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Posts para categoria ‘Cultivos e Cuidados’

Drosophyllum
A água é um dos fatores fundamentais para o cultivo das plantas carnívoras. Uma vez que elas se ressentem muito com qualquer substância química, há sempre necessidade de verificar a composição da água da torneira antes de regar esse tipo de planta. O cloro, entre outros elementos, pode até matá-la. Se você tiver um poço ou a oportunidade de coletar água das chuvas, seria a melhor solução para as regas. Caso contrário, a única saída para molhar o vaso consiste na água destilada.

O índice de alcalinidade também se revela importante. As plantas carnívoras não apreciam águas calcárias (também conhecidas como “águas pesadas”). Se sua fonte contém altos teores de calcário, será preciso neutralizá-la com a adição de vinagre. Coloque uma colher (de chá) de vinagre para 4,5 litros de água. Outra alternativa é ferver a água por uns dez minutos, deixando-a esfriar, antes de utilizá-la.

Regue livremente, pois essas plantas são naturais de regiões encharcadas. Dando-lhes um composto, elas se desenvolvem muito bem dentro de casa. Cultive-as em vasos de plástico, que são melhores que os de barro para reter a umidade. Coloque os recipientes sobre uma vasilha rasa -cerca de 5 cm de profundidade, com água até a metade.

O composto requerido pelas plantas carnívoras precisa ser um pouco diferente dos usados costumeiramente, pois isso significa mais saúde para o exemplar . O solo tem de permitir uma boa drenagem e, ao mesmo tempo, conseguir reter a umidade. Além disso, necessita de uma constituição porosa, na qual o ar possa circular à vontade.

O esfagno fresco é uma ótima opção para exemplares grandes e vigorosos. A mistura de partes iguais de esfagno, turfa e areia também podem ser empregados. Não adicione adubo ao composto, pois esses vegetais apresentam uma grande habilidade para conseguir seus nutrientes e há o risco de você alimentá-los em excesso. Eles conseguirão o que precisam das presas que fizerem.

O replantio deve ser realizado na primavera, apenas para exemplares que apresentam raízes muito amontoadas. Nessa época também se faz a propagação pela divisão das plantas. Cada muda deve ter alguns ramos novos e um pouco de raiz. Encaixe as mudas em vasos pequenos, onde a raiz caiba sem apertos.

As carnívoras não se ressentem com a temperatura. No verão suportam ambientes entre 10 e 21ºC, e no inverno sobrevivem se o termômetro marcar até 5ºC. Quando esquentar, abra as janelas, pois as plantas apreciam ar fresco. Deixe os vasos em local com boa luminosidade indireta, uma vez que o sol forte pode queimar folhas e flores. Se o calor estiver muito forte, transfira os exemplares para uma posição mais fresca.

A Darlingtonia requer que suas raízes permaneçam refrescadas no verão. Regue a planta com frequência, várias vezes por dia, se houver muito calor. Utilize água fria, derramando-a por cima do composto.

O inverno constitui o período de descanso para essas plantas, que começam a fenecer no outono. Corte as folhas e as flores mortas. Tire os vasos da vasilha com água e, durante o inverno, apenas umedeça o solo. Mantenha os exemplares no peitoril de uma janela, de preferência num ambiente fresco.

Pragas e Doenças
As plantas carnívoras quase nunca são atacadas por insetos.
Entretanto, é possível que sejam infestadas pelo pulgão verde.

Remova os insetos manualmente; não use inseticidas, pois eles podem ser prejudiciais. Se o mofo cinzento ou a podridão atacarem a planta, use benomil, que entra na composição de certos fungicidas. O benomil pode ser empregado sem perigo para a planta. Corte fora as partes afetadas e aplique o fungicida.

pass

coqueiros

O coqueiro é tido como uma das plantas cultivadas de maior importância no mundo, especialmente em algumas regiões, onde se constitui na principal fonte alimentar e de renda para a população.
De origem asiática, é cultivado em mais de 80 países localizados na zona intertropical.

Considerado por muitos como a “árvore da vida”, origina mais de cem produtos ou subprodutos, com destaque para óleos, água-de-coco, coco ralado, leite de coco, doces, sabões, cosméticos, álcool, fibras e madeira.
No Brasil a cultura do coqueiro encontra-se basicamente distribuída na faixa litorânea desde o Pará até o Rio de Janeiro, predominando a variedade Gigante. Entretanto, novos cultivos têm sido implantados fora da região tradicional, utilizando-se as variedades de coqueiros anões.
Nos últimos anos, o cultivo do coqueiro vem se expandindo, tanto nas regiões tradicionais quanto em novas regiões ou Estados como SP, MG e MT, principalmente com a utilização do coqueiro anão verde visando a comercialização do produto na forma de fruto verde “in natura” para consumo da água de coco.
Apesar das diferentes possibilidades para sua exploração, a cultura deve ser conduzida de acordo com as técnicas agronômicas visando um sistema sustentável, com alta produtividade e adequada qualidade de frutos.

Variedades
O coqueiro apresenta duas variedades principais, Gigante e Anã, sendo esta subdividida em Verde, Amarelo e Vermelho.
A variedade Gigante, introduzida no Brasil em 1553, caracteriza-se por apresentar plantas de porte alto, entre 20 e 40 metros, início de produção de 6 a 7 anos, frutos de tamanho grande, com aptidão para copra (albúmem sólido desidratado), destinados basicamente para as indústrias. Apresentam rendimento médio entre 60 e 80 frutos/planta/ano.

A variedade Anã, introduzida no Brasil a partir de 1925, caracteriza-se por apresentar plantas de porte baixo, entre 8 a 10 metros, início de produção de 2 a 3 anos, frutos de tamanho pequeno e arredondados, com aptidão para água, destinados basicamente ao consumo “in natura”. Apresenta rendimento médio entre 120 e 150 frutos /planta/ano. Essas características podem sofrer variações conforme o local de cultivo, material genético utilizado, manejo e tratos culturais utilizados na lavoura.

Um terceiro tipo, o híbrido, pode ser obtido pelo cruzamento entre gigante x gigante, anão x anão ou gigante x anão. O híbrido, resultante do cruzamento entre Gigante e Anã, tem sido muito estudado por reunir as características favoráveis das duas variedades. Entretanto, filhos de coqueiros híbridos não devem ser utilizados para plantio por apresentarem grande segregação, resultando em plantas heterogêneas e com baixa produtividade.
Para o sucesso de um coqueiral, é de fundamental importância conhecer a procedência e a qualidade genética das sementes ou mudas a serem utilizadas.

Clima e Solo
Espécie tipicamente tropical encontra condições climáticas favoráveis entre as Latitudes 20º N e 20º S. Planta característica de regiões quente, úmida e ensolarada, não tolera sombreamento.
Precipitações pluviométricas anuais (chuvas) acima de 1500 mm, com boa distribuição mensal, temperatura média anual de 27º C, umidade atmosférica entre 80 e 85%, são consideradas ideais. Nas regiões com baixa precipitação anual ou com distribuição irregular de chuvas, a suplementação hídrica através da irrigação é fundamental para a obtenção de alta produtividade e estabilidade de produção.
Solos adequados são aqueles de boa fertilidade, sem impedimentos químicos ou físicos, profundos e bem drenados. Os solos arenosos ou areno-argilosos favorecem o seu desenvolvimento. Solos com lençol freático entre 1 e 4 metros de profundidade são muito adequados. Entretanto, as plantas não toleram solos encharcados.
A escolha da área a ser implantado o coqueiral deve ser criteriosamente avaliada, pois áreas de baixadas, próxima a rios, podem em determinadas situações serem inundadas, formando uma lâmina de água em sua superfície. Em situações onde o encharcamento do solo ocorre, num período de horas ou mesmo de poucos dias, em uma lavoura adulta, não tem sido verificada a morte das plantas nem afetado, de maneira significativa, seu desenvolvimento. Porém, se a planta for jovem, com pouco tempo de transplantada no campo, o encharcamento poderá comprometer definitivamente essa planta, ocasionando inclusive a sua morte.

Formação de mudas
Após criteriosa seleção das plantas matrizes, os frutos (sementes) são colhidos completamente secos, entre 11 e 12 meses de idade, e estocados por algumas semanas à sombra para completar sua maturação.
As mudas poderão ser produzidas por diferentes sistemas, passando por germinadores e/ou viveiros ou em sacos de polietileno (plástico) sendo posteriormente transplantadas no local definitivo. Em qualquer sistema é recomendável levar a campo mudas jovens, contendo em média 3 a 4 folhas, variando entre 4 a 6 meses de idade. Mudas com mais de 8 ou 10 meses de idade são consideradas mudas velhas, passadas, não devendo ser utilizadas.

Na semeadura, os cocos sementes poderão ser dispostos no solo, na posição horizontal, ou seja, deitados sobre a maior área plana do fruto, ou colocado na posição vertical, ou seja, em pé, com a região embrionária, ou seja, aquela da inserção do fruto no cacho, voltada para cima. Em ambas situações as sementes devem ser cobertas com solo até dois terços de sua altura.
Quando a semeadura for na posição horizontal, costuma-se efetuar um pequeno corte na casca do fruto, entalhe, na parte mais saliente, próximo do local de fixação da semente ao cacho. O objetivo desse entalhe é promover uma maior absorção de água e facilitar a germinação. Entretanto, dependendo do estágio de desenvolvimento do embrião e da profundidade do corte realizado na casca, esse entalhe poderá ser prejudicial se o corte atingir o embrião.
Atualmente, em sua maioria, os viveiristas tem preferido produzir as mudas no sistema vertical, pois apesar de ser constatado maior demora para a emergência, a região do colo da plântula fica melhor encaixada na semente, conferindo maior resistência às plantas jovens e conseqüente menor perda no transplante, ou seja, na retirada das mudas do viveiro e o plantio definitivo no campo.
Para uma boa formação das mudas, independentemente do sistema adotado, é indispensável o uso correto da irrigação, de fertilizantes e defensivos.

Plantio
Informações na literatura apontam para o plantio das mudas no campo a ser realizado no início do período chuvoso, entretanto, essa indicação baseia-se em coqueiros gigantes cultivados sem irrigação na região Nordeste. Em áreas sob condições irrigadas, como ocorrem na região Norte do Estado do Espírito Santo, o período de plantio poderá ser efetuado em qualquer época do ano, desde que, não seja constatada outra limitação climática. Em regiões onde ocorrem baixas temperaturas, a época de plantio deve ser criteriosamente avaliada, pois a planta jovem é mais sensível ao frio que as plantas adultas. O coqueiro quando jovem não tolera geada.
As covas de plantio devem ter dimensões mínimas de 60 x 60 x 60 cm e poderão ser abertas manualmente ou mecanicamente. No caso de serem abertas através de broca acoplada ao trator, o produtor deverá ter especial atenção, pois dependendo da umidade e do tipo de solo, poderá ocasionar espelhamento na parede da cova dificultando a penetração do sistema radicular, além de reduzir a infiltração da água no solo levando ao encharcamento na região da cova e comprometendo o desenvolvimento da planta jovem no campo.
O preparo da cova deverá ser realizado com antecedência mínima de 30 dias antes do plantio, utilizando-se normalmente, material orgânico, calcário e adubos químicos.
Especial atenção deverá ser dispensada ao preparo da cova, pois em várias situações é necessário o uso de fertilizantes que contenham micronutrientes, por isso, é indispensável conhecer as necessidades do solo através de análises laboratoriais.
O produtor deverá estar informado sobre a necessidade de uma cova bem feita, pois parte do sucesso de sua lavoura será em função de um bom preparo da cova, que permita um rápido e vigoroso desenvolvimento da planta jovem.

Espaçamento
A implantação do coqueiral poderá ser realizada de diferentes maneiras dependendo do objetivo de sua condução e manejo. A instalação poderá ser em formato de quadrado, retângulo ou triângulo, em disposição de filas simples ou duplas.
O sistema triangular é o mais utilizado para plantios solteiros, ou seja, área formada somente com coqueiros, embora em sua fase inicial permita o consórcio com culturas temporárias para melhor aproveitamento da área. Os demais sistemas são mais recomendados para consórcios permanentes com outras plantas.
No sistema triangular as plantas são dispostas em triângulos equiláteros, distribuídas em espaços eqüidistantes, conforme a variedade a ser utilizada.

Apesar de não haver trabalhos científicos regionais para a definição do melhor espaçamento para o cultivo do coqueiro, adota-se como padrão os espaçamentos acima citados. Em caso de criteriosa avaliação, os espaçamentos poderão ser ajustados para um outro espaçamento permitindo modificações nas populações. Entretanto, em locais com acentuado nível de doenças foliares, deve-se ter cuidado na escolha do espaçamento, pois espaçamentos mais adensados podem favorecer a maior incidência dessas doenças, além de dificultar seu controle.
Durante a demarcação da área para a abertura das covas, deve-se dar especial atenção para o correto alinhamento e distanciamento entre os piquetes. O balizamento incorreto acarretará filas tortas, com um número de plantas por área diferente do recomendado. A disposição e a distância entre plantas de coqueiros da variedade Anã pode, ser observado na figura 1.

Adubação
O uso de corretivos e fertilizantes para a cultura do coqueiro pode ser dividido, na prática, em 3 fases: Plantio, Formação e Produção.
Qualquer que seja a fase da cultura o importante é determinar quanto, quando e como adubar, levando-se ainda em consideração o aspecto econômico.
As plantas de coqueiros apresentam respostas as adubações a médio e longo prazo, assim, torna-se necessário, um programa de adubação através do planejamento das operações de aplicações. Esta atividade deverá ser constantemente monitorada e acompanhada através de análises do solo e de folhas, a fim de correlacionar o nível dos nutrientes e produtividade.
Indicações na literatura recomendam adubações para o coqueiro no início do período chuvoso. Essa indicação refere-se à coqueiros gigantes instalados sem irrigação e em locais onde o período de chuva é bem definido, como ocorre em algumas regiões do Nordeste.
Em propriedades com adoção de maior grau tecnológico, verifica-se o uso da fertirrigação, onde os fertilizantes são aplicados de forma conjugada ao sistema de irrigação.
De forma geral, a adubação de plantio, para coqueiros anões conduzidos sob irrigação em solos arenosos de baixa fertilidade natural, tem sido utilizado com bons resultados, adubação na cova com 20 litros de esterco de curral curtido ou outro material orgânico equivalente; entre 600 a 800 gramas de Superfosfato Simples, ou equivalente quantidade convertida para outras fontes de Fósforo. Calcário, Potássio. Micronutrientes são recomendados conforme resultado da análise química do solo. Não é recomendado na cova o uso de fertilizantes químicos contendo Nitrogênio.
Para a recomendação de adubações nas fases de formação ou de produção, deve-se levar em consideração os níveis dos nutrientes no solo, nas folhas, idade da planta, variedade, manejo da lavoura, produtividade desejada e análise de custos. Portanto, a recomendação da adubação a ser utilizada somente será possível após uma criteriosa análise técnica.

Pragas e Doenças
No Brasil muitas são as pragas e doenças que atacam esta espécie, da fase jovem à adulta, incidindo sobre raízes, estipe, folhas, inflorescências e frutos. Observa-se que no Brasil devido a grande extensão territorial onde são encontrados cultivos de coqueiros, com maior intensidade na zona litorânea desde o Rio de Janeiro até o Pará, as condições climáticas verificadas são muito variáveis formando microregiões climáticas. Essas microregiões podem favorecer o aparecimento de pragas e doenças em níveis endêmicos que em outros locais não se constituem em praga principal.

Dentre as principais pragas destacam-se: Broca da raquis foliar (Amerrhinus ynca); Broca do pedúnculo floral (Homalinotus coriaceus); Broca do olho do coqueiro (Rhynchophorus palmarum); Lagarta das folhas (Brassolis sophorae); Traça dos cocos novos (Hyalospila ptychis); Gorgulho dos frutos e flores (Parisoschoenus obesulus); Barata do coqueiro (Coraliomela brunnea, Mecistomela marginata) e Ácaro da necrose do coqueiro (Aceria guerreronis).
As doenças encontradas em cultivos de coqueiros apresentam maior ou menor importância dependendo da região, manejo cultural e da variedade cultivada. Destacam-se: Queima das folhas (Botryosphaeria cocogena); Lixa pequena (Phyllacora torrendiella); Lixa grande (Sphaerodothis acrocomiae), Helminthosporiose (Bipolaris sp); Murcha de fitomonas (Phythomonas sp.); Podridão seca (Agente causal desconhecido) e Anel vermelho, ocasionado pelo nematóide (Bursaphelenchus cocophilus).

Praga do Besouro
Para um bom manejo fitossanitário é de fundamental importância o monitoramento das plantas, sendo necessário o reconhecimento das principais pragas e doenças que atacam essas plantas.
O controle fitossanitário pode ser realizado com práticas manuais, culturais, mecânicas e químicas. Caso seja necessário, os produtos químicos somente deverão ser utilizados mediante orientação técnica para que não haja intoxicação ao trabalhador rural, contaminação dos frutos ou do meio ambiente.
Todos os esforços devem ser realizados no sentido de se buscar uma sustentabilidade da cadeia produtiva do coco através da implantação da Produção Integrada, onde a rastreabilidade do produto deverá ser implementada no processo de comercialização.

Colheita

Para coqueiros gigantes, em média são colhidos de 10 a 12 cachos por ano, com idade variando entre 11 e 12 meses, destinados à industrialização ou ao comércio de fruto seco com utilização na culinária. Nesta ocasião são realizadas as operações de limpeza nas plantas.
Para coqueiros anões, em média são colhidos 12 a 14 cachos por ano, com idade variando entre 6 e 8 meses, destinados ao consumo “in natura” da água de coco. Neste caso a colheita deverá ser processada com cuidado para não ocasionar danos aos frutos.
Na colheita, deve-se também, proceder a limpeza dos cachos, eliminando-se as ráquilas (rabicho do coco) para que não haja atritos com os frutos no transporte, evitando-se ferimentos e o escurecimento da casca do coco, que prejudicam a aparência do fruto, dificultando a comercialização.
Em plantas adultas, gigante ou anã, deve-se evitar subir nas plantas utilizando-se esporas. Este equipamento ocasiona ferimentos no tronco do coqueiro podendo inclusive transmitir doenças letais ao coqueiro, como no caso do anel vermelho. Recomenda-se o uso de peias de couro ou de nylon para esta operação.

Frajola

violeta-africana
Como você sabe, à medida que as plantas crescem, retiram do solo os nutrientes originalmente disponíveis. Consequentemente, para manter a saúde e mesmo o crescimento de suas violetas, você deve periodicamente fertilizá-las. Os três elementos químicos mais importantes para um crescimento saudável – nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) – são disponíveis nos fertilizantes industrializados.

Você pode comprar fertilizantes que sejam específicos para violetas africanas. Mas leia os rótulos para se certificar que tenha uma fórmula NPK de aproximadamente 10-10-5. Fertilizantes com nitrogênio demais (o N, primeiro número da fórmula), por exemplo, lhe dará plantas robustas e elegantes, porém quase sem floração.

Os fertilizantes comerciais vêm em forma líquida ou em grânulos. Os líquidos e muitas das formas granulares têm que ser diluídos em água. Entretanto, alguns fertilizantes granulares – ou paletizados – podem ser aplicados diretamente sobre o solo do vaso, e serão dissolvidos pela ação da água das regas. De novo leia atentamente os rótulos. É lá que você encontra este tipo de informação.

No que se refere à dosagem, melhor mesmo é usar um pouco menos do que os rótulos recomendam, para evitar qualquer possibilidade de queimar as plantas quimicamente. Fertilize suas violetas mais ou menos uma vez por mês durante a primavera, verão e outono, mas não o faça durante o Inverno.

Mas os fertilizantes orgânicos, como esterco animal, farinha de osso, farinha de sangue ou similares, podem e devem ser utilizados em alternância com os químicos. Mesmo aqueles especialmente formulados para violetas.

Em todo o caso, todas as vezes que for fertilizar, certifique-se de que o solo esteja úmido antes de fazer a adubação. A fertilização tem como objetivo ajudar as plantas, mas pode ser nociva se feita em ocasiões não apropriadas. Por exemplo, após a planta ter tido uma grande abertura de flores, deixe-a repousar; não a fertilize para tentar forçá-la a florir novamente logo em seguida. E nunca fertilize plantas doentes ou recém colocadas em vasos.

Como multiplicar
O método mais fácil de propagar violetas é o de enraizar folhas na água. Toma apenas alguns segundos e não precisa de qualquer equipamento especial. Você pode também dividir plantas multi-copadas através da separação das rosetas de folhas, plantando cada uma delas separadamente.

Outra forma de se conseguir novas plantas é a partir dos brotos de novas folhas que crescem abaixo da copa de uma planta mono-copada. E, é claro, você pode conseguir mais plantas através de enraizamento de folhas na sua mistura favorita de solo para vasos, vermiculita, perlita ou outro meio qualquer de enraizamento.

Se você for mais ambicioso e quiser um pouco mais de unidades, plante sementes e cultive os brotos até que se tornem uma planta adulta. Mais cedo ou mais tarde, você vai querer propagar suas plantas por hibridação. E aí, junto com a violeta, brotará a satisfação de saber que estas são suas plantas exclusivas.

Como regar
A água das regas de suas violetas deve estar na temperatura ambiente. A água muito fria, por exemplo, tem um efeito particularmente agressivo. As plantas podem responder a ela com o aparecimento de manchas nas folhas ou simplesmente se recusando a desenvolver novos botões.

A maneira mais fácil de conseguir água na temperatura ambiente, sem ter de usar termômetro, é colocar a água que será utilizada em um recipiente, e deixá-la durante a noite no mesmo local onde estão as plantas.

Fazer a administração de água pelo fundo colocando a água num pratinho e deixando a terra do vaso sugá-la por capilaridade é fácil e evita a possibilidade de jogar água na copa da planta. Entretanto, aguar por cima é perfeitamente viável, desde que se tome o cuidado de só molhar a terra.

Quando a água é puxada para a terra do vaso pela ação da capilaridade, os tais pratinhos, qualquer sal dissolvido na água (e também os fertilizantes), irão gradualmente concentrar-se no solo, a ponto de poder prejudicar até as raízes. Além disso, podem causar também o apodrecimento do caule.

A única: maneira de se livrar destes sais, antes que prejudiquem as suas violetas, é periodicamente “”lavá-los”" através de regas normais por cima do vaso, fazendo com que saiam com o excesso de água pelo furo de drenagem. Esta água drenada, naturalmente, deve ser jogada fora. Não esqueça portanto, do seguinte: se você costuma aguar suas violetas pelo fundo, através de pratinhos, uma rega mensal, por cima, é altamente recomendável.

Aguar por cima requer mais cuidado e paciência, pois não é muito fácil particularmente em se tratando de plantas adultas: colocar água apenas no solo, não deixando que respingue nas folhas. De qualquer modo, a operação pode se tornar um pouco mais fácil, se você usar um regador de bico longo e fino, ao invés de utilizar um regador comum.

Frequência de regas
É difícil estabelecer uma frequência de regas para os diferentes tipos de violetas. Em todo o caso, de uma maneira geral, vasos de 12 a 15 cm devem ser regados 3 vezes por semana quando em clima brando. Vasos menores necessitarão de água mais frequentemente. O mais importante na verdade é o seguinte: nunca permita que o solo fique encharcado. Mantenha- o apenas úmido.

Quando a superfície começa a parecer seca ao, toque, é hora de colocar mais água. Águas fortemente alcalinas (duras) não são boas para a maioria das violetas. Se onde você mora a gua tiver valores altos de dureza, esta condição pode ser aliviada pela adição de uma colher de sopa de vinagre para cada 4 litros de água. Utilize isto uma vez por mês no lugar da água comum. Este tratamento ajudará a reduzir a alcalinidade do solo do vaso.

Água tratada com cloro, como a maioria da água encanada das cidades brasileiras, definitivamente não é adequada para violetas. Com o passar do tempo, podem até mesmo ser fatais. Se você não tiver outro recurso de conseguir água pura, ferva a água clorada ou utilize água de chuva ou mineral.

Vasos “automáticos” que dão água às plantas sozinhos, são inovações importantes para o cultivador que mantém suas plantas dentro de casa. Os fabricantes destes recipientes oferecem vários modelos, mas basicamente a maioria das unidades funciona com uma mecha que puxa a água pela ação da capilaridade, através do orifício de drenagem do fundo do vaso. A medida que a água vai sendo consumida, adiciona-se mais água no reservatório e pronto. Realmente é muito prático.

pordosol

Sophronitis coccinea

Muitos orquidófilos cultivam orquídeas de porte pequeno por gosto ou por falta de espaço. O fato de serem miniaturas, não significa que não sejam belas. De fato, entre as pequenas, há flores de infinita graça e beleza.

Uma Sophronitis, por exemplo ,com flores de 5 cm e altura da planta da ordem de apenas 10 cm, para fins de julgamento, não é considerada uma micro-orquidea, pois elas devem ter flores de 1cm ou menos, mas pode figurar entre as miniaturas. Se uma Laleia purpurata tivesse as mesmas proporções entres a flor e altura da planta de uma Sophronitis, o tamanho da flor da Laleia purpurata seria de 40 cm, já que a planta atinge 80 cm. Cada colecionador terá que definir para si o tamanho máximo de suas miniaturas em termos de controle do espaço disponível. Se suas plantas tiverem altura máxima de 10 cm, num local de 1m2 poderão conviver cerca de 50 plantas. As flores poderão atingir 10 cm ou mais, como no caso de uma Masdevallia.

É possível o cultivo, com êxito, mesmo num apartamento, se for numa varanda ou lado de uma janela que receba uma boa iluminação, colocando uma tela de 70%, se a luz for direta.
Como a umidade atmosférica é muito baixa nesses locais, pode-se colocar as plantas sobre um prato contendo brita ou areia sempre molhada. A água que evapora manterá as plantas hidratadas.

Cuidado com vasos encharcados, pois as raízes tendem a apodrecer depois de algum tempo. Para resolver esse problema, alarde a planta lançar novas raízes, retire do vaso e fixe num tronquinho de madeira, envolvendo-a com um pouco de musgo antes de amarrar. Só então passe a molhar moderadamente todos os dias, principalmente nos dias mais quentes.

Na verdade, a frequência correta de rega é molhar toda vez que o musgo estiver seco. Molhe o musgo com o adubo liquido a cada 20 dias, durante o período que estiver em atividade vegetativa, ou seja, com pontinhas novas nas raízes.
Numa exceda na adubação, pois a planta poderá crescer e desenvolver-se bem mas sem floração.
Não use adubo contendo nitrogênio(N) em porcentagem maior que fósforo(P) ou potássio(K).
Por exemplo, 40-10-10 pois nesse caso diminui a possibilidade de floração.

Mini-orquídeas estão sujeitas a pragas e doenças, como qualquer outra planta. No caso de ataque por pulgão, cochonilha, rematóide, pode-se usar o óleo de Nim que é um produto natural, na dosagem de 10 ml por litro de água (1%). No caso de doenças fúngica, pode-se alternar Fosetyl a 2,5 g por litro d’água( fungicida sistêmico, ou seja, que circula pela seiva) e, após 20 dias, Captan 2,5 ml por litro d’água (fungicida de contato). Ambos são defensivos de baixa toxidade.
Seria uma medida a aplicação desses defensivos nas plantas que retornam de uma exposição e plantas recém adquiridas.

barrinha de frutinhas