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bromélia

Herbácea, pertence à família das Bromeliaceas, nativas das Américas do Sul, Central e Norte, compreende cerca de 60 gêneros e mais de 3000 espécies.

Folhas se apresentam dispostas em roseta, lanceoladas, largas ou estreitas, com nervuras paralelas, geralmente fibrosas, raramente carnosas, de bordas lisas ou espinhentas. Podem ser tubulares ou amplamente abertas.

Ocorrem variedades de folhagens vermelha, arroxeada e verde, além de tonalidades intermediárias dessas cores. As folhas ao redor da inflorescência são mais coloridas e de cor mais intensa antes de florescer.

Todas as bromélias são caracterizadas botanicamente por apresentarem flores com três pétala e ovário com três lóbulos.

As inflorescências surgem do centro da roseta, o que ocorre somente uma vez durante o ciclo vital da bromélia, quando atingem o estado adulto e normalmente morrem, mas às vezes sobrevivem a uma geração ou duas antes de finalmente morrer.

A época de floração depende da idade da planta e não o tempo do ano, algumas levam 3 anos outras até 20 anos para florescer.

As flores duram por pelo menos seis meses, algumas exalam uma suave fragrância, que se sente a considerável distância.

Aechmea fasciata

A bromélia está cada vez mais popular no paisagismo tropical e contemporâneo. São cultivadas em vasos, jardins, formando conjuntos, em meio as folhagens ou rochas, nos galhos das árvores e num cantinho sombreado.

As bromélias são plantas muito rústicas que conferem um exotismo tropical inigualável, com suas cores vivas e formatos geométricos. No entanto, temos que nos atentar a alguns cuidados básicos para que elas possam desenvolver todo o seu potencial. Preste atenção às preciosas dicas abaixo para aperfeiçoar a forma de cuidar dessas raras jóias da natureza.

É bastante comum e desesperador aos iniciantes no cultivo de bromélias, observar suas plantas definharem aos poucos no instante seguinte a floração. Logo vem a mente pensamentos negativos, como: O que foi que fiz de errado desta vez? Mas não se engane e aguente firme para não colocar sua planta no lixo.

É perfeitamente normal a grande maioria das espécies de bromélia, esse fenecimento após a floração. Trata-se do seu processo natural. E fique de olho na sua planta, se ela foi bem cuidada e permanece assim, logo emitirá novos brotos garantindo a perpetuação da espécie.

Continue a lhe dedicar todo seu amor, que ela ainda poderá lhe render muitas e muitas plantas novas.

Bromélias

Tenha paciência
Você acaba de descobrir que sua bromélia favorita está emitindo uma nova muda.  Muito em breve você poderá destacar essa muda e plantá-la em um vaso próprio. Mas tenha calma, é preciso que a nova muda tenha de um terço a metade do tamanho da planta mãe, antes de ser removido.

Esse detalhe é importante para garantir o desenvolvimento da muda, que enquanto está junto com mãe, cresce mais depressa e forte. Mas não deixe passar muito tempo. Se deixada, ela tende a crescer tort e pode ser difícil endireitá-la depois, além de que suas folhas podem danificar a planta mãe, por ocuparem o mesmo espaço.

Água e mais água
Bromélias são plantas tropicais por excelência, e como tal, em sua maioria apreciam o calor e a umidade. Irrigue-as regularmente, sem que as raízes fiquem encharcadas, e molhe-as no centro também, pois apreciam que a água acumule na sua roseta central.

Essa água suplementar tem muitas funções. Uma delas é propiciar a decomposição de detritos que caem no interior da roseta das bromélias. Pequenas folhas secas, bichinhos mortos, fezes de passarinhos, todas essas coisas acumulam ali, e vão se decompondo lentamente, servindo como um excelente adubo foliar orgânico para a planta.

Este “copo” central formado nas bromélias, também tem um importante papel ecológico, podendo ser abrigo e criatório para pequenos seres, como rãs por exemplo.

Guzmania lingulata

Mantenha a dengue longe das bromélias
O mosquito da dengue gosta de água limpa para se reproduzir, e as bromélias gostam de água no interior de suas rosetas, como resolver essa equação? Ninguém disse que a água das bromélias deve ser limpa, assim, mantenha a água suja, com detritos, como pó de café ou chá, que favorecem a adubação da planta e afugentam os mosquitos.

Sou sensível
Bromélias possuem folhas super absorventes, muitas delas, se alimentam mais pelas folhas do que pelas raízes. Isso é uma grande vantagem, permitindo lindos resultados com uma boa adubação foliar, mas ao mesmo tempo traz uma maldição.

Elas são muito sensíveis aos defensivos. Assim, pense muito antes de aplicar inseticidas ou fungicidas sobre bromélias, mesmo produtos liberados para agricultura orgânica como a calda bordalesa, podem ser extremamente tóxicos.

Desta forma, proteja as bromélias com lonas plásticas sempre que fizer aplicações no seu jardim. E se a aplicação for direcionada para elas, veja se vale à pena usar defensivos ou fazer a catação manual de pragas.

Umas poucas lagartas, lesmas, pulgões ou cochonilhas se resolvem rapidinho com catação. Defensivos, somente em último caso.

bromelia-guzmania-vasos

Vasos
Você pode cultivar bromélias em qualquer tipo de vaso, no entanto, aqui tem um segredinho de ouro. Prefira os vasos de barro ou cerâmica, ou qualquer um que seja mais pesado que a própria planta.

As bromélias nem sempre crescem retas e verticais, e muitas vezes, uma pequena inclinação no seu eixo pode provocar quedas constantes, com o peso da planta, principalmente em vasos leves de plástico.

O equilíbrio é garantido em vasos de barro. Mesmo com uma planta grande e cheia de água, a chance do vaso tombar é bastante reduzida.

Conheça sua bromélia
Há bromélias e bromélias, uma para cada tipo de ambiente. Parece que Deus quis colocar uma bromélia em cada ambiente possível, para que não houvessem desculpas em não usá-las.

Assim, você poderá encontrar plantas próprias para lugares desérticos e ensolarados, outras para ambientes úmidos e sombreados e até umas tillândsias malucas que gostam de ficar em fios de alta tensão.

Sim! Parece que a única coisa que todas elas não gostam é de frio. Por isso é importante conhecer bem a espécie ou híbrido que você está adquirindo. Para não correr o risco de queimá-las ao sol, ou fazê-las perderem suas lindas cores na sombra.

Anote o nome botânico de cada uma em uma plaquinha e procure saber tudo sobre ela. Seus segredos mais íntimos.

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Mudanças devem ser graduais
Você acabou de descobrir que aquela bromélia que você ganhou de uma amgiga é de sol, e você já tinha deixado ela na sombra há meses. A coitada ficou esverdeada e nada de florescer.

Que bom que você já descobriu o problema, mas vá com calma, nada de mudanças bruscas. A planta já está super adaptada às condições de sombra. Colocá-la ao sol vai matá-la rapidamente.

Comece expondo ela a luz da manhã, e a cada semana deixe-a pouco a pouco mais tempo. Assim você dá tempo de ela se adaptar e criar os pigmentos que servirão como protetor solar.

Bromélias são pouco exigentes quanto ao substrato
Bromélias muitas vezes parecem que tem raízes apenas para fixação, e em muitas espécies isso é fato, mas a verdade é que a grande maioria delas não é muito exigente quanto ao substrato.

Assim, não precisa ficar muito neurótico com misturas perfeitas. Tenha em mente, que a grande maioria das bromélias vive bem em uma mistura de esfagno ou fibra de coco, misturados com areia e um pouco de terra vegetal.

É importante que seu substrato seja drenável e também tenha capacidade de reter água, de forma que ele auxilie na manutenção da umidade entorno da planta.

bromélia

Podas
As folhas secas da bromélia podem ser podadas quando as plantas estão em vasos. Mas também formam uma linda saia natural. Evite de sobremaneira podar suas bromélias. Seu lindo formato tem muito a ver com a forma de suas folhas.

Assim, antes de sair dando tesouradas, avalie se é realmente necessário e se a nova forma ficará harmoniosa. As bromélias não vão substituir folhas danificadas só porque foram podadas.

Pode plantas velhas, mas que ainda fornecem mudas, para que fiquem arejadas e iluminadas, mas pode apenas folhas secas e muito danificadas.

Se sua bromélia ficou com as pontas secas, reveja o seu ambiente, melhorando a umidade, ou alterando a ventilação para mais ou para menos. As folhas que ficarem velhas e caídas podem ser podadas próximo a base.

chuva no mar

Bulbophyllum

As orquídeas são consideradas as plantas mais evoluídas e especializadas do Reino vegetal. Elas são tão complexas e intrigantes que fascinam a todos que se permitem conhecê-las mais de perto.

E todo esse mistério vem junto com exigências de cultivo que vamos desvendando aos poucos, observando as plantas e estudando aqui e ali. Nesse artigo, você conhecerá alguns segredos  que ajudarão você a se aventurar nesse delicado mundo com mais confiança e melhores resultados.

Mas não se atente somente a estes, há muito mais dicas a se desvendar quando falamos sobre orquídeas, e isso é apenas um dos fatores que as tornam tão magnéticas.

orquídea

1 – Resista a tentação de colocá-la em um vaso maior
Se você acabou de comprar ou ganhar uma orquídea esse desejo é muito intenso, principalmente em orquidófilos iniciantes. Mas espere. A grande maioria das orquídeas vive muito bem em vasos pequenos, minúsculos até.

Muitas até preferem vasos apertados. Há uma hora certa para trocá-las de vaso, em orquídeas simpodiais, como Dendróbios e Cattleyas por exemplo, aguarde até que os brotos guias estejam quase encostando, ou até mesmo passando das bordas do vaso.

Assim, a recém chegada terá muito tempo para se adaptar ao novo ambientes, que provavelmente tem uma iluminação e umidade bem diferente de onde ela veio. Tenha cuidado também, de jamais replantar orquídeas em flor, pois elas estão concentrando toda sua energia na floração e podem se ressentir muito se forem mexidas nessa fase.

2. Segure a onda se estiver pensando em dividí-la
Muitas vezes compramos uma orquídea grande, bem entouceirada e já fica louco pra dividir a dita cuja fazendo novas mudas e aumentando a coleção.

Aguarde um pouco, da mesma forma que a troca de vaso, dividir uma orquídea provoca um grande estresse na planta, e isso pode provocar uma retração no seu desenvolvimento e muitas vezes abortar a floração. Espere ela se adaptar ao novo local e aos cuidados do novo “dono”. Vá com calma, valerá à pena esperar.

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3. Converse com a sua planta
Observe a sua orquídea, aprenda a entender os seus sinais. Folhas verde escuras demais podem denunciar falta de luz, as muito clarinhas, amareladas, podem ser excesso de ventilação ou carência de fertilizante.

Folhas que vão diminuindo, em escadinha, da mais velha para a mais nova, indicam que sua orquídea está decaindo. Se a escada for invertida, e as folhas mais novas forem maiores que as mais velhas, parabéns! Você está no caminho certo.

Se este ano não deu flor, investigue o porquê, pode ter faltado água, adubo ou luz em algum momento importante. As orquídeas falam o tempo todo, basta a gente parar para ouvir.

Ausência de drenagem ou encharcamento é geralmente a causa primária de apodrecimento de raízes.

regas

4. Regue copiosamente, mas não permita que encharque
A irrigação ideal, para a grande maioria das orquídeas, é aquela em que a gente mergulha o vaso embaixo da água, ou deixa a água verter sobre ele por um bom tempo. Permita que todo o substrato fique bem molhado, as raízes todas fiquem túrgidas… depois, deixe escorrer o excesso sobre a bancada.

Esqueça o pratinho, ele é a receita para um desastre a longo prazo, pois impede a drenagem perfeita e propicia o apodrecimento das raízes e rizoma.

5. Não esqueça de adubar
Orquídeas são exigentes, e elas querem qualidade não quantidade. Alimente-as com o que há de melhor em fertilizantes, sejam os químicos de liberação lenta, os líquidos foliares, ricos em micronutrientes, ou então os naturais em fórmulas específicas.

Dê apenas comida “super premium” para elas, ou seja, adquira adubos de qualidade reconhecida e sempre os próprios para orquídeas. Não tenha receio de meter a mão no bolso. Apesar de mais caros, esses produtos rendem muito e fazem valer cada centavo.

Phymatidium tillandsioides

6. Elas gostam de umidade
Sua orquídea não vai pra frente e você não consegue entender porque? Tem água, luz, adubo, bom substrato… e ainda assim fica com pontas queimadas e não se desenvolve. Pode ser que o problema seja falta de umidade ambiental.

Experimente borrifá-la algumas vezes ao dia com água, mas evite borrifar as flores, ou então deixe o vaso sobre uma bandeja com pedras e água, o vaso deve ficar sobre as pedras, e sem contato direto com a água. Se tiver uma boa iluminação, o banheiro pode ser o lugar ideal, naturalmente úmido.

Outra excelente opção é arrumar outras plantas companheiras para ela. A transpiração de várias plantas em conjunto aumenta consideravelmente a umidade do ar. E nada de ar condicionado ou ventiladores no mesmo ambiente que orquídeas.

tutores

7. Use tutores
Ok, já entendi, você não seguiu a dica 1 ou a 2 e agora sua orquídea está de casa nova. Ela pode ficar “bamba” por um tempo, adaptando-se ao novo substrato e ao novo vaso. Use tutores, de metal, metal revestido de plástico ou mesmo de bambu.

Espetinhos de churrasco ou hashis também servem. Amarre a orquídea firmemente ao vaso com arames e prenda a um tutor para que ela se equilibre. A pior coisa nesse momento é suas frágeis raízes ficarem se quebrando a cada ventinho que bate.

Use tutores também para sustentar longas hastes florais. Prenda com mini-piranhas, isso mesmo, aquelas próprias para enfeitar os cabelos. São super práticas e ficam uma graça.

8. Coloque-me na janela.
Sua orquídea fica linda sobre a mesa de jantar, mas ao menos que sua mesa esteja próxima a uma janela ensolarada, evite o local onde ela fica mais decorativa e seja o centro das atrações. A prioridade aqui é que a orquídea receba a luz adequada.

Pode ser que ela não se torne o centro de mesa que você queria, mas vai com certeza embelezar um aparador, cômoda ou buffet que fique próximo à janela.

Ela saberá retribuir a consideração com lindas florações. Orquídeas colocadas sobre pedras úmidas. Aumenta a umidade ambiental.

phals

9. Fique de olho
Não é porque sua orquídea cresce devagar que você não deve dar atenção diária a ela. Transforme-se em um verdadeiro detetive e inspecione-a regularmente à procura de pragas, como lesmas, caracóis, cochonilhas, pulgões, percevejos e uma infinidade de bichinhos que podem atacá-la e provocar grandes estragos em pouco tempo.

A inspeção periódica permite também que você detecte doenças no comecinho, quando é bem mais fácil tratar e conter os danos.

orquideas-substrato

10. Cuidados com o substrato
Regra geral, as orquídeas não gostam de terra comum de jardim. Salvo os tipos terrestres, e mesmo essas preferem um solo preparado especialmente para elas, principalmente se estiverem em vasos.

Assim, antes de sair por aí plantando uma orquídea com a terra que você juntou do quintal, preste atenção a uma importante questão: Que tipo de orquídea é essa?

Algumas são epífitas (gostam de ficar fixadas em galhos de árvores), outras são terrestres (preferem solo), rupícolas (pedras), humícolas e saprófitas (matéria orgânica) em decomposição). Assim, estude qual espécie você tem em mãos e qual o melhor substrato para ela.

gaivotas

Adenium obesum

As flores da rosa-do-deserto são lindas, isso é indiscutível, mas, temos que reconhecer que o caudex (aquela parte gorducha) na base das plantas inicialmente gera surpresa, gera admiração, dúvidas, e finalmente entendemos que o caudex (caule) dessa planta são incrivelmente lindos, únicos e surpreendente em cada planta.

Claro, existem várias técnicas para conduzir, manipular e até mesmo “intervenções cirúrgicas” para dar forma aos seus caules, mas disso falaremos em outra oportunidade.

Então, aí vão dicas básicas e fáceis de fazer em casa o levantamento para que você possa começar a dar destaque no caudex das suas rosas-do-deserto.

caldexCaudex

Bem, levantamento do caudex, significa elevar a planta em cada transplante, deixando o caudex mais descoberto. Normalmente ele é feito com as raízes nuas, mas não há esta necessidade, pois a planta pode se ressentir com a operação.

Se a pessoa não tiver uma certa prática, ou se não estiver familiarizada com plantas, poderá inclusive causar a morte da rosa-do-deserto.

Uma das grandes características das rosas-do-deserto é o seu caudex. O caudex nada mais é do que uma parte do caule que é espessada na base, e que em muitas espécies xerófitas (adaptadas a condições áridas como o Adenium), torna-se uma adaptação essencial para armazenar água.

Com um caudex bem trabalhado, engrossado e aparente, você estará agregando um valor ornamental à sua planta. Um belo caudex, aliado a lindas flores, formam um conjunto muito atraente nas rosas-do-deserto.

transplante

O transplante feito com o torrão é bem mais seguro, e não exige tanta prática quanto com as raízes nuas.

Para efetuar este transplante, basta soltar a planta do vaso, pois ela sai com todo o torrão. Você poderá usar o mesmo vaso em que a planta estava ou trocar por outro maior, a escolha é sua.

Coloque uma certa quantia de substrato no vaso, de tal maneira que a planta fique uns 3 a 4 cm acima da borda. Coloque com delicadeza a planta com o torrão sobre o substrato.

Com uma vareta (destas de churrasco), vá retirando o substrato velho, deixando assim o caudex mais a mostra.

replantio

Nesta operação, é provável que encontre raízes finas ou outras raízes que não combinem com o formato do caudex. Então, com um estilete retire com cuidado estas raízes indesejáveis.

Não é aconselhável passar nada nos cortes, e nunca tive problemas de apodrecimentos, mas caso queira, poderá utilizar canela em pó, pasta feita de canela, pasta dental ou outro produto específico.

Caudex levantado, raízes retiradas, complete agora seu vaso com o substrato. Pronto, sua planta ficará agora ainda mais bonita.

Este tipo de transplante, com o torrão, não causa nenhum estresse à planta, por isto, logo estará florida, até porque recebeu um novo substrato.

ruachuvosa

ludísia

A ludisia é uma orquídea terrestre ou rupícola, de folhagem e florescimento ornamentais, mas que se destaca principalmente como forração, em locais sombreados, ao contrário da grande maioria das orquídeas que se distinguem por serem plantas de vaso. É originária da Ásia e pertence à família Orchidaceae

É uma orquídea que não apresenta pseudobulbos e tem rizomas a princípio eretos, mas que tornam-se curvos e prostrados em sua base, de acordo com o crescimento.

As folhas são ovais a elípticas, brilhantes e lindamente bronzeadas, com nervuras longitudinais prateadas a acobreadas, de acordo com a variedade.

Suas flores são pequenas e delicadas, medem 1,3 x 1,3 cm de dimensão e cada haste floral pode atingir até 40 cm de altura.

E formam um conjunto impressionante. A florada costuma acontecer entre o verão e o inverno e as flores duram uns 20 dias. Após a floração, as hastes florais secam.

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Ocorre também uma variedade albina, com folhas verde claras e apenas um leve tom acobreado na página inferior. Suas primeiras flores aparecem em julho e se estendem até setembro.

São cachos com pequenas flores brancas com um pontinho amarelo no meio. Suas brácteas são cor de rosa bem clarinho, dando um tom ainda mais delicado aos cachinhos.

No paisagismo tropical a ludisia tem lugar cativo, principalmente naqueles cantinhos difíceis, com pouca luz e sem pisoteio. Ela oferece rusticidade e beleza, com uma folhagem interessante, de cores contrastantes e floração surpreendente para uma forração.

Canteiros densos e bem desenhados ficam magníficos, principalmente se aposicionados com maciços de cor diversa como os compostos por liríope ou grama-preta por exemplo.

Além do jardim, a ludisia também pode ser plantada em vasos, sendo ideal para a decoração de ambientes internos, como salas de estar, shoppings, escritórios, etc. Ela não necessita de sol direto e deve ficar até um pouco afastada de janelas mais ensolaradas.

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É ideal para terrários, onde o microclima úmido e quente lhe é favorável. É interessante observar que ela tende a cair para um dos lados do vaso com o tempo.

Sua manutenção é baixa e consiste na remoção das folhas e hastes florais secas. Se o rizoma ficar muito alongado, ela perde o vigor e neste caso deve ser replantada para recuperar o viço.

Seu cultivo deve ser sob sombra entre 80% a 90%, num substrato misto para rupícolas e epífitas, ou seja, bem drenável, contendo pedras, mas com material com boa capacidade de retenção de água como casca de coco quebrada, casca de pinus, carvão, terra vegetal, etc.

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Ao plantá-la como forração, ou em canteiros, convém misturar areia grossa e terra vegetal ao solo e até mesmo materiais mais nobres como fibra de coco, vermiculita, turfa, esfagno, etc, melhorando assim o ambiente para o desenvolvimento das raízes.

Não é tolerante a solos argilosos ou encharcados, apodrecendo rapidamente. Deve ser irrigada com frequência na primavera e verão e reduza as regas no outono e inverno, quando a planta entra em dormência.

Da mesma forma, fertilize quinzenalmente, apenas nos meses quentes e assim que der os primeiros sinais de crescimento, no fim do inverno.

Sua multiplicação é feita facilmente por divisão das touceiras enraizadas e estacas, e mais raramente por sementes.

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