistência de resina chamada guta), de um verde-escuro bem brilhante.

É excelente para a implantação de cercas-vivas e renques rústicos e bem resistentes e é a escolha perfeita para soluções paisagísticas litorâneas por gostar do solo tipicamente leve (areno-argiloso) da beira do mar, onde algumas plantas encontram dificuldades em se adaptar.
Este solo deve ser fértil para que a clúsia desenvolva-se em sua plenitude. O terreno pode receber sol pleno ou estar à meia-sombra; as regas devem ser periódicas e o reforço de adubo, semestral.

Pode também ser plantada em vasos em terraços ou ambientes internos, além de arbustos informais isolados ou em grupos no jardim.
As flores brotam na Primavera e no Verão; são pequenas, brancas com o centro num tom vermelho róseo. A clúsia é uma espécie chamada dióica, ou seja, possui plantas masculinas e femininas. A clúsia tem a capacidade de absorver gás carbônico durante a noite, diferente da grande maioria das plantas, que só respiram na presença da luz (para quem não se lembra, essa “respiração” é chamada de fotossíntese).

Se o objetivo é manter o porte arbustivo, as podas de contenção devem ser frequentes.
Multiplica-se facilmente por estaquia, alporquia ou por sementes.

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caliandra
A enxertia é o método usado para união dos tecidos de dois exemplares, geralmente de espécies diferentes, porém, do mesmo gênero ou família.
A parte aérea de um, chamado cavaleiro ou enxerto, é transplantado para outro – conhecido como cavalo ou porta-enxerto -, que deve estar enraizado.. Dessa forma, o primeiro produzirá frutos ou flores usando o sistema radicular do segundo.
Isto é muito usado em frutíferas. Por exemplo, se um exemplar oferece bons frutos mas está acometido de alguma doença na raíz, pode ser enxertado em outro compatível com bom enraizamento. Assim manterá sua produção. Alias, esta é uma das vantagens dese tipo de reprodução.

As espécies utilizadas como cavalo e cavaleiro para realizar o passo-a-passo foram caliandras (Calliandra sp) nas cores vermelha (cavalo) e branca (cavaleiro.

Materiais:
Tesoura de poda
Canivete de enxertia
Fita plástica
Muda da planta

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1 – Usando a tesoura de poda, limpe o cavaleiro, retirando as folhas para evitar a perda excessiva de água.

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2 – Corte o caule do cavalo a uma altura de 15 a 20 cm e o cavaleiro a uma altura de pelo menos 25 cm.

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3 – Com o canivete esterelizado, faça uma incisão em bisel (corte na diagonal) no cavalo.

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4 – Realize o mesmo corte no cavaleiro que evitará o acúmulo de águae a ocorrência de doenças.

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5 – Em seguida, encaixe os caules de forma que as partes cortadas fiquem unidas (frente a frente).

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6 – Envolva com fita plástica. Até iniciar a brotação do cavaleiro, os ramos que nascerem do cavalo devem ser retirados.

Após a enxertia é aconselhável regar normalmente e adubar de acordo com as necessidades da planta. Depois de um tempo, o cavalo vai cessar a sua brotação, germinando somente a variedade desejada. Mas o período de brotação varia conforme a espécie utilizada no enxerto.

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