Planta medicinal é uma planta que contém substâncias bio-ativas com propriedades terapêuticas, profiláticas ou paliativas. Muitas destas plantas são venenosas ou pelo menos levemente tóxicas, devendo ser usadas em doses muito pequenas para terem o efeito desejado. Existe um grande número de espécies em todo o mundo, usadas desde tempos pré-históricos na medicina popular dos diversos povos. As plantas medicinais são utilizadas pela medicina atual (fitoterapia) e suas propriedades são estudadas nos laboratórios das empresas farmacêuticas, a fim de isolar as substâncias que lhes conferem propriedades medicinais (princípio ativo) e assim, produzir novos fármacos.
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O que são plantas medicinais
Folhagens com Flores
A flor é a parte das plantas classificadas como Angiospérmicas (Divisão Magnoliophyta) onde se encontram os seus órgãos sexuais. A função da flor é assegurar a reprodução. Depois da fertilização do óvulo, a flor transforma-se num fruto, que contém as sementes que irão dar origem a novas plantas da mesma espécie.
Tritônia, Estrela-de-fogo (Crocosmia crocosmiiflora) – planta perene da família das Iridaceae , Angiospermae nativa da África do Sul. Hibrído de inflorescências longas, com flores pequenas de coloração vermelho-alaranjadas ou amarelas. A folhagem longa e verde opaca é semelhante às da palma-de-santa-rita. As flores se formam principalmente no verão. Por ser uma planta perene produtora de bulbos, a tritônia é uma florífera para ser utilizada em canteiros e bordaduras de baixa manutenção.
Apenas com adubações periódicas. Pode ser cultivada em composições, maciços ou como bordadura. Devem ser plantadas a pleno sol ou meia-sombra, em solo composto de terra de jardim e terra vegetal, com regas regulares. Aprecia ao frio. Multiplica-se por divisão dos bulbos.
Semânia, siníngia, gloxínia (Gloxinia sylvatica) – planta perene da família das Gesneriaceae , Angiospermae nativa do Brasil. Planta muito rústica e de aparência muito vivaz, a semânia possui folhas alongadas, afiladas e de coloração verde escura. As flores são tubulares e de coloração vermelho-vivo com o centro amarelo e pontilhado, e despontam durante o ano todo. É uma ótima planta para cultivar em canteiros, vasos e jardineiras. Devem ser cultivadas a meia-sombra, em substrato rico em matéria orgânica, bem drenável, com regas frequentes. Podem ser multiplicadas pelo divisão da plantas, cuidando para que cada muda seja completa. Aprecia a umidade e não tolera geadas.
Rabo-de-gato, Acalifa (Acalypha reptans) – planta perene da família das Euphorbiaceae , Angiospermae nativa da Índia. O rabo-de-gato é uma planta especial, suas inflorescências vermelhas têm uma textura de pelúcia. Alongadas, fazem justiça ao nome. Suas folhas são denteadas e abundantes, formando uma folhagem densa e baixa. Devido às suas características presta-se como forração. Bastante rústica, pode-se aproveitá-la para ensinar às crianças a apreciar e cuidar da natureza.
Pode ser plantada em jardineiras ou em forma de maciços e bordaduras no jardim. Devem ser cultivados a pleno sol, em solo fértil, com regas regulares. Não tolerante à geadas.
Orelha-de-onça (Tibouchina grandiflora) – planta perene da família das Melastomataceae , Angiospermae nativa do Brasil. Neste arbusto, as folhas apresentam muitos pelos curtos, que conferem uma textura de veludo.
As inflorescências, que se formam no verão, são compostas de numerosas flores roxas, com o centro rosado. Ocorrem ainda variedades mais ou menos compactas. No paisagismo, sua utilização é bastante difundida, podendo ser
cultivada isolada ou em conjuntos, levando-se sempre em consideração o porte da planta, que pode alcançar 3 metros. A orelha-de-onça aprecia a umidade, e o solo para o seu cultivo deve possuir boa quantidade de matéria orgânica. Deve ser cultivada sempre a pleno sol e pode ser multiplicada por estacas após a floração.
Perpétua, amaranto-globoso (Gomphrena globosa) – planta anual da família das Amaranthaceae , Angiospermae nativa da Índia. É comum encontrarmos perpétuas com flores de coloração roxa. No entanto hoje em dia já são produzidas variedades de diversas cores. Tem várias funções paisagísticas, podendo ser utilizada como forração ou para compor canteiros, bordaduras e maciços. Além disso, pode ser cultivada para a produção de flores secas.
Devem ser plantadas à pleno sol, em solo fértil e enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares. Multiplica-se por sementes.
Lírio-sangu-salmão, Estrela-de-natal (Scadoxus multiflorus) – planta anual da família das Amaryllidaceae , Angiospermae nativa da África. Como diz o nome, a estrela-de-natal é uma planta especial. Bulbosa, acorda no início do verão com uma inflorescência esférica composta por muitas flores pequenas e vermelhas. Presenteia-nos anunciando o Natal que se aproxima. Suas folhas são largas e levemente onduladas nas bordas
Deve ser cultivada em substrato rico em matéria orgânica a meia-sombra, com umidade. Podemos tirar os bulbos após o final do ciclo para plantá-los no final do inverno ou deixá-los sob a terra. É uma planta bastante original, e fica muito bem em vasos ou em maciços.
O que é o nome botânico?
O nome botânico ou nome científico de uma planta é um nome universal, igual em ou qualquer parte do mundo, ao contrário dos diferentes nomes populares pelas quais é conhecida uma planta em diferentes locais do Mundo e até dentro do mesmo país.
COMO SE CONSTRÓI O NOME BOTÂNICO?
A classificação das plantas está organizada em categorias: Reino / Divisão / Classe / Ordem / Família / Gênero / Espécie. Isto é, o Reino das Plantas é composto de várias Divisões, cada Divisão possui várias Classes, cada Classe possui várias Ordens, e assim sucessivamente até à Espécie. E ainda se pode ir mais longe e encontrar subespécies, variedades e formas dentro da mesma espécie.
O nome botânico de uma planta é constituído por 2 palavras, a primeira das quais refere o Gênero a que a planta pertence e a segunda especifica a planta dentro do Gênero onde está integrada. Note-se que uma planta se identifica sobretudo pela Espécie a que pertence porque possui características comuns a plantas idênticas que as distinguem facilmente das outras (para o ser humano). Por exemplo, o nome da planta que entre nós é conhecida como Costela de Adão é Monstera deliciosa. Neste caso, o nome botânico da planta que conhecemos como Costela de Adão diz-nos que esta Espécie pertence ao Gênero “Monstera“. Este nome é universal e identifica a mesma planta em qualquer lugar do Mundo. Deve dizer-se que o nome botânico de uma planta se escreve em Latim e que na linguagem técnica e científica não é alvo de tradução para línguas locais. Deste modo, escreve-se do mesmo modo em todos os países. Finalmente, a redação correta do nome botânico implica que seja escrito em itálico, que a primeira palavra comece por maiúscula e a segunda por letra minúscula.
Seguem-se alguns conceitos adicionais que implicam diferentes formas de construção do nome botânico.
HÍBRIDOS
São o resultado do cruzamento de duas espécies diferentes.
Por exemplo, cruzando a espécie Spiraea albiflora com a espécie Spiraea japonica obtemos o híbrido Spiraea x bumalda. Assim, quando entre as duas palavras encontramos um “x” sabemos que estamos perante um híbrido.
Exemplo: Spiraea x bumalda
Se o x aparecer antes das duas palavras estaremos perante um híbrido que resulta do cruzamento de duas espécies de dois gêneros diferentes. São casos raros porque em 99% dos casos os híbridos resultam do cruzamento de duas espécies do mesmo gênero.
Estes cruzamentos podem ocorrer espontaneamente na natureza ou serem produzidos pelo homem.
Exemplo: x Cupressocyparis leylandii
CULTIVARES
São o resultado de um trabalho de seleção de uma característica de uma planta que é sujeita a técnicas de cultivo até que se obtenha uma planta nova com a característica pretendida, diferente da original. Por exemplo, o Nerium oleander aparece na natureza com flores de cor rosa mas existem cultivares de Nerium oleander de flor branca (Nerium oleander ‘Mont Blanc’), de flor vermelha (Nerium oleander ‘Atropurpureum’), de flor amarela (Nerium oleander ‘Aurantiacum’) e de outas cores, obtidos após a aplicação destas técnicas de seleção. Note-se que neste caso o último nome não se escreve em itálico, pode não ser latino e aparece entre aspas.
Exemplo: Nerium oleander ‘Mont Blanc’
Na linguagem vulgar é frequente chamar variedade ao cultivar mas é incorreto porque o cultivar é fruto do esforço humano e a variedade é um fenômeno espontâneo da natureza.
VARIEDADES
São plantas diferentes das da espécie em que surgiram em resultado do aparecimento natural e espontâneo de características novas. Por exemplo, o Cupressus sempervirens, conhecido como o cipreste dos cemitérios , tem uma forma que lhe é dada pelo facto dos seus ramos serem quase verticais. Contudo, surgiram alguns ciprestes com ramos mais horizontais, característica que transmitiram à sua descendência, dando origem a a uma variedade dentro da espécie.
Exemplo: Cupressus sempervirens var. horizontalis.
SUBESPÉCIES
Conceito semelhante ao de Variedade. Ocorrem também de forma espontânea na natureza. São plantas que se distinguem dentro da espécie por força das condições geográficas do território onde se desenvolveram as quais selecionaram características da planta mais adequadas a esse terreno.
Exemplo: Quercus ilex subsp. rotundifolia
FORMAS
Outro conceito parecido com o de Variedade e o de Subespécie. Ocorrem também de um modo espontâneo na natureza. São plantas que se distinguem em pormenores como a cor de uma folha ou a cor de uma flor.
Exemplo: Fagus sylvatica f. purpurea
COMBINAÇÕES
Exemplos:
1. Daboecia x scotica ‘Jack Drake’
É um cultivar ‘John Drake’ de híbrido de Daboecia azorica com Daboecia cantabrica.
2. Escallonia rubra var. macrantha ‘Crimson Spire’
É um cultivar ‘Crimson Spire’ da variedade macrantha da espécie Escallonia Rubra.
Planta Ornamental
Planta ornamental é toda planta cultivada por sua beleza. São muito usadas na arquitetura de interiores e no paisagismo de de espaços externos. Há indícios que desde os primórdios da humanidade, algumas espécies como o lírio branco (Lilium candidum) eram cultivados para esse fim (o lírio branco, especificamente, foi registrado em pinturas da civilização minóica, sendo este o registro mais antigo do cultivo desta espécie).
As espécies ornamentais foram selecionadas pelos humanos a partir de caracteres visualmente atraentes, como flores e inflorescências vistosas, coloridas e perfumadas, folhagem de cores e texturas distintas, formato do caule, ou por seu aspecto geral. Ao longo do tempo, os homens perceberam que poderiam aprimorar qualidades desejáveis em uma planta a partir de cruzamentos entre indivíduos particularmente bem dotados. Assim começaram a surgir novas variedades, com novas cores, flores maiores e mais duráveis, mais resistência ao clima ou a predadores. As rosas, cultivadas há milênios no Oriente Médio, já não se apresentam mais em seu estado original, mas a imensa variedade de formas e híbridos obtidos ao longo de todos esses anos de cultivo são sintomáticos da capacidade humana de transformar a natureza para atender suas necessidades.
A descoberta da América em 1492 trouxe ao Velho Mundo uma nova fonte de plantas ornamentais completamente diferentes das que se cultivava havia milênios.Bromélias, orquídeas, aráceas e muitas outras foram prontamente levadas à Europa e se tornaram extremamente populares. As expedições a Sudeste Asiático a partir do Século XVI revelaram aos europeus outra grande fonte de espécies desconhecidas e exóticas, que até hoje concorrem com as espécies americanas em popularidade nas estufas e jardins tropicais.
A demanda por plantas ornamentais americanas abriu brecha para a coleta indiscriminada e o tráfico de plantas, que, quando não extinguiu, reduziu drasticamente as populações naturais de tais espécies. Algumas, por outro lado, adaptaram-se perfeitamente aos novos ambientes em que foram introduzidas e tornaram-se plantas daninhas..
Apesar da coleta ilegal ser ainda praticada, as plantas ornamentais são hoje cultivadas em fazendas, e movimentam um mercado bilionário no mundo inteiro, cuja demanda só faz crescer. Algumas cidades brasileiras, como Holambra ou Suzano, vêem na produção de plantas ornamentais uma de suas principais atividades econômicas.
Algumas exemplos dessas plantas são broméllias-de-sol, agaves e palmeiras de interiores.