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De todos os métodos existentes de secagem de plantas, a técnica ao ar livre é a mais simples e natural. A vantagem deste método é preservar a forma e as cores de uma grande variedade de flores e plantas.

Penduradas amarradas em forma de ramalhetes e até deitadas, as flores preservadas pelo processo ao ar livre mantém uma boa parte de seu aspecto natural: suas formas, bem como suas cores são bem pouco alteradas, tornando-as ideais para a composição de arranjos onde se busca maior naturalidade possível.

Para este processo, sugere-se a utilização de espécies que sejam bem resistentes à ação do tempo, como as sempre-vivas, os cravos, estatices, cristas-de-galo ou celósias, primaveras, hortênsias e até gramíneas como aveia e trigo. As gypsophilas ou mosquitinhos também dão excelentes resultados.

Para fazer a secagem de plantas pelo processo ao ar livre, você vai precisar de um local seco, fresco e com boa circulação de ar. O local, é claro, precisa ser coberto, para que haja proteção contra chuvas e umidade. É possível obter bons resultados até em garagens e armários bem ventilados.

Com as plantas deitadas… As espécies mais indicadas para este tipo de secagem são as gramíneas. É importante, porém, que as plantas não fiquem amontoadas, para que o ar possa circular bem entre as pétalas e folhas.

Se houver acúmulo de umidade, as plantas poderão apodrecer antes de mesmo de secarem completamente:
- Forre uma superfície plana e lisa com folhas de jornal, papelão ou outro material absorvente;
- Espalhe bem as plantas sobre esta superfície, de maneira a garantir boa circulação de ar, especialmente entre as hastes, onde há maior acúmulo de umidade. Deixe secando e evite o excesso de manuseio.

Com as plantas em vasos… Outro processo de secagem bem simples pode ser realizado com as plantas em vasos. Dão bons resultados: gramíneas em geral, papiros, cebola ornamental, estatices, hortênsias, mimosas, esporinhas e gypsophilas.
- Para obter bons resultados com as hortênsias, mimosas, esporinhas e gipsophilas, coloque-as em um vaso com um pouco de água no fundo (mais ou menos uns 5 cm);
-As outras espécies devem ser colocadas em um vaso sem água, observando a quantidade de plantas: evite colocar plantas demais em um vaso de boca estreita, pois isso facilita o abafamento das hastes, podendo causar o apodrecimento das plantas.

Com as plantas penduradas em ramalhetes… Este é o processo mais simples de secagem ao livre. As rosas, sempre-vivas, estatices, mil-folhas e mimosas são as que dão melhores resultados:
- Comece formando os ramalhetes com poucas plantas. Umas dez hastes são suficientes para cada um. Junte as hastes e amarre-as.
- Com muito cuidado, separe bem as hastes para facilitar a circulação de ar entre eles.
Instale alguns varais a uma distância de uns 25 cm entre eles, para evitar que as plantas fiquem acumuladas. Outro fator importante: calcule uma distância de uns 15 cm entre o teto e os varais.
- Pendure os ramalhetes de cabeça para baixo, mantendo uma boa distância entre eles nas laterais. Use fios de ráfia ou barbantes para amarrá-los.
- Não é necessário nenhum tratamento especial das plantas antes da secagem ao ar livre.

banquinho

luz na floresta
Ao cultivarmos plantas precisamos sempre ter em mente que estamos tratando de um ser vivo, que necessita de condições básicas para a sua sobrevivência, como água, nutrientes e iluminação. Desta vez, vamos falar a respeito da luz.

Nenhuma planta é capaz de crescer sadia com a ausência de luz, fundamental para o seu desenvolvimento. Algumas plantas conseguem viver com iluminação indireta, enquanto outras precisam de várias horas de exposição ao sol. Uma série de processos e reações que envolvem a sobrevivência de uma planta depende da energia que ela absorve da luz. Dentre estes processos, podemos citar a fotossíntese.

O tempo necessário de exposição à luz pode variar de planta para planta e o mesmo pode ser dito com relação à intensidade de luz. Plantas suculentas como os cactos, por exemplo, necessitam de luz solar direta pelo menos 5 horas por dia, enquanto que outras nem resistem à exposição aos raios solares diretos.

Uma boa forma de estabelecer as necessidades de acordo com o tipo da planta, é observar alguns exemplos. Lembre-se sempre:
* As plantas tendem a crescer sempre na direção da fonte de iluminação, por isso, para que cresçam de maneira uniforme, o ideal é girar o vaso periodicamente.
* Plantas bem adaptadas não precisam de mudanças. Evite mudá-las bruscamente de local, tentando manter os vasos sempre recebendo luminosidade uniforme de acordo com suas necessidades, pois as plantas podem se ressentir com as variações de luz.

raio de sol

Por que as folhas das árvores se tornam avermelhadas antes de caírem no outono, e por que sua cor é mais viva em alguns anos?

Uma pesquisa desenvolvida na Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) propõe uma explicação simples para o fenômeno: Os pigmentos vermelhos chamados antocianinas que se acumulam nas folhas funcionam como uma proteção contra a radiação solar intensa.
Os pigmentos vermelhos protegem o tecido que realiza a fotossíntese.

Durante o outono, as árvores reabsorvem os nutrientes das folhas; para recolher o máximo de nutrientes antes que as folhas caiam, elas precisam da energia gerada na fotossíntese. Contudo, os sistemas que participam da fotossíntese — muito utilizados no verão — também estão sendo decompostos e absorvidos no outono.

Além dessa decomposição, a fotossíntese pode ser inibida ainda por uma luminosidade muito intensa.

Por isso, logo que a reabsorção de nutrientes se inicia no outono, a concentração das antocianinas aumenta na superfície das folhas. “Esses pigmentos absorvem grande parte da luz que chega às folhas”, afirma Hoch. Dessa forma, preserva-se a limitada habilidade das árvores de produzir energia durante o outono.

Além da luz abundante, baixas temperaturas e outros fatores de estresse também provocam o acúmulo das antocianinas nas folhas.

A descoberta da equipe de Hoch confirma as observações de que as cores do outono são mais vivas em dias mais claros e nas folhas situadas na parte mais externa das árvores.

As regiões em que o outono é ensolarado e frio exibem folhas muito vermelhas nessa estação.

folhas_1

TRANSPIRAÇÃO

Nos vegetais, a perda d’água sob forma de vapor é denominada de transpiração. A seiva bruta que sobe da raiz às folhas, é uma solução extremamente diluída de matérias minerais.

Penetrando no interior da planta, acarreta a entrada de quantidade maior do que as necessidades do vegetal. Através da folha, pela transpiração, a planta consegue eliminar o excesso, facilitando assim a circulação da seiva.

Todas as superfícies permeáveis da planta em contato com o ar podem transpirar, mas a atividade maior está nas folhas, pois estas possuem os estômatos que agem como controladores da transpiração e são aberturas microscópicas existentes na epiderme foliar ou caulinar, que se abrem internamente em canais aeríferos e permitem as trocas gasosas necessárias à vida das plantas.

Os estômatos encontram-se mais freqüentemente só do lado inferior da folha, que é mais protegido contra os raios solares e contra o vento. A transpiração da planta varia de acordo com alguns fatores ambientais como: a temperatura (muitas plantas nas horas mais ensolaradas do dia, fecham completamente seus estômatos para evitar distúrbios que podem ocorrer de uma transpiração excessiva), a luz (diminui muito quando está escuro) e a umidade do ar.

Até mesmo as correntes de ar que passam sobre a superfície das folhas podem influir,ativando a transpiração duas a cinco vezes mais do que em atmosfera calma. Conforme a espécie, as herbáceas que têm o porte e a consistência de erva, por exemplo, transpiram mais. A idade da planta também influencia na transpiração, variando muito de acordo com a fase em que ela se encontra: se em crescimento ativo, etc..

Esses fenômenos são facilmente verificados em terrários de vidro. As paredes do recipiente tornam-se embaçadas. As gotas condensadas que ali escorrem, são da água perdida pela planta sob a forma de vapor. A quantidade de água que as plantas perdem durante a transpiração é enorme.

Para se ter uma idéia, basta extrairmos uma plantinha do solo e verificarmos logo depois de alguns minutos: ela estará completamente murcha.

A Bétula, que possui mais ou menos 200.000 folhas, é capaz de transpirar de 60 a 70 litros diários, quantidade que pode subir se as condições forem favoráveis, para até 400 litros. Um pé de milho, durante seu ciclo vegetativo (três meses) transpira 200 litros de água.

Algumas plantas, ao invés de transpirar sob a forma de vapor, suam, eliminando água em abundância através de estômatos aqüíferos, ou pelas aberturas, ou pelas pequenas lacerações no caule e nas bordas, ou pela ponta das folhas, fenômeno denominado sudação.

Na Calocasia antiquorum, da família das Aráceas, a sudação é muito ativa, chegando cada folha a eliminar 180 gotas por hora. Ao fazer-se um corte no caule de alguns vegetais, como no da videira, na dália ou no fumo, a água escorre em abundância, ocorrência denominada botanicamente de lágrimas ou choro das plantas.

A Caesalpinia pluviosa dos trópicos verte água de tal modo, que parece chover ao seu redor. A popular Agave americana, durante o dia, deixa escorrer do broto terminal um suco muito abundante. A água que goteja das folhas nem sempre é muito pura, podendo conter matérias orgânicas e minerais.

Podemos notar em certos vegetais como nas Saxifragaceas (hortênsia, falso jasmim) ou nas Plumbaginaceas (bela-emília, lavanda-do-mar) que o líquido eliminado encerra grande proporção de calcário, o qual, ao evaporar-se, forma uma crosta cristalina nas folhas.

Fisiologistas têm observado em seus estudos e pesquisas que os vegetais possuem uma faculdade reguladora do processo respiratório bastante influente, maior até do que os dispositivos protetores que existem nas suas superfícies, como pêlos, presença de cera, enrolamentos de folhas, estômatos, etc.

pingosnas folhas