Subscribe to PlantaSonya Subscribe to PlantaSonya's comments




Posts com tag ‘curiosidades’

beijaflor

Flores que contém néctar

Olhando um jardim florido, durante as estações que se sucedem, aparentemente não há atividade.
Numa observação mais detalhada se verá, no entanto, a presença de insetos voadores, como borboletas, abelhas e vespas que vão de flor em flor em busca de alimento.
As flores que contém néctar atraem estes pequenos seres com a promessa de comida. Obtendo com esta visita a polinização de suas flores, no objetivo maior da reprodução da espécie, cujo produto é o fruto.

Os beija-flores também são responsáveis pela polinização de algumas flores, bem como pequenos morcegos, que polinizam flores que somente abrem à noite.

Algumas delas, como as da família Asclepiadaceae, tem um perfume forte, lembrando carniça e são polinizadas por moscas, atraídas pelo seu odor desagradável.

A natureza é sempre surpreendente e podemos também encontrar os “ladrões de néctar’, como formigas que entram e saem da flor sem realizar a polinização.

Alguns pássaros furam a flor e retiram o néctar sem entrar nela.
Porque ao entrar com o bico ou a cabeça dentro da estrutura da flor o pássaro ou inseto leva depois em seu corpo o pólen de flor em flor.
O pólen entra em contato com o estigma, que faz parte da estrutura do órgão feminino da flor, e é realizado o casamento entre as flores, que tem como resultado o fruto com semente para a perpetuação da espécie.

As gramíneas, no entanto, dispensam esta ajuda, o seu agente polinizador é o vento.
Produzem enorme quantidade de sementes de pouco peso e em algumas espécies são providas de aletas e pêlos que facilitam voar ao vento, levando longe esta promessa de nova vida.

Flores amarelas e azuis para atrair abelhas
Alguns dos chamados agentes polinizadores são seletivos e são atraídos por determinada flor, com forma e coloração específica. Observadores notaram que as abelhas são mais atraídas por flores de corola curta e flores amarelas e azuis.

Flores para atrair beija-flores e borboletas
Os beija-flores, com seu bico estreito e longo, são atraídos por flores campanuladas e de coloração amarela e vermelha e as borboletas apreciam flores de corola estreita tipo funil e são menos sensíveis à coloração.

Num jardim devemos introduzir espécies de plantas que atraiam estes agentes polinizadores, dando vivacidade ao espaço, encantando as pessoas.
Algumas plantas são de fácil cultivo, bonitas e que farão do jardim um ambiente propício ao aparecimento destes parceiros.

Não queremos dizer com isto que somente as plantas que sejam atraentes para pássaros e insetos deverão ser cultivadas.
Mas colocá-las entre as demais do jardim, além de embelezar, vai atrair a fauna silvestre alada e darão aquela nota vivaz ao espaço.

Um cuidado, no entanto é preciso ter: se for alérgico a abelhas evitar a colocação das plantas com néctar que sejam atraentes para elas, pois será um risco a correr.

Alguns exemplos, a introduzir no jardim para atrair beija-flores:

1. Hibisco-Hibiscus rosa sinensis
2. Brinco-de-princesa – Fuchsia
3. Camarão vermelho – Justicia brandejeana
4. Candelabro-de-ouro – Pachystachis lutea
5. Alegria-de-jardim – Salvia splendens
6. Tajetes – Tajetes patula

Para atrair borboletas:

1. Lantana – Lantana camara

2. Penta – Penta lanceolata

borboletas

flor

Como todo ser vivo, ao longo de sua evolução as plantas desenvolveram características que facilitam sua sobrevivência. A cor e o perfume das flores são um bom exemplo disso. O perfume age como chamariz para agentes polinizadores como mariposas, moscas e outros insetos.

Atraídos pelo odor, que insinua a possibilidade de encontrar alimento, eles acabam pousando na flor, que é nada menos que o órgão reprodutor das plantas chamadas angiospermas. Ao pousar em diversas flores, esses insetos carregam o pólen de uma para outra, fecundando-as.

Os perfumes, por sua vez, são produzidos por tecidos glandulares chamados osmóforos, localizados nas pétalas da flor ou em sua sépala (parte do cálice exterior).

Essas glândulas soltam mínimas quantidades de óleos voláteis – isto é, que evaporam com facilidade, que são os responsáveis pelo odor exalado.

Há também flores que, em vez de perfume, produzem odores fétidos – como o de carne podre – para atrair moscas, quando são elas que cumprem o papel de polinizador.

rosinha

amarilis 5

Flora é o conjunto de espécies vegetais (plantas, árvores, etc) de uma determinada região ou ecossistema específico.

É um termo muito utilizado em botânica. A flora numa determinada região pode ser muito rica, ou seja, com muita variedade de espécies. É o que acontece com a flora brasileira, pois em nosso país existem diversos ecossistemas como, por exemplo, Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal, entre outros. Cada ecossistema possuí flora específica, adaptada às condições ambientais da região.

Algumas espécies da flora brasileira:

Flora da Mata Atlântica: pau-brasil, bromélias, palmito-juçara, quaresmeira, begônias, citronela, salvia, acácia, passiflora.

Flora da Amazônia: seringueira, annona, attalea, fabaceae.

Flora do Cerrado: jacarandá, terminalia, connarus, andirá, salácia, Antonia, miconia, rustia formosa.

Flora da Caatinga: cecropia, cleome, combretum, sicana, cucumis, dioclea, abrus, acácia.

1a_scraps delicados

mangue2

O Mangue, ou Manguezal, é um ecossistema típico de áreas costeiras alagadas em regiões de clima tropical ou subtropical.

Mesmo com uma variedade pequena de espécies o mangue ainda é considerado um dos ambientes naturais mais produtivos do Brasil devido às grandes populações de crustáceos, peixes e moluscos existentes.

O manguezal desenvolve-se nos estuários e na foz dos rios sendo um berçário para muitas espécies de animais.

O mangue é composto por apenas três tipos de árvores (Rhizophora mangle – mangue-bravo ou vermelho, Avicena schaueriana – mangue-seriba ou seriúba – e Laguncularia racemosa – mangue-branco) que podem chegar a até 20 metros de altura em alguns lugares do país. Esse tipo de ecossistema se desenvolve onde há água salobra e em locais semi abrigados da ação das marés, mas com “canais” chamados gamboas que permitem a troca entre água doce e salgada. Seu solo é bastante rico em nutrientes e matéria orgânica com características lodosas e, composto por raízes e material vegetal parcialmente decomposto (turfa).

Os manguezais formam um tipo de vegetação costeira. Ocorrem em regiões planas onde as águas salgadas das marés se misturam às águas doces dos rios. Esta combinação diminui a acidez e ajuda a consolidar e decompor as partículas, formando o lodo.

O mangue é alagado enquanto dura a maré alta e, na maré baixa, ficam aparentes as raízes rizóforos (raízes escoras) das cinco espécies de árvores que habitam esse ecossistema e que em quatro ou cinco anos podem alcançar quase vinte metros de altura, são elas: mangue-vermelho (Rizophora mangle), mangue-branco (Laguncularia racemosa), mangue-botão (Comacarpus erectus), mangue-preto ou siriúba (Avicenia schaueriana) e praturá (Spartina sp). Olhando para suas copas vemos algumas bromélias como a barba-de-velho (Tillandsia usneoides) e a aequimea (Aechmea lingulata), esta última, quando no solo, pode suportar os efeitos dos movimentos das marés. Se prestarmos atenção, veremos uma bromélia carnívora é a Catopsis barteroniana.

Também se fazem presentes muitas orquídeas amarelas, como os Epidendrum anceps, o Oncidium flexuosum e a encantadora Cattleya forbesii e outras, de aparência estranha, como é o caso do Elleanthus linifolius, ou delicadíssimas, como a Rodriguezia obtusifolia. Mas uma das mais esplêndidas é a Cattleya intermédia, que cresce espontaneamente no manguezal de Cananéia, no Estado de São Paulo.

Ainda surgem de vez em quando as guaxumas-de-mangue (Hibiscus penambucensis), com suas grandes flores amarelas, as samambaias-do-mangue (Acrostichum sp) e uma espécie de capim (Spartina sp). Há também muitos liquens e musgos aderidos aos galhos das árvores.

A fauna é representada por caranguejos, ostras, peixes, mamíferos e aves típicas dessas regiões como: o colhereiro, a garça e o guará-vermelho.

Temos no Brasil uma área de dez mil quilômetros quadrados de manguezais, que começam no Cabo Orange, no Amapá e vão ate a cidade de Laguna, em Santa Catarina.

Com a construção de rodovias, indústrias e condomínios à beira mar e o derramamento de petróleo, além da pesca predatória e o lançamento de esgotos, este ecossistema tem sofrido danos irreparáveis. Seria importante divulgar mais e melhor a necessidade de preservá-los, já que eles constituem grandes “berçários” naturais, enviando matéria orgânica aos estuários, estabilizando a linha da costa, evitando erosão, mantendo as comunidades de pescadores, entre outros benefícios.

Pois é, precisamos olhar um pouco melhor para nossa riqueza primordial, essa não poderá ser comprada com dinheiro nenhum.

Avicenia spavicenia sp.