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Posts para categoria ‘Plantas Carnívoras e Daninhas’

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Nepenthes é o nome dado para uma variação de uma espécie de planta carnívora angiospérmica, que possuem as sementes protegidas pela estrutura que geralmente é o fruto, mas no caso dessa planta é o seu “jarro” localizado na ponta de suas folhas. Natural de ambientes tropicais se da muito bem em locais com umidade relativa à 60% ou mais.

Esta planta carnívora apresenta uma certa dificuldade no plantio e cuidados em geral, portanto, ym breve manual de como cuidar de Nepenthes para te ajudar a deixar a sua planta mais bonita e saudável, afinal, uma Nepenthes com seus jarros coloridos e saudáveis se torna o orgulho de quem a cultiva.

Primeiramente, antes mesmo de comprar a muda ou semente da sua Nepenthes você precisa se certificar de que possui um local adequado para ela, se o clima da região onde você mora se assemelha ao clima tropical.

No caso do Brasil isso não é difícil a não ser que você more numa zona com clima seco. Mesmo se for o caso, para tudo se dá um jeito, caso você more num local com clima seco, falta de umidade no ar, você pode plantar a sua Nepenthes numa estufa ou terrário.

Para cultivar a Nepenthes em terrários, você vai precisar de um aquário, normal, como aqueles que usamos para os peixes onde você pode deixar o vaso de sua planta.

Os terrários fornecem um clima semelhante aos de uma estufa, onde a umidade é alta e a planta pode se desenvolver muito bem, tão bem que é comum elas ultrapassarem o tamanho do terrário, deixando-o ótimo para cultivar a sua planta enquanto ainda jovem para que ela chegue na idade adulta já saudável e desenvolvida.

A Nepenthes necessita de boa incidência de luz para se desenvolver, quando você a plantar em um terrário lembre-se de colocar uma lâmpada para fornecer a iluminação necessária, esta lampada pode ser do tipo fluorescente tubular.

Caso queira cultivar a Nepenthes dentro de casa, saiba que também é possível mas com os devidos cuidados. Para cuidar da sua Nepenthes dentro de casa você precisa deixá-la próxima a uma janela para que ela obtenha a luminosidade indispensável para o seu crescimento.

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Uma Nephentes dentro de casa, quando saudável e com belos jarros, além de pegar alguns mosquitos ainda decora o ambiente com a sua aparência exótica. As plantas devem ser mantidas em janelas ensolaradas que possuam ao menos quatro horas de sol por dia, independente do período.

Caso a umidade da sua casa não seja a ideal, o que é bom pra planta mas não é bom para a sua casa, você pode borrifar água limpa na planta, com um borrifador que pode ser facilmente encontrado em lojas de jardinaria, desta forma fornecendo a umidade relativa que ela precisa para se desenvolver.

Agora, para cultivar a sua Nepenthes ao ar livre não existem muitas coisas que você pode fazer pois quem dita se é possível ou não é o clima da sua região, se for favorável, ótimo, se não for… Bom, se não for você pode plantar mas saiba que sua planta não vai durar muito.

Dependendo das condições climáticas do local você pode plantar mas fique sempre atento as variações climáticas muito brutas, algumas espécies de Nephentes aguentam as variações, assim como as geadas ou dias muito quentes, outras não.

Você também vai precisar verificar qual é a espécie de sua Nepenthe, já que existem muitas mas falando nas espécies uma boa escolha é sempre uma Nepenthe híbrida, além das híbridas apresentarem mais beleza por serem resultado de cruzamentos entre espécies diferentes, as híbridas também são sempre mais resistentes à doenças, pragas e clima.

De qualquer forma, deixe o solo sempre úmido mas não encharcado e proteja a sua planta das temperaturas muito baixas.

Agora vamos falar do substrato ideal para a Nepenthes. Esta planta, como já foi dito, por ser de origens tropicais necessita de umidade, bastante umidade e para que isso não apodreça a terra ou favoreça o aparecimento de fungos ou bactérias a terra deve ser bem aerada.

A terra ideal para a Nepenthes se desenvolver se consiste em 4 questões: fertilidade, acidez, fluidez e matéria orgânica. A seguir uma lista de como deixar cada uma dessas questões favoráveis para ter uma Nepenthes saudável.

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Fertilidade: Um solo fértil para uma Nepenthes não é igual a um solo fértil para a maioria das espécies de plantas. É possível criar a sua planta com uma grande variação de substratos, que vão desde musgo de arvores até argilas. Para deixar o solo fértil para a sua Nepenthes você deve usar uma quantidade de argila misturada com ingredientes orgânicos ou inorgânicos;

Acidez: A acidez do solo se obtém a partir de alguns materiais inorgânicos e por parte também do adubo utilizado, de preferência o NPK 8-8-8 que além de nutrientes também fornece a acidez necessária do solo, somados com a argila e a areia, e então a próxima questão;

Fluidez: A fluidez ideal para a Nepenthes pode ser obtida através da mistura e areia e argila ao substrato, que além de favorecer na acidez do solo possuem a capacidade de fazer com que a água flua mais, evitando estagnações e encharcamento. A mistura de areia é essencial não só por este motivo mas também por arejar o solo, deixando-o arejado o suficiente para que as raízes da Nepenthes cresçam sem dificuldade.

Matéria orgânica: Você pode utilizar materiais como sphagnun, turfa de sphagnun, casca de árvore e fibras de coco.

Iluminação: A iluminação deve ser boa, portanto não excessiva. Três à quatro horas de iluminação diárias bastam para a maioria das espécies de Nepenthes e caso o local em que ela fique a incidência de sol seja muito forte e durante muito tempo do dia considere a ideia de comprar uma rede de retenção solar, 50% deve bastar.

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Rega: A rega varia de acordo com a estação do ano como na maioria das plantas, por exemplo, no verão ou em períodos quentes você deve regar diariamente, mas nunca deixe o vaso encharcado ou com excesso de umidade, uma vez que isso pode sufocar as raízes da planta e causar a sua morte.

As Nepenthes, em sua maioria não necessitam de poda, o que pode mudar de acordo com algumas espécies, como essa planta possui características de trepadeira, dependendo do local onde ela se encontra talvez exista necessidade de podar.

O recomendado é adubar a planta com químico sem uréia NPK 20-20-20 em diluição de 1/4 da recomendada na embalagem.
Duas aplicações por mês, no verão/primavera e uma aplicação a cada 2 meses no outono/inverno.

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Drosera_rotundifolia

A orvalinha é uma pequena planta vivaz com folhas basais em forma de roseta, providas de pêlos com células glandulares na página superior e marginalmente.

Drosera compreende um dos maiores gêneros de plantas carnívoras com pelo menos 194 espécies.

Seus caules são eretos e floríferos, de até 20 cm, com flores pequenas com cerca de 5 mm de diâmetro, brancas e reunidas em inflorescências. Fruto capsular ovóide com numerosas sementes aladas.

É encontrada em toda a Europa do norte, muita de Sibéria, em grandes partes de norte da América do Norte e Japão e também em Nova Guiné. Drosera é um nome grego para “orvalho”, erotundifolia é um nome latim para “folhas arredondadas”.

Drosera rotundifolia

A orvalinha é uma planta carnívora de hábitos insetívoros que cresce em áreas pantanosas e libera um fluido adocicado que atraí insetos para a emboscada. Suas folhas arredondadas são encobertas por tentáculos vermelhos que secretam uma substância pegajosa chamada mucilagem, muitas vezes vista brilhando na manhã orvalhada.

Quando um inseto tem contato com essa substância, ele permanece preso e os tentáculos o envolvem, em um processo que dura cerca de 20 min. Enzimas são então liberadas para digeri-lo. As flores são brancas e pequenas, reunidas em cimeiras faucífloras, apresentando 5 sépalas, 5 pétalas, 5 estames e 3 estiletes.

As células glandulares segregam gotas brilhantes de um líquido pegajoso com odor a mel que atrai e prende os insetos. Desencadeia-se então um estímulo químico que faz com que os pêlos se dobrem em direção ao centro da folha, aprisionando a presa.
flores -drosera rotundifolia
De seguida, entram em ação glândulas digestivas que produzem secreções que irão iniciar a dissolução e digestão das substâncias corporais da presa. Outros pêlos absorvem os compostos azotados resultantes da digestão. Apresenta, também, hábitos fotossintéticos.

Habita turfeiras de esfagnos (Sphagnum sp), prados inundados e turfosos de montanha, preferencialmente, em solos ácidos e pobres em nutrientes.

A destruição das turfeiras quer seja através da poluição, fogos, drenagem para plantações de resinosas quer para exploração da turfa, constitui um fator que pode fazer perigar a sua conservação.

orvalhinha-drosera-rotundifolia

Exploração econômica
As folhas desta planta evoluíram no sentido de se transformarem em autênticas armadilhas especializadas para a captura de insetos, habilitando-as a proliferar em habitats extremamente pobres em nutrientes.

Quanto menos as turfeiras são influenciadas pela água corrente mais competitiva se torna a orvalhinha.

barquinho

As pessoas que tem o habito de cultivar plantas tem que prestar atenção em um pequeno problema que normalmente surge nos jardins, hortas e canteiros: as ervas daninhas.

Realizar o controle dessas espécies vegetais pode acabar se tornando uma atividade bastante trabalhosa, por isso é importante conhecermos bem as plantas que cultivamos para que possamos trabalhar na eliminação dessas outras espécies vegetais que possam vir a surgir.

erva-daninha

O que são ervas daninhas?
São as plantas que aparecem nos jardins, canteiros, hortas, plantações e etc., que não foram plantadas e cultivadas pelas pessoas responsáveis pelo local de cultivo das plantas.

De uma maneira simples, o conceito de erva daninha pode ser resumido como as espécies vegetais indesejáveis que cresceram no local destinado para o cultivo de outras espécies vegetais. Essas espécies vegetais daninhas não nos interessam e nascem de maneira espontânea.

Quando o local de cultivo apresenta ervas daninhas, é porque essas plantas que nasceram indevidamente, cresceram e se reproduziram fazendo uso dos nutrientes, da água, da iluminação e etc., que estava destinado as plantas realmente cultivadas pelo interessado no cultivo das espécies vegetais.

O conceito que é dado para as ervas daninhas pode causar certa confusão na cabeça das pessoas, pois no caso de termos uma plantação de cana de açúcar e surgir um pé de milho, este pode ser considerado como uma erva daninha para aquela referida plantação.

flor-do-guarujá

Por que as ervas daninhas são espécies de vegetais indesejadas?
As ervas daninhas são espécies vegetais indesejadas pelas pessoas que cultivam plantas por vários motivos, como por exemplo:
* A presença das ervas daninhas no local de cultivo de suas espécies vegetais faz com que aconteça uma competição entre as plantas (plantas desejadas e ervas daninhas) por luz, água, nutrientes e etc. Essa condição reduz a força, o vigor, a qualidade e até mesmo a safra das espécies vegetais desejadas;

* As ervas daninhas podem funcionar como habitat de doenças e pragas que podem vir a atacar as espécies vegetais cultivadas;

* A presença de espécies vegetais daninhas de grande porte (plantas espinhosas e trepadeiras) dificulta o controle de doenças, o controle de pragas, a aplicação do adubo, a aplicação dos fertilizantes e etc.

Apesar das ervas daninhas apresentarem muitas desvantagens a um jardim, horta, canteiro ou plantação, elas podem exercer funções positivas, como por exemplo: diminuir a erosão do solo, abrigar insetos que são uteis a vida silvestre e ao local, se tornando útil a biodiversidade do ambiente.

De uma maneira geral, as ervas daninhas se tornarão um problema quando o numero de espécies vegetais sai do controle da pessoa que está cultivando as demais espécies vegetais e se a sua presença for agressiva a alguma espécie cultivada.

ervadaninha

Como surgem as ervas daninhas?
As ervas daninhas podem surgir de varias maneiras em nossos jardins, hortas, plantações e etc.. No entanto, na maioria das vezes, as ervas daninhas são originadas por parte de sementes das espécies vegetais, partes do caule, partes da folha e até mesmo por transferência (replantio) de espécies vegetais.

Muitas vezes essas espécies vegetais são nativas daquele lugar onde você instalou o seu jardim, canteiro, horta ou plantação, isto é, aquelas plantas sempre estavam naquele local, e no momento da limpeza do terreno não tiveram as suas raízes devidamente retiradas.

Outra explicação para o surgimento das ervas daninhas é que as sementes das espécies vegetais nem sempre conseguem germinar todas na mesma época e muitas vezes a pessoa faz o plantio e acontece de sementes ficarem enterradas sem conseguirem germinar, esperando que aconteçam as condições ideais para a germinação.

Desta maneira, elas ficam no solo e se não tiver sido realizada uma boa limpeza antes do novo plantio, acabam surgindo espécies vegetais inesperadas.

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O controle das ervas daninhas
Essa é uma questão bastante complicada para as pessoas que cultivam espécies vegetais, pois não é indicado pelos especialistas o uso de herbicidas ou de qualquer outro tipo de produto químico para eliminar as ervas daninhas, pois esses produtos podem atingir as espécies vegetais cultivadas e leva-las a morte também.

Outro problema no uso de herbicidas e outros produtos químicos, é que eles podem causar problemas de saúde tanto para as pessoas como para os animais.

Por isso, os especialistas recomendam que seja realizado o controle biológico das ervas daninhas, sem o uso de produtos de origem química. Apesar de muitas pessoas acharem difícil, é possível o trabalho biológico e natural, fazendo com que as ervas daninhas sejam controladas e eliminadas de forma manual (arrancadas) para evitar que a aplicação de produtos que eliminem as ervas daninhas causem qualquer outro tipo de problema sejam para outras plantas e para as próprias pessoas.

Por isso, é de grande importância procurar evitar o surgimento ou no máximo manter as ervas daninha sobre controle para que essas espécies vegetais indesejadas não causem problemas.

erva daninh

Seguem algumas dicas para manter as ervas daninha sobre controle:
1 –
Procure arrancar as ervas daninha do local de cultivo das plantas:
Procure observar constantemente o seu jardim, canteiro, horta ou plantação e faça a retirada de forma manual das ervas daninhas que por ventura venham a surgir.

Tenha cuidado para arrancar o máximo de raiz ou rizoma para evitar que uma nova espécie vegetal surja novamente. Nos casos das espécies vegetais que apresentam rizomas, evite o uso de ferramentas como, por exemplo, a enxada.

Não permita que as ervas daninhas consigam florescer, pois a medida que isso acontece, as flores irão conseguir formar sementes que terão grande possibilidade de infestar o seu jardim com o surgimento de outras plantas indesejadas através da propagação natural dessas sementes;

2 - Faça sob a terra uma cobertura de folhas secas ou palhas (cobertura vegetal):
Esse tipo de cobertura é uma ótima medida para evitar que as ervas daninhas consigam se desenvolver e emergir.

Além disso, a cobertura possui a capacidade de manter a umidade ideal para o cultivo das demais espécies vegetais e ainda tem função ornamental, pois acaba dando um visual diferenciado para o jardim, canteiro, horta, plantação e etc.;

3 - Evite realizar a transferência de terra de um local para outro
Evite pegar a terra de outro lugar para colocar no solo onde serão cultivadas as espécies vegetais. Caso isso seja extremamente necessário, não faça uso da terra localizada na superfície do solo, pois é nessa área que fica localizada as sementes e as partes das espécies vegetais que possuem capacidade de se reproduzir.

Portanto, é indicado que em caso de transferir terra de uma área para outra para que seja realizado o plantio, seja feito com terra das partes mais profundas do solo;

4 - Evite utilizar esterco ou húmus desconhecidos:
O esterco ou húmus é um produto que apresenta uma grande quantidade de sementes em sua composição, e aplicação de um material de procedência desconhecida ou duvidosa pode gerar uma grande quantidade de espécies vegetais daninhas ao seu jardim, horta, canteiro ou plantação.

O ideal é fazer a aplicação do húmus na parte de baixo da superfície do solo, no local onde se localiza as raízes das plantas, desta maneira você evita que as ervas daninhas germinem e infestem o seu local de cultivo.

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Dionaea muscipula

Plantas carnívoras são plantas com alta capacidade de atrair pequenos animais, incluindo insetos (principais presas), aracnídeos e até mesmo anfíbios, répteis e aves, capturar (através de armadilhas compostas por fohusaus odificadas), digerir (através de enzimas digestivas) e utilizar os nutrientes (principalmente compostos nitrogenados) de suas presas.

Elas vêm ganhando cada vez mais espaço e sido reconhecidas por sua beleza exótica. E embora tenham o nome agressivo, estão muito longe de trazerem qualquer tipo de malefício a quem as têm. Pelo ao contrário. Um dos principais fatores para cultivar plantas carnívoras em casa é procurar recriar, com a máxima fidelidade, seu habitat natural – que nunca é o solo comum, rico em nutrientes.

Habitam geralmente solos pobres, encharcados e ácidos (baixo pH) com pouca disponibilidade de nitratos (essenciais para a síntese da molécula de clorofila), dependendo assim do nitrogênio contido nas proteínas dos animais, mas, como todo vegetal, é dependente da energia proveniente da luz para sobreviver.

As plantas carnívoras ocorrem predominantemente na faixa tropical do planeta, ocorrendo grande biodiversidade no Sudeste Asiático, Américas e Austrália. Um menor número de espécies ocorrem no sul da Europa e da África, sendo que as mais bem adaptadas ao seu habitat de ocorrência são encontradas em locais inóspitos como o Alasca, Escandinávia e deserto australiano.

Pinguicula moranensis

Preparo do Substrato
O solo deve ser basicamente pobre em nutrientes, de pH baixo (ácido) exceto por algumas espécies de Pinguicula (necessitam de pH alto). Os principais componentes para o preparo do solo são:  o esfagno, um tipo de musgo que consegue reter água, pó de xaxim, mesclado a materiais inertes que deem volume, como areia. É importante lembrar que, durante sua evolução, as plantas carnívoras adquiriram a habilidade de capturar pequenos animais graças à pobreza nutricional do solo.

Há cultivadores que utilizam pó de xaxim e musgo na proporção 1:1; outros, utilizam os três componentes, numa proporção 1:1:1 (a areia, melhora a drenagem do solo, tornando este mais próximo ao tipo de solo natural em que algumas carnívoras crescem).

Estes ingredientes são basicamente neutros em termos de nutrientes e os dois primeiros acidificam o meio (o xaxim é utilizado pelos aquarofilistas para acidificar a água de aquários que contenham peixes de águas ácidas). A areia deve ser de rio e não do mar (pois esta possui muitos sais, prejudiciais às carnívoras).

Com o passar do tempo (dois ou três anos), o musgo se decompõe, sendo necessário o replantio em um substrato novo. Em alguns casos, determinados componentes podem (ou devem) ser adicionados (carvão vegetal, vermiculita, etc.) para melhorar a drenagem ou a retenção de água do meio. Jamais plante as carnívoras na terra ou substratos adubados.

Darlingtonia

Onde plantar
Para a imensa maioria das plantas carnívoras, vasos de plástico são os mais indicados por elas necessitarem de alto teor de umidade. Vasos de plástico de cores claras (branco ou marrom) são mais indicados do que os de cor preta, pois o substrato neles contido aquece menos quando expostas ao sol (e algumas plantas necessitam de raízes resfriadas).

Certifique-se que todo vaso que for usar (exceto pelos vasos destinados à plantas aquáticas) tenha furos embaixo, para drenagem.

Fatores de crescimento

Utricularia
Iluminação

A maioria das plantas carnívoras necessita de muita luz, luz solar direta, o dia todo (algumas exceções: Utricularia e Nepenthes). Um sinal de que as plantas não estão recebendo luz suficiente é a perda de sua coloração vermelha (no caso das que têm essa característica, como a Dionaea, as espécies de Drosera, etc.).

Não mude as plantas de um lugar à meia-sombra para outro sob luz solar direta repentinamente (mesmo que sejam plantas de muita luz), isto pode provocar danos (e morte) à elas. Faça-o gradualmente, expondo-as à intensidade de luz cada vez maiores (pois, uma vez que ficaram à meia-sombra, acostumaram-se com essa intensidade de luz).

Nepenthes_peltata

Em certos casos não é possível fornecer às plantas luz forte o dia inteiro (por exemplo, quem mora em apartamento). Uma solução possível (embora um pouco dispendiosa) é cultivar as plantas em um terrário usando iluminação artificial (lâmpadas fluorescentes, pois as incandescentes consomem muita energia, grande parte dispendida em forma de calor).

Água
As plantas carnívoras são exigentes quanto à qualidade da água. Esta não pode conter minerais, sais, etc., pois tais elementos agem como adubo (isto é, como veneno). A água de torneira, além de conter cloro (maléfico para todas as plantas) possui muitos minerais, e, provavelmente, deve ter um pH alto.

O cloro se dissipa após 24 horas de descanso, mas restam os minerais, inviabilizando o uso de tal água. O ideal é usar água da chuva ou destilada (esta, entretanto, pode acarretar grandes custos se você possui uma grande coleção). Apesar disso, vários colecionadores vêm utilizando água de torneira com sucesso.

Drosophyllum_lusitanicum

Umidade
Quase todas as plantas carnívoras necessitam de ambientes bastante úmidos para crescerem (principal exceção: o Drosophyllum). Algumas, como certas espécies de Nepenthes, necessitam de umidade quase 100%; outras não são tão exigentes. O ideal é que essas plantas fiquem em estufas, aonde a umidade é maior.

Felizmente, nem todas exigem uma estufa ou terrário, podendo ser cultivadas no quintal de casa (mas proteja-as de ventos fortes). Um modo de se aumentar a umidade é usar o musgo Sphagnum no substrato da planta. Este, e também o pó de xaxim, demoram muito a secar após terem sido regados, conservando a umidade por mais tempo.

]Para algumas plantas (por exemplo, a Dionaea, várias espécies de Drosera, Sarracenia, etc.) é imprescindível que se coloque embaixo do vaso um prato cheio de água (aconselhamos que se coloque o musgo junto, para evitar eventuais problemas de proliferação de larvas de mosquitos).

Outras (por exemplo, as Nepenthes), no entanto, terão suas raízes apodrecidas (e a planta morrerá, depois) se tal for feito. Muitas espécies de plantas carnívoras entram em dormência no inverno. Nessa época, a umidade deve ser reduzida, deve-se regar menos, como se faz com as plantas ornamentais em geral.

Sarracenia

Temperatura
A faixa de temperaturas à qual as plantas podem ser expostas varia muito conforme a espécie. De modo geral, as que crescem em maiores altitudes toleram (e/ou preferem) temperaturas inferiores às das plantas que crescem em pequenas altitudes. Como muitas espécies de carnívoras necessitam do máximo de luz possível, faz-se necessário deixá-las ao sol.

Contudo, a temperatura do substrato pode elevar drasticamente, e algumas (poucas) espécies necessitam de raízes resfriadas (por exemplo, a Darlingtonia). Logo, torna-se necessário(embora possa não ser suficiente) usar vasos de plástico da cores claras; deixar os vasos ao nível do solo (onde, normalmente, a temperatura é menor); etc.

No inverno, com o decréscimo da temperatura e do período de exposição à luz, muitas espécies passam a”hibernar” ou entram em estado de “dormência”. Nessa época, pode acontecer uma redução da velocidade de crescimento, a planta parar de crescer ou a planta “morrer”, sobrando apenas um hibernáculo (do qual ela “renascerá” na primavera).

Muitas espécies não toleram temperaturas muito baixas no inverno (principalmente geadas), e outras não toleram temperaturas superiores à 40ºC.

Drosera pulchella

Dormência
Muitas plantas, após crescerem o ano todo, passam por um período de descanso a que chamamos de dormência. Geralmente, essa época é o inverno, embora algumas espécies “descansem” no verão.

Nesse período as regas devem ser reduzidas, para evitar apodrecimento das raízes (e consequente, morte da planta toda). Das espécies que têm dormência no inverno, algumas se reduzem à estruturas especiais (chamadas de hibernáculo), pois o frio de seu habitat natural é suficiente para matá-las.

Embora certas espécies não necessitem de um “descanso” anual, para outras tal é indispensável (pode-se tentar dois anos ininterruptos de crescimento num terrário, mas após esse tempo a planta esgota-se e morre). Se você as cultiva no quintal de sua casa, a natureza se encarregará de colocá-las em estado de dormência.

Após esse período, as plantas voltam a crescer com vigor redobrado. Uma boa indicação de que elas “descansaram” bem é o florescimento vigoroso (geralmente na primavera ou verão).

Genlisea_violacea

Adubação
As plantas carnívoras não necessitam de adubos (químicos ou orgânicos) como as outras plantas, estes produtos são tóxicos para elas. As plantas carnívoras são nativas de ambientes pobres em nutrientes, onde evoluíram por milhares de anos até chegar ao seu estado atual.

Elas são especialistas em absorver os nutrientes das suas presas. Certas espécies se beneficiam de insetos vivos (pois a tentativa de fuga destes ajuda no processo de captura, veja, por exemplo, a Dionaea). Mas se você deixar as plantas no quintal de casa, elas capturarão suas presas sozinhas, sendo desnecessária sua intervenção.

Há, no entanto, relatos de cultivadores que adubaram determinadas plantas carnívoras (usando adubo bastante diluído em água, algo em torno de 1/8 do normal).

Embora não tenham morrido, foi notado um efeito indesejado nas plantas: elas “se tornaram menos carnívoras”, isto é, passaram a produzir mais folhas comuns e menos “armadilhas”, o contrário do que acontece quando a planta digere presas.

Pinguicula grandiflora

Controle de pragas e doenças
Por mais incrível que possa parecer, essas plantas também são atacadas por alguns insetos (sendo que estes deveriam ser alimento). As pragas mais comuns são: pulgões, ácaros, moscas brancas, larvas, lesmas, cochonilhas, etc.

É preferível não aplicar inseticidas nas plantas carnívoras, já que elas são muito vulneráveis à tais produtos, podendo ser por estes envenenadas. E também não “alimente” carnívoras com insetos mortos por inseticidas, é o mesmo que aplicar um inseticida nelas.

Há outros modos menos arriscados de combater determinadas pragas que aplicando um agrotóxico (isto vale para plantas ornamentais em geral). Comece com procedimentos que dificilmente causarão danos às plantas (como arrancar as folhas infectadas, remover manualmente pragas macroscópicas, submergirem água por algumas horas ou dias, etc.), uso de inseticidas orgânicos, e passe para outros mais fortes (mais arriscados) somente se as pragas não tiverem sido controladas.

Assim, um agrotóxico será o último recurso, usado somente se todos os outros recursos falharem.

Também, podem ser problema, os fungos (principalmente em terrários), já que essas plantas crescem em ambientes úmidos, preferidos dos fungos. Para o combate de fungos ou mofo, recomenda-se usar fungicidas que não sejam baseados em Cobre (o mesmo é dito para orquídeas, bromélias, samambaias, etc.).

Sempre tome as devidas precauções (vestir luvas, máscara, etc.) ao aplicar agrotóxicos – alguns deles podem causar graves danos à saúde se utilizados incorretamente.

Sarracenia leucophylla-2

Métodos de Propagação
Nem todos os métodos funcionam para todas as espécies (há, por exemplo, espécies que podem ser propagadas apenas por sementes). Alguns têm alta taxa de sucesso, outros, muito baixa.

Em geral, os métodos de reprodução vegetativa resultam em uma planta adulta em bem menos tempo que se propagada por sementes.
* Por sementes: algumas plantas necessitam ser polinizadas, outras polinizam-se sozinhas; colha as sementes quando a haste floral e a flor ficarem bem secas (isto é, quando o fruto estiver formado); para alguns gêneros, semeie logo após colhidas, outros (como Sarracenia) necessitam de um período de alta umidade e baixas temperaturas (chamado de “estratificação”) para simular o inverno.

Para semear, jogue as sementes sobre um substrato úmido e forneça bastante luz e umidade.

* Por folhas: retire uma folha saudável da planta (junto com o máximo de pecíolo possível) e deixe-a sobre um substrato úmido, novas mudas devem brotar após algum tempo (aplica-se à algumas espécies de Drosera, de Genlisea e à Dionaea).

* Por armadilhas: o mesmo procedimento para cortes de folhas, acima descrito (aplica-se à algumas poucas espécies de Genlisea).

* Por raízes: retire um pedaço das raízes e siga o mesmo procedimento para as folhas (aplica-se à algumas espécies do gênero Drosera).

* Por estacas: corte um pedaço do caule contendo duas folhas, corte 1/3 das folhas; forneça água e umidade até que se formem novas raízes (aplica-se às Nepenthes).

* Por divisão: divida o rizoma (aplica-se à espécies dos gêneros Sarracenia e Heliamphora) ou a planta inteira (aplica-se à algumas espécies de Drosera e Pinguicula) em duas partes.

* Por brotos laterais: retire brotos laterais da planta mãe e plante-os em separado (aplica-se somente às bromélias, no caso, Brocchinia e Catopsis).

Heliamphora

Replantio
O replantio é necessário quando:
1º. A planta tornou-se grande demais para o vaso em que está plantada (isto é, as raízes estão sendo danificadas),

2º. O substrato começa a se decompor (principalmente o musgo),

3º. Deseja-se propagar a planta (dividindo as raízes, no caso) Ao replantar, tome cuidado para não danificar as raízes, posto que algumas carnívoras possuem raízes muito frágeis e delicadas.

Para muitas, a melhor época para o replantio é o início da primavera, pois as plantas estão voltando a crescer ativamente, e têm energia para se recuperarem de eventuais choques que o replantio possa causar-lhes.

Conhecendo as principais famílias

nepenthes_ventricosa
Nepentes

Possuem na ponta de suas folhas estruturas semelhantes a jarros, sendo na verdade continuações da própria folha modificadas, com as bordas do limbo unidas formando uma ânfora.

Sobre a abertura desta ânfora encontra-se uma estrutura semelhante a uma “tampa”, normalmente colorida, servindo de proteção estática para que a armadilha não se encharque.

Isso faz com que apenas uma porção de líquido encontre-se em seu interior, e é neste líquido que insetos, aranhas, e mesmo pequenos pássaros ficam presos ao escorregarem para dentro do tubo – atraídos pelas cores e pelo brilho de glândulas situadas na base da tampa.

Uma vez dentro, uma parede cerosa e pelos no interior da folha voltados para baixo, evitam que esta possa ser escalada, e ali os animais são digeridos. Esta família possui algumas das maiores espécies de plantas carnívoras e tem a forma de uma trepadeira (sendo que a estrutura entre a folha e a armadilha atua na sustentação da planta, de maneira análoga às gavinhas das videiras).

Sarracenia leucophylla

Sarracenia
Esta família consiste de plantas carnívoras com folhas saindo de um rizoma subterrâneo, folhas estas unidas pelas bordas formando um comprido jarro, semelhante à família Nepenthaceae.

Compreende os gêneros Sarracenia, Darlingtonia (ambas naturais da América do Norte) e Heliamphora (natural da América do Sul). Encontradas na sua maioria em climas temperados, as plantas entram em um período de dormência nas épocas mais frias do ano.

Algumas especies de aranhas-caranguejo podem viver em suas armadinhas para caçar suas presas, mas como apenas sugam os fluidos dos insetos. Assim nem a planta nem a aranha saem prejudicadas.

Drosera capensis

Drosera
Droseraceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor – divisão Magnoliophyta), pertencente à ordem Caryophyllales. A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluída na classe Magnoliopsida (Dicotiledôneas): desenvolvem portanto embriões com dois ou mais cotilédones.

A família abriga os gêneros Drosera, Dionaea e Aldrovanda (Aldrovanda vesiculosa – aquática). As plantas do gênero Drosera, o único da família com mais de uma espécie, possuem tricomas glandulares (”tentáculos”) que recobrem principalmente suas folhas e que, ao secretarem uma substância pegajosa, atraem suas presas.

Estas ficam aprisionadas nas armadilhas adesivas onde morrem e são lentamente digeridas, tendo os nutrientes de seus corpos absorvidos pela superfície das folhas.

O gênero Dionaea é composto apenas pela espécie Dionaea muscipula, a popular “papa-moscas”.

Pinguicula vulgaris

Lentibularia
O gênero Pinguicula pertence à família Lentibulariaceae, mas possui estratégia parecida com as Drosera. Esta família também possui estratégias passivas e ativas, as presas ficam grudas nas substâncias pegajosas das suas folhas.

Em Utricularia, gênero de plantas basicamente aquáticas, a maior parte das folhas (senão todas) são submersas e extremamente modificadas em filamentos muito ramificados. Em alguns pontos destes filamentos, encontram-se pequenas câmaras vazias, seladas por uma válvula e guarnecidas por pelos.

Larvas ou animais planctônicos, ao encostarem nestes pelos, detonam um processo semelhante ao da Dionaea, abrindo a válvula e provocando uma súbita corrente de água para o interior das câmaras, carregando o animal consigo, onde ele será digerido.

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