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Posts para categoria ‘Dicas e Curiosidades’

Flores de corte

De uma forma geral, as espécies tropicais como helicônias, alpínias, cravos e copo-de-leite suportam melhor o clima brasileiro, resistindo por 10 a 15 dias após o corte. A astromélia, o lisianto e o antúrio também podem durar por até quinze dias. A maioria das flores mais comercializadas nas floriculturas, como as gérberas e as rosas, dura apenas de três a cinco dias após o corte.

Na hora de escolher uma flor durável é observar a cor, embora haja exceções, as flores de tonalidades escuras tendem a ser mais resistentes.

Os cuidados que visam aumentar a durabilidade das flores devem continuar ao chegar em casa. Em primeiro lugar deve-se retirar as plantas da embalagem que as envolve, o que nem sempre é feito justamente na expectativa de aumentar a proteção dos arranjos. Manter a flor na embalagem plástica é um erro.

Cuidados a serem tomados:
1 – Retire das hastes as folhas inferiores que possam ficar em contato com a àgua do vaso;

2 – Corte 2 cm da base da haste em diagonal;
* Os cortes devem ser feitos assim que receber as flores e a cada troca de água;
* Utilize uma tesoura de poda ou estilete bem afiados, para não provocar o esmagamento dos canais de absorção da haste floral;
* É melhor que estes cortes sejam feitos com a parte da haste a ser cortada dentro da água, evitando assim que se formem bolhas de ar nos canais de absorção.

3- Sempre utilize água limpa e troque-a frequentemente. Na maior parte das vezes, água limpa é tudo do que uma flor precisa para ficar bem. O recomendável é que o líquido do vaso seja trocado a cada dois dias ou sempre que começar a ficar turvo.

4 – É possível “aditivar” a água, na tentativa de fortalecer a flor. Uma opção é utilizar conservantes em pó ou líquido, à venda em floriculturas e lojas de jardinagem. Esses produtos atuam reduzindo a presença de microorganismos nocivos, aumentando a durabilidade da planta;

5 – Os recipientes devem ser mantidos sempre limpos;

6 – Mantenha as flores em local limpo, fresco e arejado.

janela e borboleta

Platycerium bifurcatum

A samambaia chifre-de-veado é nativa das matas tropicais onde umidade e temperatura se mantém constantes.

Trata-se de plantas epífitas que se prendem às cascas grossas das árvores, ou às bainhas das folhas mortas nos trocos de coqueiros.

O método mais utilizado para propagar a samambaia chifre de veado é aquele feito através da retirada dos filhotes que surgem nas paredes dos vasos e xaxins.

Outro método é através da utilização de esporos, mas esse é muito demorado, e somente a natureza tem toda a paciência do mundo para esperar aqueles minúsculos esporos se transformarem em vistosas plantas.

Procedimentos:
- Para remover os filhotes da planta matriz, é preciso esperar que eles atinjam certo tamanho, capaz de sobreviver à própria custa, sem as benesses da planta mãe. E isso se dará quando a muda apresentar algumas folhas compridas.

- De posse de um canivete bem afiado, recortar, com todo o cuidado para não ferir o sistema radicular, o pedaço de xaxim onde a muda está presa vegetando.

- Caso a planta matriz esteja plantada em vaso de barro, a remoção do filhote terá que vir acompanhado com parte do substrato em suas raízes.

Substrato:
- O substrato precisará ter uma consistência leve, fértil, rica em nutrientes orgânicos, além de apresentar porosidade e boa drenagem de água.

- Misturar fibra de coco, esterco animal bem curtido areia grossa, na proporção de 1:1.

Preparando os vasos:
- Colocar uma camada de cascalho de aproximadamente quatro centímetros no fundo do vaso.

- Completar o vaso com substrato.

- Fazer um orifício do centro do substrato.

- Plantar a muda, apertando o substrato para fixá-la bem.

- Caso necessite, colocar um tutor para melhor fixar a muda, amarrando nele as folhas mais compridas, com pedaços de barbante.

- Colocar os vasos em locais sombreados e livre de ventos fortes.

- Regar uniformemente o substrato.

- Manter a umidade sempre constante

O chifre-de-veado tolera temperaturas de 5 ºC, mas prefere regiões quentes, úmidas com sombreamento parcial.

Os esporos situam-se nas pontas da parte inferior das folhas, parecendo uma ferrugem marrom lanosa.  Para colhê-los, passar de leve algodão umedecido embaixo de suas folhas, em seguida colocá-los em locais com grande umidade relativa, dentro de algum tempo irão aparecer as pequenas plantinhas.

por do sol

orquídea

Normalmente compramos a orquídea florida, mesmo porque queremos conhecer a flor, sua forma, cor, perfume, antes de levar a planta pra casa. Não transplante a orquídea nesta fase. Deixe as flores caírem para só então mexer em seu vaso. Isso porque após a florada, ela entra na fase vegetativa, ou seja, começa a desenvolver as folhas, brotos e raízes. É o início da preparação para a próxima fase reprodutiva (nova florada) e o crescimento está a todo o vapor.

Para ter as orquídeas em troncos, o mais prático é plantar em árvores. Caso não tenha árvores na sua casa e lógico, em seu apartamento, opte por utilizar troncos secos, que podem ser obtidos no chão de florestas, restos de podas, em madeireiras, ou mesmo em lojas de materiais de construção, pois é muito comum utilizar troncos como escora para lajes em construção.

Neste caso, não utilize troncos que liberem resinas, como os de pinus. As orquídeas detestam resina e suas raízes não se fixam. Também não adianta tentar plantar naqueles troncos que imitam xaxim, que são feitos de fibra de coco compactada com cola. Qualquer base que contenha produtos químicos, as orquídeas não se adaptam.

Existem placas feitas com fibra de coco sem adição de cola. Essas sim, podem ser usadas. É fácil notar a diferença na hora de comprar: as placas feitas apenas com fibra de coco são leves e bem porosas. Olhando de perto percebemos que não existe nada unindo as fibras.

Dica: cuidado com a escolha do tronco. Se ele estiver meio podre quando você fizer o plantio, provavelmente ele não resistirá. Quando sua orquídea estiver linda e forte, seu tronco estará desmanchando. Opte sempre por madeira de boa qualidade. Galho de peroba é um ótimo exemplo.

Deve-se retirar a orquídea do vaso e envolver as raízes com substrato com um pano fino. O melhor é gaze (é, aquela que se usa em curativos), que tem a trama dos fios bem aberta. Compre um rolo, usado para grandes curativos. Uma vez envolvida pela gaze, amarre tudo no tronco, deixando a muda na vertical.

Desta maneira a orquídea não vai sofrer muito com a transição, pois ainda está envolvida pelo substrato, suas raízes não ficam expostas e é muito mais fácil manter a umidade. As regas devem ser constantes (sempre que o substrato estiver seco). A frequência vai depender da rapidez que o substrato seca. Se você deixar o substrato secar às vezes, tudo bem, ela vai crescer, mesmo que seja um pouco mais lentamente.

Dica: coloque dentro da trouxa da gaze um pouco de musgo esphagno (musgo que consiste em um emaranhado de pequenos e finos galhos, com diminutas folhas em volta), que excelentes em reter umidade, pois absorvem grandes quantidades de água em relação ao seu peso. Desta maneira a orquídea não vai sofrer muito com a transição, pois ainda está envolvida pelo substrato, suas raízes não ficam expostas e é muito mais fácil manter a umidade. Pode ser encontrado facilmente em floriculturas e locais que vendem artigos para jardinagem. É usado principalmente para o cultivo de pequenas plantas de orquídeas, até que adquiram tamanho e força para um novo substrato.

Nota: O plantio da orquídea na árvore deve ser feito nos meses chuvosos e na época em que ela está sem flor.

E depois, observe. O primeiro sinal de que as coisas estão indo bem, é o surgimento de novas raízes. Você sabe que elas estão saudáveis se a ponta estiver bem verde. Como o sistema radicular está envolvido pelo substrato, muitas vezes você conseguirá ver poucas raízes. Mas muitas estarão escondidas no substrato, já se fixando no tronco.

O tempo para a planta pegar varia bastante, mas em geral leva mais de um ano. Tenha paciência e não desista. Se você tiver feito o plantio direitinho, por mais que ela pare de crescer, continue regando e cuidando. Com o tempo ela reage. Tente mudar o vaso com o tronco de local, talvez mais iluminado, com menos vento, ao abrigo da chuva. Faça testes e observe como ela reage.

O último estágio é tirar a gaze, pois você não vai querer um pedaço de pano eternamente em seu jardim, não é? Normalmente a época certa de tirá-la coincide com o apodrecimento da gaze. Cerca de um ano e meio depois do transplante. Quando as raízes estiverem bem fortes e a planta fortemente fixada ao tronco, você poderá deixá-la livre. Nesta fase, ela já conseguirá se virar bem sozinha.

Faça o controle de suas plantas. Como é isso? Marque a data da compra da planta, de cada florada, data do transplante, nome científico e comum, enfim, os dados importantes da planta. Isso se torna importante na hora de contabilizar o desenvolvimento da planta. Você pode achar que a sua planta não está indo bem, que não floresce, mas na verdade ainda não se passou tempo suficiente. Conclusões erradas sobre suas plantas podem levar ao desânimo (eu que o diga). Controle tudo o que possa ser controlado (regas, transplantes, datas de plantio, etc) e deixe o resto por conta da natureza.

Por que é importante saber o nome? Na hora de adubar, controlar pragas, separar mudas, você precisa saber qual é a sua planta para obter informações corretas de como proceder.

Para facilitar, existem plaquinhas brancas de plástico que servem para escrever alguns dados, como nome e data da compra. Elas podem ser espetadas junto à planta. Escreve-se com lápis para não borrar com a água. Podem ser encontradas em floriculturas, lojas de artigos para jardinagem ou mesmo com produtores de orquídeas.

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CICLAMEN-2

Quem já não teve dúvidas de como e quando adubar suas plantas? Qual fertilizante é melhor: químico ou orgânico?  Como funciona, qual fórmula usar, como aplicar?

Então para facilitar seu trabalho, aí vão algumas dicas bem úteis:

Adubos químicos
Os adubos ou fertilizantes químicos (minerais) geralmente são vendidos em lojas de jardinagem e até em supermercados. Na embalagem, trazem a sigla NPK, mostrando que o produto contém os elementos mais importantes para o desenvolvimento das plantas (macro nutrientes): o nitrogênio (N); o fósforo (P) e o potássio (K).

Há formulações diferentes de fertilizantes NPK, baseadas na sua finalidade. Em geral, usa-se:

NPK 4-14-8 (4 partes de nitrogênio, 14 partes de fósforo e 8 partes de potássio), para espécies que produzem flores e frutos como por exemplo, hibisco, azaléias, violetas, cítricos como a laranjeira, hortaliças (legumes), etc. Além disso, segundo a maioria dos fabricantes, esta formulação é ideal para ser aplicada no momento do plantio dos vegetais, no preparo do solo, pois o alto teor de fósforo proporciona uma melhor formação e desenvolvimento das raízes e estrutura das plantas.

NPK 10-10-10 (partes iguais dos 3 elementos), especial para espécies que não florescem e não produzem frutos, como as samambaias. Segundo os fabricantes, esta formulação também é ideal para ser aplicada em plantas já formadas, na forma de cobertura. Neste caso, pode ser usada em flores, folhagens, hortaliças e frutíferas. Serve para fortalecer plantas de uma maneira geral.

NPK 15-15-20 (15 partes de nitrogênio, 15 partes de fósforo e 20 partes de potássio), rica em potássio, esta formulação é considerada bem prática, pois pode ser usada também no cultivo hidropônico, sendo indicada especialmente para hortas.

As aplicações devem levar em conta a estação do ano e a espécie de planta.

Na Primavera, o adubo que contém nitrogênio vai estimular a brotação, o crescimento da planta e das folhas. No Outono, um adubo com mais potássio vai favorecer o desenvolvimento e fortalecimento das raízes, caule e frutos. Nas espécies floríferas e frutíferas devemos adubar com mais fósforo no início da Primavera. Nas espécies frutíferas a adubação deverá ser suspensa no início da floração e retornar apenas quando o fruto estiver do tamanho de uma ervilha, já para as espécies floríferas a adubação deverá ser suspensa durante toda a floração.

Não adube as plantas quando estiverem secas, e sim aproximadamente uma hora após as regas, devendo as aplicações serem feitas preferencialmente no final da tarde, ou pela manhã bem cedo.

Não se deve adubar plantas transplantadas, é necessário aguardar pelo menos 40 dias antes de reiniciar as adubações.

Há opiniões diferentes quanto a esta questão, mas numa regra geral não devemos adubar no período mais frio do ano (Inverno), quando as plantas estão em estado de dormência. E, devemos diminuir a adubação no período mais quente (Verão).

Também há no mercado as fórmulas preparadas especialmente para determinadas espécies de plantas ornamentais. É o caso das violetas, orquídeas, rosas e samambaias. Neste caso, os fabricantes elaboram uma fórmula adequada às necessidades nutricionais de cada espécie.

Uma outra formulação especial já encontrada no mercado é o NPK granulado para gramados, que pode ser aplicado de uma forma bem rápida e prática, simplesmente espalhado sobre o gramado.

A freqüência de adubação varia de acordo com a espécie cultivada. Algumas precisam mais outras menos, mas, de forma geral, a adubação pode ser feita a cada dois meses. Mas lembre-se: quanto à dosagem e forma de aplicação, siga rigorosamente as indicações do fabricante, que constam na embalagem do produto.

Fique atento para as quantidades de adubo a serem aplicadas, quando a adubação é demasiadamente excessiva, além do gasto ser maior do que o desejado as plantas podem apresentar queima nas raízes, folhas e frutos, prejudicar a fertilidade da planta ou até mesmo morrer devido a este excesso, além de aumentar a salinidade do solo.

Adubos orgânicos
Também podemos encontrar os macro nutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio) em versões orgânicas.

O nitrogênio pode ser encontrado em estercos (aves, gado, curral, etc), também na torta de mamona. O fósforo na farinha de ossos calcinada, farinha de peixe, e o potássio em cinzas de madeira, carvão vegetal e derivados da casca do côco (fibra, substrato, pó).

Os adubos orgânicos são compostos por derivados ou subprodutos agropecuários.

No caso dos orgânicos, temos um nível de segurança maior com relação a possíveis excessos, pois estes são absorvidos gradativamente pelo solo e pela planta. Os adubos orgânicos são liberados lentamente, demoram cerca de quinze dias para degradar e ficarem em condições de serem assimilados pelas plantas, mas em compensação, têm uma ação prolongada.

O adubo orgânico favorece a formação e estruturação da micro flora do substrato. A adubação orgânica pode ser feita, por exemplo, a cada dois meses. O adubo deve ser colocado ao redor da planta próximo a borda do vaso.

O adubo orgânico também pode ser encontrado em forma de pastilhas ou líquidos (mais práticos). Em todos os casos citados, devem-se seguir as instruções de uso dadas pelo fabricante.

Para se utilizar bem este tipo de informação, deve-se sempre recorrer as funções dos nutrientes. Por exemplo, uma planta que apresenta uma baixa floração, deve receber um adubo com uma porcentagem mais alta de fósforo, como a farinha de ossos calcinada. Ou uma planta com pouco crescimento, poucas folhas e amarelada, deve receber um adubo com mais nitrogênio, como a torta de mamona.

Normalmente encontramos recomendações da aplicação dos dois produtos (2 partes de torta de mamona para 1 parte de farinha de ossos) visando um fornecimento mais completo de nutrientes para as plantas.

Importante: Não misture os dois produtos(farinha de ossos e torta de mamona) juntos podem se tornar tóxicos.

É importante saber que a fertilização correta torna a planta saudável e mais resistente a pragas e doenças. Tenha isso em mente.

jerfi