Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts com tag ‘dicas’

Bifrenaria Harrissoniae

Além de renderem belíssimos arranjos – se bem cultivadas -, as orquídeas, essas lindas flores podem durar meses e serem novamente aproveitadas a cada floração.

Mas o que fazer para manter as orquídeas sempre bonitas? Como regá-las adequadamente? Abaixo uma lista de mitos e verdades sobre orquídeas e água, vejam só:

As orquídeas são plantas tropicais e, de modo geral, vivem em regiões com elevados níveis de umidade no ar. Assim, na natureza, elas estão constantemente expostas às chuvas e ao orvalho da madrugada.

Apesar disso, suas raízes secam rapidamente por ficarem expostas nos troncos das árvores aos quais aderem.

Entretanto, quando cultivadas, muitas orquídeas acabam morrendo por excesso de água. A explicação para este aparente paradoxo é que, no vaso, diferentemente do que ocorre na natureza, as raízes ficam encharcadas por muito tempo, o que favorece o aparecimento de doenças ocasionadas por fungos e bactérias.

Daí o mito de que não se deve colocar muita água no vaso. Alguns, inclusive, recomendam regar as orquídeas com apenas um copo de água ou algumas pedras de gelo.

Sapatinho

Embora estas quantidades diminutas de água, em tese, sejam suficientes, elas podem escorrer muito rapidamente pelos veios do substrato (material específico para o cultivo de orquídeas) fazendo com que ele continue praticamente seco, mesmo após a rega.

Para contornar este problema, o certo é que as orquídeas sejam abundantemente regadas com água corrente, seja de uma mangueira ou regador, seja da torneira da pia.

Desta forma, o substrato consegue absorver a quantidade necessária de água, ao mesmo tempo em que as impurezas e o excesso de adubo são eliminados por baixo do vaso.

Não podemos estabelecer uma regra fixa para a frequência das regas. Tudo vai depender das condições climáticas. No verão, é necessário regar com mais frequência, diminuindo a periodicidade durante o inverno. Ainda é preciso ficar atento à evaporação causada não somente pelo excesso de sol como também pelas correntes de vento.

A melhor maneira de saber o momento ideal para regar é colocar o dedo no substrato e  afundá-lo levemente. Se o substrato estiver úmido, não é preciso regar, se estiver seco, a rega é bem-vinda.

Catasetum-Mary-Spencer

Com o tempo e a experiência, é possível aferir a umidade do substrato pelo simples peso do vaso, se ele está leve, e, portanto seco, é hora de regar. Sob condições ideais de insolação, umidade ambiente e ventilação, espera-se que o substrato seque dentro de uma semana, aproximadamente. Logicamente, este período será menor no calor e maior no frio.

É sempre aconselhável evitar regar as orquídeas nas horas mais quentes do dia. As gotas de água sobre as folhas atuam como pequenas lentes que aumentam a intensidade dos raios solares, podendo queimar a planta. Além disso, o choque térmico causado pela água fria sobre as folhas quentes também pode causar lesões.

Os melhores momentos para a rega são o começo da manhã e o final da tarde. Não é bom que as orquídeas passem a noite molhadas.

Portanto, nos dias mais frios, o ideal é que se regue no começo da manhã, para que elas tenham tempo de secar ao longo do dia. Durante os dias muito quentes do verão, em locais que recebem muito vento, vale borrifar água sobre as plantas de manhã e no final da tarde.

Esta não é uma regra rígida. É verdade que, se mantivermos o prato cheio de água, as raízes das orquídeas apodrecerão. No entanto, se tomarmos o cuidado de escoar a água e mantê-lo sempre seco, não há problema.

Dentro de casa ou em ambientes muito secos, onde venta muito, podemos usar o pratinho com água a nosso favor. Basta colocar uma camada de pedrisco, brita ou argila expandida, com uma lâmina de água ao fundo.

bulbophyllum longissimum

Desta forma, o fundo do vaso não tocará diretamente a água e, ao mesmo tempo, a evaporação da lâmina de água ajudará na manutenção da umidade.

Deve-se evitar molhar as flores e os botões florais. O excesso de umidade nestas estruturas facilita o desenvolvimento de um fungo que, apesar de não gerar maiores danos à orquídea, causa manchas marrons nas pétalas, comprometendo a sua beleza.

Também deve-se evitar aplicar água com adubos ou defensivos sobre as flores e botões. Estas substâncias podem prejudicar seu desenvolvimento, além de causar danos em sua aparência.

Espero que estas observações tenham ajudado.

água6

raízes

Você provavelmente já percebeu que certas orquídeas, como a Phalaenopsis, soltam raízes para fora do vaso. Muitos olham para aquelas raízes e pensam que o vaso está pequeno, ou que são raízes mortas.

Na realidade, as raízes que essas orquídeas soltam para fora do vaso são as chamadas “raízes aéreas”, que são responsáveis por absorver a umidade do ar do entorno, e também por captar nutrientes onde houverem.

Essas estruturas são comuns em orquídeas chamadas “epífitas”, que crescem sobre árvores na natureza, e também servem para fixar a orquídea nos troncos.

Se você cortar raízes saudáveis, você pode tanto fazer com que a planta sofra para absorver água quanto deixá-la pegar uma infecção causada por algum fungo ou bactéria.

Quando as raízes estão inchadas, e com uma camada branca sobre elas, pode ter certeza que elas ainda estão vivas e ativas. A camada branca ajuda a absorver a água e os nutrientes, além de proteger a parte mais fraca da raiz.

raízes mortas de uma Vanda Raízes mortas

Raízes mortas podem sim ser cortadas para a planta ficar mais bonita, mas você deve escolher bem para saber qual é a raiz que está morta mesmo.

Quando for cortar as partes mortas, evite cortar qualquer parte viva, pois você poderá causar uma infecção. Procure fazer a poda somente com tesouras esterilizadas com álcool a 70% para evitar o contágio de doenças de plantas.

As raízes mortas ficam secas e amarronzadas, já as vivas são esbranquiçadas.

Não tem como ressuscitar uma raíz que já morreu, mas, se a planta estiver saudável, é possível estimulá-la a produzir novas raízes. Se você adubar a orquídea uma vez por semana com NPK 30-15-15, logo surgirão novas raízes, que são verdes na ponta e mais claras no comprimento.

Essas pontas coloridas são justamente uma comprovação de que a planta respondeu ao tratamento: são as células mais ativas das raízes, responsáveis pelo crescimento.

raízes saudáveisRaízes saudáveis

Quanto mais pontas verdinhas (ou marrons, depende da espécie) sua orquídea tiver, mais “animada” ela estará para se desenvolver e maiores as chances de dar flores. Não é à toa que os orquidófilos dizem que a saúde da orquídea se nota pela qualidade das raízes.

estrela cintilante

laélia

As Orquídeas, plantas que pertencem à família das Orchidaceae e à ordem das Asparagales, apresentam flores bastante belas e admiradas, embora possam apresentar diversos tamanhos, formas e principalmente cores.

É uma das plantas que mais estão presentes em quase todos os locais ao redor de todo o mundo.

Uma de suas características principais é o fato de elas serem plantas epífitas e que, portanto, seguem exaustivamente a procura da luz solar ou então do local mais iluminado possível do local onde elas estiverem acomodadas.

Para isso, muitas vezes elas acabam se escorando em árvores, o que é bom, uma vez que, diferentemente de outras plantas, não fazem mal algum à planta em que se apoiam.

Isso porque elas se nutrem de material orgânico que cai das árvores em que elas estão ao lado e que acaba entrando em decomposição.

Existe uma curiosidade bastante interessante no que diz respeito às orquídeas: elas são muito procuradas por colecionadores que acabam fazendo híbridos das orquídeas gerando uma diversidade de opções de coloração e de tipos maior ainda do que a que já existe.

Isso porque se trata de uma flor com bastante valor comercial, sendo capaz de movimentar uma parcela considerável da economia relacionada às flores.

Orquídea-na-Bucha-Vegetal

O que é orquídea na bucha vegetal?
Algumas pessoas fazem uso da bucha vegetal como uma espécie de vaso para realizar a plantação da orquídea.

A bucha vegetal é ideal para fixar as raízes das orquídeas em troncos de árvores, ou outras superfícies lisas, pois mantém um pouco de umidade e é de fácil fixação das raízes.
Algumas pessoas fazem uso da bucha vegetal como uma espécie de vaso para realizar a plantação da orquídea.

Para fazer isso, é necessário que se utilize uma bucha vegetal nova, isto é, que tenha sido colhida recentemente.

Em seguida, é preciso retirar a casca da bucha e, de modo a retirar o odor dela, lave-a de maneira abundante e, caso prefira, deixe-a mergulhada de molho em uma solução de água pura da torneira misturada com água sanitária.

Após deixar de molho por pelo menos uma noite, é aconselhável enxaguar de maneira mais abundante possível a bucha, uma vez que restos de água sanitária podem acabar fazendo mal à planta e inviabilizar o seu crescimento.

Após enxaguar, essa bucha precisa secar bem, o que pode ser obtido após algumas horas no sol. Assim que ela secar está pronta para receber a orquídea.

Antes de colocar a muda da orquídea que você deseja plantar, é preciso ajeitar o seu formato, o que pode ser feito cortando a ponta dela para que ela fique mais parecida com um vaso mesmo.

bucha vegetal

Em seguida, você deverá retirar todas as sementes de dentro da bucha e colocar dentro dela um chumaço de esfagno, que é o que fará as vezes da terra em um vaso.

O esfagno é um musgo que faz uma espécie de simbiose com as plantas do tipo orquídeas, mas a sua principal função é a de segurar a umidade para que a orquídea não sofra de ressecamento.

Outras funções do esfagno é a de fornecer os nutrientes para o bom desenvolvimento da planta, além de fazer esse fornecimento de maneira gradual, o que é um excelente benefício para os plantadores que não precisam se preocupar tanto com isso nesse caso.

Por esses motivos esse é o material mais utilizado para a plantação de orquídeas. Após colocar o esfagno, acomoda-se devidamente a muda de orquídea dentro da bucha e já está pronto.

casinha na chuva

Cymbidium híbrido

A prática surgiu há alguns anos, nos Estados Unidos, como uma forma de simplificar o cultivo de orquídeas para o público leigo. O conceito equivocado por trás deste procedimento é o de que orquídeas não gostam de água.

Na verdade, a relação entre orquídea e água é muito mais íntima do que a maioria supõe. Para os defensores deste método, regar orquídeas com gelo impede que o cultivador peque por excesso de irrigações, já que cada cubo de gelo tem uma quantidade limitada de água. Como será visto a seguir, esta nem sempre é uma boa ideia, embora haja uma exceção.

Para regar orquídeas com gelo, basta adicionar uma ou duas pedras de gelo, dependendo do tamanho do vaso, sobre o substrato, e esperar que elas derretam. É importante evitar o contato do gelo com qualquer tecido vegetal, raízes, rizoma, pseudobulbos ou folhas.

A frequência varia conforme o clima local e a estação do ano. Embora os defensores do método preguem que basta adicionar uma ou duas pedras de gelo, uma vez por semana, nem sempre esta periodicidade é apropriada.

Sempre é importante verificar o nível de umidade do substrato, com a ponta dos dedos, repetindo o processo de rega quando o material estiver completamente seco.

Esta moda de se colocar gelo nos vasos das orquídeas foi difundida por uma empresa americana, que comercializa estas plantas em grandes redes de hipermercados. Com o slogan just add ice orchids, ela enfatiza a praticidade de se regar orquídeas com gelo.

cymbidium

A pessoa leiga, que deseja começar a cultivar orquídeas, imbuída do mito de que elas não gostam de água, leva prontamente uma para casa, já que basta adicionar um cubo de gelo, semanalmente. Não há como errar.

Seria ótimo, se fosse verdade. No entanto, toda esta praticidade tem um preço, que acaba sendo bastante elevado. O principal custo é em relação ao aprendizado, que fica prejudicado.

Ao regar a orquídea com gelo, uma vez por semana, o iniciante não aprende a observar sua planta, não entende os sinais que ela envia, não evoluindo no cultivo.

O primeiro problema é que uma ou duas pedras de gelo nem sempre são suficientes para hidratar completamente o substrato, principalmente se ele for composto por casca de pinus e carvão vegetal, como a maioria das misturas comercializadas para o cultivo de orquídeas epífitas costuma conter.

Ao derreter lentamente, a água liberada pelos cubos de gelo acaba percorrendo os interstícios entre o material do substrato, muitas vezes saindo pelo dreno sem, de fato, regar apropriadamente a orquídea.

Outra questão importante é que, por conter uma quantidade muito limitada de água, o gelo não é capaz de eliminar impurezas retidas no substrato. Além disso, o acúmulo de sais minerais, provenientes tanto das regas como das adubações, não é eliminado adequadamente com algumas pedras de gelo.

Cymbidium_Honey_Green
O ideal é que a orquídea receba água em abundância, durante as regas, que podem ocorrer debaixo de uma torneira, na pia, ou com o chuveirinho do banheiro. Para quem mora em casas com quintais, mangueiras são excelentes opções.

O próprio pulverizador, preferencialmente de pressão, dá conta do recado. A água precisa atingir toda a orquídea, não somente o substrato. Desta forma, folhas e raízes tomam um banho, livrando-se de resíduos da poluição e da adubação.

Outro ponto importante a ser considerado é quanto às baixas temperaturas que o contato dos cubos de gelo impõe às orquídeas. Todos nós sabemos dos efeitos adversos das geadas sobre as plantações.

Elas ocorrem porque a água oriunda do orvalho que se forma de madrugada congela, originando uma camada de cristais de gelo sobre os tecidos vegetais. Este fenômeno causa lesões nas plantas, frequentemente levando-as à morte.

Por isso, é muito importante evitar o contato do gelo com as raízes e rizomas das orquídeas, caso se insista em regá-las desta forma.

Outro forte argumento contra regar orquídeas com gelo está no fato de que elas ocorrem naturalmente em todas as regiões do planeta, com exceção das zonas polares. Neste contexto, talvez exista um único argumento que justifique o uso de gelo no cultivo de orquídeas, como veremos a seguir.

Embora a grande maioria das orquídeas seja composta por plantas tropicais e epífitas, existem muitas orquídeas em regiões de clima temperado, no hemisfério norte. É o caso da orquídea Cymbidium, de hábito terrestre, que vive em locais de clima frio e de elevadas altitudes, no continente asiático.

cymbidium
Devido ao clima de seus países de origem, o Cymbidium tem dificuldade para florescer aqui no Brasil, principalmente em estados localizados ao nível do mar, ou aqueles onde as temperaturas são mais elevadas. Aqui no apartamento, em São Paulo, nunca tive problemas com florações deste gênero de orquídea. No entanto, recebo com frequência relatos de pessoas que não conseguem fazer com que o Cymbidium dê flores.

Para contornar este problema, muitos cultivadores costumam adicionar pedras de gelo no vaso da orquídea Cymbidium, durante as noites de outono e inverno, para simular uma queda de temperatura.

Alternativamente, há quem regue a orquídea com água gelada. Estes procedimentos visam induzir a floração, que geralmente ocorre durante o inverno, no caso deste gênero de orquídea.

Como nunca precisei recorrer a este método, não posso atestar sua eficácia. No entanto, costumo ler relatos de pessoas que obtiveram florações de orquídeas Cymbidium em locais de clima quente, adicionando pedras de gelo em seus vasos.

Portanto, vale a pena uma tentativa. Lembrando que outros fatores essenciais para uma boa floração desta orquídea são adubação e luminosidade.

Resumidamente, sob condições normais de temperatura e pressão, devemos evitar regar as orquídeas com gelo. Também é importante evitarmos a todo custo o contato do gelo com os tecidos vegetais, para não criarmos uma situação de geada artificial, colocando em risco a vida da orquídea.

Em casos específicos, no entanto, vale a pena tentar simular um inverno mais rigoroso, através da adição de gelo no vaso da orquídea Cymbidium. Quem sabe, não é ?

folhasaovento9