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planta dançarina

Esta planta foi chamada de Hedysarum por Darwin, mas botânicos modernos a chamam de Desmodium gyrans, ou – mais recentemente – de Codariocalyx Motorius. Popularmente é chamada de “mato dançante” ou “planta do semáforo”.

Apesar de todos esses nomes, ela é conhecida como planta dançarina em função dos graciosos movimentos que suas folhas fazem, mesmo sem vento.

Ela é uma planta de fácil cultivo.

plantinha

As plantas possuem formas muito variadas. Percebemos ao observar, por exemplo, uma vitória-régia e um coqueiro.

Raízes, caules, folhas, frutos e flores são estruturas que comumente chamamos órgãos vegetais. Cada órgão possui sua função definida e várias formas possíveis. Vimos que as flores são órgãos reprodutivos, e os frutos se originam dessas. Como foi assunto de aulas passadas, ao caracterizarmos as angiospermas, aqui trataremos das raízes, caules e folhas.

Raiz - Tem como função absorver e fixar. Possui regiões definidas: coifa (protege a ponta da raiz),  zona meristemática (indiferenciada), zona de alongamento (onde as células estão crescendo e se diferenciando), zona pilífera (possui pêlos absorventes de água) e zona das ramificações (onde partem raízes secundárias).

Tipos de sistemas radiculares:
- Axial ou pivotante – típica de dicotiledôneas, possui uma raiz primária e diversas ramificações. Ex: feijão, abacateiros,…
- Fasciculada – típica de monocotiledôneas, possui diversas raízes saindo do mesmo ponto, com aspecto de emaranhado. Ex: milho
- Adventícias – são de suporte, partem do caule. Comum em mangues. Ex: milho.
- Tuberosas – atuam como órgãos de reserva. Ex: beterraba, cenoura.
- Respiratórias ou pneumatóforos - em solos pobres em oxigênio ou ambientes aquáticos, são adaptadas para captar oxigênio.
- Sugadoras - adaptadas para sugar seiva de outros vegetais.

Caule - Tem função de sustentação e conexão entre raízes e parte aérea, pode realizar reservas de substâncias e energia e pode ser fotossintético também. Possui estruturas próprias, como:
- Nós - região de inserção das folhas e gemas laterais.
- Entrenós - região entre os nós.
- Gemas apicais  - região meristemática na ponta do caule
- Gemas laterais  - regiões meristemáticas localizadas nos nós responsáveis pelo brotamento de novos ramos, folhas ou flores.

Tipos de caules:
- Haste: verde, delicado, realiza fotossíntese. Ex: margarida.
- Tronco: lenhoso e capaz de maior sustentação. Ex: mangueira.
- Colmo: nós e entrenós bem visíveis, possui a bainha das folhas recobrindo os entrenós e folhas ao longo do caule. Ex: milho, bambu.
- Estipe: nós e entrenós bem visíveis, mas com folhas apenas no ápice do caule. Ex: coqueiro.
- Tubérculo: reserva. Exemplo: batata. Difere das raízes tuderosas por ser adaptação do caule. Podemos observar ao ver as gemas laterais (característica de caule) nas batatas.
- Rizoma: se desenvolvem no solo, paralelamente. Ex: samambaia, bananeira.
- Bulbo: estrutura complexa formada por uma caule e folhas modificadas. Exemplo: alho e cebola. O caule equivale ao prato, região basal. Os dentes do alho e a cebola são folhas modificadas, chamadas catáfilos.
- Caule aquático: encontra-se submerso em água. exemplo: vitória-régia.

Folha - Absorve gases e luz solar, realiza a fotossíntese, libera produtos da fotossíntese. Às vezes pode realizar o papel de pétalas (brácteas), sendo colorida e atraindo agentes polinizadores. Pode também estar modificada em espinho, como maneira de diminuir a sua superfície e evitar a perda de água por transpiração.

É o caso dos cactos. É formada por um limbo, ou lâmina, um pecíolo, que é a haste que a sustenta, e uma bainha, a base que envolve o caule.

Podemos observar padrões diferentes na organização das nervuras, que são os feixes vasculares realizando o transporte de seiva nas folhas. Aquelas com um padrão paralelo de nervuras são tipicamente monocotiledôneas. Já os padrões ramificados de nervuras são típicos de dicotiledôneas.

A maior parte dos fungos, assim como as bactérias, desempenho papel de grande importância na economia da natureza. Esses seres, na busca de seu alimento, decompõem o folhelho e as plantas mortas que revestem o solo das regiões florestadas, e degradam os restos de outros organismos. Nesse processo produzem anidrido carbônico, que passa para a atmosfera, e diversas substâncias minerais, que, dissolvidas no solo pela chuva e umidade, constituem alimento para outras plantas.

Os fungos destroem, assim material que, de outra forma, iria acumular-se em quantidades incalculáveis. Eles são, portanto, os laboriosos lixeiros da natureza.

Já vimos que os fungos micorrizais ajudam as raízes de muitas plantas na absorção da água; muitos desses fungos são venenosos, mas não devem, por isso, ser destruídos, pois são úteis nas zonas arborizadas.

Além de úteis para a natureza, os fungos são, como vimos, úteis para o homem. Todos conhecem a penicilina e outros antibióticos. Essas substâncias são produzidas por alguns tipos de mofo (fungo microscópico) e têm a propriedade de destruir bactérias e outros microorganismos causadores de várias moléstias graves.

Isso sem falar dos lêvedos, fungos indispensáveis à produção de pão, vinho e cerveja. E nos fungos comestíveis, que vêm ganhando mercado no Brasil. Algumas espécies, como o agárico-campestre, podem ser cultivadas em qualquer época do ano.

ikebana

De beleza frágil e quase irreal, o ikebana, arte floral japonesa,  possui um simbolismo ligado à tradição e à literatura. Originários do Japão, onde nasceram há quase 13 séculos, os arranjos possuíam uma forte conotação religiosa. O ikebana, dentro do seu simbolismo, dá muita importância ao tempo, o que fica evidenciado na análise de qualquer tipo de arranjo. As regras gerais de sua técnica seguem as estações do ano e o movimento característico do crescimento das flores.

No ikebana, o passado, o presente e o futuro – No ikehana é possível simbolizar o passado usando-se flores desabrochadas, vagens e folhas secas; o presente é representado por flores semi desabrochadas ou perfeitamente desenvolvidas e o futuro, por botões que sugerem crescimento.

As estações do ano são incluídas na mesma técnica. Um arranjo com curvas definidas e fortes indica a primavera; o verão é representado por urn arranjo completo em expansão; para o outono cria-se um arranjo esparso e delgado, enquanto o inverno é simbolizado por uma composição de aspecto dormente e melancólico.

A maior parte dos arranjos consiste na reunião de ramos de árvores, arbustos e pequenas flores silvestres. Isso porque os japoneses encontram mais beleza nas formas em crescimento na natureza do que no formato ou cores.

O que compõe basicamente um ikeban são os três grupos de flores ou ramos, disposto em triângulo. Dessa forma, há um grupo central ereto, um intermediário partindo do centro, e um outro em triângulo invertido, inclinado, que sai do grupo central, mas do lado oposto ao grupo intermediário. Partindo dessa composição básica surgem os diferentes estilos do ikebana.

Os vários estilos – Até o século XV os arranjos eram encontrados nos templos budistas, tinham um aspecto rígido e volumoso e recebiam o nome do “Rikka”, que significa flores eretas. As pontas dos ramos apontavam sempre na direção do céu e indicavam a fé dos adeptos do budismo. Nesse estilo predominava uma paisagem, a forma clássica do ikebana. A partir dai a técnica simplificou-se e todas as pessoas podiam confeccionar seus próprios arranjos em um estilo popular conhecido como “Seiva”.

A composição do arranjo – Para fazer um arranjo é necessário ter à mão o seguinte material: flores, galhos, tesoura, kenzan e um recipiente.

As flores e galhos podem ser campestres ou cultivados. Os galhos são indispensáveis ao ikebana, pois formam a parte principal do arranjo. Para o corte dos galhos, use uma tesoura de jardinagem ou uma especial para ikebana. O kenzan é o elemento básico para os tipos do arranjos feitos em vasos de boca larga, pratos ou tigelas. Trata-se do um objeto do metal em cuja base estão fixados pinos pontiagudos, onde serão fincadas as flores e galhos nas posições desejadas.

Escolha o tipo do vaso que quiser ou improvise um recipiente com um prato fundo, fruteira ou uma cesta. Para o estilo “Nageire”, que dispensa o kenzan, use vasos de gargalo comprido, bambus gigantes cortados no nó, tocos ou cestas fundas.

Depois de cortar as ponta dos ramos e flores, segure as hastes e finque-as verticalmente no kenzan. A inclinação é feita forçando-se o galho na posição desejada.

A montagem do ikebana – Para montar o ikebana deixe as flores e galhos à sua direita. Ponha o vaso na sua frente à uma distância razoável e um pouco abaixo do nivel dos olhos para ter uma boa visão do conjunto. Examine a forma e o tamanho do recipiente que pretende usar.

O ikebana só se caracteriza três linhas fundamentais e as linhas auxiliares, com as seguintes características:

Shin – linha principal e ponto básico de todo arranjo. Escolha o galho mais longo e mais forte. O comprimento deve ter o dobro do diâmetro do vaso mais a medida da sua profundidade.

Soe – linha secundária que corresponde ao segundo galho. Deve ter 3/4 do comprimento total do Shin.

Hikae – linha terciária que deve ter a metade ou 3/4 do comprimento do Soe.

Jushi – linhas auxiliares e elementos secundários do arranjo. Devem ser menores e mais baixos do que as três linhas principais. As Jushi são as flores do arranjo. A quantidade de flores depende de seu bom gosto, mas o numero sempre deve ser suficiente para dar harmonia e equilíbrio ao conjunto. As flores são colocadas em alturas desiguais no espaço triangular do kenzan formado pelas três linhas principais.

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