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plantas aquáricas

Que as plantas adoram água não é nenhuma novidade para ninguém. Na verdade, assim como funciona para os humanos, manter a hidratação é fundamental para a vida das plantas.

No entanto, algumas espécies necessitam de mais água que outras, caso das plantas aquáticas flutuantes, por exemplo.

Em um projeto paisagístico, elas podem funcionar bem em jardins aquáticos ou tanques, em jardins sustentáveis, como mata ciliar, junto a rios e lagos, e até mesmo como agentes despoluentes.

Typha domingensis

1 – Taboa (Typha domingensis)
É uma planta aquática, perene, rizomatosa e herbácea, pertencente à família das Typhaceae. É caracterizada por folhagens longas e espigas que lembram salsichas em espetos.

Essa espécie nativa da América do Sul habita frequentemente áreas alagadas, pantanosas, restingas e mangues, onde funciona como planta palustre e marginal, tolerando até 1,5 m de inundação. Pode ser considerada espécie invasora em algumas situações por conta da sua alta capacidade de dispersão.

A principal característica da taboa são as inflorescências tipo espiga, que dão a aparência de “salsicha espetada”. É uma ótima planta também para a descontaminação do ambiente aquático, seja absorvendo os metais pesados presentes na água, seja reduzindo a contaminação bacteriana.

Crinum erubescens

2) Açucena-da-água (Crinum erubescens)
É uma planta herbácea e perene pertencente à família das Amaryllidaceae. Nativa das Américas Central e do Sul, é comumente encontrada em várzeas úmidas.

É uma planta de características tipicamente ornamentais, sendo muito utilizada por paisagistas na composição de jardins devido ao seu aspecto considerado exótico.

Nymphaea spp.

3) Ninfáceas (Nymphaea spp.)
São várias espécies de ninfáceas, todas elas com alto valor ornamental e originárias de diversas partes do mundo. Essas plantas são totalmente aquáticas, e suas raízes são grandes e amplas para a obtenção do máximo de nutrientes do ambiente.

As flores das ninfáceas são belíssimas, com sépalas e pétalas harmonicamente distribuídas; as primeiras formam uma “cama” com quatro, cinco ou seis sépalas abertas, enquanto as segundas erguem-se como uma torre, com diversas pétalas cercando anteras e estames.

Typhonodorum lindleyanum

4) Banana-d’água (Typhonodorum lindleyanum)
Também conhecida como banana-nanica, casca-verde, baé, inglesa, caturra e imperial, dependendo da região do Brasil — é a banana mais consumida nas regiões Sul e Sudeste.

Ela apresenta grandes dimensões e um aspecto impressionante e escultural, tornando-se um elemento importante no paisagismo tropical, seja plantada isolada ou em pequenos grupos, ao longo de espelhos-d’água, riachos calmos ou nas margens de lagos e tanques.

Nasturtium officinale

5) Agrião (Nasturtium officinale)
O agrião é uma planta comestível, muito usada em saladas, sucos, sopas, entre outros. Pode ser encontrada no meio natural em zonas úmidas como rios e riachos. É nativa da Europa e Ásia Central, onde cresce abundantemente nas margens dos rios e córregos.

Essa verdura é rica em vitamina C, vitamina A e flavonoides, além do grupo B (B1, B2, B6 e B12), compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que combatem os radicais livres e fortalecem o sistema imunológico.

O agrião ainda ajuda na prevenção de situações como diabetes, pressão alta e gripes, por exemplo. Possui também outros elementos tais como: ferro, ácido fólico, enxofre, potássio, cálcio, fósforo, iodo, beta caroteno (que produz vitamina A) e fibras.

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manacá

Os manacás são plantas dotadas de bela floração, sendo indicados como arbustos e árvores para jardins

O nome popular manacá é em virtude das belas flores que essas plantas possuem, pois é um termo da língua tupi (manacán) e que faz referência a flor mais bela da floresta. Inicialmente os indígenas chamavam de manacá algumas plantas do gênero Brunfelsia, da qual pertence o manacá-de-cheiro.

Já o manacá-da-serra, que pertence a outro gênero (Pleroma), passou a receber esse mesmo nome popular, ao que tudo indica, posteriormente por nossa cultura, devido as flores apresentarem a mesma característica de variação cromática.

Abaixo os três tipos que são mais conhecidos popularmente e usados no paisagismo.

Tipos de manacá e características:

manacá-de-cheiro (BRUNFELSIA UNIFLORA)

Manacá-de-cheiro
Também pode ser conhecido como manacá-de-jardim, romeu-e-julieta ou primavera. Esse manacá  pertence à família Solanaceae e ao gênero Brunfelsia.

Esse gênero possui muitas espécies de difícil distinção devido algumas características similares. Entre elas, destaca-se a espécie Brunfelsia uniflora, o manacá-de-cheiro, planta nativa do Brasil com distribuição pelos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica.

O manacá-de-cheiro é uma planta lenhosa, com porte arbustivo de até 3 metros de altura. As folhas são de cor verde-escuras, lisas, elípticas a obovadas. Apresentam inflorescência na primavera com flores de cor violeta que vão perdendo a tonalidade até ficarem brancas.

Essas flores, além de causar um belo efeito ornamental, salpicando a planta com tonalidades violeta e branca, devido as flores que envelhecem ao mesmo tempo em que outras vão surgindo, ainda são aromáticas e exalam um delicioso perfume.

Outro fato sobre o manacá que deve ser de conhecimento, é sobre a relação ecológica com a borboleta da espécie Methona themisto.

Essa borboleta, conhecida como borboleta-do-manacá, deposita os ovos na planta, ocasionando no nascimento de lagartas de cor preta com listras amarelas e que se alimentam exclusivamente dessas folhas.

Essas lagartas não são pragas e não devem ser retiradas, pois logo a planta se recupera com vigorosas brotações, e as lagartas se transformam em borboletas que em troca polinizam as flores do manacá.

A reprodução do manacá-de-jardim pode ser feita por sementes, por mudas que nascem das raízes da planta adulta e por alporquia.

manacá-da-serra

Manacá-da-serra
O manacá-da-serra pode também ser conhecido como jacatirão e cuipeúna. Pertence à família Melastomataceae e de nome científico Pleroma mutabile.

É uma árvore nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, principalmente na Serra do Mar, como árvore pioneira em matas secundárias. Apresenta ampla dispersão, se tornando em muitos locais uma espécie dominante.

O manacá-da-serra possui porte de até 10 metros de altura. As folhas são lanceoladas, com tricomas (pelos), margem lisa e cinco nervuras. A inflorescência ocorre na primavera e verão, com belas flores que desabrocham brancas, podendo ter as bordas lilás, até tornarem-se totalmente lilás.

A árvore promove um deslumbrante efeito multicolorido na floresta, com a copa recheada de flores de tonalidades diferentes ao mesmo tempo e em contraste com o verde.

Os frutos são pequenas cápsulas que se abrem naturalmente liberando as sementes.

A reprodução pode ser feita por sementes, que não possuem dormência e tem boa taxa de germinação quando coletadas assim que amadurecem, ou por estaquia de parte dos ramos.

O manacá-da-serra é uma árvore de grande valor ornamental, sendo indicada para o paisagismo urbano de praças, calçadas e jardins residenciais, mas por ser originária de encostas úmidas da Serra do Mar, não é recomendada para regiões que possuem clima seco.

manacá-da-serra anão

Manacá-da-serra-anão
Esse manacá é uma variedade comercial e anã da espécie arbórea que vimos anteriormente (pleroma mutabile). Portanto, possui porte arbustivo de no máximo 4 m de altura.

A inflorescência apresenta as mesmas características, com flores que desabrocham brancas e tornam-se lilás, não possuem aroma, a única diferença é que a espécie arbórea floresce no verão, enquanto o manacá anão floresce no inverno.

O florescimento ocorre desde muito cedo, com a muda ainda em desenvolvimento, visto que são feitas a partir de estacas de plantas adultas que já florescem.

Para fazer mudas com as características idênticas da planta anã, a propagação deve ser feita por estaquia dos galhos ou alporquia. Já por sementes, podem ocasionar em plantas com porte arbóreo.

O manacá-da-serra-anão é muito comercializado para fins paisagísticos devido a bela floração e o porte pequeno, ele pode ser cultivado até em vasos e a sol pleno.

olhodeágua

vinca7

Presente em bordaduras, maciços em praças, canteiros e jardineiras, a vinca é um arbusto semi-herbáceo vindo da ilha de Madagascar, na África.

É uma planta eminentemente tropical, mas que tolera climas subtropicais e amenos, contanto que a temperatura não caia abaixo de 5º C e que o clima não seja quente e úmido.

Paisagistas urbanos gostam da vinca por ser volumosa e ter floradas praticamente o ano todo. Versátil, adapta-se à jardineiras bem cuidadas, trilhas e espaços verdes em prédios e chácaras.

Suas flores são pequenas, com diâmetro máximo de 5 cm. Com cinco pétalas e halo de diversos tons — pequeno círculo no centro da flor —, as flores da vinca são um pequeno delírio colorido, graças às tonalidades rósea, branca, vermelha, roxa e alaranjada.

A vinca tem sido uma escolha apreciada pela beleza e rusticidade, já que ela adquire um viés “invasivo” na maioria dos locais onde é plantada, mesmo que de forma acidental.

Catharanthus roseus

O solo em que será plantada (ou replantada) precisa ter matéria orgânica em abundância e ser bem drenado — até mesmo arenoso —, além de possuir nutrientes mínimos para seu desenvolvimento. Esterco animal curtido, húmus e mesmo fertilizantes sintéticos com maior quantidade de nitrogênio e fósforo podem ser incorporados ao substrato.

O pH do solo também é importante. A vinca prefere substratos levemente ácidos mas próximos da neutralidade, entre 5 e 6. Existem kits de verificação dos níveis de hidrogênio que são vendidos em “garden centers”, mas se puder, consulte um especialista.

No plantio, o espaçamento entre as mudas é importante. A média entre elas deve ficar em torno de 40 cm. O chamado “beliscamento” — retirada dos ponteiros na fase inicial da muda — é indicado para que a ramificação da vinca seja vigorosa.

Além do preparo do solo, a transferência das mudas necessita de cuidados, já que suas raízes são frágeis fora do substrato. Prepare o local onde a planta será fixada com antecedência e abra o sulco cuidadosamente, de forma a acondicionar a raiz sem deixá-la muito frouxa nem apertada demais.

As regas devem ser leves, apenas para umedecer o solo, e o ambiente precisa estar a pleno sol. A sua reprodução e propagação é feita principalmente por sementes.

Catharanthus roseus4

Ela pode atingir até 50 cm de altura por ser muito ramificada. Em suas hastes pendem folhas verdes-brilhante em forma de elipse e com nervuras muito aparentes, auxiliando na composição ornamental do arbusto.

Por mais resistente que a vinca seja, ela possui um “prazo de validade”. A recomendação é a troca das espécies de dois em dois anos por conta da perda natural do viço e beleza, principalmente em locais com pouca incidência solar e com temperaturas tropicais.

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Amélia

A amélia é um grande arbusto perene ou pequena árvore da família Rubiaceae, nativa das regiões subtropicais e trópicas americanas, que pouco a pouco vem sendo descoberto por paisagistas e admiradores brasileiros.

Ela apresenta características que a fizeram ser uma alternativa plasticamente bela, de baixo custo de manutenção e versátil.

Seu alcance se estende da Flórida, no sul dos Estados Unidos, até o sul da Argentina. Os nomes comuns incluem arbusto beija-flor, arbusto escarlate e ruiva

A amélia pode ser usada como cerca viva ou como destaque em um jardim, além de funcionar bem em projetos paisagísticos que usam renques (árvores ou arbustos colocados em fila para destacar ou esconder determinado detalhe arquitetônico).

A planta pode alcançar 4 m de porte em condições favoráveis. Tem caule semi-lenhoso e flores com tom vermelho-alaranjado ricos em néctar, apreciados por pássaros e borboletas.

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Beija-flores são vistos muito frequentemente rodeando suas flores, e os demais pássaros vêm em busca dos frutos remanescentes após a florada. As folhas têm uma peculiaridade: em regiões onde o inverno é mais rigoroso, elas adquirem uma cor avermelhada.

A amélia é um arbusto que se desenvolve tanto a sol pleno quanto à meia sombra e não exige muito do solo, podendo sobreviver até em terrenos pobres em adubo.

No entanto, isso não significa que ela não precise de cuidados: para evitar fungos, é aconselhável o plantio sob o sol e um preparo básico do terreno, descompactando-o e utilizando terra vegetal, esterco de curral curtido e um pouco de farinha de osso.

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No início do plantio, a rega deve ser constante — cerca de três vezes por semana — até a fixação das raízes, que não dura mais de um mês.

Depois bastam regas para umedecer o solo. Em regiões mais úmidas a irrigação é desnecessária. A adubação deve ser feita a cada três meses, com o famoso NPK 10-10-10.

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