Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts para categoria ‘Cercas Vivas e Arbustos’

Clerodendro roxo cotonete Clerodendrum quadriloculare mudas 2

O clorodendro cotonete pertence à família das Lamiaceae, sendo uma das quase 150 espécies do gênero Clerodendrum.

Etimologicamente seu nome deriva do grego klero, que significa “acaso” ou “destino”, e dendron, que significa “árvore”. Também é conhecido pelos nomes flor-cotonete, chuva-de-fogo, fogos-de-artifício, chuva-de-estrelas, estrela-cadente e árvore-do-cotonete.

É bastante frequente sua presença nas matas e beiras de estrada nas regiões de origem, tendo se tornado invasora em outros países onde foi introduzida. Como sua dispersão por sementes, brotos e rebentos das raízes é intensa, acabam colonizando grandes espaços.

Não é o caso aqui no Brasil, onde encanta graças ao colorido da folhagem e à sua curiosa florada que lembra cotonetes quando as pétalas ainda não se abriram totalmente.

O clerodendro-cotonete é uma planta arbustiva, semilenhosa, de folhagem e florescimento ornamental. Pode ser perenifólia a semidecídua, dependendo das condições climáticas de onde é cultivada. É nativa das Filipinas e da Nova Guiné.

Seu caule é ramificado desde a base, ereto e capaz de atingir 6 m de altura, porém normalmente não ultrapassa os 3 m.

Suas folhas são grandes, opostas, lanceoladas, elípticas a oblongas, pubescentes, com nervuras bem marcadas e margens irregularmente denteadas.

Tem uma característica marcante das folhas que é a página superior verde-escura a azulada, e a página inferior arroxeada, o que deixa a planta atraente mesmo quando está sem flores.

Sua inflorescência aparece na primavera e desponta em terminais do tipo panícula. É densa, com numerosas flores tubulares e longas. Apresenta cinco pétalas recurvadas quando abertas, que revelam os estames.

Tem cálice vermelho e a corola varia de rósea a branca. Os frutos são drupas elipsóides de cor violácea, com quatro lóculos, o que lhe rendeu o nome botânico quadriloculare.

Embora pouco utilizada no paisagismo, pode ser usada isoladamente, como ponto focal, ou em grupos e renques. Também pode ser usada como cerca-viva, oferecendo privacidade à propriedade.

Sua folhagem escura pode servir como pano de fundo para espécies menores e de cores mais claras. É uma floração que atrai visitantes graciosos como borboletas e beija-flores.

Caso seja usada como arvoreta, é interessante para compor calçadas, mas também é indicada para plantio em vasos amplos, decorando pátios, varandas, entre outros.

Clerodendro-Cotonete

Cultivo
Rústica, não exige muita manutenção. Geralmente se resume à remoção das novas mudas que surgem a partir das raízes e podas anuais, realizadas após o término da floração. Através de podas, pode-se manter e estimular o comportamento arbustivo e o adensamento da planta.

Dependendo da região pode tornar-se uma planta incômoda em pouco tempo por conta do grande número de brotações das raízes que formam amplas colônias, ultrapassando os limites dos canteiros.
Solo: o solo para plantio de clerodendro-cotonete deve ser fértil, rico em matéria orgânica e enriquecido com farinha de osso, bem drenável;

Clima: aprecia o calor e a umidade tropicais. Durante as geadas ou o frio intenso, a planta pode perder todas as folhas e eventuais botões;

Rega: as regas devem ser realizadas com frequência durante o pegamento da planta, mantendo o solo sempre úmido mas evitando o encharcamento. Após o pleno estabelecimento da planta, se torna resistente a curtos períodos de estiagem ou chuvas intensas;

Luz: é importante que seja cultivada exposta em pleno sol ou à meia-sombra;

Poda: pode-se remover as novas mudas que surgem a partir das raízes ou conduzir como uma arvoreta, removendo brotações laterais à medida que for crescendo ou realizar podas anuais, sempre após o término da floração.

Fertilizar na primavera-verão com NPK 04-14-08, seguindo a orientação do fabricante. Multiplica-se por sementes, mas mais comumente por separação dos brotos que surgem espontaneamente em torno da planta-mãe.

Clerodendrum quadriloculare

Dicas de como plantar
Adubo para Plantio
Na aplicação direto no solo, independente da espécie, recomenda-se usar 200 gramas para cada um metro quadrado. Se for aplicar o adubo misturado na terra para um vaso ou jardineira, a dose é de 5 gramas para cada um litro de terra.

Quando a aplicação é na cova de plantio recomenda-se a dosagem conforme o tamanho da cova: 30×30x30 cm, 150 gramas; 40×40x40 cm, 300 gramas; 60×60x60 cm, 1 quilo; e cova de 80×80x80, 2,5 quilos do adubo. Espalhar sobre a terra e regar em seguida, ou misturar o produto junto da terra/solo de plantio, revolvendo-a para que o adubo se misture bem.

Manutenção
Para plantas em vasos, jardineiras e forrações a recomendação é diluir 10 gramas em 1 litro de água e regar. E para flores em canteiros no solo recomenda-se 50 gramas (1 copo plástico de café) para cada 1 metro quadrado.

Para vasos, jardineiras e forrações a frequência é semanal. E para os canteiros de flores a aplicação é a cada 15 dias.

agua xzO

Polygala myrtifolia (Small)

O Arbusto-borboleta, também conhecido como Ervilha-doce, é um arbusto pertencente à família das Polygalaceae. Nativo da África do Sul, atualmente pode ser encontrado em especial no arquipélago da Madeira e em áreas de climas quentes.

Com ciclo de vida perene, tem crescimento é rápido, resistente e se adapta em diversos tipos de jardim. Costuma crescer em torno de 0,6 a 1,8 m de altura livremente, contudo, seu porte pode ser modificado mediante uma poda adequada. Esse gênero

contém cerca de 360 espécies e conta com ampla distribuição nos trópicos e zonas temperadas.

O Arbusto-borboleta tem um nome interessante: em grego, poly significa “muito”, e gala, “leite”. Por outra lado, em latim, myrti é “mirtilos”, e folia, “folhas”.

Dessa forma, já tem-se uma ideia de como é esta planta: tem uma seiva leitosa e as suas folhas são similares às do mirtilo, embora sua característica mais chamativa sejam as flores de cor malva ou roxa.

Esta planta é florífera, bastante ornamental e de textura lenhosa. Sua ramagem é ereta e ramificada, com aspecto arredondado e ramos encalhados desde a base da planta.

Suas folhas são alternas, coriáceas, oblongas, de cor verde-clara, verde-escura ou cinza-azulada, lembrando as folhas da murta. Sua floração se inicia na primavera e se repete no outono quando plantada em clima subtropical a temperado. Já em clima quente a floração pode durar o ano todo.

As inflorescências são o grande atrativo desta planta. Nasce em pequenos rácemos terminais, com flores de três pétalas, sendo duas laterais e uma central, com uma crista, o que dá a aparência de uma borboleta, origem de seu nome popular.

As cores podem variar entre rosa, roxa ou branca, dependendo da cultivar. Outro ponto desta floração é que ela atrai bastantes insetos polinizadores. O seu fruto é uma cápsula marrom e ovóide, alada e com uma única semente.

polygala-myrtifolia

O Arbusto-borboleta no paisagismo
O Arbusto-borboleta encanta os jardins com uma textura delicada, com contraste interessante entre a folhagem e as flores, ainda mais com sua floração longa, que a torna mais desejada em tê-la plantadas.

Deve ser pensada como arbusto informal, solto, como cercas-vivas, bordaduras, grupos, conjuntos entre outras espécies ou isolada. Por ser versátil se encaixa em qualquer estilo de jardim, mas em especial os de inspiração mediterrânea ou rochosa. Além de poder ser plantada em vasos e jardineiras para decorar varandas, pátios, sacadas e afins.

Apesar do nome, este arbusto não é uma “planta hospedeira” para borboletas, já que não suporta a reprodução e o ciclo de vida destes insetos. As lagartas não se alimentam de arbustos. Além disso, fornece néctar apenas para borboletas adultas.

Se você tiver um arbusto deste, certifique-se de adicionar plantas hospedeiras nativas, como serralha, áster e endro, se quiser que as borboletas permaneçam.
O cultivo do arbusto-borboleta,

Polygala myrtifolia

É uma planta bastante rústica e de baixos requerimentos, porém necessita de muita luminosidade para ficar mais densa, enfolhada e florífera. Pode cultivá-la em meia-sombra, mas certifique-se de que irá receber bastante luz solar. O ideal é que seja cultivado sob sol pleno.

O solo deve ser fértil, bem drenável e enriquecido com matéria orgânica. As regas devem ser regulares nos primeiros meses de implantação. Sendo uma planta de zonas quentes, sofre com as geadas e deve ser protegida de temperaturas baixas, embora aguente melhor a escassez de água.

Contudo, se quer vê-la florescer durante todo o ano, faça uma rega frequente mas sem a encharcar, então evite plantá-la em locais sujeitos a alagamentos. Se adapta bem também em regiões litorâneas, devido à sua tolerância com a maresia e salinidade do solo.

Aceita podas leves para limpezas e/ou para manter seu porte, forma e tamanho, que devem ser realizadas após a floração. Isto favorece a floração, já que mantém o formato da planta e a iluminação no centro dela.

polygala-myrtifolia

Dica de poda
Para cultivá-la como uma pequena árvore, pode os ramos inferiores, deixando um só caule, e recorte os ramos laterais para que cresça em altura. Quando quiser mantê-la como um arbusto mais baixo, deixa vários caules principais e pode os ramos salientes ou doentes.

Pode ser podada em qualquer época do ano, no entanto é recomendado que seja durante o clima frio. Deve-se podar este arbusto quando ele está em seu estágio dormente, pois, se for cortado durante a estação de crescimento, pode-se, acidentalmente, acabar cortando as flores da planta.

Também pode cortar este arbusto durante a primavera. Se desejar podá-lo durante a estação da primavera, certifique-se de manter uma altura de 3 m de mata. As podas durante a primavera irão promover o crescimento de flores novas.

Não há nenhuma regra para melhor podar o Arbusto-borboleta. Primeiro deve-se remover quaisquer ramos mortos ou doentes, mantendo a altura apropriada. Para podá-lo será necessário uma ferramenta de poda apropriada, tal como uma tesoura bem afiada. Você também pode aplicar antisséptico bucal diluído após cortar um ramo doente.

Através da aplicação de uma pequena quantidade dessa solução no ramo cortado, ele irá proteger o arbusto de qualquer infecção. Também pode cortar a planta em qualquer forma que você quiser, embora seja melhor manter uma forma natural do arbusto, em vez de moldá-lo em uma forma retangular.

Polygala myrtifolia

As fertilizações ajudam a promover a floração e a manter a planta em bom estado fitossanitário. Para tal deve ter o cuidado de incorporar adubo orgânico no inverno e fertilizante equilibrado e rico em azoto e potássio na primavera.

Sua multiplicação é facilmente feita por sementes e estacas de ponteiro, postas a enraizar no outono, devendo ser mantidas em estufas, ou na primavera.
Como plantar o arbusto borboleta

Para plantar o Arbusto-borboleta, afrouxe o solo, misture o composto e cave um buraco com o dobro do diâmetro do recipiente da planta.

Ao colocar a planta no buraco, o topo do torrão deve estar nivelado com a superfície do solo. Espace as plantas com 1,5 a 3 m de distância, dependendo da variedade. Além disso, regue abundantemente.

arbusto-borboleta

Pragas e doenças
O Arbusto-borboleta não costuma ser afetado por muitas pragas ou insetos. Os climas mais secos podem causar-lhe problemas com a cochonilha ou os pulgões, mas podem ser erradicados se estiver atento à sua aparição.

Outros problemas frequentes são derivados de uma má drenagem do solo ou falta de fertilizante. O mais habitual é que a planta não floresça ou não tenha um aspecto saudável se estiver muito encharcada, se não recebe luz solar suficiente ou não tem um solo nutrido.

ninféias

pata-de-elefante

Quando alguém se depara pela primeira vez com uma planta de “pata de elefante” logo percebe o porque de ele ganhar essa alcunha tão peculiar. Ele tem uma base muito larga e, a partir do momento que o seu caule cresce, ele começa a ficar mais fina até chegar ao seu topo.

Algumas outras pessoas cogitam falar que ela se assemelha com um pé de rabanetes. Porém, o consenso de que essa é uma planta bastante chamativa – do ponto de vista decorativo – é geral.

As suas folhas brotam no topo dos galhos, como um verdadeiro chafariz de cor verde e, na maioria das vezes, caem para baixo, escondendo a maior parte do tronco. Ele, por sua vez, apresenta diversas rugosidades que lembram muito a de uma pata de elefante. Algumas pessoas dizem ainda que a diferença de uma planta dessa para um elefante de verdade é, justamente, a falta de uma tromba.

Mas, qual é o objetivo da base maior da pata de elefante? Basicamente, a função desta é a mesma das plantas que são consideradas “suculentas”: o acúmulo de água para períodos de estiagem que ela possa vir a sofrer.

Foi uma evolução bastante importante para a sobrevivência da espécie, já que ela é originária da região nordeste do México, conhecida pelo clima árido que ela apresenta: as chuvas são bastante poucas e as temperaturas, como é de se esperar, muito altas.

pata-de-elefante

Por causa do seu formato, a pata de elefante poderia ser muito bem classificado como uma palmeira, não é verdade? Mas ela é classificada, na verdade, como um arbusto, que pode atingir até 5 m de altura. As plantas que já tiverem uma idade mais avançada costumam produzir flores no alto das folhas, que se aglomeram e costumam ficar no ponto mais alto da copa. São agrupadas em uma fina e discreta haste.

Como cultivar a Pata de elefante
A planta se mostra bastante lenta para se desenvolver. Dessa maneira, ela é cultivada como uma planta de vaso, tendo sempre a disposição a luz solar ou, se possível a meia sombra, no qual a sua decoração pode ser feita em quintais, pátios ou sacadas.

Se você tiver o interesse de plantar uma ainda jovem, é necessário preparar a terra da seguinte forma: usar partes iguais de terra e de adubo, de forma a enriquecer ainda mais a base que irá receber a planta.

Quando for colocar a muda no local, deve-se tomar o cuidado para não enterrar demais o tronco, já que isso pode acabar atraindo diversos tipos de bactérias e fungos que prejudicam o desenvolvimento da planta.

É bastante importante que o vaso seja mantido em um ambiente onde haja ventilação constante, sem a necessidade de uma rega constante – apenas quando o solo apresentar-se seco entre uma rega e outra. Talvez estejamos diante da primeira diferença entre a pata de elefante e o elefante: a planta não gosta nadica de ficar no meio do barro.

E, por falar nisso, é bastante importante que o vaso em que ele for colocado disponha de furos em sua base, para que a água não se acumule e ela possa sair no fundo.

Aqui vai mais uma dica importante: se for possível, opte por plantar a para de elefante em um vaso de barro, já que ele pode ajudar a absorver a água que é utilizada na rega e, dessa maneira, consegue manter a planta saudável para tudo o que vier.

Outra coisa é que devemos ter um cuidado ao manusear a planta, principalmente suas folhas. É que elas apresentam bordas serrilhadas que, quando manuseadas, podem acabar machucando.

Como já dito no início, a pata de elefante demora muito para crescer. Dessa maneira, é sempre plantada em vasos. Quando esse espaço de crescimento é delimitado para ela, raramente ela se desenvolve mais do que isso.

Dessa forma, o seu translado para o solo ou para um vaso maior é quase que inexistente. Só que, para que isso não aconteça, é necessário podá-la para mantê-la sempre pequena.

pata-de-elefante-jardim

No jardim
Todos sonham em ter um jardim para chamar de seu em casa, não é mesmo? E, realmente: dispor de um cantinho para suas plantas e flores realmente chamam a atenção de qualquer pessoa.

Só que o problema nisso tudo é que, por mais que pareça simples, é bastante necessário que haja um planejamento para que essas plantas possam ter o mínimo de condição para se desenvolver e crescer de forma saudável.

Antes de tudo, é bastante importante que se faça um estudo na sua casa procurando o melhor lugar de instalação do seu jardim, Para isso, você deve ter em mente qual tipo de planta que deseja colocar nesse jardim.

E, aí, procurar suas necessidades básicas, tais como luz solar, água, entre outros. E o lugar onde ela for plantada conta muito para isso.

Definido o local de plantio, é hora de preparar o solo para tal: abra um buraco de 1 m de comprimento nos lados, com uma profundidade de 40 cm. Com a terra retirada, faça uma mistura com um fertilizante ou adubo, de maneira que ela possa ser um substrato rico em nutrientes para as plantas que irão crescer por ali.

Depois disso, coloque no fundo um pouco de cascalho ou casca de pinus, um parte com a terra já nutrida, outra de areia e, novamente, uma parte com terra nutrida. É dessa maneira que você irá criar um subsolo pronto para receber as suas plantas.

Só que é importante avisar que as plantas não podem ser colocadas diretamente nesse substrato. É importante que elas sejam plantadas em vasos pequenos até que consigam se desenvolver e, dessa maneira, adquirir uma maior resistência.

pata-de-elefante

Quando as suas raízes começaram a se apresentar bem resistentes, é hora de transferi-las para o solo preparado por você. Coloque em buracos cuidadosamente cavados por você e tenha a noção de plantar as mudas em espaços que sejam suficientes uma pras outras, sem a necessidade de sufocar as plantinhas.

E, assim, você irá conseguir fazer o jardim que sempre sonhou e, claro, ter o cuidado necessário para mantê-lo sempre belo.

pétalas ao vento

coqueiro-de-venus

O coqueiro-de-vênus também conhecido por fiteira, lírio-palma, cordiline, dracena-vermelha, peregum e peregum-roxo  é uma planta arbustiva e perene pertencente a família Asparagaceae.

Originário do sudeste asiático, Papua Nova Guiné, Melanésia, nordeste da Austrália, além das Polinésias e outras ilhas do Oceano Índico, o coqueiro-de-vênus pode atingir de 1 a 3 metros de altura.

Apesar de ser considerado um coqueiro pelo nome e aspecto, não é um coqueiro de fato. Se for preciso encaixá-lo em uma categoria, é mais fácil atribuir ao coqueiro-de-vênus um parentesco próximo às dracenas e aos aspargos.

Seu aspecto original, decorativo e colorido fez da espécie pantropical, originando-se, ao longo do tempo, dezenas de cultivares de cores, formas e tamanho de folhas distintas. As cores podem variar de diversos tons de verde, rosa, vinho, púrpura, laranja e amarela.

Uma folhagem deslumbrante, ornamental e que acrescenta uma deliciosa sensação tropical ao jardim, assim podemos caracterizar o uso paisagístico do coqueiro-de-vênus. As cores vibrantes e diferentes, são perfeitas para adicionar belos contrastes o ano todo.

Este arbusto ereto e lenhoso possui apenas um tronco. Apresenta rizóforos, aéreos e subterrâneos, profusamente ramificados e intumescidos, que funcionam como um “órgão reserva”.

O caule é delgado e ereto, com pouca ramificação, dando aspecto linear à planta. Expande-se apenas nas suas extremidades por conta do leque de folhas, que por sua vez apresenta-se com filotaxia espiralada e folhas dispostas em roseta, mantendo eretas, levemente arqueadas.

Suas folhas podem atingir até 50 cm de altura, podendo ser oblongas, lanceoladas ou elípticas. São também pecioladas, flexíveis, com bordas lisas e nervuras finas paralelas ao longo da lâmina. O caule fica com uma cicatriz à medida que as folhas caem, e com o tempo se torna cheio de anéis horizontais.

Suas flores têm um aroma doce, com pétalas brancas ou rosadas, distribuídas densamente em longos e pendentes terminais do tipo panícula, que contribuem mais ainda para o uso decorativo. Seu fruto é tipo baga, de cor púrpura, com pequenas sementes escuras.

Cordyline fruticosa

Curiosidades sobre o coqueiro-de-vênus
Há quem diga que o coqueiro-de-vênus foi levado pelos nativos do sudeste asiático às ilhas do Pacífico e proximidades, até chegar ao Havaí, regiões onde seu cultivo foi essencialmente iniciado, tornando-se naturalizada e popular. É localmente conhecida como Ti plant (planta Ti).

Sua utilidade para os povos nativos variou muito de local para local. Além da medicina tradicional, revelou-se também uma extensa cultura etnobotânica com ritualidade e religiosidade profundas.

Outros usos curiosos também apareceram, como usar as folhas para embrulhar alimentos, cobrir telhados e em rituais para fins de magia, por ser uma planta considerada supostamente capaz de comunicar-se com o sobrenatural. Devido a isso, foi considerada sagrada e auspiciosa.

Ela encontra-se presente em casas, terrenos, altares, santuários e cemitérios, ou seja, sendo utilizada das mais diversas formas, até mesmo como amuleto, oferenda e alimento em cerimônias.

Também é comumente usada em rituais de iniciação, de cura, de guerra, de caça, exorcismo, noivados, casamentos, funerais, demarcação de terras e fronteiras, plantios, pesca, entre outras coisas.

Sua função nos rituais é sempre proteger ou mediar junto à entidade superior, para pedidos de proteção e sorte, atraindo assim bons espíritos e afastando os maus.

No Havaí, as folhas do coqueiro-de-vênus são usadas tradicionalmente na confecção das saias usadas para dança havaiana e nos colares usados pelas mesmas.

E não acabou por aí. Além de todos usos já citados, ainda tem o seu uso como sandálias, amarradas às solas dos pés dos famosos firewalkers (homens praticantes da inacreditável e tradicional caminhada sobre brasas).

Eles explicam que a imunidade ao fogo, supostamente é concedida pelos espíritos através das folhas, devido aos poderes mágicos de conexão consagrados nelas. Seja por poderes mágicos ou devido às propriedades medicinais, há cosméticos à base desta folha usados especialmente para alívio e hidratação dos pés.

Dracena-cordyline

O cultivo do coqueiro-de-vênus
O coqueiro-de-vênus deve ser cultivado sob sol pleno ou meia-sombra, nas variedades coloridas, ficam com as cores mais intensas e bonitas no sol pleno. O solo é fértil, drenável e enriquecido com matéria orgânica. A irrigação deve ser regular.

É uma espécie que tolera o frio e a salinidade de regiões litorâneas. Não resiste à estiagem e baixa umidade do ar, embora não deva ser encharcada para que suas raízes não apodreçam.

Água que contenha flúor, entre outros produtos químicos, pode manchar as folhas. Dê preferência por irrigá-la com águas naturais, como de poço, da chuva e afins. O fertilizante deve ser aplicado durante o período de crescimento, mas tome cuidado para que ele não atinja as folhas.

Multiplica-se facilmente por estaquia, além de brotos que surgem espontaneamente direto do rizoma, em torno da planta-mãe, preservando assim as características da cultivar.

A reprodução por estaquia é realizada mediante o corte de segmentos maduros do caule da planta, postos a brotar em substrato mantido úmido, sob sombra filtrada. Após a brotação, é realizado um corte na região brotada e replantada em vasos para o enraizamento.

A reprodução por sementes é mais rara, muitas vezes resultando em diferenças com a planta-mãe. A taxa de germinação é alta e leva de um a três meses para se completar.

banquinho