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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

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Este gênero compreende apenas uma única espécie, a Baptistonia echinata, muito pouco conhecida e cultivada. É encontrada somente nas matas sombrias e úmidas da Serra do Mar, vivendo numa altitude entre 300 e 600 metros. Já fez parte do gênero Oncindium, de onde foi separada para ser a única representante do gênero Baptistonia.

É uma orquídea pequena que apresenta pseudobulbos de até 15 cm de altura, roliços, muito alongados e que se estreitam na base. Este pseudobulbo comporta apenas 2 ou 3 folhas de cor verde-escuro-brilhante, estreitas e em forma de lança.

As inflorescências, com até 25 cm de comprimento, sustentam de 15 a 30 pequenas flores e, por isso, acabam ficando levemente recurvadas para baixo. Uma desvantagem da espécie é o lento crescimento da haste floral, já que pode demorar mais de 6 meses até que as flores desabrochem.

As Baptistonias tem um bom desenvolvimento quando cultivada em vasos plásticos, numa mistura de esfagno e xaxim desfibrado. Apreciam água em abundância, devendo-se regá-las diariamente. Gostam de clima quente, com uma temperatura mínima de uns 15 graus à noite. O melhor seria cultivá-las em lugares sombreados onde fiquem protegidas contra sol forte.

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Ascocentrum

Originária do sudoeste asiático e da cordilheira do Himalaia, este gênero apresenta apenas 5 espécies de pequenas orquídeas epífitas, muito procurado pela beleza de suas flores em tons brilhantes de laranja, rosa ou vermelho.

São plantas de comportamento geralmente monopodial (termo referente à maneira de brotação das plantas que crescem verticalmente, de gemas em suas terminações ou ápices. A maioria das árvores apresenta este tipo de crescimento). Outra curiosidade é que são muito utilizadas para hibridações com espécies do gênero Vanda, para formar orquídeas conhecidas por Ascocenda.

A mais conhecida é a Ascocentrum miniatum, originária de Java e das Filipinas. É uma pequena espécie de folhas suculentas ou com textura de couro, medindo entre 10 e 15 centímetros de comprimento. As hastes florais nascem nas axilas das folhas em cachos com até 50 flores, medindo aproximadamente 2 centímetros cada uma, variando do amarelo ao laranja-avermelhado.

Desenvolvem-se melhor quando plantadas em vasos de barro, com xaxim desfibrado ou fibra de coco. Precisam de muita luminosidade e alta umidade todo o tempo. Durante os meses de Verão, necessitam de regas diárias, exceto nos dias nublados.

Mensalmente adube-as com fertilizante líquido, misturado à água das regas, na proporção de uma colher de chá para cada litro de água. No Inverno seria aconselhável reduzir a frequência das regas e suspender as adubações.

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cattleya bicolor

Entre todos os estados brasileiros, Minas Gerais se destaca como o mais extenso conjunto de terras elevadas do País, podendo-se citar o Pico da bandeira, na Serra do Caparão, e o Pico das Agulhas Negras, na Serra da Mantiqueira.

Nas diferentes vegetações dessas localidades, encontra-se uma grande diversidade de árvores frondosas, remanescentes da mata Atlântica, e também espécies arbóreas de pequeno porte, como os exemplares dos campos rupestres, que abrigam muitas orquídeas.  Existem ainda espécies rupícolas bastante representativas, além das terrestres.

Os vales do estado, com altitudes entre 700 m e 900 m, são habitats privilegiados para as orquidáceas. Há também as grandes áreas de campos e de florestas nebulares, além de outros ecossistemas importantes, que aparecem entre 1.000 m e 1.800 m de altitude.

Com isso, pode-se concluir que o estado mineiro apresenta diferentes localidades adequadas para o bom crescimento das orquídeas. Então, é possível encontrar espécies de diferentes habitas. São plantas rupícolas, epífitas e terrestres, predominando uma ou outra conforme o lugar.

Devido à diversidade de ambientes, são muitas as orquidáceas encontradas no estado mineiro. No entanto, as mais representativas são: Catleya walkeriana, C. wareni, C. loddigesi, C.bicolor e, diversas espécies de Laelia rupícolas ou epífitas, conhecidas por “lelinhas mineiras”.

Historicamente, Minas Gerais é o berço de muitas e variadas espécies. Um dos sítios mais importantes do todo o mundo. O estado sempre atraiu as expedições dos mais renomados botânicos.

Ainda que, devido à devastação das matas e do avanço rápido da fronteira agrícola e agropecuária, muitas delas estão ameaçadas de extinção, como é o caso da C. bicolor, da C. loddigesii e da Sophronitis coccínea.

Apesar da tamanha variedade, a C.walkeriana é considerada a orquídea símbolo do estado. Isso porque sua área de ocorrência é maior. A espécie é encontrada desde o Sul de Minas Gerais, passando pelo Triângulo Mineiro e pelo centro do estado até os vales dos rios Doce e Jequitinhonha, avançando até as regiões do cerrado mineiro e goiano.

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Brassavola fragrans

O território capixaba é uma região constituída de poucas terras baixas e de planaltos, sendo que estes são quase inexpressivos, com muitas serras acidentadas que abrangem 70% de todo o estado. Tem como ponto culminante o Pico da Bandeira, na Serra do Caparaó, já na divisa com Minas Gerais.

São nessas zonas, entre 500 m e 800 m e de 800 m a 1.000 m, e em áreas acidentadas e movimentadas, chegando a locais de 1.100 m e 1.800 m, que se apresentam importantes representações de fauna e flora com maior frequência de endemismos, expressados nas regiões de cume.

Quanto às orquídeas, especificamente, o território do Espírito Santo está ligado a essas plantas desde as primeiras referências escritas a respeito das espécies brasileiras.

No estado pode ser encontrada uma grande diversidade de espécies ornamentais, destacando-se representantes do gênero Catleya, Laelia, Oncidium, Miltonia, Sophronits, Encyclia, Epidendrum, Brassavola, Laeliocatleya, Zygopetalum, Yanipsis, Stanhopea e Catassetum.

As microorquídeas e as plantas de pequeno porte também apresentam muita variedade, inclusive, aparecendo em maior número de espécies. Pleurothsllis, Octomeriq, Stelis e Barbosella, são apenas alguns dos inúmeros gêneros encontrados no estado capixaba.

Para se ter noção do volume de orquidáceas, das quais quase 2,5 mil orquídeas conhecidas no Brasil (números da década de 80, época da realização de estudos), mais de 600 espécies foram assinaladas no Espírito Santo.

No entanto, a destruição de seus habitats tem ameaçado muitas delas, que se encontram em vias de extinção nas matas. Aspásia binata, Brassavola fragrans, Cattleya schilleriana, Epidendrum ciliare, Laelia pumilla, Miltonia clowessi e Oncidium pumilum são alguns exemplos.

A grande derrubada das florestas, sem dúvida, constituiu a maior causa para o extermínio de muitas espécies da fauna e flora silvestres. Lamento que a falta de consciência quanto à preservação da natureza pode permitir a destruição das espécies remanescentes.

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