Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Cultivos e Cuidados’

003
Flores

Continue a remover as flores murchas, ou secas das plantas que ainda estão florescendo nessa época. As espécies que fornecem florada no fim do outono e no inverno, como a azaléia, o bico-de-papagaio e o ciclâmen, exigem adubação e regas adequadas, à medida que se formam os botões. Se isso não for feito, perde-se o viço de plantas que deveriam assumir o papel de grande destaque do conjunto, numa época em que a maioria dos exemplares perde o vigor.

Dê uma atenção especial às espécies que apresentam sensibilidade à duração da luz solar e, em particular, àquelas que reagem ao encurtamento da duração dos dias, como o bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima). Para que você obtenha uma bela produção de brácteas coloridas, a planta deve receber, quatro horas diárias de sol. Sem essa quantidade, no outono o exemplar dificilmente tem condições de produzir tais brácteas.

Folhas
No que se refere ao cuidado com a folhagem, você pouco pode fazer. Além de continuar com a remoção de folhas mortas ou danificadas, aconselha-se cessar as pulverizações de água ou, pelo menos, reduzir bastante esse tratamento. A não ser que você tenha uma espécie que exija mais umidade, ou que haja aquecedores funcionando no ambiente, a maioria das plantas sofre muito com excesso de água nas folhas.

Pragas
Quando passa o auge da atividade das pragas, durante o verão, muitas delas iniciam uma fase em que a taxa de reprodução diminui, o que resulta num problema a menos para enfrentar. Mas não ignore a presença de qualquer praga, tomando as providências necessárias a seu combate, logo após localizá-las.

Os pulgões continuam a infestar as plantas durante o início da estação, de maneira particular quando se trata de um exemplar que flores já nessa época. No final do outono, no entanto, eles provavelmente desaparecem e só voltam a atacar na primavera.

Esteja especialmente preparado para controlar os ácaros vermelhos ao longo desses meses, pois eles se alimentam da seiva das plantas continuamente, embora numa taxa bem mais reduzida do que em pleno verão.

Outra praga que continua a preocupar é a mosca branca que mantém sua atividade e pode revelar-se de controle bastante difícil. Mas tanto essas moscas como o ácaro vermelho apenas se tornam problemas sérios no caso de o ambiente estar bem aquecido. As moscas brancas passam por vários estágios de desenvolvimento do ovo à larva e, finalmente, à idade adulta e não constitui uma tarefa fácil erradicá-las, mesmo porque só podem ser realmente eliminadas quando adultas. O controle dessa praga revela-se mais complicado durante o outono e o inverno, pois seu ciclo vital estende-se por um período maior, o que significa que você ter é de combatê-las com regularidade, a fim de retirar as moscas adultas assim que apareçam. Um controle atento dessas moscas no outono reduz a probabilidade de o problema continuar no inverno, infestando plantas como o bico-de-papagaio e outras que produzem sua florada nessa época.

Doenças
Preste muita atenção a qualquer sinal de podridão nas raízes ou nos caules, o que costuma acontecer nessa estação em virtude dos excessos de regas. Se ocorrer o apodrecimento dessas partes de uma planta, será necessário o uso de um fungicida apropriado.

Faça sempre a poda de folhas e flores murchas ou secas, uma vez que umas e outras transformam-se no meio ideal para a propagação de doenças como o mofo cinzento, que produz uma formação marrom-acinzentada e macia. Assim que tiver exaurido o alimento disponível no tecido morto, o fungo se multiplica rapidamente e passa a atacar os tecidos vivos e sadios, em especial os das plantas mais suscetíveis, como a violeta africana e o ciclâmen. Você deve ter sempre em mente que prevenir, nesses casos, é melhor do que remediar; por isso talvez seja mais indicado fazer um tratamento preventivo, com um bom fungicida, em vez de tentar salvar uma planta afetada.

As manchas na folhagem também podem se mostrar problemáticas no caso de a planta permanecer molhada ou ainda quando a atmosfera se revela muito úmida. Dê mais atenção aos cuidados regulares, o que com certeza diminuirá a probabilidade de riscos.

Cuidados Gerais de Combate à Pragas
O hábito de examinar o jardim diariamente converte o que seria trabalho em diversão, prazer muito mais intenso que a simples contemplação a distância: eis o segredo dos .jardineiros. Em inspeções matinais, você pode descobrir coisas maravilhosas: um botão que desabrocha, um novo brotinho que aparece num galho já ressequido. A cada dia há novidades.

O contato do jardineiro com as plantas é tão íntimo que alguns chegam a conversar com elas. Se não há prova definitiva de que as plantas se comunicam com as pessoas, é certamente seguro que elas têm sua maneira de responder-lhes: bem tratadas, tornam-se, radiantes e “”sabem”" também demonstrar quando algo anda errado: ficam abatidas, perdem o viço, as folhas murcham e o brilho da cor desaparece.

Dialogando ou não com as plantas, é importante que você “”sinta”" seus problemas. O crescimento irregular dos galhos desenvolvendo-se só de um lado indica que o vaso precisa ser virado, para que a parte menos desenvolvida receba mais luz. As folhas murchas e amarelecidas devem ser destacadas. Galhos muito fracos precisam ser podados para que cresçam mais fortes. As plantas que estão se avolumando muito, geralmente precisam de um vaso maior, e você deve certificar-se disso retirando-as do recipiente e examinando suas raízes. Se estiverem enroladas e ocupando todo o espaço, há necessidade de replantio.

Para a planta poder respirar com facilidade e evitar-se o aparecimento de pragas, as folhas necessitam de lavagem, quando se apresentam empoeiradas. Também a dosagem de fertilizantes deve ser avaliada em função do desenvolvimento de cada espécie. E, às vezes, pequenos detalhes, como uma ligeira diferença de drenagem no vaso, podem fazer com que a planta sofra carência de água ou fertilizantes.

E você deve lembrar-se de que elas estão sujeitas ao ataque de toda espécie de pragas, que sugam sua seiva e podem acabar matando-as. Combatê-las é tão importante quanto o carinho que você dedica às suas plantas.

O banho em água morna, efetuado a cada quinze dias, livra-a de muitos insetos, ovos de inseto e ácaros que prejudicam o desenvolvimento do vegetal. Além disso, a limpeza é fundamental para a boa aparência da planta.

Para banhar suas plantas, use uma mangueirinha e água morna. O jato de água deve ser firme, mas não muito forte. Lave os dois lados das folhas e os caules, tomando cuidado para não machucar pequenas folhas novas com a pressão forte da água. Plantas delicadas não devem ser lavadas com o jato da mangueira: mergulhe-as numa pia com água morna, segurando o vaso de forma a molhar apenas o vegetal. Plantas grandes, difíceis de remover, podem ser lavadas com o auxílio de uma esponja úmida.

O banho deve ser efetuado no período matinal, com água um pouquinho mais quente do que a temperatura do meio ambiente. Em seguida, a planta deve ser colocada para secar, num local que tenha boa circulação de ar, mas não exposto à luz direta do sol.

Combate às pragas
Banhos regulares acabam com a maioria dos insetos, mas há alguns mais tenazes. Os mais incômodos são geralmente aqueles que vêm junto com as plantas recém adquiridas. Por isso, convém isolá-las das outras por algumas semanas, cuidando particularmente de sua limpeza.

Se os pulgões, insetos que frequentemente atacam as plantas, resistirem aos banhos em água corrente, mergulhe as folhas e caules da planta numa bacia com água morna e sabonete (deixe o sabonete derreter previamente na água, e nunca use detergente). Sacuda a planta depois de retirá-la da imersão e enxaguá-la com água morna corrente. Em casos mais graves, pulverize a planta com inseticida adequado às plantas e específicos para o inseto encontrado.

Os pulgões lanosos podem ser removidos com um chumaço de algodão embebido em álcool Ou combatidos com malathion, nos casos mais graves.

Antes de usar qualquer inseticida leia com atenção as instruções da embalagem. Assegure-se de que o tipo escolhido é o ideal para as suas plantas e, se ele for tóxico, faça a aplicaçõo em loca bem ventilado, protegendo a mãos e o rosto.

jar

outono
Nem sempre é fácil detectar o momento em que acaba o verão e começa o outono. Mesmo em regiões de clima temperado, a exemplo do sul do Brasil, onde as estações do ano são bem definidas, muitas vezes as plantas é que fornecem os indícios da chegada da nova estação. Algumas, inclusive, tornam-se atraentes com suas folhas avermelhadas que, pouco a pouco, é medida que a estação avança, cedem lugar aos galhos desnudos.

No entanto, essa época revela-se uma das mais críticas para seus exemplares, uma vez que nela se inicia um processo de redução das atividades vegetativas, que atinge seu auge nos meses de inverno. Por isso, a planta exige cuidados especiais.

Regas
Com exceção das plantas que florescem no meio do ano, a quantidade de água que os exemplares exigem vai diminuindo, até chegar a um mínimo. Preste muita atenção a cada espécie e passe a regar menos, sem se esquecer de nenhuma de suas plantas. à medida que a temperatura cai, automaticamente decresce o volume de água requerido pelas plantas. Tenha cuidado para não regar em demasia, procedimento que pode ter como consequência danos tanto para raízes como para caules.

Adubação
Diminua a adubação para a maioria dos exemplares a partir do final de março, pois a taxa de crescimento se desacelera e as necessidades de nutrientes decaem. A aplicação de fertilizantes nesse período pode resultar em acúmulo de nutrientes no composto. A presença excessiva de sais acaba prejudicando o sistema radicular e pode inclusive levar a planta à morte.

Os fertilizantes de liberação gradual constituem uma boa solução para os meses de outono. A liberação dos nutrientes depende tanto da temperatura como da umidade do meio (solo). Se a temperatura cai e você fornece menos água para as plantas, da mesma forma a quantidade de fertilizante liberada reduz-se automaticamente. No entanto, em geral a maioria das espécies começa a se preparar para uma condição quase dormente, apresentando pouco ou nenhum sinal de crescimento, o que dispensa qualquer tipo de adubação.

Lembre-se de que existem algumas exceções que incluem o bico-de-papagaio, azaléia e o ciclame, cujo florescimento ocorre no fim do outono e até no inverno. Portanto, essas plantas requerem nutrientes como o nitrogênio, o fósforo e o potássio, sendo esse último imprescindível para uma florada bem desenvolvida e viçosa.

Reenvasamento
Desaconselha-se qualquer tipo de replantio no outono. O choque pode danificar a planta e até matá-la.

Temperatura
Em regiões de inverno rigoroso, torna-se muito importante manter a temperatura estável e constante, para que as plantas se aclimatem, aos poucos, às condições mais frias. As variações súbitas de temperatura podem causar sérios danos às plantas, em especial quando o tempo muda de forma brusca, de um dia de calor violento para uma noite fria, com geadas pela manhã.

Temperaturas baixas, repentinas, associadas a um composto molhado, produzem resultados desastrosos nessa estação. Tenha o cuidado de também evitar as correntezas de ar.

flor201

cacto
As cactáceas figuram entre as plantas de cultivo mais fácil e fornecem belíssimas floradas. Apresentam formatos incríveis e exóticos: finas colunas cobertas de fios sedosos, gordas barricas cravejadas de espinhos, rosetas carnosas e desenhos de estrelas. Plantas curiosas, os cactos podem produzir floradas tão delicadas, que parecem artificiais naqueles exemplares grosseiros, em especial nas espécies que têm o caule recoberto por espinhos pontiagudos.

A maioria das cactáceas suporta a privação de água ou fertilizante por longos períodos, sobrevivendo mesmo quando nos esquecemos um pouco delas. Por isso, criou-se a imagem de que essas plantas vicejam melhor quando negligenciadas, o que não corresponde à verdade.

Dois tipos de cacto
Os cactos pertencem ao grupo das plantas suculentas. Sua principal característica consiste em terem conseguido adaptar-se às condições mais hostis, nas quais outras plantas não sobrevivem. Podem, por exemplo, suportar variações extremas de temperatura e passar muito tempo sem água. A estrutura de suas folhas, dos caules e das raízes desenvolveu-se para armazenar água, fato que possibilita à planta sobreviver a longos períodos de seca.

O que diferencia as cactáceas das outras suculentas são os espinhos e as flores, que nascem nas aréolas compridas ou arredondadas. Quase todas as espécies de cactáceas originam-se das Américas e seu habitat natural são os desertos e as florestas úmidas.

Cactos de deserto: adaptaram seu desenvolvimento para suportar um sol tórrido e um ambiente seco, durante o dia, e sobreviver às noites de temperatura gelada e ao pesado orvalho. Exemplos desse tipo são a Mammillaria e a Opuntia, cujos aspectos já definem sua origem. A maioria das cactáceas do deserto tem formato arredondado ou cilíndrico, apresentando massas de espinhos de ponta aguçada ou curvada. Botanicamente, esses espinhos constituem-se de folhas modificadas para enfrentar as condições áridas; finos e rijos, não permitem a perda de água da planta.

Cactos de floresta: (também conhecidos como cactos de selva) – vegetam, em condições diametralmente opostas, sobre a rica camada de detritos que existe nas florestas úmidas das Américas. Apresentam um formato mais achata do que os de deserto e alguns produzem ramos pendentes. A Schlumbergera truncata e a Rhipsalidopsis gaertneri tornaram-se plantas muito populares, bem adaptadas ao cultivo em interiores, fornecendo uma bela floração.

Um dos cactos de floresta mais exuberantes consiste na Epiphyllum. Sem as flores, a planta quase não apresenta apelos, mas quando a florada desabrocha você recebe a recompensa por ter cuidado dela com carinho. As flores surgem em grande quantidade ao mesmo tempo e as peças assumem colorido vivo e formato tubular, cada uma com cerca de 15 cm de diâmetro. Foram desenvolvidos vários híbridos, sendo que os de flores brancas exalam um suave aroma.

_orquidea_sofronite

laelia lucasiana
As orquídeas vegetam, nos mais diversos ambientes, desde as regiões mais frias, até as mais quentes; das mais secas, as mais úmidas; das baixas altitudes, até as mais altas, etc. Então é necessário frisar, que não poderemos ter em cultura, num mesmo local, todas as orquídeas, que ocorrem em diversos ambientes da face da Terra, pois seria muito dispendioso tentar simular todas essas condições.

Os seus hábitos de vida são os mais diversos, como:
1) terrestres – vegetam no solo;

2) saprófitas ou humícolas – vegetando no material orgânico em decomposição existente sobre o solo das florestas, não possuem clorofila e suas folhas são escamiformes;

3) subterrâneas – caso extremo de adaptação de plantas saprófitas, que ocorrem no subsolo, não possuindo folhas, nem clorofila; ocorrendo apenas, no Continente Australiano;

4) rupícolas ou saxícolas – entre pedras ou sobre rochedos, a pleno sol ou abrigadas da luz direta; quando apresentam velame nas raízes podem ser consideradas também como pseudoterrestres, pois essa estrutura especializada para a absorção de água, é característica das epífitas;

5) epífitas – possuem o velame, uma estrutura da exoderme da raiz, especializada para a absorção de água do ar, ou da chuva, com alta eficiência; vegetam sobre as árvores e os arbustos, usando-os apenas como hospedeiros, sem os parasitar.

Quanto às exigências de luz são classificadas, como:
Umbrófila – que cresce totalmente na sombra, geralmente são àquelas plantas do tipo de metabolismo C3.
A seguir um representação do metabolismo C3 .
Semi-umbrófila – que cresce totalmente na semi-sombra, geralmente são àquelas plantas do tipo de metabolismo C3.
Semi-heliófila – que cresce no semi-sol, geralmente constituídas por àquelas plantas do tipo de metabolismo CAM, que fixam o gás carbônico no período noturno.
Heliófila – que cresce a pleno sol, geralmente são àquelas plantas do tipo de metabolismo CAM, que fixam o gás carbônico no período noturno. Essa adaptação é importantíssima para essas plantas, pois permite a conservação da água, em condições extremas de exposição solar, sem que seja necessária a planta abrir os estômatos para absorver o gás carbônico, nas horas mais quentes do dia.

Ambientação
É necessário reconstituir no orquidário, as condições mais naturais possíveis, tentando imitar o ambiente em que o espécime vivia no campo, ou aquele (s) característico (s) do gênero ou da espécie, já amplamente conhecidos entre os orquidófilos.

Introdução ds plantas no orquidároi
Cada espécime introduzido no orquidário deverá ter obrigatoriamente uma etiqueta (de alumínio, ou plástico) onde será colocado um número, que será o correspondente, ao de um livro de registro, com entrada seqüencial; nele será anotada a procedência - de orquidário comercial, doação de amigos ou da natureza, o que deverá ser evitado e, quando feita, com a permissão do órgão competente e, da maneira mais criteriosa possível; caso as plantas estejam floridas na época obtenção das mesmas, seria interessante anotar os seguintes dados adicionais: época da floração, da brotação, forma e coloração das flores, data do plantio, tipo de vaso e que material empregado, entre outros; todos esses dados pertinentes a(s) espécie (s) poderão ser organizados em um banco de dados e armazenados em um computador, onde poderão ser facilmente recuperados, à medida que for aumentando o número de plantas, dessa forma, facilitando o controle e os respectivos tratos culturais.

Limpeza das plantas
Todo o cuidado deverá ser tomado para não se introduzir doenças e pragas no orquidário; para tal deveremos verificar se o exemplar possui raízes e pseudobulbos velhos ou excessivamente danificados, que deverão ser eliminados com uma tesoura de poda esterilizada; em seguida, as folhas deverão ser limpas com uma esponja delicada e os pseudobulbos e rizomas, com uma escovinha macia (escova de dente); este procedimento eliminará a maioria das algas, liquens e musgos, que geralmente cobrem a sua superfície, e que podem a vir prejudicar a absorção da luz para o processo fotossintético e, conseqüentemente, o seu crescimento; pode-se usar sabão de coco, ou detergente biodegradável neutro, nessa limpeza, exceto para aquelas orquídeas de folhas finas, as quais poderiam ser machucadas pelas cerdas da escova.

Desinfecção das plantas
Posteriormente, as plantas deverão ser borrifadas com uma solução, contendo um fungicida de contato ou sistêmico (absorvido pela planta) e, por um inseticida, com as mesmas características; desse modo evita-se a contaminação das demais plantas do orquidário, por pragas, que porventura esteja(m) presentes no(s) exemplar(es) a serem introduzidos na coleção.

Geralmente esses produtos são muito tóxicos, portanto é muito importante seguir as recomendações do responsável técnico da loja onde for comprado o produto e a do fabricante, para evitar possíveis danos à própria saúde e ao meio ambiente.

Normalmente a adição de um espalhante adesivo a qualquer solução, seja de defensivo agrícola, ou a fertilizante, aumenta a superfície de contato com a planta, e retém por maior tempo as substâncias, maximizando o seu emprego. Quando for fazer adubação ou aplicar inseticida, é imprescindível a utilização do espalhante adesivo, consorciado com um fungicida de contato ou sistêmico, para evitar a formação de fungos nas folhas. É importante, a cada 15 dias, alternar a utilização de produtos, de marca e ação diferentes, evitando-se assim, oportunizar o aparecimento de insetos ou fungos resistentes.

Finalmente a planta recém obtida deverá ficar de “quarentena”, sob observação, por um período de mais ou menos uns 30 dias, antes de se incorporada ao orquidário, pois dessa forma evita-se a contaminação das demais plantas, o que pode, às vezes, ser catastrófico.

Adubação
Caso tenha sido reenvasada a planta ou suprimida sua raiz velha, durante o período, em que ainda não se formaram as novas raízes, a adubação deverá ser a foliar, a cada dez dias, aproximadamente, na dosagem recomendada pelo fabricante ou em dosagem homeopática; eu, geralmente, só faço a adubação foliar, pois dessa forma, evita-se o apodrecimento precoce do substrato, entretanto, pode-se usar simultaneamente no substrato do vaso, a cada 4 meses, uma pitada de torta de mamona com farinha de osso, afastado das raízes, ou estrume de galinha seco em pó, para não queimá-las.

Fertilizantes
Utiliza-se os próprios para orquídeas, como o Peters ou o Ouro Verde. Aplicar cerca de 1-2 gramas, por litro de água, a cada doze dias. Molhar bastante as folhas e o substrato com o fertilizante, e no dia seguinte não irrigar. Recomendam-se a utilização para crescimento geral as fórmulas de N.P.K. (18-18-18), (20-20-20) ou (30-10-20), aproximadamente, na dosagem recomendada pelo fabricante ou em dosagem homeopática. Adubos orgânicos também podem ser utilizados, mas eles têm o inconveniente de apodrecer precocemente o substrato.

Esses produtos podem queimar as folhas e pseudobulbos das plantas, em que forem empregados, podendo, em casos extremos, quando utilizados de forma errônea, até matá-las, portanto, é muito importante seguir as recomendações do fabricante do produto.

Vasos e Substratos
As orquídeas das Campinas desenvolvem-se sobre árvores em galhos verticais ou inclinados, que retém pouca água, ou no solo, com boa drenagem, que retém a água das chuvas durante pouco tempo e permanecem quase secas durante a maior parte do ano. Daí deve-se escolher uma combinação de vaso e substrato que atenda às necessidades de drenagem a retenção de nutrientes.

Os vasos de barro absorvem o excesso de umidade, não deixando os substratos ficarem encharcados. Desvantagem: crescimento de algas nas paredes, necessitando limpeza a cada seis meses com escova, pois prejudicam a drenagem e abafam as raízes. Adotamos os vasos com as seguintes especificações:

O vaso “A” destina-se a “seedlings” ou microorquídeas. Os vasos plásticos têm dado bons resultados para orquídeas de modo geral, mas principalmente para as orquídeas do gênero Catasetum L.C. Rich., e afins. As suas maiores vantagens é a fácil limpeza e, o fato de que as raízes, não grudam em sua parede, o que facilita o transplante, sem danos ao sistema radicular. São de formato cônico convencional, mas não há disponíveis no comércio com furos, cuja execução fica a cargo do orquidófilo, o que não apresenta maiores dificuldades.

Para uma melhor ventilação e drenagem, os vasos podem ser suspensos com arame, e para tal é necessário que tenham três furos próximos a boca, simetricamente dispostos.
No fundo do vaso devem ser colocados cacos de cerâmica (de telhas, tijolos ou de vasos), até mais ou menos 1/3 da altura do mesmo; dispõe-se o substrato desfibrado, de preferência com as fibras no sentido vertical, comprimindo-o, mas não em excesso.
Pode-se também encher o vaso apenas com cinasita, ou misturá-la com pedaços de carvão ou de isopor e cavacos de madeira. Nunca encher o vaso até a borda ou acima dela com o substrato, para evitar que os adubos, a água da rega e outros venham extravasar.

O uso de placas, estacas de xaxim, de coco prensado, ou troncos de árvores, torna mais fácil o plantio e, é a melhor opção para as plantas cujo rizoma não se desenvolve horizontalmente. Em condições naturais muitas orquídeas formam grandes touceiras em galhos, que estão em posição horizontal, ou em suas forquilhas. O uso de placa e ou tronco em posição horizontal, simula aquela condição, e é muito econômico porque esses dois substratos comportam muitas plantas, mas dificulta seu transporte, por exemplo, para uma exposição.

O uso de árvores vivas de Dracena ou de Cuieira, quando disponíveis, é excelente, pois essas plantas possuem propriedades de casca e nutrientes, ideais para o cultivo de orquídeas. Entretanto o cultivo em substrato vivo exige maior vigilância contra pragas e animais domésticos, já que não podem ser protegidas por telas ou deslocadas.
A escolha do vaso e substrato apropriados depende de experiência, pois varia conforme o hábito de cada espécie. Não se deve utilizar vasos demasiadamente grandes em relação a planta, pois o substrato estará podre até a planta ocupá-lo totalmente. Dessa forma pode-se economizar espaço e substrato no orquidário. Pode-se ainda combinar o uso de uma placa inclinada ou um espeto vertical em um vaso, para certas plantas que tem hábito escandente.
Plantio – escolhido o vaso e substratos adequados, procede-se o plantio da orquídea observando-se as seguintes regras:

- deixar o pseudobulbo posterior (mais velho) encostado na borda do vaso, com a guia (broto ou pseudobulbo mais novo) dirigida para o centro do vaso;

- não cobrir o rizoma com substrato; deixá-lo apenas encostado, e se necessário firmá-lo com uma vareta, traspassando os furos laterais;

- amparar a planta com um tutor (de bambu ou arame), orientando os pseudobulbos na posição vertical, para melhor aspecto e harmonia; não torcê-los demais;

- às vezes é necessário posicionar gradualmente os pseudobulbos, fixando-os com fio (utilizamos fio de ráfia) e tracionando-os de duas em duas semanas até a posição desejada. Após alguns meses as escoras e fios podem ser retirados, na maioria das vezes, depois do enraizamento.

modos de plantio

Re-envazamento: A cada 12-18 meses deve-se trocar o substrato do vaso de barro ou plástico, caso esse seja constituído de material fibroso.

chuvas