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Posts para categoria ‘Adubos e Substratos’

terra

Além de precisarem de energia solar, as plantas precisam de água, minerais e oxigênio.
Geralmente, é o solo que fornece esses elementos. Mas, quando este é deficiente em nitrogênio, fósforo ou potássio, entre outros minerais essenciais para as plantas, é preciso substituir ou enriquecer o substrato para que a planta se desenvolva corretamente.

* Se você ainda não tiver vasos e quiser começar a cultivar plantas, o ideal é preparar o seguinte adubo: 4 medidas de turba branca, 1 medida de areia fina e 1 medida de terra escura.
Se você tiver um terriço ou minhocário, substitua a terra escura por húmus destes preparados.
Você pode substituir a areia por outros produtos como perlita expandida, vermiculita ou lã de pedra.

* Para melhorar a estrutura da terra muito compacta de alguns vasos, acrescente uma medida de areia de rio para cada cinco medidas de terra.
A areia dará porosidade ao substrato, permitindo que a água escorra melhor e que ele fique mais arejado, o que beneficiará o sistema radicular da planta.
Não use areia de construção, pois a sua composição contém um alto conteúdo de argila, que se compacta e faz o efeito contrário ao desejado.

* Se você perceber que as plantas estão pálidas e com falta de nutrientes, acrescente turba nos vasos.
Você pode utilizar turba branca ou preta. A primeira é a melhor opção porque a sua estrutura é bem porosa e isso aumenta a permeabilidade de nutrientes que alimentarão as plantas.

* Meça o pH (potencial hidrogeniônico) do substrato dos vasos. Para isso, existem muitos produtos como papéis indicadores ou gotas reativas de fácil uso.
Se o pH for alto, você tem uma terra alcalina e deve acrescentar uma mistura de cascas e folhas de pinheiro.
Este material orgânico dará acidez e reduzirá o pH.

* No caso de solos ácidos (com pH baixo), retire a terra do vaso e acrescente uma xícara de cal.
Misture o cal com a terra e deixe-a repousar durante um dia.
Use este novo substrato para as suas plantas e você verá que o pH da terra se neutralizará.

Obs.: Todos os materiais orgânicos e inorgânicos propostos para preparar os substratos podem ser encontrados em lojas especializadas e supermercados.
A terra neutra tem pH igual a 7.

Um bom meio para se livrar de restos orgânicos de alimentos já vencidos ou que não são consumidos ou já passaram do prazo de validade e ainda produzir um ótimo adubo e por sua decomposição. Entretanto isso acarreta mau cheiro e muita sujeira e feito ao ar livre. Nesse método, a simples cobertura com tela ou serragem resolve esses problemas provendo um excelente adubo natural.

O que precisa:
-Serragem ou telas bem finas (de preferência a serragem);
-Um balde ou um uma área quadrada de terra (o tamanho depende de quanto material você colocar);
-Qualquer tipo de material orgânico como restos de alimentos;

Passos:
1 – Separe e acumule uma certa quantidade de materiais orgânicos, no máximo por dois dias devido a decomposição natural e ao mal cheiro consequente;
2 – Espalhe os materiais no balde ou na terra (de preferência terra) de maneira a formar uma camada uniforme, 10 a 15 cm é o suficiente. Se fizer em um balde forre o fundo com uma camada grossa de terra no mínimo o dobro da quantidade de materiais orgânicos;
3 – Cubra TODO o material orgânico com a serragem, não economize. Se estiver fazendo com a tela e o balde tenha certeza de que o balde tenha sido totalmente lacrado;
4 – Deixe em local seco e arejado por cerca de 4 a 7 dias, isso depende dos materiais utilizados;
5 – A cada 2 ou 3 dias remexa um cantinho para ver se está bom, o adubo fica pronto quando tiver coloração escura, estiver úmido e sem cheiro. Quando isso acontecer remexa todo o adubo misturando bem, ele já pode ser usado em suas plantas.

Importante:
- Cubra todo o material sem deixar frestas ou a camada de serragem, se estiver muito fina você pode obter mau cheiro;
- Serragem é mais barata e muito mais eficiente que a tela, peça em qualquer marcenaria:
- Novamente a um canteiro com terra é muito mais prático para a produção do adubo e pode ser recolocado em outras partes de seu jardim, se fizer no balde tenha cuidado com o chorume (um líquido resultado da decomposição de certos compostos), por isso forre o balde com terra antes;
- Armazene em local seco, arejado e quente a decomposição acorre em temperaturas mais altas então se possível coloque exposto ao sol, isso fará o processo ocorrer mais rápido;
- Quanto menores os materiais orgânicos mais rápido e eficiente o processo será, então tente picar ou mesmo triturar cascas de frutas e de ovos reduzindo ao máximo qualquer alimento colocado;

saúde das plantas

Adubação, fertilizantes, nutrientes… Certamente a maioria das pessoas que se dedicam ao cultivo de plantas já ouviu estas palavras dezenas de vezes. Que tal conhecer melhor cada um dos principais nutrientes das plantas e saber quando há carência?

Quando você adquire um fertilizante químico, por exemplo, encontra no rótulo a descrição de sua composição e vê palavras como macronutrientes e micronutrientes, ou as siglas NPK, mas não é complicado entender tudo isso.

Observe: Os macronutrientes são os elementos essenciais para que a planta se desenvolva normalmente: nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio, magnésio e enxofre.

Os três primeiros – nitrogênio, fósforo e potássio formam a famosa fórmula NPK e são fundamentais para a sobrevivência das plantas;

Os micronutrientes são exigidos.em doses menores pelas plantas, mas são também de muita importância: ferro, boro, zinco, manganês, cobre, cloro e molibdênio.

Conhecendo a função de cada um dos nutrientes e como a sua carência afeta as plantas, você terá condições de corrigir qualquer problema rapidamente.

Lembre-se:
A maioria dos fertilizantes contém macro e micronutrientes, verifique as fórmulas no rótulo ou embalagem;

Fertilizantes com altas doses de fosfato são indicados para plantas com botões florais ou em inicio de floração;

Compostos orgânicos são fontes naturais de vários elementos, entre eles, destacamos: esterco de aves e bovinos, farinha de ossos, torta de mamona e farinha de peixe. Sua, atuação é mais lenta, por isso são indicados na composição de misturas de solo, na hora do plantio;
Calcário dolomítico é uma excelente fonte de magnésio;

Fertilizantes químicos podem ser encontrados no mercado especializado em diversas formas: liquido, pó, cristais solúveis, bastões e pastilhas. Procure escolher o tipo mais adequado para a planta, lembrando que os bastões e pastilhas, introduzidos no solo, são fertilizantes de liberação lenta, enquanto que os solúveis podem ser aplicados na água das regas.

bokashi 8

O surgimento de bolor indica ação correta dos fungos do bokashi, responsáveis pelo fornecimento de fósforo e nitrogênio às plantas

Disseminado entre produtores e colecionadores de plantas como um produto milagroso, o bokashi vem conquistando cada vez mais adeptos no Brasil. “O nome em japonês significa farelos fermentados, indicando a composição do famoso adubo”.
Trata-se de um composto orgânico feito com diversos tipos de farelos de cereais como arroz, trigo e soja, fermentados por microorganismos benéficos que fornecem diversos tipos de micro e macronutrientes à planta. A partir dessa composição básica, cada produtor pode acrescentar diversos ingredientes, a fim de encontrar o produto ideal para cada tipo de cultura. Há bokashi para orquídea, bonsai, bromélia, hortaliças e plantas ornamentais, sendo que cada composição procura fornecer à planta o que ela mais precisa.

Foram feita experiências com diferentes misturas a 12 anos e há dois processos diferentes de fabricação. No método aeróbio, os farelos misturados passam pelo processo de fermentação ao ar livre. Nesse caso, além da produção de mau cheiro, a dispersão de nitrogênio é muito grande. Ele defende o uso do processo anaeróbio, no qual a mistura fica acondicionada em sacos plásticos resistentes que retêm o nitrogênio.

Além de funcionar como adubo, o produto também tem ação fungicida. Os microorganismos benéficos incorporados impedem a proliferação dos fungos que causam doenças nas plantas. Outra grande vantagem é o baixo custo do bokashi em relação aos produtos químicos à base de nitrato, os famosos NPK. 1.000 litros do bokashi custam por volta de R$ 130,00.

Composição do bokashi tradicional
50% de farelo de arroz
20% de farelo de soja
15% de casca de arroz carbonizada
10% de farelo de trigo
Para cada tonelada do produto deve-se adicionar:
1,5 l de água
1,5 kg de açúcar cristal ou mascavo
1,5 l de microorganismos favoráveis (EM)
10 g de sulfato de potássio diluído em água

Como fazer – Apesar de parecer simples, a produção do bokashi é lenta e cheia de detalhes. Primeiramente, devem-se misturar os farelos de arroz, trigo e soja com a casca de arroz carbonizada, até que fiquem bem homogêneos. O carvão é muito importante para o controle da acidez, Em seguida, adiciona-se a água, com pH 5,5. Não é recomendável o  uso de água de torneira, mas, caso essa seja a única opção, aconselha-se que permaneça em um recipiente até o cloro evaporar. Em seguida, acrescentam-se os temperos: açúcar cristal ou mascavo, sulfato de potássio e o EM (microorganismos eficazes) diluído em água. Para finalizar, coloca-se uma pequena quantidade de lactobacilos. O composto é misturado e, antes de embalar, é preciso conferir sua consistência, que não pode ser muito pastosa. O ponto ideal é quando conseguimos modelá-la com as mãos sem que libere água.

Aliado ao baixo custo do produto, a dificuldade do processo faz com que as pessoas prefiram comprar o produto industrializado, vendido em casas de artigos para jardinagem, orquidários e lojas de produtos naturais.

O acondicionamento é um passo muito importante. É recomendável o uso de sacos resistentes , como os de ração para animais, que não podem ter furos. Após ensacar a mistura, aperte bem a embalagem para retirar o máximo possível de ar e deixar o produto bem compactado.
Feche a boca do saco com fita adesiva, vedando, também, os possíveis furos. A partir da embalagem, mantenha o produto fechado por vinte dias em local seco e longe de animais. Por ser fonte protéica, cães, gatos e outros bichos podem ingerir a mistura.
Quando for abrir o saco, certifique-se de que ele libera um leve odor de álcool, sinal que a fermentação teve êxito, e de que contenha bolor por cima, indicando ação correta dos fungos. São eles que vão liberar o fósforo e nitrogênio para as plantas. Ao aplicar nos vasos, verifique se o mesmo bolor é formado.

Como usar? O bokashi é um adubo de liberação lenta, que deve ser aplicado a cada quatro ou cinco meses.Durante esse período, o produto libera o nutrientes aos poucos. Um cuidado importante na manutenção é evitar o uso de fungicidas bactericidas. O segredo da composição é a presença do microorganismos. Ao aplicar produtos de combate, eles serão dizimados e o adubo perde seu efeito.

No momento de aplicar, não exagere na dose. Meia colher de sopa, colocada na borda do vaso, longe da planta, é mais do que suficiente para o bom desenvolvimento. Usar quantidade maior do que a indicada pode deixar as folhas amarelas e, em casos mais graves, culminar na perda do exemplar. Não se deve usar o produto no período de floração.
A única desvantagem do bokashi é o eventual aparecimento de lesmas. Fique atento aos sintomas, como brotos e folhas comidas.

Microorganismos eficazes – EM é a sigla para microorganismos eficazes. A emulsão produzida pelos adeptos da Igreja Messiânica, reúne 116 tipos de microorganismos benéficos que ajudam no desenvolvimento saudável das plantas.

Pode ser encontrada na fundação Mokjti Okada. Contato: fmo@fmo.org.br ou (11) 5087 5009.