Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




ludísia

A ludisia é uma orquídea terrestre ou rupícola, de folhagem e florescimento ornamentais, mas que se destaca principalmente como forração, em locais sombreados, ao contrário da grande maioria das orquídeas que se distinguem por serem plantas de vaso. É originária da Ásia e pertence à família Orchidaceae

É uma orquídea que não apresenta pseudobulbos e tem rizomas a princípio eretos, mas que tornam-se curvos e prostrados em sua base, de acordo com o crescimento.

As folhas são ovais a elípticas, brilhantes e lindamente bronzeadas, com nervuras longitudinais prateadas a acobreadas, de acordo com a variedade.

Suas flores são pequenas e delicadas, medem 1,3 x 1,3 cm de dimensão e cada haste floral pode atingir até 40 cm de altura.

E formam um conjunto impressionante. A florada costuma acontecer entre o verão e o inverno e as flores duram uns 20 dias. Após a floração, as hastes florais secam.

ludísiadiscolor

Ocorre também uma variedade albina, com folhas verde claras e apenas um leve tom acobreado na página inferior. Suas primeiras flores aparecem em julho e se estendem até setembro.

São cachos com pequenas flores brancas com um pontinho amarelo no meio. Suas brácteas são cor de rosa bem clarinho, dando um tom ainda mais delicado aos cachinhos.

No paisagismo tropical a ludisia tem lugar cativo, principalmente naqueles cantinhos difíceis, com pouca luz e sem pisoteio. Ela oferece rusticidade e beleza, com uma folhagem interessante, de cores contrastantes e floração surpreendente para uma forração.

Canteiros densos e bem desenhados ficam magníficos, principalmente se aposicionados com maciços de cor diversa como os compostos por liríope ou grama-preta por exemplo.

Além do jardim, a ludisia também pode ser plantada em vasos, sendo ideal para a decoração de ambientes internos, como salas de estar, shoppings, escritórios, etc. Ela não necessita de sol direto e deve ficar até um pouco afastada de janelas mais ensolaradas.

ludisia_discolor_p

É ideal para terrários, onde o microclima úmido e quente lhe é favorável. É interessante observar que ela tende a cair para um dos lados do vaso com o tempo.

Sua manutenção é baixa e consiste na remoção das folhas e hastes florais secas. Se o rizoma ficar muito alongado, ela perde o vigor e neste caso deve ser replantada para recuperar o viço.

Seu cultivo deve ser sob sombra entre 80% a 90%, num substrato misto para rupícolas e epífitas, ou seja, bem drenável, contendo pedras, mas com material com boa capacidade de retenção de água como casca de coco quebrada, casca de pinus, carvão, terra vegetal, etc.

Ludisia-discolor-1

Ao plantá-la como forração, ou em canteiros, convém misturar areia grossa e terra vegetal ao solo e até mesmo materiais mais nobres como fibra de coco, vermiculita, turfa, esfagno, etc, melhorando assim o ambiente para o desenvolvimento das raízes.

Não é tolerante a solos argilosos ou encharcados, apodrecendo rapidamente. Deve ser irrigada com frequência na primavera e verão e reduza as regas no outono e inverno, quando a planta entra em dormência.

Da mesma forma, fertilize quinzenalmente, apenas nos meses quentes e assim que der os primeiros sinais de crescimento, no fim do inverno.

Sua multiplicação é feita facilmente por divisão das touceiras enraizadas e estacas, e mais raramente por sementes.

Outono1

Vernicia fordii

A árvore-do-tungue é uma árvore frondosa e muito florífera, da família Euphorbiaceae, nativa do sul da China, Burma e norte do Vietnã. onde ela é cultivada há milênios pelo óleo extraído de seus frutos.

É também conhecida por tungue, árvore-de-óleo-da-china, tung, castanha-urgativa, ungue, nogueira-de-óleo e nogueira-de-iguape.

O nome popular deriva do chinês Tung e significa coração, uma alusão ao formato das folhas. Sua copa é esparsa e arredondada, com formato de guarda-chuva, e tronco simples ou múltiplo, de casca fina e acinzentada.

Seu porte é médio, geralmente com 6 m de altura, e raramente ultrapassando 12 m. Os galhos são robustos, ramificados e se feridos, evidenciam a seiva leitosa.

árvore-do-tungue

As folhas são alternas, verde-escuras, com veios bem marcados e sustentadas por longos pecíolos avermelhados. Nas árvores jovens as folhas podem ser maiores e muitas vezes trilobadas.

No outono as folhas adquirem tons de amarelo creme, antes de cair. A floração ocorre em setembro, quando a árvore já está totalmente desprovida de folhas, despontando inflorescências terminais, crescidas nos ramos do último ano.

As flores são grandes, com pétalas de cor pêssego e centro com tom mais intenso, divergindo em raios na direção das extremidades, em um interessante degradeé. A polinização depende de abelhas. Os frutos amadurecem no outono e são redondos ou piriformes, contendo de 1 a 15 sementes.

tungue

No paisagismo a tungue é sempre uma ótima e surpreendente opção. Por não ser muito conhecida nos espaços urbanos, suas flores grandes e atrativas sempre encantam os admiradores. Ela pode ser plantada isolada, em pequenos grupos ou em renques.

A copa produz sombra fresca no verão e se despede nos meses frios, deixando a luz do sol aquecer o jardim. Apesar de ser caduca, seu visual remete muito mais ao clima tropical do que ao temperado. Assim, é ideal para jardins de estilo tropical em locais com inverno frio, como nas regiões serranas do sul e sudeste do Brasil.

Das sementes da árvore-do-tungue se extrai um valioso óleo, com diversas aplicações industriais. Entre estas, as que mais se destacam são para a produção de impermeabilizantes, agentes secantes, calafetantes, conservantes, vernizes, resinas, tintas e mais recentemente na produção de biodiesel.

Ela foi introduzido no sul do Brasil, Argentina e Paraguai, em cultivos comerciais próprios para a extração do óleo.

Seu cultivo deve ser sob sol pleno, em solos preferencialmente argilosos, drenáveis, ligeiramente ácidos, enriquecidos com matéria orgânica e irrigados regularmente no primeiro ano de implantação.

Vernicia fordii_3

Ela se adapta bem a áreas com clima subtropical ou tropical de altitude. Não raro a planta emite ramos ladrão, principalmente se o inverno não tiver sido frio o suficiente. Estes ramos necessitam ser podados para manter a saúde o aspecto da árvore.

Responde bem a adubações anuais orgânicas e para reposição de micronutrientes, durante a primavera. Para florações abundantes, a poda só deverá ser realizada imediatamente após a floração, antes que inicie o crescimentos dos ramos do ano.

Sua multiplicação é feita por sementes frescas e ou por enxertia. O florescimento de plantas enxertadas se inicia após o terceiro do plantio, enquanto que daquelas produzidas por sementes, o tempo até a primeira floração pode ser de 10 anos.

barquinhochines