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Posts para categoria ‘Plantas Carnívoras e Daninhas’

As pessoas que tem o habito de cultivar plantas tem que prestar atenção em um pequeno problema que normalmente surge nos jardins, hortas e canteiros: as ervas daninhas.

Realizar o controle dessas espécies vegetais pode acabar se tornando uma atividade bastante trabalhosa, por isso é importante conhecermos bem as plantas que cultivamos para que possamos trabalhar na eliminação dessas outras espécies vegetais que possam vir a surgir.

erva-daninha

O que são ervas daninhas?
São as plantas que aparecem nos jardins, canteiros, hortas, plantações e etc., que não foram plantadas e cultivadas pelas pessoas responsáveis pelo local de cultivo das plantas.

De uma maneira simples, o conceito de erva daninha pode ser resumido como as espécies vegetais indesejáveis que cresceram no local destinado para o cultivo de outras espécies vegetais. Essas espécies vegetais daninhas não nos interessam e nascem de maneira espontânea.

Quando o local de cultivo apresenta ervas daninhas, é porque essas plantas que nasceram indevidamente, cresceram e se reproduziram fazendo uso dos nutrientes, da água, da iluminação e etc., que estava destinado as plantas realmente cultivadas pelo interessado no cultivo das espécies vegetais.

O conceito que é dado para as ervas daninhas pode causar certa confusão na cabeça das pessoas, pois no caso de termos uma plantação de cana de açúcar e surgir um pé de milho, este pode ser considerado como uma erva daninha para aquela referida plantação.

flor-do-guarujá

Por que as ervas daninhas são espécies de vegetais indesejadas?
As ervas daninhas são espécies vegetais indesejadas pelas pessoas que cultivam plantas por vários motivos, como por exemplo:
* A presença das ervas daninhas no local de cultivo de suas espécies vegetais faz com que aconteça uma competição entre as plantas (plantas desejadas e ervas daninhas) por luz, água, nutrientes e etc. Essa condição reduz a força, o vigor, a qualidade e até mesmo a safra das espécies vegetais desejadas;

* As ervas daninhas podem funcionar como habitat de doenças e pragas que podem vir a atacar as espécies vegetais cultivadas;

* A presença de espécies vegetais daninhas de grande porte (plantas espinhosas e trepadeiras) dificulta o controle de doenças, o controle de pragas, a aplicação do adubo, a aplicação dos fertilizantes e etc.

Apesar das ervas daninhas apresentarem muitas desvantagens a um jardim, horta, canteiro ou plantação, elas podem exercer funções positivas, como por exemplo: diminuir a erosão do solo, abrigar insetos que são uteis a vida silvestre e ao local, se tornando útil a biodiversidade do ambiente.

De uma maneira geral, as ervas daninhas se tornarão um problema quando o numero de espécies vegetais sai do controle da pessoa que está cultivando as demais espécies vegetais e se a sua presença for agressiva a alguma espécie cultivada.

ervadaninha

Como surgem as ervas daninhas?
As ervas daninhas podem surgir de varias maneiras em nossos jardins, hortas, plantações e etc.. No entanto, na maioria das vezes, as ervas daninhas são originadas por parte de sementes das espécies vegetais, partes do caule, partes da folha e até mesmo por transferência (replantio) de espécies vegetais.

Muitas vezes essas espécies vegetais são nativas daquele lugar onde você instalou o seu jardim, canteiro, horta ou plantação, isto é, aquelas plantas sempre estavam naquele local, e no momento da limpeza do terreno não tiveram as suas raízes devidamente retiradas.

Outra explicação para o surgimento das ervas daninhas é que as sementes das espécies vegetais nem sempre conseguem germinar todas na mesma época e muitas vezes a pessoa faz o plantio e acontece de sementes ficarem enterradas sem conseguirem germinar, esperando que aconteçam as condições ideais para a germinação.

Desta maneira, elas ficam no solo e se não tiver sido realizada uma boa limpeza antes do novo plantio, acabam surgindo espécies vegetais inesperadas.

controle

O controle das ervas daninhas
Essa é uma questão bastante complicada para as pessoas que cultivam espécies vegetais, pois não é indicado pelos especialistas o uso de herbicidas ou de qualquer outro tipo de produto químico para eliminar as ervas daninhas, pois esses produtos podem atingir as espécies vegetais cultivadas e leva-las a morte também.

Outro problema no uso de herbicidas e outros produtos químicos, é que eles podem causar problemas de saúde tanto para as pessoas como para os animais.

Por isso, os especialistas recomendam que seja realizado o controle biológico das ervas daninhas, sem o uso de produtos de origem química. Apesar de muitas pessoas acharem difícil, é possível o trabalho biológico e natural, fazendo com que as ervas daninhas sejam controladas e eliminadas de forma manual (arrancadas) para evitar que a aplicação de produtos que eliminem as ervas daninhas causem qualquer outro tipo de problema sejam para outras plantas e para as próprias pessoas.

Por isso, é de grande importância procurar evitar o surgimento ou no máximo manter as ervas daninha sobre controle para que essas espécies vegetais indesejadas não causem problemas.

erva daninh

Seguem algumas dicas para manter as ervas daninha sobre controle:
1 –
Procure arrancar as ervas daninha do local de cultivo das plantas:
Procure observar constantemente o seu jardim, canteiro, horta ou plantação e faça a retirada de forma manual das ervas daninhas que por ventura venham a surgir.

Tenha cuidado para arrancar o máximo de raiz ou rizoma para evitar que uma nova espécie vegetal surja novamente. Nos casos das espécies vegetais que apresentam rizomas, evite o uso de ferramentas como, por exemplo, a enxada.

Não permita que as ervas daninhas consigam florescer, pois a medida que isso acontece, as flores irão conseguir formar sementes que terão grande possibilidade de infestar o seu jardim com o surgimento de outras plantas indesejadas através da propagação natural dessas sementes;

2 - Faça sob a terra uma cobertura de folhas secas ou palhas (cobertura vegetal):
Esse tipo de cobertura é uma ótima medida para evitar que as ervas daninhas consigam se desenvolver e emergir.

Além disso, a cobertura possui a capacidade de manter a umidade ideal para o cultivo das demais espécies vegetais e ainda tem função ornamental, pois acaba dando um visual diferenciado para o jardim, canteiro, horta, plantação e etc.;

3 - Evite realizar a transferência de terra de um local para outro
Evite pegar a terra de outro lugar para colocar no solo onde serão cultivadas as espécies vegetais. Caso isso seja extremamente necessário, não faça uso da terra localizada na superfície do solo, pois é nessa área que fica localizada as sementes e as partes das espécies vegetais que possuem capacidade de se reproduzir.

Portanto, é indicado que em caso de transferir terra de uma área para outra para que seja realizado o plantio, seja feito com terra das partes mais profundas do solo;

4 - Evite utilizar esterco ou húmus desconhecidos:
O esterco ou húmus é um produto que apresenta uma grande quantidade de sementes em sua composição, e aplicação de um material de procedência desconhecida ou duvidosa pode gerar uma grande quantidade de espécies vegetais daninhas ao seu jardim, horta, canteiro ou plantação.

O ideal é fazer a aplicação do húmus na parte de baixo da superfície do solo, no local onde se localiza as raízes das plantas, desta maneira você evita que as ervas daninhas germinem e infestem o seu local de cultivo.

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Dionaea muscipula

Plantas carnívoras são plantas com alta capacidade de atrair pequenos animais, incluindo insetos (principais presas), aracnídeos e até mesmo anfíbios, répteis e aves, capturar (através de armadilhas compostas por fohusaus odificadas), digerir (através de enzimas digestivas) e utilizar os nutrientes (principalmente compostos nitrogenados) de suas presas.

Elas vêm ganhando cada vez mais espaço e sido reconhecidas por sua beleza exótica. E embora tenham o nome agressivo, estão muito longe de trazerem qualquer tipo de malefício a quem as têm. Pelo ao contrário. Um dos principais fatores para cultivar plantas carnívoras em casa é procurar recriar, com a máxima fidelidade, seu habitat natural – que nunca é o solo comum, rico em nutrientes.

Habitam geralmente solos pobres, encharcados e ácidos (baixo pH) com pouca disponibilidade de nitratos (essenciais para a síntese da molécula de clorofila), dependendo assim do nitrogênio contido nas proteínas dos animais, mas, como todo vegetal, é dependente da energia proveniente da luz para sobreviver.

As plantas carnívoras ocorrem predominantemente na faixa tropical do planeta, ocorrendo grande biodiversidade no Sudeste Asiático, Américas e Austrália. Um menor número de espécies ocorrem no sul da Europa e da África, sendo que as mais bem adaptadas ao seu habitat de ocorrência são encontradas em locais inóspitos como o Alasca, Escandinávia e deserto australiano.

Pinguicula moranensis

Preparo do Substrato
O solo deve ser basicamente pobre em nutrientes, de pH baixo (ácido) exceto por algumas espécies de Pinguicula (necessitam de pH alto). Os principais componentes para o preparo do solo são:  o esfagno, um tipo de musgo que consegue reter água, pó de xaxim, mesclado a materiais inertes que deem volume, como areia. É importante lembrar que, durante sua evolução, as plantas carnívoras adquiriram a habilidade de capturar pequenos animais graças à pobreza nutricional do solo.

Há cultivadores que utilizam pó de xaxim e musgo na proporção 1:1; outros, utilizam os três componentes, numa proporção 1:1:1 (a areia, melhora a drenagem do solo, tornando este mais próximo ao tipo de solo natural em que algumas carnívoras crescem).

Estes ingredientes são basicamente neutros em termos de nutrientes e os dois primeiros acidificam o meio (o xaxim é utilizado pelos aquarofilistas para acidificar a água de aquários que contenham peixes de águas ácidas). A areia deve ser de rio e não do mar (pois esta possui muitos sais, prejudiciais às carnívoras).

Com o passar do tempo (dois ou três anos), o musgo se decompõe, sendo necessário o replantio em um substrato novo. Em alguns casos, determinados componentes podem (ou devem) ser adicionados (carvão vegetal, vermiculita, etc.) para melhorar a drenagem ou a retenção de água do meio. Jamais plante as carnívoras na terra ou substratos adubados.

Darlingtonia

Onde plantar
Para a imensa maioria das plantas carnívoras, vasos de plástico são os mais indicados por elas necessitarem de alto teor de umidade. Vasos de plástico de cores claras (branco ou marrom) são mais indicados do que os de cor preta, pois o substrato neles contido aquece menos quando expostas ao sol (e algumas plantas necessitam de raízes resfriadas).

Certifique-se que todo vaso que for usar (exceto pelos vasos destinados à plantas aquáticas) tenha furos embaixo, para drenagem.

Fatores de crescimento

Utricularia
Iluminação

A maioria das plantas carnívoras necessita de muita luz, luz solar direta, o dia todo (algumas exceções: Utricularia e Nepenthes). Um sinal de que as plantas não estão recebendo luz suficiente é a perda de sua coloração vermelha (no caso das que têm essa característica, como a Dionaea, as espécies de Drosera, etc.).

Não mude as plantas de um lugar à meia-sombra para outro sob luz solar direta repentinamente (mesmo que sejam plantas de muita luz), isto pode provocar danos (e morte) à elas. Faça-o gradualmente, expondo-as à intensidade de luz cada vez maiores (pois, uma vez que ficaram à meia-sombra, acostumaram-se com essa intensidade de luz).

Nepenthes_peltata

Em certos casos não é possível fornecer às plantas luz forte o dia inteiro (por exemplo, quem mora em apartamento). Uma solução possível (embora um pouco dispendiosa) é cultivar as plantas em um terrário usando iluminação artificial (lâmpadas fluorescentes, pois as incandescentes consomem muita energia, grande parte dispendida em forma de calor).

Água
As plantas carnívoras são exigentes quanto à qualidade da água. Esta não pode conter minerais, sais, etc., pois tais elementos agem como adubo (isto é, como veneno). A água de torneira, além de conter cloro (maléfico para todas as plantas) possui muitos minerais, e, provavelmente, deve ter um pH alto.

O cloro se dissipa após 24 horas de descanso, mas restam os minerais, inviabilizando o uso de tal água. O ideal é usar água da chuva ou destilada (esta, entretanto, pode acarretar grandes custos se você possui uma grande coleção). Apesar disso, vários colecionadores vêm utilizando água de torneira com sucesso.

Drosophyllum_lusitanicum

Umidade
Quase todas as plantas carnívoras necessitam de ambientes bastante úmidos para crescerem (principal exceção: o Drosophyllum). Algumas, como certas espécies de Nepenthes, necessitam de umidade quase 100%; outras não são tão exigentes. O ideal é que essas plantas fiquem em estufas, aonde a umidade é maior.

Felizmente, nem todas exigem uma estufa ou terrário, podendo ser cultivadas no quintal de casa (mas proteja-as de ventos fortes). Um modo de se aumentar a umidade é usar o musgo Sphagnum no substrato da planta. Este, e também o pó de xaxim, demoram muito a secar após terem sido regados, conservando a umidade por mais tempo.

]Para algumas plantas (por exemplo, a Dionaea, várias espécies de Drosera, Sarracenia, etc.) é imprescindível que se coloque embaixo do vaso um prato cheio de água (aconselhamos que se coloque o musgo junto, para evitar eventuais problemas de proliferação de larvas de mosquitos).

Outras (por exemplo, as Nepenthes), no entanto, terão suas raízes apodrecidas (e a planta morrerá, depois) se tal for feito. Muitas espécies de plantas carnívoras entram em dormência no inverno. Nessa época, a umidade deve ser reduzida, deve-se regar menos, como se faz com as plantas ornamentais em geral.

Sarracenia

Temperatura
A faixa de temperaturas à qual as plantas podem ser expostas varia muito conforme a espécie. De modo geral, as que crescem em maiores altitudes toleram (e/ou preferem) temperaturas inferiores às das plantas que crescem em pequenas altitudes. Como muitas espécies de carnívoras necessitam do máximo de luz possível, faz-se necessário deixá-las ao sol.

Contudo, a temperatura do substrato pode elevar drasticamente, e algumas (poucas) espécies necessitam de raízes resfriadas (por exemplo, a Darlingtonia). Logo, torna-se necessário(embora possa não ser suficiente) usar vasos de plástico da cores claras; deixar os vasos ao nível do solo (onde, normalmente, a temperatura é menor); etc.

No inverno, com o decréscimo da temperatura e do período de exposição à luz, muitas espécies passam a”hibernar” ou entram em estado de “dormência”. Nessa época, pode acontecer uma redução da velocidade de crescimento, a planta parar de crescer ou a planta “morrer”, sobrando apenas um hibernáculo (do qual ela “renascerá” na primavera).

Muitas espécies não toleram temperaturas muito baixas no inverno (principalmente geadas), e outras não toleram temperaturas superiores à 40ºC.

Drosera pulchella

Dormência
Muitas plantas, após crescerem o ano todo, passam por um período de descanso a que chamamos de dormência. Geralmente, essa época é o inverno, embora algumas espécies “descansem” no verão.

Nesse período as regas devem ser reduzidas, para evitar apodrecimento das raízes (e consequente, morte da planta toda). Das espécies que têm dormência no inverno, algumas se reduzem à estruturas especiais (chamadas de hibernáculo), pois o frio de seu habitat natural é suficiente para matá-las.

Embora certas espécies não necessitem de um “descanso” anual, para outras tal é indispensável (pode-se tentar dois anos ininterruptos de crescimento num terrário, mas após esse tempo a planta esgota-se e morre). Se você as cultiva no quintal de sua casa, a natureza se encarregará de colocá-las em estado de dormência.

Após esse período, as plantas voltam a crescer com vigor redobrado. Uma boa indicação de que elas “descansaram” bem é o florescimento vigoroso (geralmente na primavera ou verão).

Genlisea_violacea

Adubação
As plantas carnívoras não necessitam de adubos (químicos ou orgânicos) como as outras plantas, estes produtos são tóxicos para elas. As plantas carnívoras são nativas de ambientes pobres em nutrientes, onde evoluíram por milhares de anos até chegar ao seu estado atual.

Elas são especialistas em absorver os nutrientes das suas presas. Certas espécies se beneficiam de insetos vivos (pois a tentativa de fuga destes ajuda no processo de captura, veja, por exemplo, a Dionaea). Mas se você deixar as plantas no quintal de casa, elas capturarão suas presas sozinhas, sendo desnecessária sua intervenção.

Há, no entanto, relatos de cultivadores que adubaram determinadas plantas carnívoras (usando adubo bastante diluído em água, algo em torno de 1/8 do normal).

Embora não tenham morrido, foi notado um efeito indesejado nas plantas: elas “se tornaram menos carnívoras”, isto é, passaram a produzir mais folhas comuns e menos “armadilhas”, o contrário do que acontece quando a planta digere presas.

Pinguicula grandiflora

Controle de pragas e doenças
Por mais incrível que possa parecer, essas plantas também são atacadas por alguns insetos (sendo que estes deveriam ser alimento). As pragas mais comuns são: pulgões, ácaros, moscas brancas, larvas, lesmas, cochonilhas, etc.

É preferível não aplicar inseticidas nas plantas carnívoras, já que elas são muito vulneráveis à tais produtos, podendo ser por estes envenenadas. E também não “alimente” carnívoras com insetos mortos por inseticidas, é o mesmo que aplicar um inseticida nelas.

Há outros modos menos arriscados de combater determinadas pragas que aplicando um agrotóxico (isto vale para plantas ornamentais em geral). Comece com procedimentos que dificilmente causarão danos às plantas (como arrancar as folhas infectadas, remover manualmente pragas macroscópicas, submergirem água por algumas horas ou dias, etc.), uso de inseticidas orgânicos, e passe para outros mais fortes (mais arriscados) somente se as pragas não tiverem sido controladas.

Assim, um agrotóxico será o último recurso, usado somente se todos os outros recursos falharem.

Também, podem ser problema, os fungos (principalmente em terrários), já que essas plantas crescem em ambientes úmidos, preferidos dos fungos. Para o combate de fungos ou mofo, recomenda-se usar fungicidas que não sejam baseados em Cobre (o mesmo é dito para orquídeas, bromélias, samambaias, etc.).

Sempre tome as devidas precauções (vestir luvas, máscara, etc.) ao aplicar agrotóxicos – alguns deles podem causar graves danos à saúde se utilizados incorretamente.

Sarracenia leucophylla-2

Métodos de Propagação
Nem todos os métodos funcionam para todas as espécies (há, por exemplo, espécies que podem ser propagadas apenas por sementes). Alguns têm alta taxa de sucesso, outros, muito baixa.

Em geral, os métodos de reprodução vegetativa resultam em uma planta adulta em bem menos tempo que se propagada por sementes.
* Por sementes: algumas plantas necessitam ser polinizadas, outras polinizam-se sozinhas; colha as sementes quando a haste floral e a flor ficarem bem secas (isto é, quando o fruto estiver formado); para alguns gêneros, semeie logo após colhidas, outros (como Sarracenia) necessitam de um período de alta umidade e baixas temperaturas (chamado de “estratificação”) para simular o inverno.

Para semear, jogue as sementes sobre um substrato úmido e forneça bastante luz e umidade.

* Por folhas: retire uma folha saudável da planta (junto com o máximo de pecíolo possível) e deixe-a sobre um substrato úmido, novas mudas devem brotar após algum tempo (aplica-se à algumas espécies de Drosera, de Genlisea e à Dionaea).

* Por armadilhas: o mesmo procedimento para cortes de folhas, acima descrito (aplica-se à algumas poucas espécies de Genlisea).

* Por raízes: retire um pedaço das raízes e siga o mesmo procedimento para as folhas (aplica-se à algumas espécies do gênero Drosera).

* Por estacas: corte um pedaço do caule contendo duas folhas, corte 1/3 das folhas; forneça água e umidade até que se formem novas raízes (aplica-se às Nepenthes).

* Por divisão: divida o rizoma (aplica-se à espécies dos gêneros Sarracenia e Heliamphora) ou a planta inteira (aplica-se à algumas espécies de Drosera e Pinguicula) em duas partes.

* Por brotos laterais: retire brotos laterais da planta mãe e plante-os em separado (aplica-se somente às bromélias, no caso, Brocchinia e Catopsis).

Heliamphora

Replantio
O replantio é necessário quando:
1º. A planta tornou-se grande demais para o vaso em que está plantada (isto é, as raízes estão sendo danificadas),

2º. O substrato começa a se decompor (principalmente o musgo),

3º. Deseja-se propagar a planta (dividindo as raízes, no caso) Ao replantar, tome cuidado para não danificar as raízes, posto que algumas carnívoras possuem raízes muito frágeis e delicadas.

Para muitas, a melhor época para o replantio é o início da primavera, pois as plantas estão voltando a crescer ativamente, e têm energia para se recuperarem de eventuais choques que o replantio possa causar-lhes.

Conhecendo as principais famílias

nepenthes_ventricosa
Nepentes

Possuem na ponta de suas folhas estruturas semelhantes a jarros, sendo na verdade continuações da própria folha modificadas, com as bordas do limbo unidas formando uma ânfora.

Sobre a abertura desta ânfora encontra-se uma estrutura semelhante a uma “tampa”, normalmente colorida, servindo de proteção estática para que a armadilha não se encharque.

Isso faz com que apenas uma porção de líquido encontre-se em seu interior, e é neste líquido que insetos, aranhas, e mesmo pequenos pássaros ficam presos ao escorregarem para dentro do tubo – atraídos pelas cores e pelo brilho de glândulas situadas na base da tampa.

Uma vez dentro, uma parede cerosa e pelos no interior da folha voltados para baixo, evitam que esta possa ser escalada, e ali os animais são digeridos. Esta família possui algumas das maiores espécies de plantas carnívoras e tem a forma de uma trepadeira (sendo que a estrutura entre a folha e a armadilha atua na sustentação da planta, de maneira análoga às gavinhas das videiras).

Sarracenia leucophylla

Sarracenia
Esta família consiste de plantas carnívoras com folhas saindo de um rizoma subterrâneo, folhas estas unidas pelas bordas formando um comprido jarro, semelhante à família Nepenthaceae.

Compreende os gêneros Sarracenia, Darlingtonia (ambas naturais da América do Norte) e Heliamphora (natural da América do Sul). Encontradas na sua maioria em climas temperados, as plantas entram em um período de dormência nas épocas mais frias do ano.

Algumas especies de aranhas-caranguejo podem viver em suas armadinhas para caçar suas presas, mas como apenas sugam os fluidos dos insetos. Assim nem a planta nem a aranha saem prejudicadas.

Drosera capensis

Drosera
Droseraceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor – divisão Magnoliophyta), pertencente à ordem Caryophyllales. A ordem à qual pertence esta família está por sua vez incluída na classe Magnoliopsida (Dicotiledôneas): desenvolvem portanto embriões com dois ou mais cotilédones.

A família abriga os gêneros Drosera, Dionaea e Aldrovanda (Aldrovanda vesiculosa – aquática). As plantas do gênero Drosera, o único da família com mais de uma espécie, possuem tricomas glandulares (”tentáculos”) que recobrem principalmente suas folhas e que, ao secretarem uma substância pegajosa, atraem suas presas.

Estas ficam aprisionadas nas armadilhas adesivas onde morrem e são lentamente digeridas, tendo os nutrientes de seus corpos absorvidos pela superfície das folhas.

O gênero Dionaea é composto apenas pela espécie Dionaea muscipula, a popular “papa-moscas”.

Pinguicula vulgaris

Lentibularia
O gênero Pinguicula pertence à família Lentibulariaceae, mas possui estratégia parecida com as Drosera. Esta família também possui estratégias passivas e ativas, as presas ficam grudas nas substâncias pegajosas das suas folhas.

Em Utricularia, gênero de plantas basicamente aquáticas, a maior parte das folhas (senão todas) são submersas e extremamente modificadas em filamentos muito ramificados. Em alguns pontos destes filamentos, encontram-se pequenas câmaras vazias, seladas por uma válvula e guarnecidas por pelos.

Larvas ou animais planctônicos, ao encostarem nestes pelos, detonam um processo semelhante ao da Dionaea, abrindo a válvula e provocando uma súbita corrente de água para o interior das câmaras, carregando o animal consigo, onde ele será digerido.

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Taraxacum officinale_33

O dente-de-leão é uma planta perene, originária do continente europeu e mais comumente conhecida como uma erva daninha, de distribuição cosmopolita. Pertence à família Asteraceae,

A planta apresenta uma longa raíz pivotante e folhas basais, dispostas em roseta, oblongas e irregularmente lobadas, com uma seiva amarga e leitosa. Suas inflorescências compostas surgem em escapos eretos, em qualquer época do ano.

Elas apresentam flores de corola amarela e que, por apomixia (reprodução assexuada), formam frutos do tipo aquênio e de cor marrom, equipados com cerdas brancas e sedosas, que permitem que o fruto atinja grandes distâncias, quando carregado pelo vento. O conjunto dos frutos tem uma forma esférica, plumosa, como um “pompom”.

Taraxacum officinale (2)

A planta dente-de-leão é considerada uma importante planta daninha, principalmente em gramados, onde apresenta difícil erradicação, já que sua longa raiz arrebenta com facilidade ao se tentar o arranquio, persistindo assim no solo e rebrotando em seguida.

Apesar disso, ela é também comestível, constando com frequência em listas de plantas comestíveis não convencionais. As folhas do dente-de-leão são uma fonte interessante de vitaminas A, B e C, sendo também ricas em ferro e potássio.

Elas pode ser consumidas cruas em saladas e sucos verdes, ou mesmo cozidas e refogadas, como se fosse espinafre. As folhas mais maduras, costumam ser muito amargas e são preferidas para refogar, enquanto que as jovens são ideais para preparações cruas.

Das suas raízes, tostadas e reduzidas a pó, também é possível fazer uma bebida substituta ao café, à semelhança da chicória. Com as flores faz-se geléia, xarope e vinho. Não obstante todas as suas qualidades como hortaliças, o dente-de-leão ainda tem uma elevada reputação como planta medicinal, tratando e prevenindo uma infinidade de doenças.

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Seu cultivo deve ser sob sol pleno ou meia sombra, em qualquer tipo de solo, mas preferencialmente férteis e irrigados regularmente. Eles crescem espontaneamente em terrenos baldios e ao longo de estradas, mas parecem ter uma predileção especial por gramados bem cuidados.

Para controlá-la nestas situações, deve-se utilizar uma faca, soltando o solo entorno da raiz da planta, permitindo assim puxá-la inteira.

Herbicidas seletivos também são eficientes em grandes áreas, onde o controle manual se torna inviável, mas devem ser utilizados sob criteriosa indicação e acompanhamento de um engenheiro agrônomo.

Sua multiplicação é feita facilmente por sementes. Ao cultivá-la como hortaliça, é usual conduzi-la como anual, para que não seja permitida a frutificação, já que facilmente se espalha infestando os jardins das proximidades.

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Ceropegia_haygarthii-3

A Ceropegia haygarthii, conhecida popularmente como flor-palhaço é nativa do continente africano sendo encontrada em países como Moçambique, Angola e África do Sul.

Uma planta de aparência curiosa que se adapta bem a habitats de floresta seca. Composta por um tronco lenhoso e folhas ovaladas essa planta pode atingir até 3 metros de comprimento.

A principal curiosidade a respeito da flor-palhaço é que suas flores tem o formato de gaiola em que os insetos atraídos por seu néctar ficam presos. Cada flor dessa planta mede em torno de 4 cm de altura tendo 25 cm de diâmetro.

A planta em si é uma espécie de cipó. O que a torna excepcional são as flores: ocas por dentro, suas paredes internas são repletas de filamentos, que apontam para baixo e dificultam a saída de moscas polinizadoras.

Flor-Palhaço-4

Alguns acham que a estranha flor da Ceropegia haygarthii lembra um guarda-chuva invertido, outros a chamam de flor-palhaço.

Sua aparência é resultante de um fantástico jogo de cores sendo o fundo de cor creme com manchas em tons de marrom e roxo. Internamente as flores possuem tipos de fios de cabelo que agem como armadilhas para insetos desavisados.

Como cultivar a flor-palhaço?
A dica essencial para quem deseja promover o cultivo dessa flor é que ela se adapta melhor a climas tropicais e subtropicais.

Ceropegia_sandersonii

Dentre as plantas que fazem parte do gênero Ceropegia é a que apresenta mais facilidade para cultivo. Você pode até mesmo cultivar essa flor em vasos desde que se lembre de mantê-la protegida das baixas temperaturas.

Mantenha a flor-palhaço a meia sombra e fique atento para não encharcar a planta, isto é, regue o substrato somente quando perceber que ele está seco. Essa é uma planta que possui flores bastante exóticas, mas que tem grande facilidade de cultivo.

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