Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

cattleya bicolor

Entre todos os estados brasileiros, Minas Gerais se destaca como o mais extenso conjunto de terras elevadas do País, podendo-se citar o Pico da bandeira, na Serra do Caparão, e o Pico das Agulhas Negras, na Serra da Mantiqueira.

Nas diferentes vegetações dessas localidades, encontra-se uma grande diversidade de árvores frondosas, remanescentes da mata Atlântica, e também espécies arbóreas de pequeno porte, como os exemplares dos campos rupestres, que abrigam muitas orquídeas.  Existem ainda espécies rupícolas bastante representativas, além das terrestres.

Os vales do estado, com altitudes entre 700 m e 900 m, são habitats privilegiados para as orquidáceas. Há também as grandes áreas de campos e de florestas nebulares, além de outros ecossistemas importantes, que aparecem entre 1.000 m e 1.800 m de altitude.

Com isso, pode-se concluir que o estado mineiro apresenta diferentes localidades adequadas para o bom crescimento das orquídeas. Então, é possível encontrar espécies de diferentes habitas. São plantas rupícolas, epífitas e terrestres, predominando uma ou outra conforme o lugar.

Devido à diversidade de ambientes, são muitas as orquidáceas encontradas no estado mineiro. No entanto, as mais representativas são: Catleya walkeriana, C. wareni, C. loddigesi, C.bicolor e, diversas espécies de Laelia rupícolas ou epífitas, conhecidas por “lelinhas mineiras”.

Historicamente, Minas Gerais é o berço de muitas e variadas espécies. Um dos sítios mais importantes do todo o mundo. O estado sempre atraiu as expedições dos mais renomados botânicos.

Ainda que, devido à devastação das matas e do avanço rápido da fronteira agrícola e agropecuária, muitas delas estão ameaçadas de extinção, como é o caso da C. bicolor, da C. loddigesii e da Sophronitis coccínea.

Apesar da tamanha variedade, a C.walkeriana é considerada a orquídea símbolo do estado. Isso porque sua área de ocorrência é maior. A espécie é encontrada desde o Sul de Minas Gerais, passando pelo Triângulo Mineiro e pelo centro do estado até os vales dos rios Doce e Jequitinhonha, avançando até as regiões do cerrado mineiro e goiano.

38

Brassavola fragrans

O território capixaba é uma região constituída de poucas terras baixas e de planaltos, sendo que estes são quase inexpressivos, com muitas serras acidentadas que abrangem 70% de todo o estado. Tem como ponto culminante o Pico da Bandeira, na Serra do Caparaó, já na divisa com Minas Gerais.

São nessas zonas, entre 500 m e 800 m e de 800 m a 1.000 m, e em áreas acidentadas e movimentadas, chegando a locais de 1.100 m e 1.800 m, que se apresentam importantes representações de fauna e flora com maior frequência de endemismos, expressados nas regiões de cume.

Quanto às orquídeas, especificamente, o território do Espírito Santo está ligado a essas plantas desde as primeiras referências escritas a respeito das espécies brasileiras.

No estado pode ser encontrada uma grande diversidade de espécies ornamentais, destacando-se representantes do gênero Catleya, Laelia, Oncidium, Miltonia, Sophronits, Encyclia, Epidendrum, Brassavola, Laeliocatleya, Zygopetalum, Yanipsis, Stanhopea e Catassetum.

As microorquídeas e as plantas de pequeno porte também apresentam muita variedade, inclusive, aparecendo em maior número de espécies. Pleurothsllis, Octomeriq, Stelis e Barbosella, são apenas alguns dos inúmeros gêneros encontrados no estado capixaba.

Para se ter noção do volume de orquidáceas, das quais quase 2,5 mil orquídeas conhecidas no Brasil (números da década de 80, época da realização de estudos), mais de 600 espécies foram assinaladas no Espírito Santo.

No entanto, a destruição de seus habitats tem ameaçado muitas delas, que se encontram em vias de extinção nas matas. Aspásia binata, Brassavola fragrans, Cattleya schilleriana, Epidendrum ciliare, Laelia pumilla, Miltonia clowessi e Oncidium pumilum são alguns exemplos.

A grande derrubada das florestas, sem dúvida, constituiu a maior causa para o extermínio de muitas espécies da fauna e flora silvestres. Lamento que a falta de consciência quanto à preservação da natureza pode permitir a destruição das espécies remanescentes.

53

Miltonia clowesii aurea

O estado do Rio de janeiro é muito rico em orquídeas. Elas são encontradas, sobretudo, na capital fluminense e na região serrana, onde está situada a Serra dos Órgãos, que e estende por diversos municípios, como Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim.

Particularmente, na cidade do Rio de janeiro há muitas espécies distribuídas em diferentes ambientes, como nas localidades do Parque Nacional da Tijuca, o Forte do Leme, a Prainha e a Pedra da Gávea. Na Prainha, por exemplo, uma pesquisadora está desenvolvendo sua tese sobre orquídeas e, nesse estudo, já identificou cerca de 30 espécies.

O Rio de janeiro é uma cidade abençoada por orquídeas, que tem como símbolo a Laelia lobata, espécie que, atualmente, é encontrada exclusivamente na Pedra da Gávea, no entanto, em trechos inacessíveis do lugar.

Já na região serrana, pode-se encontrar 25% de todas as espécies do País, mais exatamente na Serra dos Órgãos. Ali, elas estão mais protegidas do que nas áreas de restinga do literal, já que ficam mais expostas e vulneráveis ao avanço do homem. Hoje a maior parte delas está abrigda no alto das serras.

Brassavola, Miltonia, Oncidium, Cattleya, Cyrtopodium e Laelia são alguns dos gêneros encontrados em todo o Rio de Janeiro, além das microorquídeas, como as Pleurothallis.

Quando se fala do estado, as espécies que mais representam são a Sophronitis coccínea e as espécies Cyrtopodium, que apareciam em grande quantidade na Estrada do Sumaré – sliás o nome Sumaré remete a Cyrtopodium. Trata-se de orquídeas com propriedades medicinais, que não aparecem mais em abundância na região.

Em todo o estado fluminense as orquídeas estão desaparecendo com a destruição da natureza, como exemplo, a L. lobata, que está na lista internacional do Ibama de espécie ameaçada de extinção.

É preciso preservar as plantas que ainda vivem em seu habitat natural, além disso, sua preservação é a garantia de que as gerações futuras também poderão encontrá-las na natureza.

Animacin7-2

Scuticaria_itirapinensisScuticaria itirapinensis. Espécie raríssima, da qual não há notícias comprovadas de espécimes em cultivo ou encontrados na natureza nos últimos trinta anos

Os estados da região sudeste do Brasil abrigam em seus territórios belas plantas. Para se ter noção da importância dessa região, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, segundo pesquisas de orquidófilos, possuem cerca de um terço das espécies que ocorrem em todo o Brasil.

São Paulo
A partir de São Paulo, seguindo do Sul em direção ao Norte do País, o clima já sofre uma mudança significativa. Do subtropical sulino, passa a predominar o tropical. Com isso, o estado apresenta também vegetação diferenciada e adaptada às condições encontradas, inclusive, as orquidáceas.

A Mata Atlântica é o local mais rico em diversidade de orquídeas em São Paulo. Mas no passado havia muitos outros lugares que as habitavam. Na beira do rio Tietê, encontravam-se Catleya loddigesii vegetando em árvores nas suas margens. Podem acreditar!

Elas sobrevivem, crescem e povoam essas localidades por predo minarem condições adequadas, com boa luminosidade e umidade. A Serra da Mantiqueira e o Vale do Paraíba são exemplos de áreas de Mata Atlântica com uma grande quantidade e variedade de orquidáceas.

Na verdade, segundo estudiosos, esse bioma é onde está a maior variedade dessas plantas no País.

As espécies epífitas são predominantes. É possível encontrar uma grande variedade delas na natureza. C. leopoldii, C. intermédia, C. loddigesii, C. harrisoniana, C. walkeriana, Laelia purpurata e L lundii são alguns exemplos das quais vegetam nas matas de São Paulo.

No entanto, a diversidade já foi muito maior, já que o estado paulista sofreu e continua sofrendo com a destruição de susa áreas verdes. Atualmente, muitas orquidáceas, que tinham como habitat diferentes localidades do estado, estão extintas ou praticamente extintas. Este é o caso da C velutina e da L. virens.

Um exemplo de planta endêmica do estado de São Paulo, que não é mais encontrada no País, é a espécie Scuticaria itirapinensis. No caso da C. velutina e da L. virens foram realizadas semeaduras, Por isso, não ocorrem mais riscos.

gulfpocket