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Nossos antepassados cultivavam a lavoura e faziam jardinagem utilizando os elementos de colheita que não serviam, como palha e folhas, enterrando para servir de adubo.
Com o uso de fertilizantes químicos muito deste uso parecia obsoleto, mas tem sido resgatado com este novo conceito de agricultura orgânica que se espalhou pelo mundo.
O que nossos avós faziam e que agora tentamos repetir é a confecção de composto orgânico para uso no solo para reposição de nutrientes e um melhor desenvolvimento das plantas.

O que é composto orgânico? Do que é feito? O que denominamos composto é uma mistura de resíduos oriundos de diversas fontes, aparentemente sem uso ou valor que pode ser reunido para a formação de um adubo.
A compostagem pode ser feita de resíduos vegetais de lavoura, aparas de grama e restos de vegetais oriundos da cozinha, esterco de animais vegetarianos, bem como de muitos outros materiais.

O que acontece no processo de compostagem?

Os materiais que tem os mais diversos tamanhos, formas e composição são misturados e colocados para decompor e passam por processos bioquímicos.

Estes processos são realizados por microorganismos que utilizam este material como fonte de energia, absorvendo os ingredientes minerais e carbono.

Ocorre a degradação deste material em presença de oxigênio e o produto é gás carbônico, água, calor e matéria orgânica utilizável pelas plantas. Nesta atividade microbiana o material aumenta a temperatura, ficando entre 50 e 70ºC.

O processo, conforme o manejo destes resíduos, leva em torno de 90 dias até 1 ano. Quanto mais revolvido for o material mais ar entrará na pilha e se a umidade estiver correta mais rápido será o processo. Também em climas quentes e no verão o tempo diminui pela maior atividade microbiana. A nível de propriedade rural é feita em grandes leiras, em geral revolvidas com trator.

Mas para quem deseja fazer em seu quintal, uma caixa de 1,0 x 1,0 x 1,0 metros sem fundo, direto no solo é mais do que suficiente.

Quem não tem muito espaço pode adquirir uma lata de lixo plástica grande e retirar boa porção do fundo para escoamento da água. Para cobrir, use uma lona ou chapa de papelão.

Passo à passo do preparo da compostagem:

Colocar os resíduos, alternando os vegetais com excrementos de animais herbívoros como gado, cabra e aves.

Usa-se restos de cascas de cozinha bem picados, aparas de grama, pó de café e folhas de chá, erva mate, o papel de filtro do café, guardanapos de papel usados, cascas de ovos bem trituradas, papel branco bem picado, papelão de caixa de ovos bem desmanchada, correspondência descartável de papel branco.

Cinzas de lareira ou fogão, também podem ser colocadas mas em pequena quantidade.

Quem tem tanque ou açude com plantas aquáticas, poderá aproveitar o excesso, pois estas dão excelente contribuição de nutrientes.

Cascas, folhas verdes de hortaliças, frutas, aparas de poda e estercos são considerados materiais verdes e são ricos em nitrogênio e carbono.

Já os materiais do tipo papelão de embalagem de ovos ou de tubos de papel toalha ou higiênico rasgados, papéis brancos, ramos de poda e pó de serra são chamados de materiais marrons, têm mais lenta decomposição, mas contêm muito carbono.

A proporção recomendada pela Embrapa é de uma relação de 75% de restos vegetais dos dois tipos para 25% de esterco animal.

Com tábuas e sarrafos pode construir uma no seu quintal. Um dos lados fica aberto e pode ir adicionando tábuas à medida que a pilha crescer. Facilita o revolvimento e a retirada depois do composto. Não pode ter fundo, a pilha fica em contato com o solo. Se quiser ajudar na percolação das chuvas e da água do composto, faça uma cama de areia de construção embaixo, antes de começar a colocar os materiais para compostagem.

Quando colocamos materiais de pedaços muito grandes, a aeração da pilha será maior, com mais oxigênio, mas também levará mais tempo.

Pedaços menores decompõem mais rápido. A mistura de tamanhos será então mais benéfica.

A cada camada colocada, adicionar areia ou terra em camada fina, para evitar a proliferação de moscas.

Umedecer a mistura sem encharcar, para que os microorganismos comecem a trabalhar. Cobrir sempre é bom, evita molhar demais com chuva e também a não dissipar odores. O teor de umidade deverá ficar entre 40 e 60%, isto é, levemente molhado.

Não use:

Comida cozida que contém sal, carnes cruas ou cozidas de gado, peixe ou aves, sebo, papel toalha usados para fritura, sementes de tomate, cascas de batatas, sementes de moranga e abóbora, sementes de inços, excrementos de cães e gatos, a areia do banheiro do gato, revistas, folders coloridos de propaganda. Também cinzas oriundas de churrasqueira por causa do sal e porque o carvão contém substâncias que podem prejudicar as plantas.

Jornais e papel branco podem ser usados, bem como folders brancos e cartas descartáveis de propaganda, não esquecer de rasgar fino. No entanto, se a quantidade de material for muito grande, considerar o destino dele para a reciclagem.

Na primeira semana recomenda-se revolver bem a mistura todos os dias e depois pelo menos uma vez por semana. Se o material ficar seco, irá esfarelar na mão, será necessário umedecer a pilha. Se por acaso começar a escorrer água, será necessário revolver bem, deixando arejar e ficar sem molhar por um tempo. Também a adição de materiais secos, como papel picado ajuda.

Quando sabemos quando o processo está decomposto ou curtido?

O produto final é o composto orgânico, de consistência fina, úmida e suave ao toque, com cheiro de terra e cor escura. Conforme o material compostado terá nutrientes minerais de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, enxofre, ferro, zinco, cobre, manganês e boro.  O índice de acidez do composto fica em geral com pH acima de 6,0.

Para plantas que apreciam solos ácidos, como gardênias e azaléias se recomenda também a adição de turfa que tem pH muito baixo para um melhor equilíbrio.

O que acontece no solo com a adição de compostos?

1. As plantas se desenvolvem melhor, com maior quantidade de raízes e portanto com maior capacidade de absorver nutrientes e água do solo.
2. As águas de chuvas e regas penetram melhor no solo por causa da adição de composto orgânico, não ocorrendo os perigos da erosão superficial com a perda de nutrientes.
3. A temperatura do solo no verão mantém-se mais estável por causa da presença de matéria orgânica e também mantém estáveis os níveis de pH. Isto quer dizer que o calor do sol não afetará as raízes igual ao que acontece em solos arenosos com pouco composto.
4. Sementes de inços e invasoras não germinam no composto por causa da elevação da temperatura, então seu aparecimento será esporádico, trazido por pássaros ou mudas de plantas adquiridas.
5. A presença deste material orgânico aumenta a atividade benéfica de microorganismos que favorecem as plantas.
6. Quando o composto é feito da maneira como recomendamos, isto é, com o processo esquentando o material, os fungos que ocasionam as doenças das plantas em geral não sobrevivem.
No entanto, se o jardineiro reparar que a planta está obviamente doente, não colocar na compostagem, será melhor queimá-la para evitar a contaminação do produto.

Dicas para o preparo de compostagem:
1. Estou fazendo composto e apareceram formigas, o que faço?
Formigas são atraídas pelos restos de vegetais de frutas e algumas folhas, usam no seu processo de fabricação do fungo de que se alimentam. Irão cortar mais fino o material da pilha, o que será benéfico pra a aceleração do processo. Também é um sinal de que a pilha está com pouco teor de umidade, regue mais seguido. E ignore as formigas, estão ajudando no trabalho.
2. O composto poderá atrair ratos? Na primeira fase do processo de decomposição o material esquenta e dificilmente atrairá ratos. Talvez numa etapa posterior, quando já não há tanto calor e o composto entra na fase de maturação. Os ratos poderão fazer ninho dentro da pilha, principalmente se estiver meio seco. Regue mais frequente.
3. Posso colocar plantas tóxicas ou venenosas, o composto não irá prejudicar minhas plantas depois? As toxinas das plantas também sofrem decomposição e dificilmente estarão presentes no produto final. Mas se tiver grande quantidade deste tipo de material, melhor descartar.
4. Apareceram moscas de diversos tipos voando do composto – O aparecimento destas moscas é parte do processo de decomposição, atraídas pelas cascas ou partes de frutas presentes. Revolver a pilha, umedecer bem e tapar com papelão ou tampa. E nada de passar spray com veneno nelas.
5. Nada parece acontecer na pilha e está sem calor também – A. Pode haver poucos elementos com nitrogênio, coloque materiais ricos neste elemento, como excrementos de gado ou aves, aparas de grama ou cascas de frutas e umedeça, sem água nada acontecerá.
B. Folhas e aparas de grama não estão decompondo. A pilha tem pouca aeração ou falta de mistura. Evitar camadas grandes de um material só. Muitas folhas secas ou papel. Revolva bem a pilha e umedeça.
6. A pilha cheira a ranço, vinagre ou ovos podres – Não há oxigênio suficiente, a pilha está com umidade demais ou muito compactada. Misturar os materiais para melhor aeração. Se for muita umidade adicionar palha ou pó de serra secos. Para diminuir o cheiro, coloque materiais secos no topo da pilha, como maravalha e terra comum.
7. A pilha cheia a amônia (cheiro de urina) – Muito nitrogênio, falta carbono. Adicione materiais marrons, como folhas, maravilha e papel ou papelão rasgado.

Coisas a evitar:
1. Excesso de cascas de citros (laranjas, limões). Deve picar em tiras finas, mas evitar o excesso, pois além de atrair uma considerável quantidade de moscas também diminui o pH final do produto.
2. Se houve uso de defensivos agrícolas em gramados ou cultivo de lavoura, estes resíduos vegetais de aparas e palha de não podem ser adicionados ao composto.

Dos benefícios do composto orgânico no equilíbrio ecológico das cidades – Fazer composto dá trabalho.
Mas o jardineiro terá sua recompensa quando colher belas hortaliças na sua horta e suas plantas estarão mais bonitas, saudáveis e produzirão mais flores.
Além disto, estará contribuindo para diminuir a coleta de lixo municipal, diminuindo os lixões.

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A bailarina (como também é conhecida) ou globa, é uma planta tropical, rizomatosa, de textura herbácea e folhagem e florescimento ornamentais. Apresenta rizoma subterrâneo, de onde surgem as hastes eretas, que sustentam as folhas lanceoladas, brilhantes e verdes.

De porque pequeno, ela alcança de 60 cm a 1 m de altura. A floração ocorre na primavera e verão, despontando do topo dos ramos belíssimas inflorescências do tipo rácemo, pendentes, com brácteas cor-de-rosa e flores miúdas, tubulares e amarelas.

O formato e a posição peculiar da inflorescência lembram a delicadeza de uma bailarina dançando, o que lhe rendeu o nome popular. Há cultivares de brácteas róseas, róseo-arroxeadas, róseo-avermelhadas e brancas também.
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A bailarina é uma planta ideal para se ter em vasos, adornando ambientes internos em geral, desde que esteja em local bem iluminado e sem ar-condicionado. No jardim pode ser utilizada como bordadura, valorizando caminhos em locais sombreados.

Ela vai muito bem em canteiros e conjuntos com outras plantas também, e pode ser utilizada até mesmo como forração sob a copa das árvores de um bosque tropical. É muito rústica e resistente a pragas e doenças, sendo de baixa manutenção.

Quando florida, seus ramos podem ser cortados para compor arranjos florais bastante duráveis.

Seu cultivo deve ser sob meia-sombra ou luz difusa, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado diariamente. Deve ser protegida do sol direto.

Planta tipicamente tropical, a bailarina não tolera o frio, geadas ou estiagem, perdendo a folhagem nestas condições, sem prejuízo para o rizoma, que entra em dormência até a primavera. Neste período de inverno deve-se reduzir as regas para apenas uma vez por semana.

Em regiões de clima temperado, convém levá-la para dentro de casa ou estufa no período invernal.

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Conhecida pragas das plantas ornamentais, a cochonilha pode-se apresentar em formas que nem lembram insetos.
Existem diversas de espécies de cochonilhas que podem ter aparência bem distinta uma das outras, podendo variar na forma (bolinhas, escamas, etc.) e ter aspecto de algodão, farinhenta, cerosas e possuir diversas cores (verde, laranja, marrom, etc.).

Controlar o seu ataque significa salvar as plantas vitimadas – A planta está definhando e não há sinal de doenças ou pragas. Apenas algumas casquinhas aderidas e há muito tempo imóvel, tentando disfarçar sua presença. Estes seres vivos menos suspeitos é que, na verdade, são os responsáveis pelo problema da planta. Pertencem à Classe dos insetos, são chamados de cochonilhas e dentro da classe são classificados como Homopteras, tendo como parentes próximos as cigarrinhas, as cigarras e os pulgões.
São sugadores implacáveis, roubam seiva o tempo todo da planta atacada e são bastante diversificados, pois há mais de 32.000 espécies de Homopteras já descritas.

Variações nas formas e cores: Em razão da presença de glândulas que produzem secreção cérea (de aspecto pulvurento) ou que lembra seda e placas, as cochonilhas possuem formas que nem lembram semelhança com insetos.
Há cochonilhas de placas (Orthezia, Icerya e Saisseta) que atacam flores e folhagens, outras lembram um minúsculo mexilhão ou uma cabeça de prego (as cochonilhas Chrysomphalus que atacam roseiras)
Ainda existem algumas que quando atacam dão a impressão que a planta ficou caída (como por exemplo, o ataque de Aulacaspis rosae)
No entanto, nem todas são pragas. Há cochonilhas que em razão da produção de substâncias do tipo “laca” fornecem corantes ou vernizes, há algumas que fornecem substâncias medicinais e outros materiais.

Desconfiando do ataque de cochonilha: Árvore que chora não é milagre e pode ser ataque de cochonilhas, pulgões, cigarras e cigarrinhas. Como estes insetos sugam continuamente a planta, o “choro” pode ser demorado.
Folha amarelecendo e com “casquinhas” grudadas é quase sinal certo de ataque de cochonilhas. A presença de formiga louca por substância adocicada pode ser resultado da presença destes sugadores e a formação de um “pozinho escuro”, denominado fumagina, também é indicação de ataque dos sugadores.

Controlando-as:
Inimigos naturais:
As joaninhas são predadoras de cochonilhas e de outros Homopteras como os pulgões. Elas deveriam ser consideradas como “animais sagrados” nas plantações.

Quais produtos utilizados para combater cochonilha: Em jardinagem amadora, há preferência por uso de produtos naturais como o óleo de NEEM, que têm excelente resultado no combate a diversos tipos de cochonilhas, ou ainda produtos a base de Rotenona, também natural
Produtos químicos específicos e adequados ao uso doméstico (Jardinagem amadora) também podem ser usados sempre seguindo rigorosamente as instruções do rótulo.

Controle químico: Nas lojas de produtos agropecuários, o engenheiro agrônomo pode indicar o produto recomendado.

Controle Natural: Existe ainda a possibilidade de uso de óleo mineral, que age proporcionando uma camada protetora sobre a folha e o caule da planta, agindo como repelente ou eliminado a cochonilha por afogamento.
- Óleo Mineral com sabão:
- Óleo mineral leve… 4 litros;
- Sabão….500 gramas;
- Água…. 2 litros

Cortar o sabão em pedaços e dissolver na água quente. Adicione o óleo mineral aos poucos, até a total homogeneização. Aplique na forma de pulverização, dissolvendo o produto em 100 litros de água.