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As flores, sejam elas lindas ou feias, cheirosas ou não, são classificadas pelos botânicos, como Angiospermas. A função da flor é garantir a reprodução, pois é nela que acontece a união dos gametas masculino e feminino por um processo que chamamos de polinização. Na verdade a flor produz e protege as estruturas encarregadas da reprodução sexual e suas pétalas, que na realidade são folhas modificadas, ajudam a proteger estas estruturas e atrair os polinizadores.

Mas o que nos deixa muito surpresos são as estratégias da natureza para que a polinização aconteça. Algumas flores dependem do vento para transportar o pólen de flor para flor, e outras dependem de animais (insetos, pássaros e até morcegos) para concluírem esse feito. Mas as primeiras flores que existiram não eram assim tão lindas e atraentes, elas na verdade evoluíram e se desenvolveram tanto para se tornarem mais leves a ponto de serem levadas pelo vento como para atrair animais polinizadores. Isso não é fantástico?

Diversas flores têm néctar em várias partes para atrair animais. As abelhas, por exemplo, são atraídas por essas flores através de um padrão de cores que só elas podem ver. Os pássaros, assim como as abelhas, têm visão colorida, e escolhem aquelas com coloração forte e brilhante. Mas não são só as cores que podem atrair, o aroma é um grande aliado como estratégia de atração de polinizadores, por isso algumas flores são tão cheirosas! Porém não pensem que o cheiro é sempre agradável, algumas espécies liberam um odor de carne apodrecida para atrair moscas e outros insetos saprófagos (que adoram a carne). E saibam que os morcegos também são importantes na polinização e são atraídos por flores grandes, com mau cheiro e com cores pardas para facilitar o trabalho noturno.

As flores polinizadas pelo vento (as gramíneas, por exemplo) não precisam atrair agentes polinizadores, é por isso que elas têm aromas discretos,são chamadas de anemófilas. Sendo assim, as flores polinizadas por insetos (as entomófilas) costumam ter um pólen grudento, com granulatura maior e acreditem: algumas têm até “plataforma de pouso” para ajudar no trabalho. E aquelas que escolheram os morcegos como polinizadores (as quiropterófilas), possuem as pétalas bem reforçadas para sustentar o peso do bichinho, ou para não serem destruídas por ele.

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Rainha-da-noite – Hylocereus undatus

Cheiro bom ou cheiro ruim, o perfume das flores tem uma única finalidade: atrair polinizadores. Devido à alta sensibilidade dos insetos ao cheiro, mesmo as flores que parecem não ter cheiro ao olfato humano, possuem quantidades suficientes de substâncias aromáticas para atraí-los.

As flores que soltam perfume durante a noite, são aquelas que atraem polinizadores de hábito noturno, como as mariposas e os morcegos. Geralmente são flores com forte odor, se o cheiro é bom ou ruim, depende do polinizador interessado naquele vegetal.

Os polinizadores noturnos visitam as flores no final da tarde e à noite em busca do néctar produzido pelas flores. Normalmente os animais de hábito noturnos não possuem um bom estímulo visual e se guiam pelo odor para alcançar seu alimento e já que os polinizadores só aparecem à noite, do que adiantaria liberar perfumes durante o dia?

Com o trabalho dos polinizadores, as flores ainda garantem seu sucesso reprodutivo, pois ao se satisfazerem com o néctar carregam o pólen de uma flor para a outra durante a noite.

Este processo de liberação do aroma pelo vegetal é controlado por um mecanismo fisiológico que identifica a ausência de luz. Assim que a luz diminui, o perfume de atração começa a ser liberado. Além das plantas com cheirinho bom, podemos ter aquelas com odor de fezes ou carniça.

Chamamos esta estratégia de mimetismo olfativo, na qual a planta reproduz o cheiro de proteína em decomposição ou de fezes, com o objetivo de atrair para suas flores os insetos que normalmente são atraídos pela carniça ou pelo estrume.

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Renda-portuguesa (Davallia fejeensis)

A Renda-portuguesa é originária da Austrália e pertencente à família Davalliacea, a mesma família das Samambaias.

Suas folhas são muito interessantes: apresentam grande detalhamento nas suas subdivisões e recortes, tornando-a uma planta de textura muito particular e bela.

As variedades mais conhecidas são a plumosa e a robusta. No inverno as folhas da renda-portuguesa tornam-se amareladas e caem, e ela deve ser protegida.

A planta apareceu pela primeira vez nos continentes ocidentais a partir do século XVI onde navegadores começaram a trazer mudas de plantas que inclusive se adaptaram de maneira muito fácil ao ambiente brasileiro, a planta é considerada herbácea e também rizomatosa, possui grandes e longos rizomas repletos de pelos marrons escuros, de onde saem as partes das folhas compostas e finalmente pinadas de aparência delicada.

As melhores formas de cultivar são em ambientes iluminados, porém que não recebam sol direto, a planta poderá ser cultivada no chão embaixo de árvores , que é onde são encontradas em ambientes naturais ou também em vasos ou mesmo jardineiras para interiores.

O solo para cultivar a planta deverá ser riquíssimo em matéria orgânica e por este motivo procure utilizar uma mistura de composto orgânico, turfa e também areia. É possível ainda se utilizar substratos especiais além de organo-minerais que podem ser vendidos em sacos nas agropecuárias, porém se utilizar este material deverá fazer uma mistura com areia para que tenha resultados.

Os vasos utilizados pela planta poderão ser de várias formas como, por exemplo, tipo bacia e largos, apesar disso não precisam ser altos devido aos rizomas realizaram as trocas gasosas pela planta, por este motivo é interessante que fiquem em vasos mais rasos.

Se quiser realizar trocas de vaso procure proteger o furo de drenagem com cascalhos ou mesmo mantas não tecido e também utilize um pouco de areia. Procure a seguir colocar um substrato e plante a sua muda, acrescentando mais substrato apertando de leve para que possa fixar, em seguida regue a planta. Mantenha o substrato que deverá estar levemente úmido.

Como multiplicar a planta
A melhor forma de propagação da planta é multiplicá-las em novas mudas, sendo muito fácil fazer este procedimento, através dos seus caules, que são também chamados de rizomas, estes ficam aéreos, sendo assim possível se ter a partir de um vaso cheio a possibilidade de realizar diversas novas mudas.

Primeiramente procure optar por um rizoma que possa ter pelo menos duas gemas, pois será delas que irão sair as novas mudas, em seguida procure cortar o rizoma que você escolheu e o deixe de lado.

Em seguida procure preparar o vaso que irá receber a muda, jogando primeiramente os cacos de telha para que ocorra uma melhor drenagem de água nas regas das plantas.

A seguir coloque por cima a terra orgânica até que chegue a metade do vaso, em seguida procure jogar por cima um pouco de areia para que não fique compactada e coloque novamente a terra. Procure em seguida misturar esta camada.

A seguir procure colocar o rizoma, ou seja, as raízes sobre a terra levando em conta o cuidado de não o enterrar de forma inclinada, procure o enterrar de forma diagonal para que possa aderir melhor a terra, a seguir procure pulverizar com a terra orgânica de forma que possa cobrir o rizoma de forma bastante suave.

Aproveitando as pontas dos dedos, procure pressionar a terra que está em volta da muda, porém não totalmente somente o que estiver em torno do rizoma. Desta forma você já irá ter uma muda de renda portuguesa pronta para presentear alguém.

Dicas para o cultivo
Evite deixar o seu vaso de renda portuguesa em algum local onde não exista vento, ou suas folhas poderão ficar amareladas ou queimadas;

Uma observação interessante é que a renda portuguesa poderá se adaptar perfeitamente em banheiros, por exemplo, por causa do vapor do chuveiro, elas adoram.

Procure manter o vaso sempre úmido, porém nunca se esqueça de não deixar água parada no pratinho, a dengue continua rondando frequentemente as famílias brasileiras.

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