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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Sophronitis coccinea (Lindley)

O nome desta espécie foi dado por Lindley, na Inglaterra, em 1836. Ela foi chamada de Cattleya coccínea e registrada no Botanical Register através de uma pintura da Sertum Orchidaceum, feita por Decoutilz.

Habitat
Vegeta em matas hidrófilas numa altura entre 600 e 800 m na Serra do Mar, nos Estados de São Paulo e do Sul do Brasil, e numa altitude maior nos Estados do Rio de janeiro e Espírito Santo.

Gosta de locais cujos troncos e galhos das arvores são repletos de musgos epífitas e permanece sempre úmidos. Vegeta e floresce melhor em galhos de árvores de porte pequeno ou arbustos mais abertos e com muita luminosidade. Floresce geralmente em duas etapas – no fim de Abril e de Julho a Setembro.

Características
Planta com pseudobulbos cilíndricos e alongados de 3 cm de altura, com uma folha oblonga e estreita do mesmo tamanho e de cor verde-escura, apresentando uma veia longitudinal de 1 cm de largura, de cor marrom-lilacínea no seu centro. Geralmente é uniflora, com flor vermelho-escarlate brilhante de 2 a 5 cm de diâmetro.

Variedades

Sophronitis acuensis

Abóbora
Conhecuda no exterior como “pallens type”, esta variedade não é muito rara e é encontrada na Serra do Mar. Pétalas, sépalas e labelo abóbora-forte.

borboleta ou burtterfly

Borboleta ou “butterfly”
Descoberta na Serra do mar em 1909, na região de Peruíbe, esta planta foi extinta. Ea vermelho-carmesim, com listras longitudinais amarelas nas pétlas. Em 1971 foi reencontrada na Serra de Caraguatatuba, na cor pêssego-avermelhada com fortes listras amarelas nas pétalas.

bicolor
Bicolor
Variedade endêmica nas altas matas da Pedra Azul no Município de Domingos Martins, no Espírito Santo. Flor com 3 cm de diâmetro. Pétalas e sépalas de cor vermelho-pêssego e Serra do Mar. Tem pétalas  e sépalas amarelo-forte (ouro-velho) e labelo amarelo mais claro. É muito rara.

gigantea

Gigantea,hort.
Forma tretaplóide com pseudobulbos fortes e longos de 12 cm de comprimento. Folhas alongadas e fortes do mesmo tamanho. Flores gigantes de até 8 cm de diâmetro. São de excelente forma técnica e produzidas em laboratórios japoneses.

lobyi

Lobyi
É bastante rara aparecendo numa proporção de uma para cada 10.000 plantas normais. Flor com pétalas, sépalas e labelo de cor amarelo-pálido claro (limão).

pygmaea

Pygmaea
Minúscula e delicada variedade que produz flores com cerca de 1 cm de diâmetro. Existem de cor vermelho forte mas a maioria é de colorido vermelho pálido. Seu hábitat é o Espírito Santo, não muito longe do litoral e existe uma variedade na cor amarela.

rossiteriana

Rossiteriana
Magnífica variedade também da Serra do Mar com pétalas e sépalas de cor amarelo forte (ouro velho) e com labelo cor amarela mais clara. É também muito rara.

BLUEBIRDS

Oncidium forbesii
É uma das mais lindas espécies. Pseudobulbos compridos e sulcados, lateralmente achatados, com 8 cm de altura, coroados com uma única folha lanceolada de 30 cm de comprimento.

Inflorescência com até 50 cm de comprimento, pouco ramificada. Flores de até 4 cm de diâmetro, castanho, margeadas por manchas amarelas. Labelo largo da mesma cor e centro amarelo.

Ela é toda ondulada e encrespada. Vegeta em matas escuras numa altitude entre 800 a 1.200 m e floresce entre Março e Maio.

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Branca, amarela ou lilás. Grande ou pequena.

Não importa a cor ou tamanho, é impossível resistir à beleza das orquídeas. A planta também é uma boa alternativa para decorar a casa, pois suas flores podem durar semanas.Para quem vai comprar seu primeiro exemplar ou quer diversificar o jardim, vale saber que há uma infinidade de espécies no mercado, com preços que variam de R$ 15 a R$ 3 mil.

Algumas são consideradas verdadeiras preciosidades, como a Cattleya walkeriana feiticeira. É uma orquídea única que não aceita clonagem e pode custar mais de R$ 2.500.

Cattleya walkeriana feiticeira

Outra espécie que atrai olhares é a Brasilaelia (Laelia) fidelenses, endêmica de São Fidélis (RJ), que pode ser comprada por R$ 2.500,00. Não é porque a planta é rara que precisa ser necessariamente um exemplar caro.

Há ainda algumas que parecem ter saído de um filme de ficção científica, como a Megaclinium purpureorhachis, que lembra um espiral.

Anomalias são bem-vindas
Mas afinal, o que torna uma determinada espécie rara? Para André Almeida, da Aranda Orquídeas, são aquelas ameaçadas de extinção, importadas ou de difícil cultivo, entre outros motivos.

Pode até parecer estranho, mas em alguns casos a planta é ainda mais desejada quando sofre uma mutação. As anomalias nos fascinam, pois criam exemplares singulares que dificilmente se repetirão.

A variedade de cores, texturas e formatos pode gerar dúvidas na hora da escolha da espécie ideal para cada ambiente. Ela não precisa ser grande ou cara demais para chamar atenção, o importante é eleger aquela que você mais simpatiza.

O que há mais de uma década era privilégio de poucos, se tornou acessível para a maioria das pessoas com a reprodução comercial de algumas espécies. No Brasil a orquídea sempre foi considerada um artigo de luxo, mas esse cenário mudou há quase uma década.
Atualmente existem diversas opções que podem ser facilmente encontradas nas floriculturas e até nas prateleiras das grandes redes de varejo, entre elas a chuva-de-ouro (Oncidium varicosum) e a orquídea borboleta (Phalaenopsis).

Outro fator determinante para a popularização das plantas foi o crescente interesse comercial por parte dos laboratórios para a pesquisa e reprodução da espécie. Isso proporcionou uma queda no custo e viabilizou a multiplicação na oferta.

Cuidados básicos
Apesar de serem plantas incomuns, os cuidados são os mesmos que se deve ter com qualquer outra orquídea. Ventilação, claridade, rega e adubação. Com apenas quatro passos você a mantém saudável, livre de pragas e em pleno desenvolvimento.Aliás, quando as flores murcharem não se desespere e nem jogue fora sua planta, pois ela ainda pode viver muitas primaveras e florir ano após ano.

Outra dica importante, de acordo com ela, é não usar terra para o plantio, pois as orquídeas não se desenvolvem, com exceção das poucas espécies terrestres. O ideal é usar um substrato, que pode ser palha de coco, casca de pinus ou musgo.

gatinho

Orquídeas

cyrtopodyum

Características – A família das orquídeas possui mais de vinte mil espécies distribuídas em quase todas as partes do planeta, porém a maioria das espécies é encontrada nas áreas tropicais.

O Brasil é um dos países mais ricos em orquídeas, comparável somente à Colômbia e ao Equador.

Estudos recentes registram cerca de duas mil e trezentas espécies para o território brasileiro. Vegetam em diversos ecossistemas, sendo encontradas em florestas, campos, cerrados, dunas, restingas, tundras e até mesmo em margens de desertos. São erroneamente chamadas de parasitas.

Na realidade, as que vivem sobre troncos, galhos e gravetos são epífitas,  plantass que vivem sobre outras plantas, sem causar danos ao hospedeiro.

Uma orquídea epífita utiliza o galho da árvore apenas como suporte, absorvendo nutrientes que são lavados pela água da chuva e depositados em suas raízes.

Uma significativa parcela das espécies vive em ambientes bem diferentes dos galhos e gravetos das árvores. Muitas vegetam sobre ou entre as rochas (rupícolas e saxícolas), geralmente em pleno sol. Outras são terrestres, encontradas nos solos das matas, campos e até mesmo na areia pura das dunas e restingas.

Existem casos raros de orquídeas subterrâneas (saprófitas), plantas aclorofiladas que se alimentam de matéria orgânica em decomposição.

As orquídeas são consideradas a família mais evoluída do reino vegetal. Isto se deve a modificações em suas extraordinárias flores, que, muitas vezes, apresentam formas sinistras e bizarras.

O tamanho das plantas e suas flores é também muito variável, algumas tão pequenas que, por isso, são conhecidas por microorquídeas, enquanto outras, como a trepadeira baunilha (Vanilla), podem atingir vários metros de comprimento.

Existem flores pouco maiores do que a cabeça de um alfinete, e outras cujo diâmetro alcança cerca de quinze centímetros. A flor das orquídeas é constituída de três sépalas (mais externas) e três pétalas (mais internas). Na maioria das espécies, uma das pétalas é distinta das demais e recebe um nome especial,   o labelo,  que

geralmente apresenta cores vistosas e serve como atrativo e campo de pouso aos polinizadores. No centro da flor encontramos um órgão especializado, a coluna , resultado da fusão dos estames (órgãos de reprodução masculinos) com o pistilo (órgão de reprodução feminino).

No ápice da coluna, os grãos de pólen apresentam-se unidos em pequenas massas, ou polínias, protegidas pela antera. Logo abaixo, uma pequena cavidade representa a porção receptiva feminina, o estigma.

Para que suas flores sejam fertilizadas, as orquídeas necessitam de um agente polinizador, geralmente um inseto ou pássaro, responsável pela transferência das políneas para o estigma, processo este denominado de polinização. A estratégia utilizada pelas orquídeas para atração de seus polinizadores é um fenômeno altamente complexo e fascinante.

Em casos extremos, a flor da orquídea pode apresentar a forma de fêmeas de besouros ou abelhas, cujos machos, atraídos pela insinuante aparência, tentam “copular” com as flores, efetuando involuntariamente a polinização. Um fruto de orquídea pode conter mais de um milhão de sementes.

Contudo, na natureza, somente uma pequeníssima fração germinará, e poucos indivíduos chegarão à fase adulta. As sementes das orquídeas estão entre as menores do reino vegetal. O tamanho reduzido e a leveza facilitam a dispersão pelo vento, em muitos casos a grandes distâncias.

Ao contrário das sementes das outras plantas, elas são desprovidas de tecidos nutritivos, endosperma e cotilédone, responsáveis pela energia utilizada na fase inicial da germinação. Na falta de tecido nutritivo, essa energia é fornecida por certos fungos que vivem em simbiose com as orquídeas.

Algumas orquídeas são comercializadas não por sua beleza, mas devido ao uso na alimentação humana. A mais importante para a indústria é a baunilha, como são conhecidas algumas espécies do gênero Vanilla, largamente utilizadas na aromatização de bolos, sorvetes, balas e doces.

Propagação sementes, divisão de rizomas e micropropagação

Função - vasos, placas de xaxim ou fibra de coco e ainda em madeira ou mesmo em árvores, terra ou pedra, dependendo da espécie. Em jardim elas vão crescer sadias sob as árvores ou até fixadas nos troncos.

Cuidados – a exposição direta à luz solar causa queimaduras nas folhas da maioria das orquídeas. A condição de iluminação mais recomendada é a de 50 a 70% de sombra, que é obtida ao cultivar as orquídeas sob árvores, telados ou ripados. Toleram variações de temperatura entre 10 a 40 ºC, mas a temperatura ideal fica em torno de 25 ºC.

Recomenda-se evitar o uso de vasos muito grandes. Pode-se usar tanto os vasos de barro como os de plástico, mas as fibras de xaxim (não confundir com pó de xaxim) são ainda o substrato que dão melhores resultados.

Atualmente também há a opção da fibra de coco, igualmente eficiente e mais ecológica. A adubação pode ser suspensa nos meses do outono e inverno. Uma boa opção de adubação orgânica é a torta de mamona (1 colher de sobremesa por vaso), que pode ser fornecida uma vez ao ano, depois que o sistema radicular estiver bem desenvolvido. Por serem plantas epífitas – possuem raízes aéreas -, as orquídeas suportam bem uma brisa suave e contínua, mas deve-se evitar ventos fortes e canalizados.

As regas devem ser feitas apenas quando o substrato estiver seco. Ao regar, uma boa medida é deixar a água escorrer pelo fundo do vaso. Outro detalhe: as orquídeas são plantas adaptadas à condições de umidade do ar relativamente elevadas.

Em regiões mais secas, recomenda-se borrifá-las com água periodicamente. Apesar de gostar de umidade, ventilação e claridade, as orquídeas não suportam ficar expostas diretamente ao vento, sol e chuva.

Ameaças – infelizmente, no Brasil e outras partes do mundo, o cultivo e comércio de orquídeas nativas teve como prática o extrativismo. Aliado à destruição de seus habitats naturais, muitas espécies desapareceram ou foram levadas à beira da extinção.

Para mudar este cenário, é urgente o estabelecimento de uma conduta conservacionista que seja seguida por indivíduos e instituições. Hoje, as orquídeas são facilmente reproduzidas artificialmente em laboratório a partir de sementes, geralmente atingindo a maturidade em dois a quatro anos. Espécies raras e ameaçadas vêm sendo reproduzidas com sucesso por alguns estabelecimentos.

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