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Cultivar cactos via sementes é uma boa maneira de se obter grandes quantidades de uma única planta. Sementes são muito mais baratas do que plantas adultas e tem poucas coisas mais recompensantes do que ver o desenvolvimento desde a germinação até a floração dos cactos maduros. Muitas pessoas acreditam ser difícil este processo, mas se observadas algumas regras se torna simples e fácil.

Use o composto apropriado
De preferência um composto que deve ser usado é de baixa composição orgânica não decomposta, isso para evitar problema de ataque de fungos. Geralmente solo especial para germinação e cortes (cutting) costumam funcionar bem. Fibra de coco (1/3) e areia (2/3) também serve muito bem a estes propósitos.
Preferencialmente tratar esse solo em microondas antes de usa-lo

Mudas jovens jamais podem ficar secas
Ao contrário dos cactos adultos, as pequenas mudas precisam ser mantidas em ambiente úmido como pequenas estufas. A temperatura deverá ser algo entre 20-30°C para um crescimento rápido. Somente com uns 3-4 meses de idade, a umidade pode ser gradualmente diminuída às condições normais.

Coloque as sementes por Cima do solo e não por Baixo
As sementes de cactos precisam de luz para germinar. Apenas semeie com as mãos a superfície do solo e borrife com água para manter a umidade. Não faça como se faz com a maioria das sementes, apenas jogue-as por cima do solo. As sementes são pequenas e frágeis, jamais conseguiriam germinar e subir a superfície, morrendo então sufocadas.

Prevenção e combate contra fungos
Pelo fato das sementes serem mantidas constantemente úmidas e quentes, esse ambiente é favorável ao ataque de fungos. Plantas infectadas tornam-se pretas na base e rapidamente morrem. Remova essas plantas o assim que identificá-las para evitar o alastramento da doença. O composto tem de ser esterilizado sempre antes de usar (microondas ou panela de pressão). O uso de um fungicida é altamente recomendável neste momento, se o mesmo for usado, poucos problemas relacionados a fungos poderão ocorrer.

Coloque sob um ponto de luz
Considere que essas mudas geralmente germinam somente nas fendas e rachaduras e que ficam então protegidas a maior parte do tempo do Sol. Se você colocar mudas jovens expostas diretamente ao Sol, elas se tornarão roxas e morrerão. Luz indireta é o que elas necessitam, luz Solar direta não! Se as mudas estão se tornando roxas, coloque-as em um local mais sombreado e elas retornarão a cor normal. No inverno algum tipo de iluminação artificial fará com que as mantenha crescendo.
Lâmpadas fluorescentes funcionam bem com as mudas, coloque-as cerca de 15 cm de distância do tubo e ao final de 2-3 meses vá aproximando até que estejam cerca de 5 cm dos tubos. As luzes podem ser mantidas 24 horas por dia. O crescimento é rápido e constante.

Não replante muitas vezes.
O cacto jovem irá crescer até que o vaso esteja cheio, daí então você deve transplantá-lo, somente quando perceber que algumas mudas não estão se desenvolvendo porque existe um cacto maior fazendo sombra nelas. Se a muda crescer tanto no vaso e você ver que não tem mais espaço para ela se desenvolver ali, então transfira para outro vaso um pouco maior. Espere o solo secar um pouco, isso facilitará a transferência. Tome cuidado para não machucar as raízes e plantá-la em um substrato seco! O sistema de raiz é muito delicado. Espere a planta se recompor por um ou dois dias em um local mais sombreado e então vá aos poucos voltando as regas de novo. Se for mantido o solo molhado logo após o transplante, corre-se o risco de ataque de fungos.

Não fertilize demais.
Quando as plantas jovens estiverem estabilizadas e desenvolvido os “spines” reais, então elas poderão ser fertilizadas.
Use fertilizante com baixos níveis de nitrogênio a cada 2 meses.
Normalmente use apenas água nas regas, se a água da sua torneira não for confiável, pode-se usar água com baixo teor mineral ou mesmo água da chuva.Não fertilizar durante o período de dormência (inverno). Muito fertilizante pode ser prejudicial, tornando até impossível do cacto se desenvolver.

Se as mudas forem crescendo bem por cerca de 6 meses, poderão serem tratadas como cactos normais referentes as regas e as o período de dormência, mas ainda precisam de proteção contra o iluminação direta do Sol! Se as plantas estiverem ainda muito pequena (<1 cm) e com crescimento devagar, você irá precisar aguardar um pouco mais para dispensar os cuidados de mudas.

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ficus

O gênero Ficus, amplamente utilizado em paisagismo, abrange cerca de 800 espécies, entre as quais destacam-se o Ficus benjamina, Ficus retusa, Ficus auriculata e Ficus elástica, dentre outras. A maioria oferece frutos não comestíveis com exceção do figo ( Ficus carica).

O fícus ganhou a preferência para compor áreas verdes por ser uma árvore resistente e muito vistosa, de folhas perenes e, normalmente, verde-brilhantes. Tem crescimento médio e proporciona excelente sombreamento. Em geral, são plantas de ciclo vital longo.

Apesar de estar presente em muitas calçadas de grandes cidades, deve ser plantado em áreas amplas, longe de construções, devido ao vigor de suas raízes. A força delas é devastadora e capaz de levantar pisos e pavimentações, destruir tubulações subterrâneas e provocar rachaduras em pisos e paredes.

O espaçamento ideal para que haja pleno desenvolvimento das raízes, sem o comprometimento de edificações é de 10 a 15m de distância de paredes, muros e  tubulações.

Tal espécie vegetal irá com o decorrer do tempo, provocar prejuízos estruturais nas construções, se não respeitadas essas distâncias.

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Estratificação – Passo-a-passo:

1) Ponha as sementes de molho em água (temperatura ambiente) por algumas horas (máximo 24 hs). Para sementes leves aguarde até que todas afundem. Em seguida coe e seque-as com um papel toalha. Neste passo as sementes já absorveram toda umidade necessária.

2) Você pode usar qualquer recipiente para estratificar as sementes: vaso, saquinho plástico, zip-lock, potinho de filme fotográfico, pote de margarina, devidamente limpos, e que possam ser lacrados (pois o ambiente da geladeira tem muitos fungos).

3) Misture as sementes com um pouco de substrato levemente úmido (areia, vermiculita ou terra comum de jardim) pode-se também simplesmente enrolar as sementes em papel toalha úmido, é igualmente efetivo. Ponha substrato + sementes no recipiente, feche e leve à parte mais fria da geladeira pelo tempo indicado (normalmente é a parte das verduras ou das cervejas). Outra forma de se estratificar é não utilizando substrato algum: apenas as sementes úmidas, nesse caso utilize um zip-lock ou saco plástico pequeno para não ter muito ar e haver risco de bolor.

4) O sinal de que estratificação está completa é quando um número razoável de sementes começa a eclodir na geladeira. Isso significa que a dormência foi quebrada apropriadamente. Autores indicam a eclosão de pelo menos 15%. Do contrário mantenha-as até o tempo máximo (conforme instruções que vão em anexo à sementes). O tempo necessário é proporcional à temperatura da geladeira. Se apenas uma ou outra germinar antes do tempo deverá ser retirada e plantada à sombra.

5) Finalmente retire as sementes e semeie-as em substrato rico em húmus e à sombra, aguarde eclosão em 15-30 dias.

Considerações Importantes:
Umidade: Não deixe as sementes úmidas demais. Na dúvida, é melhor tender ao seco do que ao encharcado. Temperatura: 1-3°C, geladeira. Não deixar congelar.
Assepsia: É importante que o recipiente esteja limpo, assim como o substrato (caso use), sem risco de fungos.

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Doenças vegetais são causadas, em grande parte, por vírus. Estes possuem apenas um tipo de ácido nucléico e proteína, replicam-se somente a partir do seu material genético, e a maioria tem forma cilíndrica. São conhecidos pelo menos 1000 tipos de doenças virais em plantas, provocadas por aproximadamente 400 tipos desses organismos, que podem levá-las a morte.

Os vírus são partículas infecciosas microscópicas constituídas por ácido nucléico (DNA ou RNA) envolvido por uma capa de proteínas. Não são considerados verdadeiros seres vivos, pois não têm metabolismo independente e só conseguem reproduzir-se no interior de uma célula viva onde utilizam os seus organitos e materiais para formar novas partículas. Deste modo, os vírus de plantas perturbam o funcionamento normal das células provocando doenças. Os vírus não se movem por si só, necessitam de vetores (insetos, por exemplo) que os transportam para o interior das plantas onde por vezes se movem por intermédio dos vasos vasculares provocando sintomas distribuídos por toda a planta. Um vírus pode infectar uma ou várias espécies de plantas e uma espécie de plantas é normalmente atacada por muitos tipos de vírus diferentes. Uma planta pode mesmo estar contaminada por vários vírus diferentes ao mesmo tempo.

Geralmente, o contágio se dá de uma planta para outra, por enxertos (vírus da tristeza, sacarose, exocorte e xiloporose do citrus), disseminação de pólen e sementes, ou mesmo por meio de vetores. Os exemplos mais comuns são os pulgões e afídeos, capazes de hospedar vírus diferentes, geralmente liberados através da saliva.

Para prevenir ou curá-las, é preciso conhecer quais as causas e os efeitos do mal que as acometem e assim aplicar tratamento correto.

Essa é a missão da Fitopatologia, ciência que estuda as doenças dos vegetais e divide as moléstias em dois grupos principais: as abióticas e as bióticas. No primeiro caso, as patologias são causadas por condições ambientais adversas como falta ou excesso de água, luminosidade deficiente ou exagerada e adubação incorreta. Geralmente resultam da ausência de conhecimento de quem cultiva a planta.

No grupo das bióticas, estão os agentes patogênicos como fungos, bactérias e vírus. Quando atacadas por eles, as plantas precisam de ajuda especializada, pois para cada tipo há um tratamento adequado. Dentre estes, os vírus são os inimigos que mais as afetam. Pouco comentado no meio popular, porém não menos nocivo, eles são os inimigos que ninguém vê, pois são observáveis apenas no microscópio eletrônico. Eles afetam o cultivo das plantas ornamentais, como a contaminação da doença chamada “canela preta”.

O Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV) reconhece 82 gêneros, que contam com cerca de 1.130 espécies. Dentre estes, muitos afetam a fertilidade das plantas, além de causarem outros danos.

Como é transmitido
Por não terem mecanismos ativos de penetração, os vírus são transmitidos por contato, que pode ser através de ferimentos causados por instrumentos de poda ou por vetores como insetos, ácaros, nematóides e fungos.

Os insetos representados pelos afídeos, besouros, cigarrinhas, mosca-branca e tripes, são os mais perigosos devido ao elevado numero de fitovìrus que possuem e por incluir pragas nas plantações e jardins. Há ainda casos de propagação através de sementes e pólen, plantas parasitas (como o cipó chumbo) ou contato entre folhas ou raízes de uma planta doente para outra.

Os Sintomas
Apesar de invisíveis a olho nu, os fitovírus causam sintomas bastante perceptíveis nas herbáceas. Nas folhas é possível ver deformações como manchas, clareamento de nervuras e mosaico, e nas flores ocorre quebra de coloração. Há casos de redução de crescimento, necrose de caule e haste floral, evoluindo para a morte, principalmente em infecções mistas (por mais de uma espécie de vírus). Pode ocorrer de o vírus ficar restrito à folha onde penetrou e, se ela cair, o foco de contágio será eliminado. No entanto, é mais frequente ele se alastrar por toda a planta e demonstrar os sintomas. Convém assinalar situações em que a infecção fica latente.

Conhecer para combater
A identificação correta dos vírus possibilita as informações necessárias para implantar medidas de controle mais adequadas. Porém somente um especialista pode realizar um diagnóstico, que envolve testes de transmissão, sorológicos e moleculares, além da visualização das partículas virais por meio de microscópio eletrônico de transmissão. Com a evolução das pesquisas, alguns laboratórios introduziram genes de resistência a vírus em várias espécies de plantas, por meio de métodos como os cruzamentos genéticos ou a introdução de genes virais que transferem resistência a algumas espécies de fitovírus. São as chamadas plantas transgênicas ou “plantas geneticamente modificadas”.

Cuidados simples para prevenir
Não há um produto que elimine totalmente o vírus das plantas sem prejudicá-las, por isso a prevenção é o melhor remédio. Tome cuidados simples:
1º – Desinfete os instrumentos de poda antes do uso, como pás e tesouras;
2º – Lave os vasos com detergente e/ou água sanitária antes da reutilização;
3º – Observe se há presença de pragas e elimine-as.

Além disso, pesquisas realizadas com a aplicação de extratos foliares de maravilha (Mirabilis jalapa) ou primavera (Bougainvillea spectabilis) mostram bons resultados na prevenção. As folhas lavadas dessas espécies devem ser trituradas com água, em liquidificador. O extrato após filtração é aplicado nas plantas por meio de um pulverizador manual. Não podemos nos esquecer de que quanto mais saudável for a planta, mais resistente ela é a infecção viral, portanto deve-se realizar adubação adequada.

Podem ser usadas também soluções mais simples como calda de fumo, sabão em pó ou óleo mineral. Nesse caso o uso de inseticida é imprescindível. Plantas doentes devem ser descartadas, para não contaminar as outras presentes em casa.

Caso ocorra infecção em espécies de médio porte, apare para reduzir a fonte de inóculo e infestação. É necessário embrulhar o material e descartá-lo, pois, se permanecer junto ao solo, será fonte de novas infestações.

Não há virucida, ou seja, uma substância que elimine totalmente o vírus das plantas sem prejudicá-las, diferentemente do que ocorre com fungos (fungicidas) e bactérias (bactericidas).

Nesse aspecto, os vírus de plantas são semelhantes aos que infetam os humanos. Ex: uma pessoa com gripe toma medicamentos para melhorar os sintomas e aumentar a resistência, o próprio organismo combaterá o vírus por meio de seu sistema imunológico.

No caso das plantas não acontece isso, então a prevenção é o melhor remédio.

Veja algumas famílias de vírus que ocorrem em plantas ornamentais no Brasil:
* Cucumovirus (CMV) – Ataca Lisianto, Lírio, Peperômia, Sálvia, Orquídeas, Rosa e Girassol;
* Bunyaviridae – Ataca Margarida-branca, Crisântemo, Dália, Comigo-ninguém-pode, Amarílis, Gérbera e Gloxínia;
* Rhabdoviriadae - Ataca Antúrio, Margarida, Dama-da-noite, Dracena-vermelha, Hera e Orquídeas;
* Tobamovirus - Ataca Comigo-ninguém-pode e Orquídeas.

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