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Brassavola fragrans

Das orquídeas que estão entre as que os especialistas consideram ideais para criadores iniciantes, as do gênero Brassavola têm destaque pelo seu manejo de baixa ou média complexidade e pela extrema beleza de suas delicadas e aprazíveis inflorescências.

Endêmica das Américas tropicais, as orquídeas Brassavola (as principais espécies brasileiras são B. perrinii ou tuberculata, B. flagerallis e B. martiana) têm esse nome dado em homenagem ao médico italiano Antonio Musa Brassavola, que realizou a primeira traqueostomia (cirurgia em que um orifício é feito na traqueia para, basicamente, facilitar a respiração de pacientes) bem sucedida no século XVI.

A orquídea Brassavola pode ser epífita ou rupestre – desenvolve-se tanto nos caules das árvores tropicais quanto em rochas – e tem compleição tropical. Floresce no Verão, embora algumas espécies produzam flores também sob baixas temperaturas. A grosso modo, a variação climática ideal para as Brassavolas é de máxima de 33º C, com umidade relativa do ar alta, e mínima de 10º C. Suporta por pouco tempo temperaturas menores que a mínima indicada, mas pouco tempo mesmo.

A orquídea Brassavola nasce de um caule aéreo, chamado pseudobulbo, e se propaga de forma entouceirada. As folhas lanceoladas e finas servem de base para a haste onde se desenvolvem a inflorescência. Cada haste comporta uma única flor.

Esta flor possui cinco pétalas estreitas, bem finas, também lanceoladas como as folhas, formando uma estrela gráfica, cujos tons podem variar do branco-creme ao verde.

O labelo destaca-se proeminente na base, com seu tom creme com eventuais manchas esverdeadas ou amareladas. O perfume é peculiar e muito agradável, sentido principalmente no período noturno.

O substrato onde a orquídea Brassavola será plantada precisa ter drenagem eficiente, pois, como é de praxe entre as orquídeas, ela necessita de regas frequentes mas não tolera encharcamentos (lembre-se: as raízes e bulbos podem morrer por apodrecimento).

Pode-se usar fibras parecidas com o xaxim ou cascas de madeira, colocados em vasos ou cachepots de fácil drenagem. A iluminação deve ser mais intensa do que o habitual suportado por outras espécies de orquídeas, em ambientes com umidade relativa do ar alta (nunca plante nenhuma orquídea em lugares com ar condicionado).

A orquídea Brassavola é naturalmente resistente à pragas se bem cuidada. A troca de vasos e substratos deverá ser feita de acordo com o vigor de crescimento da flor.

A adubação de reforço deve ser feita de forma suave, geralmente diluída na água das regas, preferencialmente na época da floração.

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Dasylirion acrotrichum

Família: Asparagaceae
Origem: América do Norte, México

O Dasilírio é uma planta suculenta nativa do México, mais especificamente das áreas desertas no Norte daquele país. Transformou-se em sensação estética de jardins secos, ou xerófitos, por resistir a tempos extremamente secos e não se intimidar nem com altas e baixas temperaturas – ela resiste ao calor de até 50º C do deserto a pleno sol ao frio quase polar de -6º C.

Desenvolve-se a partir de um tronco que na natureza se alonga e se curva como se fosse uma “minhoca”. As espécies usadas em paisagismo são condicionadas para manter esse núcleo pequeno e ereto para que as folhas se destaquem. Estas folhas verde-claras crescem em forma de roseta; são lanceoladas, finas e possuem espinhos em toda a sua extensão. Um ramo de dasilírios pode conter de 100 a 300 folhas, que podem atingir até 3 m.

Este conjunto ornamental fica ainda mais belo graças à floração que ocorre no Verão e,  somente nos exemplares adultos. Ela se caracteriza por uma inflorescência ereta, que desponta acima da folhagem, com numerosas flores de cor branca-creme e atraem borboletas e abelhas..

Depois de um período de adaptação ao terreno fértil em que for plantado, o dasilírio não necessita de muitos cuidados por ser eminentemente rústico. Por não necessitar de muita água, é bastante utilizado em projetos paisagísticos (onde vem ganhando destaque crescente), que privilegiam o uso racional dos recursos hídricos.
Seu aspecto simétrico e as numerosas folhas, que chegam de 100 a 300 por ramo, impressionam os espectadores, tornando-se facilmente um ponto focal no jardim.

É uma planta muito rústica e de baixíssima manutenção. Podem ser usados em maciços solitários em parques e praças, em composições com diversas espécies coloridas, além de vasos e cachepots e cercas-vivas de delimitação. Também pode ser plantada em vasos e jardineiras, adornando assim varandas, sacadas e pátios bem ensolarados.

Deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, perfeitamente drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente apenas na estação seca e nos primeiros meses após o plantio. Não tolera encharcamentos, sendo muito suscetível à podridão no colo e raízes. Não deve ser cultivado em regiões com clima muito úmido e chuvoso, pois a perda é praticamente certa.

Em lugares assim, convém plantá-lo em vasos e protegê-lo temporariamente dos períodos chuvosos em ambientes internos bem iluminados pelo sol. Canteiros elevados no jardim são os locais de escolha para o plantio, por facilitar a drenagem. Por ser uma planta oriunda do deserto, o rabo-de-dragão é capaz de tolerar de temperaturas entre -6°C até 50°C. Multiplica-se por sementes.

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croton

O cróton ((Codiaeum variegatum)) é uma planta nativa da Índia, Sri Lanka, Malásia e Indonésia. É um arbusto muito usado em projetos paisagísticos que remetem à alegria e ao tempero tropical do jardim.

O caule do cróton é semi-lenhoso, resistente a podas e suas folhas adquirem tons vermelhos, amarelos, roxos, rosas, brancos, verdes e laranjas, dependendo da variedade escolhida. O formato das folhas também muda de uma espécie de cróton para outro, sendo as mais comuns as ovaladas e lanceoladas. Quem determina qual arbusto é o mais indicado é o gosto do freguês, mas todas as variedades de cróton são extremamente vistosas e de valor paisagístico muito elevado.

O cróton pertence a uma família botânica que emana uma seiva tóxica, por isso atenção ao manuseá-la. Esta seiva, em contato com a pele, pode provocar irritações. Muito cuidado com as mucosas; sempre manuseie a planta com luvas adequadas, principalmente quando for podá-la.

O cróton é um curinga paisagístico: pode ser plantado isoladamente, como um dos destaques do jardim; é perfeito como cerca-viva assimétrica em ambientes que prezam um ar natural; junto com outros arbustos verdes ou flores, formam um contraste harmonioso se escolhidas as plantas certas. Por ser eminentemente tropical, desenvolve-se melhor sob sol pleno ou sombra parcial. Não é tolerante a geadas, por isso se for cultivado em vasos, em um projeto paisagístico interior, cuidado com a luminosidade e não o coloque em ambientes com ar condicionado.

O solo onde o cróton será plantado deve ser levemente fértil com reforço de adubação anual e as regas devem ser periódicas, sem encharcamento, pois este arbusto é resistente. E cuidado com as flores: apesar delas não terem valor ornamental, são importantes para a polinização e perpetuação, pois as inflorescências são femininas e masculinas, mas o cróton pode multiplicar-se por estaquia.

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