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Posts para categoria ‘Cultivos e Cuidados’

Flores - hidroponia

Além da aplicação na agricultura, principalmente na produção de hortaliças e alguns frutos, a hidroponia  também pode ser utilizada no cultivo de flores tanto ornamentais quanto comestíveis. Plantar diretamente no solo é a alternativa mais barata, mas fatores de risco como contaminação do solo, condições climáticas (já que a hidroponia é melhor aplicada em ambientes com luminosidade e temperatura controladas, como em estufas) e pragas podem impedir que algumas regiões possam dedicar-se ao cultivo de flores.

O cultivo de flores hidropônicas precisa ser feito em substratos inertes que suportem tanto o crescimento radicular quanto a posição em que as flores ficarão. Embora algumas espécies de flores suportem o plantio em uma solução de água e nutrientes, o ideal para o desenvolvimento de uma planta visualmente bonita e saudável são os substratos inertes sólidos.

Um dos principais benefícios do cultivo hidropônico de flores é o controle de pragas e fungos, graças à adubação e à nutrição criteriosas que a técnica exige. Graças a essa harmonia, a produção das flores pode ter grande estabilidade.

Os principais substratos inertes existentes são a casca de arroz carbonizada, muito usada na produção de gérberas (Gerbera hybrida); a fibra de coco, para gérberas e rosas (Rosa spp); o saibro – mistura de argila e areia – , para bromélias (Bromeliaceae); lã de rocha, obtida de rochas vulcânicas, para cravos (Dianthus caryophyllus); a brita, para orquídeas (Orchidaceae).

O mais utilizado para uso industrial e que rapidamente vem se difundindo para vasos hidropônicos caseiros é a espuma fenólica, por ser uma material que permite a germinação da semente sem que ela se contamine, além de permitir o perfeito enraizamento e a retenção de água aliada à boa ventilação. É preciso ter cuidado com o pH da espuma; é preciso corrigir a acidez do substrato artificial. Se a placa for fina, basta que se lave em água corrente; se a placa for grossa, usa-se os tradicionais elevadores de pH, diluindo-o em água e deixando a espuma de molho até que o pH fique em torno da neutralidade – 6,5.

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O contato com a Natureza é fonte de inspiração, transcende criatividade e faz tidas as formas de contagem de tempo utilizadas pelo ser humano percam o sentido. E é exatamente nessa ânsia, às vezes inconsciente, que o homem procura seu bem estar com a ajuda das plantas, levando para casa toda a sua ama de cores, formas e aromas.

Para que todo esse encanto exista na hora de dedicar-se às fores, o jardineiro, amador ou profissional, precisa ficar atento a alguns detalhes importantes ao reunir características estéticas e funcionais em seu jardim. Seja em casas de campo ou dentro do apartamento, as plantas são delicadas demais para ficar em qualquer espaço, suscetíveis a intempéries. Se o objetivo é criar um belo terreno com segurança, é preciso projetá-lo adequadamente para que as flores tenham suas necessidades preenchidas, criando-se uma perspectiva semelhante à mata virgem onde vegetam.

O primeiro cuidado deve ser tomado no momento da escolha da planta, ou seja, deve-se saber escolher aquela que atende às limitações do espaço. Isso inclui umidade, temperatura, ventilação e iluminação presentes no ambiente. A partir disso, é só casar as exigências da flor com as características do local.

Também cabe ao paisagista ou jardineiro identificar que tipo de planta se ajusta melhor à personalidade do cultivador. Devemos lembrar que as consideradas exóticas exigem uma atenção maior, pois estão mais vulneráveis às pragas e doenças.

As plantas perenes, como o heliotrópio, são ideais para os desatentos, pois não exigem atenção assídua. Além dessas, existem as herbáceas anuais e bianuais. As anuais completam seu ciclo vegetativo e reprodutivo no decorrer de uma das estações do ano. Já as bianuais são espécies que ultrapassam quatro ou mais estações, alcançando, no máximo, dois anos de vida.

De acordo com a iluminação de que necessitam, elas são classificadas como sol pleno, meia-sombra e sombra. A primeira precisa de luz direta (de face norte), com insolação mínima de cinco horas diárias. As plantas de meia-sombra devem receber luz direta somente até 10 horas, ou distantes até 1,5 m da janela. E as de sombra ficam em uma área entre 1,5 a 2 m da fonte de luz.

Para saber se a planta está recebendo a dosagem correta de iluminação, observe o seu desenvolvimento, Se verificar um crescimento exagerado do caule em direção à fonte de luz, a planta está querendo mais luminosidade em sua face menos desenvolvida. Caso as folhas estejam amareladas e fracas, aproxime-a da janela. Para interiores, vale a dica de girar o vaso periodicamente para que a planta se desenvolva por igual.

Como a iluminação na casa muda durante o dia e o ano, é preciso, inicialmente, identificar o chamado” mapa da sombra”, ou seja, a parir dos pontos cardeais, as plantas adaptadas conforme as suas exigências no interior ou exterior da residência.

Ao leste, a alta incidência de luz solar e umidade e temperatura amenas são características próprias para folhagens e plantas delicadas, como o antúrio e o exacum. Enquanto isso, no ponto oeste, devido ao calor, a planta evapora mais, deixando o solo pouco úmido. Azaléias, primaveras e rosas se adaptam bem a essas condições.

A área mais privilegiada é o norte, pois mesmo durante o Inverno, recebe luz solar e mantém a umidade no ambiente. O mesmo não acontece no sul no qual, por ser sombrio, frio e úmido, apenas plantas muito resistentes como a gardênia e a primavera, conseguem obter um crescimento vigoroso.

A temperatura ambiente é outro fator a ser observado caso queira ter sucesso na carreira de jardineiro. Dentro de casa, deve-se tomar proveito do fato de as plantas estarem abrigadas do frio e dos ventos, mas não abuse. O Brasil é um país tropical cujo clima, quando excessivamente quente, pode prejudicar a vegetação.

Atente-se às temperaturas noturnas e respeite o ciclo das flores. A maioria delas repousa durante o Inverno para florescer na Primavera, quando o sol está mais presente, os dias são mais longos e temperaturas agradáveis.

Ligada ao termômetro está a questão da umidade. As espécies são diferentes também na capacidade de retenção de água. Por esse motivo, uma boa dica é o reconhecimento do ambiente de origem da planta. No caso das plantas de zonas tropicais, onde as temperaturas estão entre médias e altas, e a umidade, principalmente no Verão é grande, prefira locais com grande incidência de luz solar e mantenha regas frequentes. As plantas que vêm de regiões subtropicais, a irrigação pode ser espaçada, ocorrendo quando a terra estiver seca. Para todas, as regas dem diminuir um terço durante o Outono e o Inverno.

Em geral, a ventilação no ambiente não é um bom sinal. Além de derrubar as folhas e flores das plantas mais delicadas, desidrata a terra (por acelerar a evaporação da água) e auxilia no aparecimento de fungos e bactérias, Apenas as mais resistentes como a alamanda, podem ficar à mercê da circulação de ventos.

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Nome Popular: Dinheiro-em-penca, dinheirinho, tostão, mosquitinho
Família: Commelinaceae
Origem: América Tropical
Ciclo de Vida: Perene

O dinheiro-em-penca é uma planta perene, rasteira, de pequeno porte, em média essa herbácea tem de 5 a 10 cm de altura. Ela apresenta folhagem densa, formada por caule ramificado, filamentoso e comprido, de coloração arroxeada e numerosas folhas cerosas, delicadas, pequenas e verde-arroxeadas, com a página inferior roxa com grande valor ornamental.

As flores do dinheiro-em-penca são brancas e pequenas e de pouca importância ornamental.
Usada principalmente como forração, sua textura fina e delicada é muito valorizada. Seu plantio é especialmente indicado entre as rochas e em locais úmidos.

Também é apropriada para jardineiras, floreiras ou arandelas, de forma que seus ramos pendentes podem ser melhor apreciados.

Sua popularização é crescente devido a lendas de trazer muita sorte e dinheiro para a pessoa que ganhar de presente um vaso com a muda da planta.

Deve ser mantida em local bem iluminado, porém a meia-sombra, em solo fértil, leve, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Não tolera o frio, ventos fortes ou pisoteio.

O cultivo sob sol pleno torna a planta excessivamente avermelhada e queima as folhas. Já sob sombra, ela perde o aspecto denso, crescendo com entrenós mais compridos.

Aprecia adubações mensais na primavera e verão. Deve ser irrigada periodicamente. Seu solo deve ser mantido úmido, porém não encharcado. Pouco resistente a baixas temperaturas. Não toleram geadas.

Multiplica-se facilmente por divisão da ramagem enraizada ou estaquia.

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Originária das Américas Central e do Sul, principalmente nas florestas tropicais, mas com espécies encontradas na mata atlântica, caatinga e regiões serranas, a bromélia (família botânica Bromeliaceae) tem valor  ornamental reconhecido há muito tempo. Existem mais de 1400 espécies, mas algumas estiveram perigosamente próximas da extinção graças ao extrativismo sem controle. Felizmente foram desenvolvidas técnicas de reprodução por sementes que deixaram as espécies nativas em paz.

alcantarea_imperialis rubra Bromélia-imperial (Alcantarea imperialis). Espécie rupícola.

Por serem vistas penduradas em árvores, as bromélias são vistas por alguns como planta parasita. Pois não são; elas apenas usam os troncos como apoio. A bromélia é chamada de planta epífita por conta desta característica. Há espécies rupícolas ou litófitas, que crescem sobre pedras ou rochas. Muitas bromélias não possuem caules ou os tem em pequeno porte e contam com raízes frágeis.

CryptanthusBromélia “Cryptanthus”

Bromélias adquirem o alimento através do ar, por isso ao serem plantadas no chão desenvolvem-se rapidamente por absorverem com maior eficácia os nutrientes.
O centro das plantas, que alguns chamam de “tanque”, retém água para o sustento; por isso, nas campanhas de combate à dengue, os agentes de saúde pedem cuidado extra com as bromélias.

Tillandsia strictaCravo-do-mato (Tillandsia stricta). Espécie epífita.

As folhas lanceoladas geralmente são coriáceas ou carnosas, com grande quantidade de fibras. As cores variam de acordo com a espécie; podem ser verdes, variegadas, arroxeadas, avermelhadas, dependendo inclusive do hibridismo. Muitas espécies possuem flores protegidas por brácteas coloridas; estas flores possuem os órgãos masculino e feminino no mesmo receptáculo.

Por serem plantas eminentemente tropicais, são perfeitas em climas quentes e úmidos; algumas bromélias oriundas de regiões serranas toleram geadas leves. O substrato ideal para o cultivo de bromélias é leve, altamente drenável e com pH perto da neutralidade (recomenda-se entre 5,8 e 7). Muito cuidado com a adubação: deve se evitar o excesso de alguns nutrientes, como o fósforo e o boro; o adubo será mais eficiente se renovado na Primavera, com reforço foliar leve se necessário. Bromélias vindas de florestas tropicais e de mata atlântica apreciam meia-sombra com pequenos períodos a sol pleno; as coloridas preferem sol pleno sem excessos.

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