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Blue Mystic
Todos os dias são lançadas muitas novidades no ramo de comercialização de flores nacional e internacional, mas uma gerou muita discussão sobre sua origem e cor. Foi a Orquídea azul, ou Blue Mystic como ficou conhecida.

Como já era de se esperar a Orquídea azul foi o grande destaque no encontro da Enflor, em Holambra, São Paulo – Brasil, quando aproximadamente 170 empresas apresentam suas novidades e flores e plantas.

A Orquídea azul acabou se tornando a sensação momentânea, embora seja fruto de uma criação sintética através de corantes a flor agracia os olhos de quem vê infelizmente as flores azuis duram por poucas floradas, mas pra quem vê é bem gratificante.

É muito indicado para dar de presentes, representa superação, e a beleza de como a ciência, e processos biotecnológicos aliados a natureza pode nos proporcionar formas diferenciadas e belas.

Como é feita a Orquídea azul
Trata-se de uma tinta especial que é aplicada diretamente no caule em uma infusão na orquídea Phalaenopsis branca.

As tonalidades de azul podem variar de planta para planta, já que cada indivíduo absorve a tinta de uma maneira diferente. Os profissionais ainda afirmam que as novas hastes já abrem brancas, embora não dá pra se saber ao certo, pois ainda é uma técnica muito nova. A Phalaenopsis tem um sistema de filtragem natural, por isso é mais provável que ela volte a ser branca depois.

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O assunto da flor de cor azul gerou muita polêmica já que ninguém sabia nada a respeito da nova tonalidade. A única coisa que se sabe, já que os produtores não divulgam o segredo, é de que ela não é pintada, pois não recebe a tinta diretamente na flor, e nem é um novo híbrido, pois a cor sai após a primeira produção de flores voltando a ser branca.

Embora a cor azul não seja natural das orquídeas (nem silvestres), a cor mais próxima do azul de uma orquídea natural são os roxos. E já que não se podem cruzar orquídeas com plantas que não sejam da família orquidaceae, não seria possível cruzar a Phalaenopsis com outras flores para adquirir o tom azul. Essa técnica pouco divulgada pela empresa holandesa foi bem aperfeiçoada só depois de muitos anos de tentativas, pesquisas e testes, como a flor não absorvia direito a cor, vários tipos de infusão foram feitas até que deu certo.

Os cuidados necessários
Na verdade ela exige os cuidados que qualquer orquídea exigiria, porém a Orquídea azul exige um pouco mais de água, e uma adubação precisa a cada quinze dias. Ela pode ser cuidada da mesma forma que cuida de uma orquídea comum, prestando apenas mais atenção a umidade do substrato do vaso, e sempre mantê-lo úmido.

De acordo com a variação do mercado brasileiro ela varia de R$90,00 a R$300,00. É preciso saber que esse valor vale para apenas uma ou duas florações, depois a planta volta a ficar branca. Existem vários sítios e floriculturas que produzem essa modalidade de orquídea, e o preço pode variar bastante também.

Muitas floristas aconselham a cortar as hastes da planta de acordo com sua aparência, quando está debilitada, ou desidratada, etc. Isso devido ao fato que de as Phalaenopsis podem apresentar floração na mesma haste mais de uma vez. Esse processo de floração consome muita energia da planta, por isso quando ela está debilitada gasta a pouca energia para fazer a floração.

Cada produtor tem a sua forma e sua opinião em relação ao corte das hastes das plantas, em alguns casos o corte pode ser necessário pra que a floração seja mais bonita, ou a flor nasça maior e mais colorida (quanto à cor na orquídea azul a pode não influência para que ela dure mais, mas com bons cortes você mantém a planta saudável por mais tempo).

Uma boa dica é cortar a haste cerca de 2 ou 4 cm para cima do terceiro nó, dali provavelmente vão nascer mais um ou dois ramos que florescerão normalmente, mas não espere flores gigantes, como o ramo vai ser novo as flores nascerão de tamanho normal e baixinhas, devido à haste curta. De qualquer forma terá mais meses de floração.

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Como Cortar?
Utilize uma tesoura esterilizada para evitar a entrada de fungos e bactérias pelo corte. Conte até o terceiro nó de baixo para cima e faça o corte uns dois dedos acima do nó. Depois de cortar, passe canela no corte para evitar também a entrada de fungos e bactérias, isso evita que esse tipo de organismo ataque a sua planta, o que pode levá-la a morte.

Flores Azuis
Depois do sucesso que a Orquídea azul fez, por que não arriscar outras espécies na mesma coisa também? Há um sítio em Holambra que produz flores na cor azul injetando uma tinta especial antes de a semente brotar, sendo assim a tinta é absorvida ainda pela raiz esponjosa da nova planta, mas só funciona com plantas brancas. Segundo um dos agrônomos da produtora, as próximas floradas das plantas podem ser em tons mais claros ou até voltar ao branco.

Já em outra floricultura que produz as mesmas flores azuis tem outra técnica, sendo ela a de aplicar anilina no caule da planta, segundo uma das vendedoras a planta absorve a cor em um único dia. Mas é preciso tomar cuidado, pois o caule pode se quebrar na hora de injetar a anilina (no caso das orquídeas, já com rosas é mais tranquilo, pois o caule é mais grosso).

Obs.:
A Orquídea azul (Blue Mystic – Mistério Azul) já está sendo produzida agora no Brasil.
A empresa que está produzindo se chama Sítio Kolibri. Fica em Holambra e não faz venda direto ao público. Este orquidário faz parte de uma cooperativa, que vendem orquídeas em leilões para grandes empresas e atingem o Brasil todo.

Você pode descobrir onde tem uma Blue Mystic perto de você, através do e-mail do produtor: sitiokolibri@sitiokolibri.com.br
Aqui no Rio de Janeiro – RJ, Está sendo vendida na Chácara Tropical, no Itanhanguá.

PARIS

Senna Didymobotrya

Diferente de suas irmãs, que são arbóreas, a Senna didymobotrya é uma planta que cresce na forma de um arbusto denso, de mais ou menos 3 m, bastante resistente a vários tipos de pragas.

Nativa da África, foi introduzida a várias partes do mundo por ser uma planta de uso ornamental um tanto incomum: as flores que nascem são amarelas e pretas nas pontas, tendo o cheiro incomum de pipoca, por isso é chamada de árvore-da-pipoca.

A planta está sempre verde, com grandes folhas pinadas, tomentosas, e cachos eretos, na base com flores amarelas-douradas, brilhantes, e, no ápice, botões florais cobertos por brácteas castanhas-escuras.

Toda a planta exala um cheiro característico, a pipocas, mais acentuado nos botões florais.
Alguns povos do Quénia usam as sementes para preparar um tipo de leite azedo, consumido só durante certas festividades.

Além de ornamental, a planta também possui outros usos na África: pode ser utilizada como purgante e como um remédio no combate da malária; de suas folhas é feito um chá que é usado para dores generalizadas de estômago; na pesca é usada como uma espécie de entorpecente para os peixes; no Sri Lanka e na Índia tem como função ser adubo orgânico para diversos tipos de plantio.

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Caesalpinia echinata

O Pau-brasil é uma das espécies mais antigas que existem na nação brasileira, sendo o seu título extraído da mesma, de tão abundante que era a sua utilização quando as terras tupiniquins foram descobertas pelos portugueses.

Mesmo que muito raramente, ele ainda é encontrado na Mata Atlântica brasileira, sendo conhecida como um leguminosa nativa da região. O pau -brasil possui diversos nomes populares, todos eles incorporados ao tupi-guarani, língua típica dos indígenas que aqui habitavam em sua maioria quando os colonizadores colocaram os primeiros pés em nossas terras. São eles: arabutã, ibirapiranga, ibirapitanga,ibirapitá, pau-de-pernambuco, pau-de-tinta, pau-pernambuco e o famoso pau-rosado, por causa da sua coloração típica no tronco.

A tonalidade escura da sua madeira acabou gerando o seu nome: “Brasa”. Para outros, o significado vem da região da toscana, já que a madeira do pau-brasil era muito utilizada para tingir móveis venezianos. Todos os seus nomes em tupi, conhecidos popularmente em território brasileiro unicamente, podem estar relacionado ao tingimento do tronco da espécie: “vermelho”. Realmente, o Pau-Brasil tem muita história para contar.

A história do Pau-brasil
No que diz respeito ao comércio, o Pau-brasil era utilizado para o tingimento de tecido, conferindo uma qualidade superior aos mesmos, já que a planta trazia consigo uma cor vermelho mogno, muito usada também para a fabricação de móveis europeus, sendo muito utilizada na prática de marcenaria.

Com o tempo, o pau-brasil foi sendo extinto, tamanha era a sua exploração pelos litorais brasileiros e no seu habitat natural. Hoje em dia existem diversos projetos para a conservação desta espécie história, investindo até mesmo em seu replantio. Atividades como a exploração da cana-de-açúcar e do café também acabaram deixando o comércio do pau-brasil de lado, voltando interesses econômicos para os novos produtos recém descobertos.

Atualmente, a madeira do pau-brasil é considerada uma das mais luxuosas, já que não apodrece e mal é ataca por insetos. Tamanha é a sua importância e valor, hoje em dia a espécie só é utilizada para a fabricação de móveis finos, arcos para violinos, canetas e jóias valiosas.

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As flores do Pau-brasil
Mesmo que a utilização da espécie no comércio por causa da sua valiosa madeira tenha sido o que realmente movimentava as estruturas do Brasil, nada era mais belo do que ver as flores do pau-brasil crescerem em meio a Mata Atlântica.

A espécie floresce apenas uma vez por ano, o que torna a sua flor muito mais impecável, sendo rara e muito apreciada. A flor possui as suas quatro pétalas, grandes, chamativas e de coloração bem marcante, são de cor amarela, possui pétalas delicadas, na periferia do caule, e mais uma no centro, de coloração mais avermelhada. Esta combinação de cores quentes faz com que a flor desta planta história seja muito vistosa, além de possuir um odor bastante perfumado.

O odor é caracterizado por ser suave, assim como o Jasmim. Para quem não conhece esta beleza natural que o Brasil oferece, pode visualizar a flor no Jardim Botânico de São Paulo.

As flores do Pau-brasil são tão especiais que permanecem pouco tempo abertas. A sua beleza acaba se mostrando apenas por, no máximo, 15 dias, o que torna a espécie muito mais interessante. Às vezes, a abertura das pétalas pode durar por dez dias no mínimo, considerando o florescimento por apenas 24 horas. Seu aroma cítrico e adocicado acaba atraindo algumas espécies como abelhas e borboletas, que podem realizar a polinização.

A flor do Pau-Brasil, hoje em dia, pode ser considerada um dos presentes que a natureza deixou em seu legado histórico.

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Na utilização industrial
Por causa do seu aroma fino, suave e que se assemelha ao Jasmim, a flor do pau-brasil passou a ser utilizada para a produção de alguns produtos industrializados, como os famosos aromatizantes.

Estes produtos e sabões líquidos podem ser fabricados através do extrato das flores de Pau-brasil, embora a espécie esteja bastante extinta. Muitos fabricantes acabam plantando a espécie para que a flor seja colhida em uma época ideal e assim, inovando na produção destes aromatizantes e produtos para o corpo, com o odor especial da flor do Pau-brasil.

Vale lembrar que estes produtos são raramente encontrados no mercado e são mais voltados para pequenas produções incluindo as caseiras ou artesanais.

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Murta (Murraya sp.)

Os nomes populares das plantas variam muito de região para região; por essa razão, costumamos usar o nome científico para especificar uma planta.

É a melhor maneira de garantir que ela sejá identificada em qualquer região.

A primeira palavra na classificação de uma planta identifica o gênero, por exemplo, Erythrina, Tibouchina ou Murraya.

Existem, no entanto, muitas espécies de Murraya e, por isso, usa-se um segundo nome que identifica a espécie de um gênero. Por exemplo: Murraya exótica – o segundo nome normalmente descreve a qualidade que caracteriza a planta em questão.

Muitas vezes nos deparamos com nomes como Murraya sp., o que isso significa?

O sp. é uma abreviatura que se refere a todas as espécies desse gênero ou, então, a apenas uma delas, sem especificar qual.

Caso exista mais de uma variedade natural, de uma mesma espécie, haverá um terceiro nome para identificar cada uma delas.

Uma variedade produzida com a intervenção do homem é conhecida como “cultivar” – em geral identificada pela abreviatura cv. Neste caso, adiciona-se um terceiro nome, como se fosse um “nome de batismo”, por exemplo: cv. “Valentina” ou cv. “Song of Paris”.

Como padronização, os nomes científicos das plantas devem seguir as normas do Código Internacional de Nomenclatura Botânica, que determina, entre outras regras, que sejam grafados em latim, que o nome do gênero seja escrito com letra maiúscula e o nome da espécie com letra minúscula.

O nome científico é importante, pois identifica a planta em qualquer lugar, não importando o seu nome popular. Assim, aquela violeta africana que você tem em casa chama-se Saintpaulia ionantha em qualquer lugar do mundo.

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