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Haworthia coarctata4

As suculentas do gênero Haworthia são espécies típicas do continente africano, sendo predominantemente encontradas na África do Sul.

De modo geral, a Haworthia coarctata possui folhas menores, mais largas e mais macias, em relação à espécie reinwardtii. Apenas para constar, outra confusão causada pelos taxonomistas é que, agora, decidiram que estas espécies pertencem a outro gênero, Haworthiopsis.

No entanto, nem todas as espécies do gênero são facilmente identificáveis. A Haworthia coarctata, por exemplo, é muito parecida com a Haworthia reinwardtii. As diferenças entre estas duas suculentas são sutis, sendo melhor percebidas quando ambas são comparadas lado a lado.

Haworthia coarctata

Haworthia reinwardtii.

Ao contrário das espécies limifolia e retusa, a Haworthia coarctata possui o diferencial de desenvolver as suas rosetas de uma maneira bem fechada, de modo que acabam crescendo predominantemente na vertical, ficando mais altas.

As folhas suculentas, em um tom de verde militar bem escuro, apresentam delicadas marcações brancas, em forma pintalgada. Quando a planta é cultiva em ambientes mais ensolarados, tende a adquirir uma coloração mais avermelhada.

Com o tempo, esta suculenta vai formando touceiras com vários indivíduos, que brotam lateralmente a partir da base da planta mãe. No entanto, vale ressaltar que a Haworthia coarctata é uma planta de crescimento bastante lento.

Outra coisa difícil de acontecer, principalmente para quem cultiva a Haworthia coarctata dentro de casas e apartamentos, é presenciar sua floração. Este é um fenômeno induzido por uma maior luminosidade, geralmente quando a suculenta é cultiva em áreas externas.

A melhor forma de propagação da Haworthia coarctata é justamente através da separação dos brotos laterais. Esta é uma suculenta que não se multiplica através de folhas colocadas em berçários.

Também não é uma espécie que necessite ser podada, por ficar pescoçuda, como acontece com os representantes do gênero Echeveria, por exemplo.

O mais comum é que a Haworthia coarctata venha do produtor plantada em vasos de plástico, já com alguns indivíduos formando uma pequena touceira.

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Esta é uma planta ideal para ser usada como preenchimento, naquelas tradicionais bacias de suculentas, que mesclam diversas espécies para criar um ambiente de inspiração desértica. Caso se deseje transplantá-la para um recipiente mais decorativo, é importante que ele tenha furos no fundo.

Além disso, é essencial que o vaso, de plástico ou de barro, contenha uma camada de drenagem, composta por pedrisco, brita ou argila expandida.

O solo ideal para o cultivo da Haworthia coarctata precisa mimetizar as condições dos ambientes áridos de origem desta espécie, devendo, portanto, ter uma composição mais arenosa.

Há substratos próprios para o cultivo de cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas e garden centers. Alternativamente, pode-se fazer uma versão caseira, através da mistura de terra vegetal e areia grossa, em partes iguais.

Existem cultivadores que adicionam matéria orgânica a esta mistura, como esterco curtido ou húmus de minhoca. Esse tipo de adubo deverá ser utilizado quando o cacto for cultivo em áreas externa.

Caso for cultivado em interiores inevitavelmente sua decomposição ocasionará a emissão de odores pouco agradáveis, bem como a atração de insetos indesejados.

Outro detalhe que muitos cultivadores utilizam, o que eu não acho conveniente, é aquela finalização de pedrisco branco sobre o substrato. Com o tempo, as pedras vão ficando cada vez mais encardidas, sendo impossível torná-las brancas novamente.

Além disso, elas dificultam a aferição da umidade do substrato, que costumo fazer com a ponta do dedo, afundando levemente. Frequentemente, sei que é hora de regar apenas observado o aspecto e coloração da terra, que se torna mais esbranquiçada.

O excesso de regas é o maior inimigo da Haworthia coarctata. Frequentemente, as raízes apodrecem, se mantidas em um solo demasiadamente úmido. O mais assustador é que esta podridão avança pela planta, com grande rapidez, dizimando uma touceira em questão de poucos dias.

A principal característica de um ataque por bactérias, fruto da umidade excessiva, é o forte odor desagradável que as partes vegetais amolecidas exalam. É um terror.

Uma praga que costuma atacar a Haworthia coarctata é a cochonilha, graças ao aspecto bem fechado de suas rosetas, formadas por folhas densamente imbricadas entre si.

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Soluções de detergente líquido, como a calda de sabão, além de álcool, costumam ser algumas alternativas caseiras recomendadas para se lidar com este tipo de praga.

De modo geral, quanto melhores forem as condições de cultivo da Haworthia coarctata, mais saudável será a suculenta e menos susceptível a doenças a planta ficará. O ideal é que ela receba uma boa luminosidade filtrada, sem muito sol direto, em um ambiente com boa ventilação.

As regas devem ser bem espadas, ocorrendo apenas quando o substrato estiver completamente seco. Evite molhar a planta por cima, durante as regas. Para tanto, use um jato bem fino, com o pulverizador, para regar apenas o substrato, sem que a água fique acumulada nos diversos interstícios entre as folhas.

Pode parecer complicado e trabalhoso, mas o fato é que a Haworthia coarctata é um suculenta de fácil cultivo, requerendo pouca manutenção. Tudo o que ela precisa é de um pouco de água, esporadicamente.

Trata-se de uma excelente opção para quem dispõe de pouco espaço e luminosidade. Além disso, seu aspecto exótico enriquece qualquer coleção de suculentas.

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Cacto pertencente à família Cactaceae, nativo da Argentina, perene, com ramos pendentes de até 1 m de comprimento, com 2-7 cm de diâmetros e muito ornamental.

Quando bem cultivado, esta espécie forma touceiras respeitáveis, que produzem um espetáculo de floração, em um intenso colorido que vai do alaranjado ao avermelhado.

O cacto-amendoim é tipicamente encontrado em diferentes localidades do continente sul americano.

Trata-se de uma espécie conhecida por seu pequeno porte e pela natureza pouco agressiva de seus espinhos, que são macios ao toque. Por esta razão, o cacto-amendoim é ideal para quem tem crianças ou animais de estimação em casa.

Na natureza, a espécie está habituada às condições áridas de regiões montanhosas, sobrevivendo às geadas, por estar adaptada ao clima frio das áreas próximas aos Andes argentinos. Neste sentido, o cacto-amendoim é pouco exigente quanto à qualidade do solo, que costuma ser pobre em matéria orgânica, em seu habitat original.

Estas informações são importantes para que possamos estabelecer as melhores condições para cuidarmos bem do cacto amendoim. O primeiro passo consiste em montar um vaso com um bom sistema de drenagem.

Ele pode ser de barro ou de plástico, mas é essencial que tenha furos no fundo. O uso de cachepots sem furos ou de pratinho sob o vaso deve ser evitado, para que a umidade excessiva não mate o cacto amendoim afogado.

Neste sentido, as regas do Echinopsis chamaecereus devem ser bem espaçadas, realizadas apenas quando o substrato estiver bem seco. É importante lembrar-se de reduzir ainda mais as irrigações durante o inverno, quando a evaporação diminui, juntamente com o metabolismo do cacto-amendoim, de modo que as chances de o substrato permanecer úmido por longos períodos aumentam.

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Independentemente do material, o vaso precisa ter uma camada de pedrisco, cacos de telha, brita ou argila expandida, no fundo. Por cima, pode ser posicionada uma manta geotêxtil, de modo a segurar o substrato e impedir que ele escoe com a água das regas.

Para quem não quiser comprar este material, uma boa alternativa são os filtros usados de café, que podem ser reaproveitados e reciclados, nesta nova função.

O substrato é aquele tipicamente utilizado no cultivo de suculentas, em geral. O material deve mimetizar o solo arenoso, típico das condições áridas encontradas pelo cacto amendoim em seu habitat de origem.

Existem substratos próprios para cactos e suculentas, à venda em lojas especializadas e garden centers. Alternativamente, pode-se comprar uma terra preparada para o uso na jardinagem amadora e misturá-la com areia grossa, em partes iguais. O importante é que o solo fique bem aerado e drenável.

Como já mencionado, não há a necessidade de adicionar material orgânico à mistura, uma vez que o Echinopsis chamaecereus vive em solos pobres em nutrientes, na natureza.

Por este motivo, a adubação deve ser bem básica e espaçada, apenas como manutenção. Caso o objetivo seja fazer o cacto amendoim florescer, no entanto, uma adubação mais rica em fósforo, própria para estimular a floração, pode ser aplicada.

Neste contexto, outro fator bastante importante para que o cacto amendoim floresça é a luminosidade. Dentro de casas e apartamentos, dificilmente obteremos condições favoráveis à floração do Echinopsis chamaecereus.

O ideal é que ele seja cultivado em áreas externas, sob sol pleno. Quanto mais luz solar direta o cacto amendoim puder receber, maiores as chances de que sua floração ocorra. Tipicamente, as flores do cacto amendoim surgem nos meses mais quentes do ano, entre a primavera e verão.

O destaque fica por conta do tamanho avantajado das flores, em comparação com a parte vegetativa do cacto amendoim. Embora a coloração mais comumente encontrada seja a laranja ou avermelhada, existem belíssimas variedades com flores amarelas.

cacto-amendoim

No entanto, para aqueles que desejam apenas apreciar o belo aspecto vegetativo do cacto amendoim, qualquer local bem iluminado, ainda que dentro de casas e apartamentos, é suficiente para seu cultivo bem-sucedido.

Basta que o vaso contendo o cacto-amendoim seja posicionado bem próximo a uma janela ensolarada. Jardineiras externas e varandas também são excelentes locais para o cultivo do cacto amendoim.

Muito embora o cacto-amendoim possa ser multiplicado a partir de sementes, o processo mais rápido e tranquilo de propagação é através dos artículos que se destacam muito facilmente do cacto amendoim.

Neste sentido, o replante deve ser feito com cuidado, para que a planta não se desmonte toda. Qualquer ramo destacado da planta mãe pode ser plantado separadamente. Seu enraizamento ocorre com rapidez, de modo que novas mudas podem ser obtidas, tranquilamente.

É melhor que este procedimento seja realizado durante os meses mais quentes do ano, uma vez que o cacto amendoim passa por um breve período de dormência, durante o inverno.

Devido à natureza intrincada e cheia de novos brotos do cacto amendoim, é comum que cochonilhas e outras pragas fiquem escondidas nos interstícios, causando sérios danos à saúde da planta.

Uma forma eficaz de se prevenir este problema é cultivando o Echinopsis chamaecereus em um ambiente bem ventilado, mas sem ventos excessivos. Outro cuidado importante é a inspeção periódica do cacto amendoim. Ao menor sinal de infestação, deve ser retirada as pragas com a ponta de um palito de madeira.

Evite o uso de defensivos químicos, que podem causar sérios problemas de saúde em humanos e animais domésticos. Há quem controle estas pragas com uma solução de água e detergente ou com álcool.

Por apresentar um porte compacto, requerer pouca manutenção, além de ser versátil, podendo ser cultivado tanto em áreas internas como externas, o cacto amendoim é uma escolha ideal para quem quer montar uma coleção de cactos e suculentas, mas não quer ter muito trabalho ou não dispõe de muito espaço. Como se não bastasse, ele ainda se propaga facilmente.

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