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Posts com tag ‘curiosidades’

laelia alaori
PRIMAVERA

Nas regiões em que as estações do ano se revelam mais definidas, as plantas parecem sentir a chegada da primavera muito antes de as pessoas se darem conta. Ao surgirem as primeiras floradas de exemplares de jardim ou de vasos externos, as orquídeas também parecem saber que aumentou o tempo de luz solar, e começam a brotar.

É esse o momento de modificar os cuidados que até então eram dispensados aos vasos.
O aparecimento de brotações de folhas novas ou flores constitui o primeiro sinal que as plantas enviam para que você volte a lhes dedicar atenção e cuidados especiais, de maneira a auxiliar o desenvolvimento das plantas.
- Regas
À medida que os exemplares desenvolvem um novo crescimento, suas necessidades de água aumentam. Assim que os dias vão se tornando mais longos e a temperatura aumenta, todos os vegetais iniciam uma atividade muito maior na transformação de seus nutrientes e começam a perder mais água pelas folhas. Por isso, nessa época exigem regas freqüentes. No entanto, você deve ter cuidado para não encharcar seus exemplares. Forneça-lhe, gradativamente, maior quantidade de água.
- Adubação
A nova fase de crescimento dos exemplares torna necessária uma quantidade mais elevada de nutrientes para um desenvolvimento saudável.
Inicie a adubação no começo da primavera. Mas atenção, comece com uma dosagem bem baixa. Quando utilizar um fertilizante líquido, por exemplo, não forneça a dosagem máxima indicada, nas primeiras semanas. Prepare uma solução bem diluída, com a metade ou até um terço da dose recomendada.
Nunca adube a planta quando o composto estiver seco, pois a absorção será mínima.
Depois das trocas de composto, também não fertilize, uma vez que durante três a seis meses o substrato novo terá todos os nutrientes de que o exemplar precisa.
- Replantio
Em locais onde, em setembro, não há mais perigo de geada, esse é o momento para reenvasar as plantas. Antes de setembro, com frio, as plantas que ainda estiverem em condições de relativa dormência, depois de seu descanso anual de inverno, não devem ser replantadas até que tenham começado um crescimento ativo. Caso contrario, o choque do reenvasamento precoce é capaz até de matá-la.
A melhor época para reenvasar as plantas são os meses de primavera.

VERÃO
.É no verão que as plantas estão mais ativas. De modo geral, também é a época em que os exemplares, no auge do vigor, se revelam em sua melhor aparência. No entanto, é justamente nesse período que as plantas costumam exigir atenção redobrada.
- Regas
A quantidade de água requerida pelas espécies pode variar muito, de acordo com o tempo, o que constitui um fator às vezes surpreendente. Durante os períodos prolongados de calor e sol, um exemplar, às vezes, necessita de regas diárias. Mas, em épocas mais frescas e chuvosas, o mesmo exemplar exige menos água, ocasião em que você deve molhá-lo apenas uma ou duas vezes por semana. Por isso torna-se muito importante que sejam observadas as condições climáticas quando das regas, uma vez que as plantas podem sofrer demais com o excesso de água, mais comumente provocado no verão do que no inverno.
Um dos pontos fundamentais é providenciar para que os exemplares recém-plantados sejam molhados com cuidado nas primeiras semanas.
- Adubação
A maioria das espécies de cultivo requer mais nutrientes nos meses de verão. Grande parte delas deveria receber um fertilizante a cada semana ou quinzena, de acordo com sua velocidade de crescimento. Utilize um adubo líquido apropriado e siga as instruções do fabricante. Evite adubar com mais freqüência ou aumentar a concentração recomendada só pelo fato de a planta apresentar-se tão bem que você gostaria de estimulá-la. O excesso de fertilizante pode ocasionar danos severos nos sistema radicular, o que, por sua vez, causa até a morte do exemplar. Lembre-se de que sempre é preciso molhar o substrato (solo) antes de adicionar o fertilizante.
Nunca adube as mudas recém plantadas até uns três meses ou mais, após a operação, fique atento no enraizamento, pois o composto novo já contém nutrientes necessários. Quando iniciar a fertilização, dê apenas doses diluídas. Se você plantar no final do verão, talvez nem seja necessário adubar.
- Reenvasamento
A melhor época para reenvasar as plantas são os meses de primavera. Mas, se isso não é feito nessa época, e um exemplar está exigindo um vaso maior, mude-o no início do verão.
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Dentro da diversidade botânica das florestas tropicais e subtropicais, são comuns espécies de plantas que nascem sobre árvores, e que por muitos erroneamente são generalizados como simples “parasitas”. Dentre estas espécies, as mais conhecidas são as orquídeas e as bromélias.

Se o termo parasita se define em poucas palavras como “aquele que vive à custa do esforço de outrem” então como saber a diferença? Analisando este fundamento, o simples fato de uma planta estar vivendo sobre outra não significa que isso seja parasitismo.

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No caso das orquídeas e das bromelias, assim como no caso de uma infinidade de outras plantas como os liquens e as samambaias.
À esta inter-relação podemos chamar de Simbiose, ou seja, uma associação vitalícia onde uma planta colabora com a sobrevivência da outra, sem nenhum prejuízo entre elas. A estas plantas que vivem sobre outras no processo de simbiose chamamos de Epífitas e há aquelas que, além de instalarem-se sobre as outras nutrem-se da seiva alheia, e as chamamos de Parasitas.

As plantas epífitas, desenvolvem-se sem nenhum contato com o solo; germinam sobre as frestas das cascas das árvores, onde mais tarde fixam suas raízes aéreas através de gavinhas, nutrindo-se da umidade do ar, da água das chuvas e da poeira rica em partículas orgânicas que decanta-se sobre elas. Já as plantas parasitas, assim como as epífitas, também desenvolvem-se sobre árvores; contudo possuem raízes denominadas de haustórios que, além de auxiliarem na sua fixação, encravam-se no caule de seu hospedeiro, afim de alcançarem o sistema vascular e sugarem sua seiva.

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As espécies parasitas mais conhecidas são o cipó-chumbo, o visco e a erva de passarinho.

O que caracteriza uma planta como parasita é o fato desta não conseguir realizar fotossíntese em quantidade suficiente à sua nutrição, daí supre esta necessidade sugando a seiva de outro vegetal. Na natureza, embora a maior parte das plantas seja considerada autônoma, pois fabrica seu próprio alimento através da fotossíntese, muitas são de fato dependentes de outros organismos vivos, vegetais ou animais, para que possam sobreviver.

Essa associações se distribuem numa escala que vai desde o estabelecimento de vínculos fortuitos e aparentemente acidentais, até a formação de laços tão estreitos que a morte de uma das plantas significa a condenação da outra. A natureza é mesmo fantástica.

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Oncidium-Elegance
O gênero Oncidium é exclusivo do continente americano, onde pode ser encontrado em toda parte, da Argentina ao México, do litoral brasileiro à Cordilheira dos Andes, em ambientes quentes e frios, secos e úmidos, sobre árvores, sobre pedras, diretamente no solo, em campos abertos e no interior das matas. Enfim, em praticamente todos os ambientes onde podem ocorrer Orquídeas no nosso continente, existe Oncidium.

A floração da maior parte dos Oncidium é em geral na forma de belas e longas hastes, quase sempre muito bifurcadas, com dezenas de flores que na média variam de um a sete centímetros, e geralmente com o colorido predominante de amarelo e/ou marrom, embora exista Oncidium branco, rosa, avermelhado, e outras cores.

É, entretanto devido aos longos cachos de flores amarelos encontrados no Oncidium flexuosum e no Oncidium varicosum, características estas que normalmente se transmitem para seus híbridos, que os Oncidium são em geral chamados de “Chuva de Ouro”. Suas inflorescências costumam ter boa durabilidade, permanecendo floridos em geral por cerca de um mês.Existe uma série de gêneros próximos dos Oncidium que cruzam normalmente com estes, produzindo belos híbridos. É o caso dos gêneros Odonglossum, Miltônia, Miltonopsis, Cadetia, Brassia, Cochioda, entre muitos outros.
Por sua beleza, durabilidade, e em alguns casos por seu perfume bastante agradável, é que as plantas do gênero Oncidium e outros gêneros relacionados têm conquistado cada vez mais admirados e vêm sendo utilizadas cada vez mais inclusive como flores de corte, compondo arranjos justamente com outras Orquídeas ou mesmo com outras flores.

Cultivo
É impossível estabelecer regras de cultivo que sirvam para todo Oncidium, mas de um modo geral podemos dizer que eles preferem viver em locais com muita luminosidade, e que grande parte deles aceita bem algumas horas de sol por dia.
Podemos também dizer que preferem ficar com suas raízes mais secas a receber água em excesso, embora quase todos eles aceitem um bom índice de umidade do ar, principalmente à noite.

Os Oncidium em geral e mesmo seus híbridos intergenéricos preferem ambientes bem ventilados, e quando mantidos em locais de pouca ventilação ou com as plantas muito aglomeradas ficam muito sujeitos ao ataque de fungos e bactérias.

Os híbridos mais comuns no mercado tais como Oncidium Sharry Baby, Oncidium Aloha Iwanaga e Oncidium Twinkle, além dos intergenéricos tipo Colmanara Wildcat e outros, são em geral de fácil cultivo se dando muito bem em vasos, placas ou mesmo quando cultivados diretamente sobre árvores.

Devemos, entretanto ter certo cuidado com os híbridos onde a presença de alguns Odontoglossum é muito marcante, como é o caso dos Odontocidium, visto que estas plantas costumam não se dar muito bem em climas mais quentes, e particularmente em locais de baixa altitude, como por exemplo, em cidades do nosso litoral.

De um modo geral, os Oncidium respondem muito bem a uma boa adubação, aceitando tanto os adubos químicos como os orgânicos.
Quando plantados em placas ou em árvores, podemos utilizar a adubação orgânica na forma de saches.
São plantas fáceis de serem replantadas e podem facilmente ser dividida para a obtenção de novas mudas, mas certamente o efeito visual de uma planta adulta e com várias frentes, apresentando diversas hastes florais simultâneas, é infinitamente melhor que o de uma pequena planta com apenas uma haste floral. Pense nisto antes de querer dividir suas plantas.

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xaxim

Nome Científico: Dicksonia sellowiana
Nome Popular: Xaxim, samambaiaçu, samambaiaçu-imperial, feto-arborescente
Família: Dicksoniaceae
Divisão: Pteridophyta
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene

O xaxim ou samambaiaçu é uma planta de tronco fibroso e espesso, suas folhas são bastante grandes e surgem no topo do tronco, diferentemente das outras samambaias. É resistente ao frio e apresenta crescimento muito lento, no entanto, é uma planta grande, chegando a 4 metros de altura.

Devido ao seu diferencial, sua utilização no paisagismo é muito interessante. Além de sua beleza singular, serve de suporte e substrato para as mais diversas plantas epífitas, como orquídeas, bromélias e outras samambaias.

No jardim, deve ser cultivado sempre à meia sombra ou sombra, gosta de terrenos baixos com solo rico em matéria orgânica, mantido úmido. Devido ao risco de sua extinção, deve ser utilizada racionalmente e suas mudas devem sempre ser originárias de plantas cultivadas e não das extraídas do ambiente natural.

Aprecia o clima ameno. Multiplica-se por esporos e através da separação dos brotos com um parte do caule.

Ela é uma das espécies vegetais mais antigas e contemporâneas dos dinossauros cujo tronco se extrai o xaxim que conhecemos, aquele vendido em floriculturas e até supermercados e ainda como matéria-prima para a fabricação de substratos.

Planta típica da Mata Atlântica, esta samambaiaçu está na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção (Ibama), em razão da sua intensa exploração comercial desordenada destinada à jardinagem e floricultura.

No ano 2001, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) passou a proibir a extração dessa espécie da mata, já que era impossível defender a espécie da extinção. A área de maior ocorrência do xaxim na Mata Atlântica é a Floresta das Araucárias, nos estados do Sul do país e é justamente lá que acontece a maior exploração da planta.

A velocidade de crescimento da samambaiaçu varia, mas costuma ser muito lenta – geralmente ela cresce cerca de 5 a 8 cm por ano. Por essa medida, estima-se que para conseguir um vaso com 40 a 50 cm de diâmetro são extraídas da mata samambaiaçus com idade mínima de 50 anos!

O xaxim foi introduzido em jardins e casas para o cultivo de orquídeas, os orquidófilos foram os primeiros a utilizar o xaxim para o cultivo dessas plantas. Por serem mais baratos que os vasos de barro, o xaxim passou a ser consumido em grande escala.

A difusão por plantas ornamentais dentro de residências em todo canto do país favoreceu o costume e tornou a utilização mais corriqueira, gerando assim um consumo gigantesco e como a espécie demora pra se desenvolver entrou em risco de extinção.

A valorização do xaxim e das samambaias em geral são um comportamento típico da moda, como já aconteceu com outros tipos de plantas em determinadas épocas, como os antúrios, por exemplo, que há 20 anos eram muito procurados no país e a moda é comprar xaxim então todas as donas de casa compram, mas se houver uma conscientização tanto de quem vende como de quem compra, o xaxim poderá ser poupado.

Hoje, existem no mercado produtos alternativos que substituem o xaxim, como vasos fabricados a partir da fibra do coco e resinas, resíduos de borracha e resinas e o mais atual com resíduos de cana-de-açucar e resinas e também substratos como palha de coco, ardósia, casca de pinus e carvão que tentam a todo custo substituir o xaxim, embora as vezes sem sucesso, já que o xaxim caiu nas graças da dona-de-casa.

O substituto do xaxim:
Para aliviar um pouco a exploração da samambaiaçu, uma das alternativas foi a descoberta da utilização da fibra de coco, chamada popularmente por coxim, casca triturada de Eucalyptus grandis misturada com carvão vegetal.

A vantagem do coxim foi comprovada depois de 3 anos de pesquisas e estudos, e como qualquer produto, vantagens e desvantagens aparecem na medida em que é experimentado.

O coxim tem aparência semelhante ao xaxim, facilidade de manuseio, grande retenção de umidade, resistência, durabilidade, boa aeração, drenagem, mesma composição de nutrientes, pH adequado e processo de industrialização mais barato. As desvantagens são que o consumidor tem de ter um pouco de paciência quando o vaso é novo, pois demora a reter umidade, o que faz com que ele deva ser emerso em água durante certo tempo antes da sua utilização.

O coxim apresenta concentração de nutrientes muito alta, que pode não favorecer o desempenho da orquídea. Apesar das desvantagens, o coxim ainda é o substituto mais próximo do xaxim e o importante é sempre pesquisar para aprimorar o produto.

As várias utilidades do coxim:
Tomar água-de-coco é bom, mas como se livrar da casca? Na verdade, da casca do coco, a indústria produz fibras longas e curtas que servem para preencher colchões, compensados, divisórias e bancos de automóveis. No caso das fibras curtas ou o pó da casca, o aproveitamento é para a utilização como adubos orgânicos por serem mais ricos em potássio e nitrogênio.

O uso desse tipo de adubo é feito pelas fazendas que produzem flores, principalmente na região sudeste do país. Para a produção da fibra, a receita é bem simples, pois com apenas seis cocos produz-se 1 quilo de fibra. Ao sair da máquina, a fibra é seca no sol e depois levada a uma prensa que a transforma em fardos de 100 kg prontas para o consumo.

Ao optar por este ou outros produtos estamos ajudando a preservar a existência da Dicksonia selowiana nas matas e as orquídeas silvestres.

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