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Dentre tantas plantas ornamentais disponíveis no mercado, por quê orquídeas? Ao longo destes dez anos de cultivo, tendo passado por fases de euforia por uma nova floração, compulsão por comprar cada vez mais orquídeas e depressão pela perda de inúmeros exemplares, chego a algumas conclusões, que divido neste artigo com vocês.

As orquídeas já eram conhecidas na Grécia Antiga, tendo sido descritas pelo filósofo grego Teofrasto, considerado o pai da Botânica. Desde os primórdios, esta grande família de plantas tem sido cercada de muito misticismo, glamour e diversos simbolismos.

Na antiguidade, as pessoas costumavam associar as orquídeas à fertilidade, além de lhes atribuir poderes afrodisíacos.

Na época do Japão feudal, a posse de uma orquídea simbolizava bravura e coragem, sendo exclusividade dos mais intrépidos samurais, capazes de coletar espécimes em locais ermos e de difícil acesso.

Já na Inglaterra da Era Vitoriana, a orquídea representava riqueza e opulência, uma vez que estas raras plantas precisavam ser mantidas em complexas estufas, sendo coletadas em distantes e exóticos países tropicais.

Paphiopedilum maudiae

Ainda nos dias de hoje, a despeito de toda a popularização que os modernos métodos de propagação proporcionam, as orquídeas são consideradas plantas especiais. Da beleza tímida, quase invisível, de uma micro-orquídea à exuberância descarada dos grandes híbridos repolhudos, há um quase infinito leque de opções para todos os cultivadores.

Neste contexto, saliento uma das primeiras lições que aprendi. Não são todas as orquídeas que podemos cultivar. É importante sabermos que não podemos escolher uma orquídea porque a cor é bonita ou porque gostamos do formato da flor.

Existe um abismo de diferenças entre o habitat natural de uma orquídea e as condições que oferecemos em nosso cultivo doméstico. Cabe a nós tentarmos mimetizar ao máximo o ambiente original de cada espécie.

Como nem sempre isso é possível, acabamos restritos a um certo grupo que melhor se adapta aos nossos lares. No final das contas, são elas que nos escolhem.

Ter este planejamento em mente acaba com a compulsão por comprar todas as orquídeas do mundo. Além disso, diminui drasticamente as perdas decorrentes de um cultivo inadequado.

O segredo é sermos criteriosos quanto às novas aquisições. Não há, contudo, uma receita pronta para esta curadoria. Levei anos para descobrir quais as orquídeas que me odeiam. Hoje, restrinjo-me às mais comuns e resistentes, espécies e híbridos que melhor se adaptam ao cultivo em apartamento, que é o meu caso.

Em resumo, cada um tem seus motivos para cultivar orquídeas. Uns visam o pódio, o reconhecimento por um cultivo impecável. Os colecionadores restringem-se às espécies puras, de forma e simetria perfeitas, exclusividades de alto valor de mercado.

Pleurothallis Acianthera luteola

Há os que apreciam as preciosidades quase microscópicas das florestas tropicais. Outros contentam-se com plantas mais simples, mas que trazem beleza e alegria a este mundo cada vez mais sombrio.

Eu me encaixo nesta última categoria. E, acima de tudo, cultivo orquídeas sabendo que não sou dono delas. Tenho a consciência de que sou um tutor temporário, que tenho o privilégio de cuidar, ainda que provisoriamente, de uma dádiva da natureza.

Uma joia que foi, em algum momento da sua história, retirada de seu habitat natural, outrora perfeito e incorruptível, e que agora enfrenta as agruras de um ambiente artificial e inóspito.

O meu empenho é que este trauma não tenha sido em vão, que o nosso convívio com as orquídeas sirva como conscientização da importância de sua preservação na natureza, que elas não sejam troféus ou meros bibelôs a decorar nossos lares.

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Evolvulus Glomeratus

Conhecida popularmente como Evólvulo ou Azulzinha, a planta pertence à família Convolvulaceae e está na categoria de flores perenes, forrações a sol pleno ou a meia sombra. Os climas a que se adapta são o tropical, o subtropical e o equatorial.

Sua origem é a América do Sul especificamente o Brasil e o Paraguai. Pode chegar a uma altura que fica entre 0.1 a 0.3 m e a luminosidade que prefere é a meia sombra ou a sol pleno. O seu ciclo de vida é o perene, uma herbácea cheia de graça e estilo.

A evólvulo é uma planta herbácea do tipo rasteira e perene que chega a no máximo 30 centímetros quando está ramificada. As suas folhas aparecem pequeninas, ovais, verdes e bem delicadas saindo dos talos que tem forma alternada.

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As pétalas dessas flores são azuis, achatadas e de forma arredondada. Há ainda uma espécie bem semelhante que pertence ao mesmo gênero, a evolvulus pusillus, a única diferença é que essa herbácea possui flores brancas.

Essa planta pode florescer durante o ano todo, porém, durante a primavera o florescimento é mais intenso. O cultivo da evólvulo pode acontecer em todo o país, porém, nas regiões de frio mais intenso é importante ter cuidado com a geada. O frio intenso pode ser uma dificuldade para a resistência dessa planta.

Como cultivar
* Luminosidade – O ideal é procurar um local que fique à sombra das árvores ou então a sol pleno.

* Solo – Para que a evólvulo cresça saudável é importante que o solo seja fértil e conte com um bom teor de matéria orgânica. O solo deve ser bem drenado.

* Regas – É importante regar com frequência a evólvulo, pois se trata de uma planta que sofre quando passa por secas prolongadas. Durante o verão o cuidado com as regas deve ser priorizado uma vez que pode murchar se tiver falta de água.

* Canteiro – Quem vai cultivar a evólvulo em canteiros deve preparar bem o espaço para o plantio, a dica é passar o ancinho para remover as pedras e inços que podem atrapalhar no crescimento da sua planta.

* Adubo – Para ajudar na nutrição da planta a dica é usar adubo animal de curral que deve estar bem curtido. A quantidade ideal é aproximadamente 1 kg/m2. Para incorporar e nivelar use o adubo NPK com fórmula 10-10-10. Esse adubo pode ser encontrado facilmente em supermercados.

* Mudas – É possível comprar mudas em caixas com 15 unidades, geralmente elas vêm em saquinhos de plástico. Se você comprar mudas assim é necessário ter cuidado para remover o plástico cuidando sempre para não desfazer o torrão.

* Acomodando a muda – Para acomodar a muda abra uma cova pequena usando uma pá de jardim, em seguida coloque a muda no local e arrume a terra no entorno. Aperte de leve para que fique fixo.

* Espaçamento – Deixe um espaço de 15 cm entre linhas e plantas que seja possível a formação de um tapete denso.

* Regas – Para regar use um jato fino para não correr o risco de retirar a planta da cova.

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Propagação – Mudas
Para preparar as mudas da evólvulo você precisa de bandejas de cultiva ou então se saquinhos que contenham substrato misto de areia, composto orgânico e terra de canteiro.

Em seguida retire estacas da planta, será necessário colocar mais de uma em casa saco. Depois basta regar a planta e deixá-las em cultivo num local que esteja protegido do sol até que a muda comece o seu desenvolvimento.

O melhor momento para fazer a estaquia é o final do inverno nos estados do Sul do Brasil. Nos demais estados do país é interessante fazer a estaquia na estação das chuvas ou então no outono.

O uso no Paisagismo
Nas áreas extensas em que não há grama a evólvulo é uma excelente cobertura vegetal, pode ser usada como planta de forração. Considere que essa planta não resiste ao pisoteio e nem mesmo a falta de água então pense bem onde vai cultivar a evólvulo.

Se você desejar poderá usá-la como pendente como grande parte das plantas rasteiras. Pode ser cultivada em jardineiras ou então em vasos grandes acompanhando altas dracenas ou então palmeiras.

As lindas e pequenas flores dessa planta ajudam a trazer um colorido para o jardim, além disso, a evólvulo floresce o ano todo. Se bem cultivada e cuidada essa planta pode estar sempre florida.

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Evólvulo – Uma planta para o litoral
Apesar de não tolerar muito bem as geadas e o encharcamento a evólvulo é uma planta que suporta bem a salinidade sendo uma planta indicado para cultivar no litoral. Além disso, a beleza dessa herbácea a torna uma excelente opção para compor qualquer jardim.

Atenção às plantas de forração
Além da beleza de suas flores a evólvulo presta-se a ser uma planta de forração, muitos amantes de jardins ainda não sabem a importância de ter esse tipo específico de planta nos seus espaços verdes.

O objetivo de contar com essas plantas ou flores pequeninas é dar mais graça e colorido a sua área externa. Esse tipo de planta ajuda a dar um acabamento melhor ao seu jardim, pois além de cobrir o solo dos canteiros e vasos permite completar áreas que ficariam vazias.

Há também a questão prática de ter plantas de forração que é manter a umidade constante no jardim. Isso tudo sem contar nos lindos contrastes que essas plantas acrescentam em tons e texturas.

Se você tem um projeto paisagístico de jardim deve considerar as plantas de forração para compor os seus espaços. Lembre-se que a Evólvulo é uma planta que se destaca nesse segmento.

Dedicação
Para manter o seu jardim sempre florido e bonito é fundamental ter dedicação para regar cada planta com a quantidade de água que ela necessita bem como manter as podas em dia.

Na dúvida sobre fazer poda a dica é tentar manter a planta sempre limpa, ou seja, sem galhos ou folhas secas. Quando a planta fica doente é necessário remover a parte comprometida para que o resto dela não seja prejudicada.

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Clorofito (Chlorophytum comosum)

Muitas plantas, especialmente gramas, flores, rosas, vegetais, árvores frutíferas e coníferas crescem sob sol forte, o que proporciona energia abundante para o desenvolvimento, floração e frutificação.

Mas algumas plantas, particularmente aquelas nativas de florestas e vales, precisam de condições menos iluminadas. Aprenda sobre as necessidades de luz solar de qualquer planta que deseje cultivar para que você a coloque no lugar certo.

Condições de luz
- Observe como a luz solar e as sombras atingem o solo para determinar a quantidade de sombra durante a estação de crescimento sob árvores decíduas (aquelas cujas folhas caem no outono). Esse teste ajuda a determinar quais plantas que preferem sombra crescerão ali.

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- A sombra total é encontrada sob árvores com muitos galhos. Um jardim cultivado nesse local receberá pouca ou nenhuma luz solar direta, permanecendo sob iluminação obscurecida. Somente um número limitado de plantas é adequado para essa situação. Você deve escolher flores e samambaias com folhas sempre-verdes.

- A sombra parcial é encontrada sob árvores que permitem que a luz solar penetre através das copas e atinja o solo durante o dia todo. Um jardim cultivado sob uma árvore de acácia com poucos galhos se encaixa nesta categoria. Uma ampla seleção de plantas é capaz de se desenvolver sob essas condições e não com sombra total.

- A sombra moderada é encontrada em locais onde as plantas recebem sol direto durante um período do dia. Ela pode ser encontrada em um jardim sob árvores maduras com longos troncos secos. O sol pode brilhar sob as altas copas frondosas.

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Condições de sombra moderada também existem no lado leste ou oeste de uma parede ou construção. Aqui você pode cultivar muitas plantas que adoram sombra e também plantas que toleram sombra (plantas que preferem o sol, mas são capazes de se desenvolver razoavelmente bem com sombra moderada).

- Proporcionar, no mínimo, de 6 a 8 horas de sol direto por dia é suficiente para a maioria das plantas que necessita de sol pleno. O termo “sol pleno”, de fato, não significa que as plantas devam permanecer sob luz forte o dia inteiro, somente a maior parte do dia.

Porém, a mínima quantidade de luz solar deve ser proporcionada às plantas perenes, árvores e arbustos mesmo durante os dias mais curtos da primavera e do outono.

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O cacto-sianinha e uma planta que pertence a família Cactaceae e sua origem é do México. O ambiente perfeito para esse tipo de cacto é nas florestas tropicais e chuvosas, onde se “hospedam” nas árvores, penduradas.

Os ramos da cacto-sianinha são achatados com lóbulos que se intercalam, por isso, os nomes populares de cacto-sianinha e também cacto-zig-zag. Ramos esses, que não superam a medida de 60 centímetros, onde se concentram alguns espinhos pequenos.

Para os estudiosos, os ramos do cacto-sianinha, que tem uma forma particular é o resultado de um processo de transição pelo qual passou de deserto para floresta. Fazendo que o novo ambiente a umidade não fosse mais tão simples e que a luz do sol chegasse com “dificuldade” impedida pela copa das árvores.

Foi então, que o cacto desenvolveu o caule delgado e amplo para que conseguisse armazenar água e garantir o quanto precisava e tornou-se eficiente para captar a luz dos raios solares.

Selenicereus Anthonyanus

Características do Cacto-sianinha
O cacto-sianinha possui uma estrutura fragmentada e fina e isso serve para que as folhas se desenvolvam, aquelas que foram perdidas há um tempo razoável atrás. As raízes são lançadas dos ramos, adventícias, e graças a isso elas podem perfeitamente se fixarem nas árvores, até mesmo em pontos mais alto. E fazem isso porque querem conseguir pegar o máximo da luz solar possível.

As flores do cacto-sianinha são grandes e por isso, se tornam uma bela atração da planta, a medida delas pode variar entre 10 a 15 centímetros, possuem pétalas na cor creme, porém, são vermelhas nas partes mais externas.

O horário de florescimento é uma outra particularidade dessa espécie, as flores costumam abrir ao entardecer, porém, só chegam na sua plenitude junto com o cair da noite.

Falando em noite, é considerado o momento do dia que os insetos noturnos e os morcegos exercem a função de polinizadores. Porém, não se sabe ainda muito sobre a polinização do cacto-sianinha.

Um detalhe que vale destacar é o quanto são cheirosas as flores do cacto-sianinha. Porém, para sentir esse odor é necessário aguardar que a noite chegue, pois durante o dia, ela está fechada novamente e não se sente mais o perfume.

Selenicereus Anthonyanus

Como é uma planta com hábitos noturnos e que duram um breve período, o cacto-sianinha acaba sendo pouco conhecido pelas pessoas, até mesmo pelos amantes das flores.

Outro ponto que faz com que ela não seja tão popular é a não facilidade que tem em florescer. Isso só acontece quando a planta está em um lugar que oferece exatamente aquilo que ela encontra no seu habitat natural.

o Brasil, por exemplo, as flores quando aparecem, acontece somente no mês de novembro. Em geral, o cacto-sianinha gosta de luz do sol filtrada e muita luz, tolera o sol direto somente se for de manhã e suporta a meia sombra.

É uma planta que tem um lindo visual para qualquer paisagem e também pode ser plantada em vasos ou cestas, porém, precisa ter uma ótima drenagem, pois não suportam a umidade em excesso. Como é uma planta pendente, deve obrigatoriamente estar pendurada, mesmo quando em vasos.

As suas raízes são aéreas e isso faz com que ela vá se agarrando e com isso “aumentado” a planta. Por isso, é uma planta que combina muito com o plantio perto de árvores recantos, muros e pedras. Na parte externa é melhor colocá-la diretamente no solo.

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Dicas para o plantio do Cacto-sianinha
* Substrato: o tipo de substrato que o cacto-sianinha mais gosta é aquele orgânico. Por isso é considerada uma excelente mistura a que tiver, considere partes iguais para cada item: areia de rio lavada, terra orgânica ou turfa, húmus de minhoca. No fundo, a drenagem deve ser feita com brita.

* Água: entre uma rega e outra a planta prefere que o substrato fique completamente seco, então, o ideal é regar uma única vez por semana. No inverno, o tempo entre uma rega e outra pode ser ainda maior. Nos dias de muito calor, é bom usar um pulverizador para refrescar a planta.

A temperatura que o cacto-sianinha gosta é entre 13 e 26 graus, porém, quando bem protegida, suporta a temperatura de 10 graus ou até menos.

* Adubação: é aconselhável que seja feita a cada 3 meses com os seguintes “ingredientes”: usar uma colher (de sopa) de composto orgânico feito da seguintes mistura – rochas moídas e torta de mamona. É considerado muito bom porque além de ser rico em nutrientes, os libera aos poucos para as plantas. Outra opção de adubo é o húmus da minhoca.

Caso prefira usar os adubos químicos, eles liberam mais rápido os nutrientes. Use a fórmula: NPK 20 – 20 -20. Quando aplicado na primavera a quantidade ideal é de 1,0; no verão 2,0; no outono, 1,0 e no inverno 0,5, nesta última estação do ano, pode-se optar por não fazer o adubo.

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Propagação
A propagação do cacto-sianinha é feita com estacas ou com sementes. Para se usar o método das estacas basta usar qualquer uma das partes dos ramos, depois é só esperar secar, se formará uma camada que protegerá o corte, será hora de usar.

O substrato deve ser leve e ter a mistura de areia com terra vegetal. A ponta da estaca, já com a proteção no corte, deve ser inserida no substrato observando a profundidade, entre 3 e 5 cm. O lugar deve ser úmido.

Enquanto estiverem crescendo as raízes é possível colocar no vaso que será a “casa” definitiva da planta. O ideal é fazer essa etapa no outono. No caso das sementes, deve ser feito rapidamente, o tempo germinativo acaba em pouco tempo. Para se ter um bom resultado é melhor usar uma estufa no caso das sementes.

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Problemas que podem afetar a planta
O cacto-sianinha é atacado por pulgões, cochonilha farinhenta, caracóis e lesmas. No caso das cochonilhas retire-as com um cotonete, quando não são em grande quantidade ou use óleo de nem ou mineral.
* Um dos problemas que afeta muito essa planta é a bactéria erwinia que causa a podridão negra. E se elas ficarem em um lugar com muita umidade, facilita a vida das bactérias, que se desenvolvem mais facilmente.

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