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Euphorbia trigona3

A suculenta Euphorbia trigona é uma suculenta comumente utilizada no paisagismo, tanto em áreas externas como internas.

A Euphorbia trigona é uma espécie de origem africana, ocorrendo nativamente na região central do continente. Aqui no Brasil, esta suculenta costuma ser apelidada de candelabro ou cacto candelabro.

No entanto, vale relembrar que não se trata de uma cactácea e salientar que outras espécies de Euphorbia podem ser chamadas por estes nomes populares.

De fato, esta é uma suculenta de porte colunar, que vai emitindo ramificações laterais, eretas e paralelas ao caule principal, que conferem à Euphorbia trigona um aspecto candelabriforme, em forma de candelabro.

Ao contrário dos cactos, a Euphorbia trigona possui folhas, além de espinhos. Estes são formados aos pares, e são de natureza mais agressiva. Já as folhas apresentam a forma de gotas, projetando-se lateralmente e verticalmente, em relação ao caule, alinhadas de forma simétrica, causando um efeito bastante ornamental e dramático.

A forma tipo apresenta caule e folhas completamente verdes, ao passo que a variedade Euphorbia trigona ‘Rubra’ é conhecida por sua belíssima folhagem avermelhada. Esta forma também é conhecida como Euphorbia trigona ‘Royal Red’.

O nome científico desta espécie de suculenta, Euphorbia trigona, faz menção ao fato de seu caule apresentar uma interessante forma geométrica, com uma triangulação em três quinas. É a partir das extremidades de cada vértice que surgem as folhas e espinhos.

É interessante notar que esta suculenta nunca foi vista florescendo. Alguns especialistas acreditam tratar-se de uma planta híbrida, embora haja controvérsias a este respeito. O fato é que o grande atrativo da Euphorbia trigona fica por conta do aspecto escultural e único de sua parte vegetativa, que faz sucesso na decoração de ambientes internos, plantada em vasos.

Como esta é uma planta que atinge grandes proporções, é preciso escolher um vaso capaz de acomodar suas raízes, que não são volumosas, e, ao mesmo tempo, suportar sua estrutura na posição vertical, sem tombamentos, uma vez que o centro de gravidade da Euphorbia trigona fica mais elevado.

Sendo assim, o melhor é escolher vasos de barro, cerâmica ou cimento, mais pesados, que estabilizem a planta em pé.

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Um cuidado extra deve ser tomado em varandas e coberturas, principalmente em andares mais altos, já que a intensidade dos ventos é maior, o que pode derrubar a planta. Dentro de casas e apartamentos, o principal problema é a luminosidade. É importante que o vaso fique próximo a uma janela ampla, bem ensolarada.

Uma grande vantagem da Euphorbia trigona, e de outras euforbiáceas, em geral, é que elas necessitam de uma luminosidade um pouco menos intensa, quando comparadas às cactáceas.

Além disso, como ela não floresce, não há a necessidade do fornecimento de muitas horas de sol direto, diariamente. Sendo assim, a Euphorbia trigona e outras espécies similares são perfeitas para o cultivo dentro de casas e apartamentos, desde que recebem bastante luminosidade indireta.

O solo ideal para o cultivo desta suculenta é o mesmo utilizado para cactos, composto por uma mistura de areia grossa de construção e terra vegetal, em partes iguais. Também há a possibilidade de se adquirir um substrato já pronto para esta finalidade, à venda em lojas de jardinagem.

É importante que o vaso tenha furos no fundo e uma camada de drenagem, que pode ser composta por qualquer material particulado, como argila expandida ou cacos de telha. Neste caso, a brita ajuda a tornar o vaso mais pesado, dando-lhe mais estabilidade para sustentar a Euphorbia trigona.

Esta é uma suculenta que pode ser regada de forma moderada, apenas quando o solo estiver seco ao toque. Na dúvida, é melhor não dar água. A Euphorbia trigona não tolera o excesso de umidade em suas raízes, de forma que é sempre melhor errar no sentido da falta do que do excesso de água.

Durante o inverno, as regas podem ser ainda mais reduzidas. Como sempre, convém evitar o uso do pratinho sob o vaso, já que o acúmulo da água proveniente das regas pode causar o apodrecimento das raízes.

Outro elemento que não precisa ser fornecido em abundância é o adubo. Em seu habitat de origem, a Euphorbia trigona está acostumada a solos pouco férteis, pobres em matéria orgânica.

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Além disso, como não floresce, não necessita de uma adubação específica, para este fim. Uma fertilização inorgânica, do tipo NPK, própria para o cultivo de cactos e suculentas, é suficiente para garantir um bom desenvolvimento desta suculenta.

A Euphorbia trigona vai se tornando cada vez mais alta e ramificada, à medida que o tempo passa. Neste sentido, algumas podas periódicas podem ser necessárias, para controlar o aspecto da planta.

Neste momento, é importante utilizar um equipamento de proteção adequado, como luvas e óculos, uma vez que a seiva liberada através dos cortes pode causar sérias irritações na pele, mucosas e olhos.

Também é bom não podar muito porque, quanto maior for a planta, mais ornamental será seu efeito. Além disso, grandes exemplares de Euphorbia trigona levam anos para atingir este porte, de modo que seu valor no mercado costuma ser bem elevado.

A propagação da Euphorbia trigona pode ser feita através do plantio de estacas, provenientes de eventuais podas. Além disso, a planta emite brotações a partir da sua base, que podem ser destacadas e plantadas separadamente.

Em ambos os casos, é importante se proteger do látex e aguardar algumas horas, até que o corte seja cicatrizado.

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Callisia fragrans

Apesar de possuir a aparência de uma típica bromélia, a planta cesto pertence a outra família botânica, não guardando um parentesco próximo em relação às bromeliáceas.

Trata-se de uma espécie de planta ornamental, que faz bastante sucesso junto aos cultivadores. Apesar de não ser muito conhecida, esta exuberante folhagem está relacionada a diversas plantas bastante populares, frequentemente utilizadas no paisagismo de áreas internas e externas.

A espécie Callisia fragrans pertence à família Commelinaceae, da qual também fazem parte as diferentes espécies do gênero Tradescantia.

É interessante notar que estas outras espécies, relacionadas à Callisia fragrans, costumam ser cultivadas como plantas de interiores, desenvolvendo-se bem em ambientes sombreados. Muitas delas, contudo, são bastante versáteis, podendo ser frequentemente encontradas no paisagismo de áreas externas, inclusive em canteiros nas calçadas.

No exterior, a Callisia fragrans é conhecida como planta cesto, devido à organização de suas folhas suculentas ao redor de uma roseta, formando uma espécie de receptáculo, na parte central e inferior da planta.

Além disso, seu nome popular também tem relação com o fato de esta espécie ser tradicionalmente cultivada em vasos suspensos.

No Brasil, este mesmo nome popular, planta cesto, ainda não é muito conhecido. Por aqui, o mais comum é se referir a esta planta através de seu nome científico, Callisia fragrans. Também há quem a chame de falsa bromélia, devido à sua aparência de uma bromeliácea típica.

Esta é uma espécie endêmica do México, o que significa que ela não é encontrada nativamente em nenhum outro local do mundo. Atualmente, muitos exemplares encontram-se introduzidos nos habitats de diversos outros países.

A Callisia fragrans é cultivada como planta ornamental de interiores há bastante tempo, desde o início do século XX, principalmente em localidades no hemisfério norte.

Em seu habitat original, a Callisia fragrans está adaptada a uma luminosidade filtrada pelas copas das árvores. Por este motivo, a planta cesto é tão popular em ambientes internos, nos quais ela recebe apenas a luz difusa, indireta, que chega através das janelas.

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Ainda assim, esta espécie pode apreciar o sol mais ameno que incide nas primeiras horas da manhã ou no final da tarde. Sob estas condições de luminosidade, suas folhas adquirem uma interessante tonalidade avermelhada. Já o sol pleno das horas mais quentes do dia deve ser evitado, uma vez que pode causar queimaduras nesta planta.

Uma boa luminosidade também é essencial para que a Callisia fragrans floresça. Como seu nome científico já adianta, suas flores são agradavelmente perfumadas, organizando-se sob a forma de delicadas inflorescências na coloração branca, que costumam surgir durante os meses mais quentes do ano, na primavera e verão.

Dentro de casas e apartamentos, contudo, é mais difícil que este fenômeno ocorra. Ainda assim, vale a pena cultivar a planta cesto, que é famosa por sua folhagem ornamental e exótica.

A Callisia fragrans aprecia um solo fértil, rico em matéria orgânica, que seja bem aerado e facilmente drenável. Uma mistura de terra vegetal e composto orgânico, em partes iguais, é ideal para o cultivo desta espécie.

Devido à natureza suculenta de suas folhas, há quem opte por adicionar um pouco de areia a este substrato. Contudo, este material deve entrar em menor proporção, comparativamente àquela utilizada nos substratos para plantas suculentas.

As regas devem ser moderadas, de modo que o solo não fique demasiadamente úmido, encharcado por um período muito prolongado. O vaso ideal para o cultivo da Callisia fragrans é o de plástico, capaz de reter a umidade do solo de forma mais consistente.

Além disso, por ser mais leve, é perfeito para ser pendurado. O importante é que ele tenha furos no fundo e uma camada de drenagem, composta por qualquer material particulado, como argila expandida, pedrisco ou cacos de telha. Por cima destes elementos, uma manta geotêxtil ajuda a reter o substrato e evita que as raízes da planta cesto entupam os drenos.

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A adubação da Callisia fragrans não precisa ser muito elaborada ou intensa, uma vez que o solo já é rico em matéria orgânica. Um adubo próprio para o cultivo de plantas ornamentais, do tipo NPK, com níveis balanceados de macro e micronutrientes é suficiente para a manutenção da planta cesto.

Caso o intuito seja estimular a floração, uma formulação mais rica em fósforo pode ser aplicada. Neste caso, convém evitar os fertilizantes muito ricos em nitrogênio, que tendem a priorizar o crescimento vegetativo.

A multiplicação da Callisia fragrans é bastante tranquila, uma vez que a planta emite estolões com pequenos brotos em suas extremidades. Basta seccionar estes segmentos e plantá-los separadamente.

Caso o cultivador prefira, pode deixá-los ao redor da planta mãe. Tão logo toquem o solo, enraízam-se e transformam-se em novas mudas, colaborando para o adensamento da touceira.

A Callisia fragrans, assim como os outros representantes da família Commelinaceae, não é conhecida por produzir substâncias tóxicas em seus tecidos vegetais. Na verdade, esta espécie tem um longo histórico de uso como planta medicinal, em diferentes culturas.

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Suas folhas costumam ser utilizadas para tratar queimaduras e problemas de pele, muito embora faltem evidências científicas que comprovem estas propriedades curativas. Na dúvida, é sempre melhor evitar a automedicação, ainda que seja com produtos naturais, como a planta cesto.

Em resumo, esta é uma espécie bastante resistente, de fácil cultivo e incrivelmente ornamental. A Callisia fragrans também é uma planta versátil, desenvolvendo-se bem em vasos, dentro de casas e apartamentos, ou plantada diretamente no solo, em áreas sombreadas de ambientes externos.

Como cresce e se multiplica rapidamente, a planta cesto pode ser uma ótima opção para cobrir grandes áreas no jardim, como uma forração.

estrela cintilante