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Quem já tentou cultivar uma horta em casa e, depois de poucos meses, desistiu dizendo que ela não vai para frente?

A horta pode, sim, fazer parte do seu jardim ou de sua varanda, de maneira ornamental ou produzindo temperos e verduras para consumo.
A horta precisa estar em um local protegido do sol intenso, precisa ter a terra indicada ao que se deseja produzir e, principalmente, precisa ter a irrigação adequada. Acredito que esse último item seja o vilão do fracasso de algumas hortas.
O vaso ou a jardineira podem ser de madeira, terracota ou até mesmo metal. A drenagem da água é fundamental, pois, apesar de os temperos e verduras precisarem de água, eles geralmente não gostam de terra encharcada.
Certas espécies precisam ser tutoradas para que seu desenvolvimento seja pleno. Por isso, indico que torne este tutor algo decorativo e evite o famoso cabo de vassoura. Um cabo de aço revestido com plástico pode ser um condutor muito simpático para trepadeiras. Ele pode ser fixado com ganchos diretamente na parede ou no muro. As espécies devem ser guiadas mensalmente por ele para que subam sem dificuldade.

A distância de plantio e a escolha de espécies que apreciam o mesmo ambiente (terra, iluminação e rega) também ajudarão muito no sucesso da sua horta. Plante pensando no tamanho que a muda terá dali a 6 meses. Espécies que apreciam água podem ficar próximas de outras com a mesma necessidade. Se ficarem ao lado de outras que gostam de solo mais seco, uma das duas morrerá.

É ideal, sempre que possível, que se plante espécies diferentes em vasos diferentes. Assim a adubação, a rega e a insolação poderão ser mais bem dirigidas.

Espécies para horta que costumam se desenvolver bem (ao menos em São Paulo): alecrim, manjericão, hortelã, salsinha, cebolinha, morango, tomate (apesar de ser atacado constantemente por pragas e insetos), alface, cenoura e couve.


Alecrim.

Além de outras espécies que podem ser utilizadas em hortas ornamentais, como a lavanda, pimentas em geral, salvia vinho, pimentão e capuchinha (aquela flor comestível).

C
Capuchinha.


camomila

A camomila é uma erva da família das Compostas e adapta-se praticamente a qualquer tipo de terreno. É uma planta herbácea anual que alcança, em média, de 30 a 50 cm de altura. Suas flores miúdas, semelhantes a margaridinhas brancas com o miolo amarelo, exalam um perfume delicado e enfeitam canteiros e vasos. O caule é ramificado e suas folhas bem recortadas. Originária da Europa, a camomila prefere clima ameno, mas é capaz de adaptar-se bem, desde que o clima não seja muito quente.

Plantio: por meio de sementes, no período de abril a maio. Para o cultivo em vasos ou jardineiras, recomenda-se que eles tenham pelo menos 20 cm de altura. As sementes não devem ser enterradas muito fundo, pois necessitam de luminosidade para brotar.

Regas: manter o solo úmido, sem encharcar e diminuir as regas no inverno.

Cuidados: a camomila precisa receber luz solar direta por pelo menos 5 horas diárias. Recomenda-se a adubação orgânica, mas deve-se evitar o uso de qualquer tipo de produto químico, uma vez que a erva é usada na preparação de chás. Métodos naturais de controle de pragas podem ser muito úteis, no caso de suspeita de ataque de pragas.

Colheita: as flores, onde se concentram as propriedades medicinais da planta, devem ser colhidas no período de junho a setembro. Normalmente após a colheita é preciso fazer o replantio, pois seu ciclo de vida é anual. Para conservação das flores, deixe-as secando à sombra, em local ventilado, depois guarde-as em um recipiente de vidro bem tampado.

malva

Cultivada como planta ornamental pela beleza das suas flores, a Malva  é uma planta pertencente à família das Malváceas, originária da Europa, que pode atingir até cerca de 1 metro de altura. Popularmente, recebe vários nomes, como malva-de-botica, malva-maior ou malva-selvagem. É uma planta usada em fitoterapia e apreciada como hortaliça desde o século VIII a.C. Suas folhas são mais usadas na medicina popular, entretanto, as flores da malva constam das farmacopéias da Itália, França, Alemanha e da Suíça. Além disso, em muitos países da Europa, as flores secas são muito mais consumidas do que as folhas.
Ainda como medicinal, a malva também é aplicada na veterinária, nos casos de prisão de ventre de animais domésticos, principalmente em cães.
A planta contém mucilagens, antocianina, tanino e um óleo essencial volátil com propriedades calmantes, emolientes e laxativas. O uso da malva é indicado nas inflamações da boca (aftas e gengivites) e garganta, principalmente na forma de gargarejos. O chá é usado em casos de prisão de ventre, úlceras e gastrite. Na forma de emplastro, a malva é recomendada para tratar abcessos e as compressas feitas com as folhas são consideradas ótimas para aliviar queimaduras de sol.

Cultivo As folhas da planta são bem verdes, com longos pecíolos, serreadas nas bordas e com pêlos ásperos, embora moles e macios ao tato. Já as flores são bem características: quando totalmente abertas, apresentam cinco pétalas afastadas, estreitas na base, largas e chanfradas na parte superior, a coloração é rósea e o florescimento se dá nos meses mais quentes do ano e, dependendo da região, pode ocorrer do final da primavera até meados do outono.
Esta planta vegeta espontaneamente nos continentes europeu, africano e americano. No Brasil, desenvolve-se bem em locais de clima mais ameno, como a região Sul. A Malva sylvestris L. não deve ser confundida com outras plantas existentes no Brasil ou no exterior e conhecidas pelo mesmo nome popular de “malva”, pertencentes a outras espécies ou gêneros como Pavonia, Sida, Althaea, Abutilon, Eremanthus, etc. Dos 40 gêneros da família das malváceas existentes no mundo, 20 deles são encontrados na flora indígena brasileira, ou são cultivados, como o algodoeiro, o quiabo, a altéia, etc. Do gênero “malva”, existem umas 30 espécies e é preciso muito cuidado com as confusões, pois as finalidades medicinais de algumas malvas são diferentes.

A malva propaga-se por meio de sementes, divisão de touceiras ou estaquia. Embora seja nativa de climas temperados, a malva tolera climas mais quentes. Seu cultivo exige luz solar direta pelo menos 4 horas por dia e recomenda-se proteger a planta contra geadas e frio intenso. Em regiões onde o inverno é muito rigoroso, a malva comporta-se como planta anual.
* Solo ideal: rico em matéria orgânica
* Regas: freqüente durante a fase de formação dos botões florais e espaçadas nos outros períodos;
* Cuidados gerais: controlar a invasão de ervas daninhas e evitar a umidade excessiva, que pode provocar a proliferação de fungos;
* Colheita: as folhas da malva devem ser colhidas durante o período de floração e as flores, antes da abertura dos botões florais.

linha de flores

Normas gerais para a colheita – Não se deve colher plantas medicinais enquanto estiverem molhadas de chuva ou orvalho, pois o excesso de umidade retarda a secagem e favorece a decomposição das substâncias ativas, inutilizando a planta.
- Na colheita de folhas, flores e ramos, devem-se usar tesouras ou facas bem afiadas, para que o corte seja preciso e a plana não fique machucada. Para a colheita de raízes, rizomas e bulbos devem-se usar enxadas, enxadões ou pás.
- Para a colheita de cascas usa-se um facão ou, quando possível, a própria mão, sempre nas horas mais secas do dia. A colheita de frutos, vagens e sementes deve ser feita com uma tesoura ou faca afiada, ou mesmo com a mão.
- Para o transporte das ervas colhidas usam-se, de preferência, balaios e caixas bem arejados. Sacos plásticos não são recomendáveis, pois impedem a ventilação, favorecendo o aparecimento de fungos e a conseqüente inutilização das plantas.
- Ao serem colhidas, as plantas não devem ser dispostas em muitas camadas, para que não estraguem. Se o sol surgir de forma intensa durante a colheita, devem-se proteger imediatamente as plantas já colhidas, para que não se percam as substâncias mais voláteis.
- Evitar a mistura de ervas durante a colheita e antes da secagem, para que mantenham puras as suas características sutis.
Deve-se fazer uma seleção básica durante a própria colheita, sempre que possível.
- Evitar, por exemplo, plantas doentes, com manchas, terra, poeira ou gases expelidos por veículos.
- Evitar colheitas na proximidade de áreas onde se usam defensivos agrícolas (herbicidas, fungicidas, inseticidas, etc.).
- Evitar lavar as plantas após a colheita, à exceção de raízes e rizomas, pois isso pode danificá-las.
- Evitar o armazenamento e o transporte das ervas colhidas junto de produtos químicos que as possam contaminar.
- Armazenar as plantas ao abrigo da luz direta, umidade e poeira, enquanto se aguarda a secagem.

Época da colheita – A época exata da colheita de uma planta medicinal depende diretamente dos seus ritmos vitais. Isso varia de acordo não só com a espécie, mas também com a parte da planta que se quer usar. Como normas gerais valem as seguintes indicações:
Raízes, tubérculos, bulbos e rizomas – Colhem-se no fim do ciclo da planta, quando suas partes aéreas (folhas, flores e sementes) começam a secar e antes que brotem novamente.
Hastes, caules e ramos – Colhem-se quando estão bem desenvolvidos, antes da formação dos botões florais, pois estes consomem parte de seus princípios ativos.
Flores – Colhem-se um pouco antes do seu pleno desenvolvimento, antes que comecem a definhar e produzir sementes.
Inflorescências – Colhem-se no início do desabrochar das flores e antes que se abram totalmente.
Cascas – Colhem-seda planta adulta, após seu período de floração e frutificação, quando ela entra em repouso.
Frutos carnosos – Colhem-se pouco antes de sua maturação completa.
Sementes – Colhem-se quando estão bem maduras, ao começarem a secar.
Ervas inteiras – Colhem-se quando já se iniciou a formação e a abertura dos botões florais, porém antes que as flores se abram totalmente.
Hora da Colheita – A hora em que se faz a colheita de uma planta medicinal acentua ou restringe a sua ação terapêutica. Geralmente o melhor período para se efetuar a colheita é pela manhã, após a evaporação total do orvalho da noite.
Nos dias ensolarados e quentes deve-se colher no final da tarde, principalmente as plantas aromáticas, pois o excesso de calor favorece a perda de seus princípios aromáticos, facilmente voláteis. Nos dias nublados, porém bem secos, pode-se realizar a colheita a qualquer hora do dia, após a evaporação do orvalho. Algumas ervas devem ser colhidas em noites de lua, pois a energia refletida em sua luz pode acentuar certos aspectos da atuação da planta e encobrir outros.