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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Catasetum cirrhaeoides

O gênero Catasetum possui mais de 150 espécies, em sua maioria, epífitas. São encontradas desde o México até o norte da Argentina, com a maior concentração na Amazônia e em Mato Grosso. O Brasil possui mais de 100 espécies. O Catasetum cirrhaeoides é originário do Estado do Mato Grosso.

A brotação tem início logo nas primeiras chuvas da primavera, quando surgem os brotos dos novos bulbos. Após a floração, as folhas amarelam e caem (em algumas espécies as folhas caem antes das flores se abrirem). Após a floração, as plantas entram no estado de dormência, somente reiniciando o seu ciclo vegetativo nas primeiras chuvas da próxima primavera.
Apresentam pseudobulbos carnudos, oblongos e anelados, cespitosos, com algumas folhas dísticas, estreitas, nervuradas, cujas bainhas, sobrepostas, recobrem os pseudobulbos depois que secam.

A inflorescência é produzida das gemas dos nós laterais dos pseudobulbos, perto da base, de forma ereta, curvada ou pendente, apresentando flores masculinas, femininas e, eventualmente hermafroditas, dependendo da intensidade de luminosidade. A mesma haste pode apresentar flores masculinas e femininas ou a mesma planta apresentar uma haste com flores masculinas e outra haste com flores femininas.

As flores masculinas aparecem em maior quantidade do que as florações femininas, tendendo estas para o verde ou amarelo.

Como as orquídeas em geral, são sujeitas ao ataque de cochonilhas, pulgões e ácaros. O combate pode ser feito, preventivamente, através de pulverizações periódicas dos inseticidas normais encontrados nas melhores casas do ramo.

Devem ser cultivadas em clima quente, de preferência em vasos de plástico (mesmo em garrafas pet), sem furos nos fundos, apenas com furos laterais, sempre deixando-se os furos mais baixos uns 4 cm acima da base do recipiente, para que se forme no fundo um reservatório de água com uma camada de pedras ou isopor. Acima dela, deverá entrar o substrato (casca de pinus) e pedras.

A adubação deve ser normal.
Sempre é conveniente diminuir muito a rega durante o período de dormência, voltando a regar normalmente quando as raízes dos novos pseudobulbos começarem a crescer.
Precisam de boa ventilação e não necessitam de muita sol.

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Cattleya

Cattleya é um gênero de orquídeas com cerca de setenta espécies. Está presente em todo o território brasileiro, com espécies em todo o Sudeste, especialmente na Mata Atlântica e no Cerrado. Muito cultivada por seu tamanho e beleza, está disseminada em todo o país em lojas e floriculturas.

É muito fácil de ser cultivada, prefere ficar sobre ripados de madeira, na chamado meia-sombra, mas podem ser cultivadas em apartamentos e interiores.

Em seu habitat natural, vive em lugares arejados e úmidos e temperaturas relativamente altas, em árvores de pouca sombra (luminosidade em torno de 60% para a maioria das espécies).

O arejamento é um fator primordial para se conseguir belas flores.
Podem ser facilmente divididas quando emitem novas raízes para fora do vaso, e o melhor momento para dividi-las é logo após a floração quando o novo crescimento estiver apenas iniciando.

É um dos mais, senão o mais importante, gênero da horticultura, caracterizado por possuir pseudobulbos cilíndricos com vários nódulos, com folhas apicais e carnudas. As espécies são normalmente epífitas, ocorrendo em florestas úmidas em altitudes que variam do nível do mar até 1.500 metros de altitude.

A maioria das espécies é encontrada no alto de grandes árvores e deve ser cultivada sob condições intermediárias, com boa umidade ambiente. Podem ser separadas em dois grupos: um formado por plantas bifoliadas (duas folhas ou em pares) e outro por plantas unifoliadas (uma folha apenas).

Este último com espécies cujas flores normalmente são maiores e em menor número, enquanto as bifoliadas possuem geralmente flores menores em maior número.

As espécies do grupo das bifoliadas devem ser cultivadas em vasos, com as plantas colocadas sobre uma casca ou sphagnum em sua volta, ao passo que as unifoliadas devem ser cultivadas em vasos com substrato de casca de pinus, carvão e fibra de coco.

Descrição de duas das principais espécies de Cattleya

Cattleya gutata
Cattleya guttata : Magnífica espécie com pseudobulbos eretos e cilíndricos de 50 cm de altura, bifoliadas. Inflorescência com trinta flores de 10 cm de diâmetro. Sépalas e pétalas castanhas salpicadas de púrpura. Labelo trilobado em forma de istmo e disco largo roxo-ametista. Cheiro agradável a canela. Originária do litoral brasileiro desde o Rio de Janeiro até a Bahia. A sua cultura exige bastante rega durante a vegetação.

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Cattleya nobilior: Espécie originária do Brasil Central que aparece numa altitude entre 600 a 900 m. Possui flores delicadas, com destaque para o vivo colorido do labelo, formando admirável contraste com o lilás de suas sépalas e pétalas, geralmente bem armadas, que despertam a admiração de colecionadores em todo o mundo. Pseudobulbos de 10 cm de altura, oval, fusiforme ou claviforme sulcados e com duas folhas de 10 cm de comprimento, elíptico-ovais e coríaceas. As flores nascem da base dos pseudobulbos. Flores de 15 cm de diâmetro, labelo grosso, profundamente trilobado e com lóbulos frontais uniformes e emarginados, disco amarelado com estrias púrpuras.
Para obter uma boa floração devem-se parar totalmente as regas após o amadurecimento dos pseudobulbos. Floresce em agosto/setembro.

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Cyrtopodium

Aproximadamente 30 espécies são conhecidas, ocorrendo desde a Flórida até a Argentina e Bolívia. São plantas com grandes pseudobulbos suculentos similares ao de um Catasetum.

Este gênero tem grandes pseudobulbos, com numerosas folhas pregueadas e brácteas coloridas.

As folhas são herbáceas, com pseudopecíolo conectado na base da bainha que envolve o pseudobulbo. A inflorescência é basal, ereta, rígida, simples ou ramificada, normalmente mais alta que as folhas.

As flores podem ser vistosas ou pouco ornamentais, de textura relativamente carnosa, com brácteas lineares ou lanceoladas, muitas vezes de colorido vistoso ou pintalgadas.
Possui labelo trilobado com lobos laterais voltados para cima e algumas vezes encobrindo parte da coluna; o lobo mediano quase sempre apresenta um disco caloso. As políneas são em número de duas, globosas e ceróides.

Existem espécies terrestres, epífitas e rupícolas. Suas flores são geralmente amarelas com manchas ou pintas marrons e uma espécie com flores cor-de-rosa.

Devem ser cultivadas em grandes vasos com boa drenagem, sendo que o substrato vai depender da espécie em cultivo. Siga as mesmas instruções de rega e fertilização dos Catasetum.

Gostam de sol pleno, porém com bastante ventilação evitando que as folhas se queimem.

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Odontoglossum.

Estas são orquídeas das grandes altitudes dos trópicos do Novo Mundo, florescem em locais onde a temperatura é amena durante o ano inteiro.

São conhecidos pelos seus vistosos cachos de flores. Apreciam bastante luminosidade e temperaturas baixas. Se as temperaturas dos dias de verão forem altas, podem reduzir-se os níveis de luz para arrefecer a área de cultivo.

Apesar de não serem na generalidade boas plantas de interior, principalmente se a casa for quente, podem vingar numa janela virada a este, ou numa janela a sul com sombra; na maioria dos climas. A exposição a oeste é geralmente demasiado quente.

Podem ser tolerados pequenos períodos de temperaturas diurnas mais elevadas, principalmente se a umidade e circulação do ar estiverem a níveis ótimos. A frequência de rega deve ser alta, e o substrato deve ter uma drenagem perfeita.

O substrato deve apenas começar a secar antes da rega, o que pode significar regas a cada dois a sete dias, consoante a meteorologia, tamanho e material do vaso e tipo de substrato.

Folhas que nascem enrugadas são um sintoma de água ou umidade insuficientes. Tal como outras orquídeas de zonas de precipitação elevada, os odontoglossos são particularmente sensíveis à falta de qualidade da água, que levará ao enfraquecimento das raízes e provocará queimaduras nas pontas das folhas.

A umidade deverá situar-se idealmente entre os 40% e os 80%, aliada a uma boa circulação do ar. A refrigeração através da evaporação numa estufa aumenta a umidade e refresca o ar, sendo por isso altamente recomendada para estas orquídeas na maior parte dos climas.

Umedecer o chão com água, ajudarão a manter a temperatura fresca e a umidade alta. No interior, colocar as plantas em tabuleiros com cascalho umedecido, colocando os vasos acima do nível da água.

O fertilizante deve ser aplicado regularmente em doses diluídas enquanto a planta está em crescimento ativo. Pode ser usada uma fórmula NPK 20-20-20, duas vezes por mês. Se o tempo se mantiver enevoado, uma aplicação mensal será suficiente.

O novo envasamento deve ser feito quando os novos rebentos estão a meio da maturação, o que acontece geralmente na primavera ou outono. Estas plantas gostam de estar apertadas nos vasos, devendo por isso escolher-se um vaso que permita apenas espaço para o crescimento de um ano ou dois. O uso de vasos pequenos também obrigará às regas frequentes que estas plantas apreciam, pois o substrato secará mais rapidamente e de forma mais homogênea se houver concentração de raízes.

É necessário utilizar um substrato fino com drenagem excelente; como o substrato se mantém sempre úmido, o reenvasamento anual ou bianual é normal. Espalhar as raízes sobre um cone de substrato e distribuí-lo à volta das raízes, adicionando mais substrato. Calcar com firmeza à volta das raízes. Manter a unidade elevada e o substrato seco até à formação de raízes novas.

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