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Dendrobium fimbriatum

Este é um mega gênero. Composto por aproximadamente 1000 espécies, distribuídas desde a Índia e Sri-Lanka até o Japão, Filipinas, Malásia, Indonésia e chegando a Papua, Nova Guiné,  Austrália e Nova Zelândia. Como todo mega gênero, possui quatro subgêneros e 41 seções, para tornar a determinação das espécies mais fácil.

A maioria das espécies é epífita, porém é difícil determinar características vegetativas para todo gênero, visto que existem espécies com pseudobulbos lineares, outras com roliços e outras com formato terete.

O mesmo acontece com as hastes, que podem ser uniflorais ou multiflorais, laterais ou apicais, e com as flores que podem ser pequeninas ou grandes, de todas as cores imagináveis (menos preta).

Possuem as sépalas juntas à base da coluna. As condições de cultivo variam de acordo com a região de origem das espécies. Portanto, antes de cultivar qualquer espécie de Dendrobium, é necessário conhecer sua origem e condições de seu habitat.

Existem algumas regras que podem ser empregadas para todas as espécies, que são: boa circulação de ar, boa luminosidade, rega constante durante o período de crescimento vegetativo e, durante o período de dormência, somente umidade ambiente ou água suficiente para que os pseudobulbos não desidratem.

Dendrobium chrysotoxum

Dendrobium chrysotoxum:
Espécie originária de Burna. Com pseudobulbos fusiformes e folhas coríaceas, vedes-lustrosas. Perto do ápice, nascem as inflorescências eretas, levemente curvadas, com lindas flores de 2 cm de diâmetro de cor amarelo-dourado-intenso, realçado pelo disco do seu labelo alaranjado. Tem cheiro intenso a mel.

Dendrobium devonianum (Medium)

Dendrobium devonianum:
Espécie com pseudobulbos cilíndricos, compridos e muito finos. É talvez a espécie que possui flores mais bonitas. Sépalas e pétalas branco-creme levemente matizadas por duas máculas de cor magenta. Labelo amplo, marginado de púrpura e grande mancha alaranjada. Originária de Burna e Assã. É de difícil cultura.

Dendrobium nobile

Dendrobium nobile:
Espécie epífita de pseudobulbos eretos de até 40 cm de altura, que sempre floresce no pseudobulbo formado no ano anterior, nascendo escapos florais com uma a três flores nos nódulos de suas metades superiores. Flor de 3 cm de diâmetro cor-de-rosa-purpureo. Labelo com grande mácula marrom-purpurea intensa que as pessoas chamam de “Olho-de-boneca’.

Existem muitas variedades, principalmente de cores. Procede da Índia, sul da China, Laos e Tailândia onde vegeta a 1500 metros de altura. A espécie foi coletada e descrita por John Lindley em 1830. Acredita-se que haja mais plantas dessa espécie no Brasil do que nos países asiáticos.

Sua cultura deve ser feita com o seguinte cuidado: nos meses de maio e junho, quando nos nódulos dos pseudobulbos aparecem pequenos intumescimentos, deve-se diminuir radicalmente as regas. Caso contrário, ali nascerão novas mudas da planta. Se deixarmos de molhar, ali surgirão flores. Para os pseudobulbos não se desidratarem, devemos nesse período lhe dar apenas pequenas pulverizações. O cultivo em vasos de cerâmica cônicos, tamanho médio, com coco desfibrado mais os substratos, boa drenagem e com tutores é o ideal, podendo ficar em pleno sol.

Dendrobium_lindleyi

Dendrobium lindleyi (ex aggregatum):
Espécie epífita com pseudobulos de 2 cm de altura rastejantes e sulcados, portanto pequenas folhas de 5 cm de comprimento, lanceloadas e coríaceas de cor verde escuro.
Hastes florais pendentes e ramificadas com até 30 flores. Flor de 2 cm de diâmetro com pétalas e sépalas amarelo-carregado e margens encrespadas.Labelo arredondado de cor alaranjada. Floresce na primavera. Seus habitats ocalizam-se em uma altitude entre 350 e 1500 metros na Índia, Burna, sul da China, Malásia e Indochina.

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Bifrenaria harrisoniae
Gênero botânico de orquídeas, ou seja, pertencente à família Orchidaceæ, composto por cerca de vinte espécies originárias da América do Sul. Algumas de suas espécies são muito difundidas e bastante cultivadas pelos orquidófilos, principalmente pela abundância de suas vistosas flores que, por sua constituição espessa e disposição na inflorescência, à primeira vista podem ser tomadas por plantas artificiais feitas em cera.

São cultivadas apenas por colecionadores de orquídeas e institutos de pesquisa botânica, pois não existem utilidades conhecidas para suas espécies a não ser uso o ornamental.

O gênero Bifrenaria possui mais de 30 espécies distribuídas na América Tropical, do Panamá à América do Sul. No Brasil, no entanto dividido por duas áreas isoladas: a Floresta Amazônica, e a região da Mata Atlântica do Brasil. Esta última, onde dezessete espécies se fazem presentes, pode ser considerada seu centro de dispersão recente.

A área montanhosa dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo é particularmente rica, com quinze espécies registradas.  Serra dos Órgãos no Estado do Rio de Janeiro é referenciada como habitat de catorze espécies das Bifrenaria.

As espécies de flores grandes são mais comuns na região sudeste do Brasil, contudo, existem desde as áreas mais iluminadas do litoral até áreas montanhosas bem iluminadas dos estados de Minas Gerais e Bahia, desde quase o nível do mar até cerca de 2.000 metros de altitude, algumas espécies atingindo até o Rio Grande do Sul.

Não há espécies deste grupo na Amazônia. Algumas espécies vivem apoiadas diretamente nas pedras do Pão de Açúcar no Rio de Janeiro as quais podem ser observadas pelos passageiros que pegam o bondinho. Os centros recentes de irradiação deste grupo são a zona litorânea da Serra do Mar e as altas serras de Minas Gerais.

As plantas do gênero caracterizam-se por possuírem pseudobulbos ovóide-quadrangulares, com uma ou duas folhas levemente e fibrosas. As flores crescem a partir da base dos pseudobulbos em hastes uniflorais.

Devem ser cultivadas em temperaturas intermediárias, com boa umidade e luz. São mais bem cultivadas em vasos com fibra de coco, sendo regadas regularmente e da mesma forma durante todo o ano.

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Cattleya tigrina
O cultivo natural em orquídeas é um a prática relativamente recente. Baseia-se na utilização de produtos químicos e alternativos existentes na natureza que não agridem o meio ambiente e são atóxicos (na sua maioria) para o homem.

Enquanto no cultivo convencional o objetivo é a eliminação de toda e qualquer praga, deixando um produto o mais “esterilizado” possível à custa de defensivos tóxicos, a cultura orgânica prega a convivência em equilíbrio deste micro-ecossistema, que pode ser um vaso de orquídea ou um orquidário. A intenção não é a eliminação total de todas as pragas e sim fazer com que a planta bem nutrida não sofra com ataques de doenças. Todo ser bem alimentado, forte e saudável é muito resistente. Assim, a idéia é trabalhar para aumentar a resistência da orquídea e não a preocupação exclusiva de controlar os agentes nocivos a ela.

Em síntese, na cultura convencional o alvo dos defensivos são as pragas e doenças de uma forma direta, mas podendo causar danos também à planta, como fitotoxicidade (são as famosas seqüelas de tratamento) e a outros seres benéficos à orquídea. Já na cultura orgânica o alvo do tratamento é a planta em si, visando fortalecê-la para que resista ao ataque de pragas e doenças.

Tudo isso sem mencionarmos o perigo que os defensivos representam para os seres que estão próximos ao orquidário, comoanimais de estimação, crianças, etc.

Procedimento preventivo
O cultivo natural um procedimento mais preventivo do que curativo, isto é, não adianta iniciar o manejo orgânico num orquidário desequilibrado, muito infestado de pragas e/ou doenças. Existem situações em que é necessária uma intervenção com resultados urgentes e em curtíssimo prazo. Nestes casos utiliza-se o manejo convencional como um “tratamento de choque” e, depois, gradativamente, passa-se ao cultivo natural.

Vantagens
Talvez a maior vantagem do cultivo natural seja a consciência da preservação do meio ambiente. Cada vez mais consumidores exigem produtos orgânicos, porque a tendência mundial é aumentar a qualidade de vida. Como nós, orquidófilos, somos amantes da natureza, temos o dever de seguir e divulgar a preservação.

Outras vantagens são:
- Utilização de produtos específicos (seletivos):
Atingem um determinado inseto ou doença, preservando os inimigos naturais das pragas.

- Ausência de efeitos colaterais para a planta:
Quando usamos defensivos químicos convencionais, podemos provocar uma intoxicação na planta (fitotoxicidade). Esta intoxicação pode acarretar desde um atraso no seu desenvolvimento até a sua morte.

- Baixa toxicidade:
Muitos deles são atóxicos. Isto elimina a possibilidade de intoxicação de pessoas e animais, contaminação de substratos e do meio ambiente. Temos que nos lembrar que a maioria dos orquidários está localizada em nossas casas, regiões urbanas altamente povoadas. Imaginem o mal que um agrotóxico poderia fazer em adultos, crianças, animais domésticos em nossa casa e arredores. Muitas vezes nossos vizinhos não conhecem o perigo e por isso não têm como se prevenir disto.

- Forma de resistência:
O produto natural, pela sua própria condição, não favorece o aparecimento de formas resistentes do agente nocivo. São vários os meios para se controlar doenças e pragas em nosso orquidário. No cultivo natural temos a utilização de produtos naturais (como os óleos, extratos, etc.), plantas em associação com as orquídeas, biofertilizantes, armadilhas, controle biológico (inimigos naturais).

- Ácido pirolenhoso:
O ácido pirolenhoso é um biofertilizante obtido através da condensação da fumaça proveniente da queima da madeira. Pode ser usado na correção do pH da água alcalina. Utilizado a uma concentração de 0,2% promove fortalecimento da planta e melhora a floração. (há uma razão, pois a fumaça obtida pela queima de folhas e gravetos, próximo às árvores frutíferas, deixando a fumaça emprenhar no meio de suas folhagens, estimula a dar mais frutos na safra seguinte).

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