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Neem

Pertencente a família Meliaceae, a Azadirachta (nim) antigamente era conhecida como Melia azadirachta L. e sempre foi confundida com a Melia azedarach L. (Cereja-chinesa ou o Lilás da Pérsia). O nim é uma árvore de grande porte e chega aos 30 metros de altura, é muito resistente e vive cerca de 200 anos, pertence a mesma família do cedro, do cedro-rosa e da santa bárbara (árvore nativa do Brasil).

O óleo de neem conquistou rapidamente muitos adeptos no setor de jardinagem, já que além de combater pragas e insetos com eficiência, ainda é natural. O óleo é extraído da árvore Azadirachta indica A. Juss, popularmente conhecida por nim (“neem” nos países de língua inglesa e margosa ou nimba regionalmente).

Embora seja desconhecido de uma grande maioria, o extrato das folhas e o óleo extraído das sementes da árvore de nim já são utilizados à mais de 2.000 anos com grande sucesso pelo habitantes da Índia e dos países próximos, no controle de pragas agrícolas e pecuárias e ainda como fertilizante de solo.

Além de combater carrapatos, fungos e nematóides, descobriu-se que o nim ainda pode ser usado no combate de mais de 20 doenças que afligem o ser humano como:
* doenças cardíacas (arritmia)

* controle do colesterol sangüíneo; pressão alta

* doenças infecciosas (herpes, pé de atleta, hepatite)

* doenças nervosas (epilepsia)

* doenças parasitárias (chagas, vermes intestinais, malária, escabiose e pediculose)

Estudos na medicina buscam utilizar em breve o neem como método contraceptivo.

Muitos compostos biologicamente ativos podem ser extraídos das diferentes partes da árvore do nim, incluindo triterpenóides, compostos fenólicos, carotenóides, esteróides e cetonas. Através de diferentes processos podem ser extraídos por volta de 24 compostos com atividades biológicas, porém apenas 4 desses compostos apresentam alta eficiência como pesticidas: azadiractina, salanina, melantriol e nimbina.
A azadiractina tem recebido mais atenção dos pesquisadores, por apresentar isoladamente efeitos mais seletivos para os insetos que o extrato de nim com todos os compostos juntos.

Além de suas várias propriedades a árvore de nim ainda apresenta muitas vantagens na hora do cultivo pois consegue crescer em solos secos, pobres e ácidos, graças ao seu sistema radicular que desenvolveu uma capacidade fisiológica única para retirar de solos arenosos e muito lixiviados elementos nutritivos para o seu desenvolvimento.

Seu crescimento é rápido e sua madeira muito valorizada por que raramente é atacada por cupins e ainda tem se mostrado muito útil devido ao seu total aproveitamento, pois com o material remanescente da extração do óleo, pode-se fazer adubo orgânico de excelente qualidade. Esta torta das sementes do nim tem permitido aumentar em cerca de 37% a produtividade do algodão, e em 19% a do arroz e ainda é considerado superior ao esterco de vaca como adubo no cultivo da cana-de-açúcar.

Misturada com a uréia, a torta da semente de nim, reduziu o custo com fertilizantes nitrogenados para várias culturas, além de conseqüente aumento na produtividade com baixo custo de produção
O maior potencial da árvore de nim é sua capacidade de fornecer substitutos orgânicos para os produtos químicos agrícolas, visando o controle de pragas, seja de maneira letal ou com ação repelente. O óleo que é composto por um coquetel de substâncias, pode ser obtido a partir das sementes.

Veja as principais vantagens de utilizar o óleo de neem na jardinagem:
* é biodegradável

* demonstra ser pouco tóxico para mamíferos

* não cria tolerância ou resistência do neem nos insetos

* não prejudica os inimigos naturais de muitos insetos e pragas

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cardo-marianoTubérculos: Cardo-Mariano

O caule é um dos dois principais eixos estruturais de uma planta vascular e são classificados em caules aéreos (que por suas vez são divididos em rastejantes, trepadores e eretos, que por sua vez são subdivididos em tronco, haste, estipe e e como), caules subterrâneos (rizomas, tubérculos e bulbos) e caules aquáticos, além de outras adaptações como gavinhas, espinhos e cladódios. A planta é acaule quando o caule é tão contraído que as folhas parecem sair diretamente da raiz, como na Tanchagem. Falsos caules são chamados de cauloma (formado pelas bainhas das folhas), e pseudobulbo (dilatação da base das folhas das orquídeas, ricas em água).

Caules Aéreos
São os mais comuns e desenvolvem-se no ar livre. Podem ser eretos, rastejantes ou trepadores.
- Caules rastejantes ou estolhos: desenvolvem espalhando-se pelo solo, onde fixam por meio de raízes adventícias, como é o caso da melancia;

- Caules trepadores: se desenvolvem subindo num suporte qualquer. Alguns se prende, no suporte por meio de elementos de fixação, que podem ser raízes grampiformes, como na hera, ou gavinhas, como no maracujá e no chuchu. Outros caules se enroscam no suporte sem o auxílio de estruturas de fixação;

- Caules Eretos: São aqueles que crescem perpendicularmente ao solo. Os caules eretos dividem-se em quatro tipos: tronco, haste estipe e colmo.
1 – Tronco: caule cilíndrico e ramificado, característico das árvores grandes, encontra-se em muitas dicotiledôneas; no tronco, os nós e entrenós não são muito visíveis.
2 – Haste: caule mole, geralmente verde e ramificado, a haste é própria de ervas, como a couve.
3 – Estipe: tem a forma cilíndrica e não possui ramos; as folhas saem do topo do caule; é característico da palmeira e aparece em outras monocotiledôneas como o buriti
4 – Colmo: semelhante ao estipe, mas apresenta nós e entrenós bem evidentes; os entrenós podem ser ocos (bambu) ou cheios (cana-de-açúcar)

Caules Subterrâneos
Como resultado de um processo de especialização, partes do sistema aéreo podem encurtar-se ou desenvolver-se horizontalmente sob a superfície do solo, dando origem aos bulbos (como na cebola), tubérculos (batata) e rizomas (gengibre), que são caules subterrâneos ricos em reservas alimentares, bem como agentes da reprodução vegetativa.

Desenvolvem-se sobre o solo. Podem ser de três tipos: rizomas, tubérculos e bulbos.
- Rizomas: são caules que crescem sob a superfície da terra, emitindo ramos ou folhas aéreos. A bananeira, por exemplo, apresenta rizoma; o que vemos fora da terra não é um caule verdadeiro, mas apenas folhas. Outros exemplos: gengibre e samambaia;

- Tubérculos: caule muito conhecido, graças a seu amplo uso como alimento. São formados pelas plantas de rizomas que, em geral, são muito grossos e especializados em acumular material nutritivo. A batata-inglesa, ou batatinha é um exemplo desse tipo de caule;

- Bulbos: são órgãos formados por caule e folhas modificadas. O caule ou é redondo ou pode apresentar a forma de uma placa. Da parte inferior dessa placa saem raízes; da parte superior saem várias folhas, em geral, com acúmulo de reservas. Essas folhas se dispõem de forma a proteger a gema central, localizada no caule. Portanto, uma parte das folhas que envolvem o bulbo também é subterrânea. Algumas plantas dotadas de bulbos, como o Alho e a Cebola, são usados na alimentação.

Caules Aquáticos
Desenvolvem-se dentro da água. Como exemplo temos a elódeia e a Vitória-Régia.

Adaptações dos Caules
Há também outros tipos de adaptação dos caules que tornam possível um melhor desenvolvimento das plantas no meio em que vivem. Entre outras podemos citar:
- Gavinhas: são prolongamentos enrolados do caule, resultantes de ramos modificados e que fixam o vegetal em suportes inicialmente retilínea, a gavinha enrola-se logo que encontra um suporte. Por possuir a forma de mola, a gavinha não se parte com facilidade;

- Espinhos: são órgãos pontiagudos, presos a tecidos mais internos do caule. Servem de proteção a planta. O caule da Laranjeira, por exemplo, apresenta esse tipo de adaptação. Os espinhos também podem ser folhas modificadas;

- Cladódios: são caules que se parecem com folhas, geralmente achatados e verdes. Alguns cladódios como a Figueira-da- Índia e outros cactos armazenam água, são suculentos, e suas folhas estão transformadas em espinhos.

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fotossintese1

A fotossíntese é um importante processo pelo qual o vegetal produz o alimento de que necessita, com o suporte da luz solar, gás carbônico e água. A água e os sais minerais absorvidos pelas raízes sobem pelos vasos lenhosos delas e do caule e chegam às folhas. Nas folhas, existe a clorofila, que absorve energia luminosa do sol. Ao mesmo tempo, por meios dos estômatos, o vegetal absorve gás carbônico do ar.

As folhas acabam por sofrer complexas reações químicas por meio destas produzem açucares e outras substâncias que lhes servem de alimento, para isso elas utilizam a energia solar, o gás carbônico do ar e o hidrogênio contido na água retirada do solo. É nesse trabalho que a seiva bruta se transforma em seiva elaborada. A seiva bruta contém águas e sais minerais. A elas são acrescentados os produtos da fotossíntese: a glicose e o oxigênio. Assim, a seiva elaborada desce pelos vasos liberianos, sendo distribuída para todas as partes da planta.

O açúcar produzido na fotossíntese pode ter caminhos diferentes. Uma parte, pode ser levada pelos vasos liberianos para as outras partes da plantas, principalmente as não clorofiladas, que não são capazes de produzir seu alimento. Uma segunda parte pode ser utilizada pela própria célula que a produziu, para obter energia durante o processo de respiração. Finalmente, uma terceira parte pode ser armazenada na forma de amido.

Durante a fotossíntese, a planta produz moléculas de oxigênio a partir das moléculas de água que ela retira do solo. Esse oxigênio, liberado para a atmosfera, é utilizado pelos seres vivos no processo de respiração. A fotossíntese só pode ser realizada na presença de luz, inclusive com a presença de luz artificial.

sininho

bosque

Como outras plantas, as árvores penetram na terra com suas raízes para extrair os sais minerais necessários a sua nutrição. Toda a extensão do tronco é percorrida por um duplo sistema condutor, constituído pelos vasos lenhosos ou xilema, que conduzem a água e os sais do solo até os galhos e folhas; e pelos vasos do líber ou floema, que levam aos demais tecidos a seiva elaborada junto com os açúcares fabricados nas folhas.

No tronco de uma árvore de vários anos pode-se observar a formação, numa zona mais externa, de um revestimento de material poroso e impermeável que protege e isola a planta: é o córtex, formado pelo súber ou cortiça, tecido composto por células mortas cuja espessura aumenta com o tempo. Esse revestimento cortical decorre da atividade de uma série de células, situadas na zona imediatamente inferior, que se dividem com grande rapidez e formam o felogênio.

Em alguns casos, como nas palmeiras, não há ramificações, caso em que não se fala em tronco, mas em estirpe. Em uma árvore podem-se observar duas partes de aspecto bem diferenciado: o tronco, que sustenta toda a estrutura, e a copa. Nas palmeiras, a copa é um penacho de grandes folhas, formado pela ramagem, onde se encontram também os brotos (gemas), que podem dar origem a novos indivíduos.

A zona inferior mais próxima a esta é a do parênquima, cujas células têm clorofila e, portanto, capacidade para realizar a fotossíntese. Prosseguindo em direção ao centro medular do tronco encontram-se as faces dos vasos condutores, primeiro os do floema e depois os do xilema. A cada ano surgem novos vasos devido à ação de outro tecido de crescimento, denominado câmbio, graças ao qual a árvore engrossa. Com o passar dos anos, os vasos do centro se lignificam por completo, formando um tecido duro denominado durame.

No outono, como a atividade da árvore se reduz, formam-se vasos menores e menos numerosos do que na primavera. Assim, ao se seccionar o tronco pode-se distinguir um conjunto de anéis concêntricos de crescimento que permitem determinar a idade da árvore. Cada anel anual é composto de subanéis, um de madeira mais clara, correspondente à estação quente, e outro mais escuro e compacto, formado na estação fria. Os vasos que ainda são funcionais e conduzem a seiva deslocam-se progressivamente para a periferia e apresentam coloração mais clara. Ou seja, no tronco de uma árvore a zona viva está limitada às camadas periféricas. O resto é o material de sustentação, que forma a madeira.

Por essa razão se vêem freqüentemente brotarem novos galhos de árvores ocas, que na primavera se cobrem de folhas e florescem: a parte vital da planta – a região periférica – continua intacta.

A Importância das Árvores Para Culturas e Ecossistemas
Diferentes ecossistemas organizam-se em torno das árvores. Animais de todo tipo e o homem, desde os primeiros povos da floresta, têm sua vida integrada à desses seres versáteis, que realizam milagres de adaptação frente a condições adversas. A transferência de espécies de uma para outra região, devido à ação do homem, alterou profundamente a distribuição das árvores no planeta, mas tornou maiores as possibilidades de sua utilização e os benefícios advindos de seus vários produtos.

Várias culturas e povos obtiveram da árvore os materiais de construção para erguer casas e para fabricar armas, utensílios, veículos e embarcações. Além da madeira, uma série de outros produtos poderiam ser citados, tais como a celulose (matéria-prima do papel), a cortiça, as resinas, o látex (líquido segregado por algumas árvores, como a seringueira, essencial para diversas indústrias), as gomas, os vernizes, o tanino e a cola, sem esquecer a importância econômica das árvores frutíferas.

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