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epífitas

Epífitas são plantas que utilizam outras plantas como suporte, pertencendo a várias famílias botânicas, como Orchidaceae (as orquídeas), Araceae (por ex. banana-de-macaco) e Bromeliaceae (as bromélias), entre outras. Nas regiões tropicais, respondem por grande parcela da biodiversidade, podendo, em algumas áreas, existir maior número de espécies de epífitas do que de árvores.

No Paraná, epífitas são muito comuns na região mais próxima ao oceano (Floresta Ombrófila Densa), diminuindo em diversidade e em quantidade no sentido oeste. Isso acontece principalmente devido ao clima, pois altas temperaturas associadas à maior umidade são fundamentais para a sobrevivência dessas plantas.

Ao contrário da crença popular, plantas epifíticas não parasitam seus suportes. Elas captam água e nutrientes diretamente do ar, quando esses são trazidos pelo vento, nevoeiro, maresia e poeira. Também captam umidade e íons da água da chuva e da água que escorre pela casca das árvores. No entanto, para que isso seja possível, epífitas utilizam adaptações que se desenvolveram, ao longo da evolução, na sua forma e funcionamento. Orquídeas, por exemplo, têm uma camada de células mortas envolvendo suas raízes, chamado tecnicamente de velame, que serve para absorção de umidade e nutrientes diretamente do ar, quando estes estão disponíveis, e de proteção contra o ressecamento, quando preenchidas de ar. Bromélias também absorvem o que necessitam do ar ou das suas rosetas, mas, para isso, desenvolveram pequenas escamas que cobrem suas folhas. Essas escamas absorvem a água e os íons para dentro da folha como se fossem pequenas bombas. As plantas também são protegidas pelas escamas, que refletem a luminosidade excessiva, o que dá a aparência prateada à barba-de-velho (Tillandsia usneoides).

Bromélias, muito comumente, formam tanques onde a água da chuva se acumula. Para a fauna, esses reservatórios são fundamentais, pois disponibilizam água para aves e macacos, por exemplo, que não precisam descer ao solo para saciar sua sede. Pequenos invertebrados também utilizam os tanques das bromélias. Alguns desses insetos vivem em outros corpos d’água, como rios e lagos; outros sobrevivem apenas dentro de determinadas espécies de bromélias, sendo completamente eliminados quando as árvores são derrubadas ou as bromélias coletadas.

Epífitas, em geral, também servem de abrigo para animais que se deslocam pela copa das árvores. Sapos, além de utilizar os tanques de bromélias para colocar seus ovos, também necessitam da umidade para manter a pele úmida e os espinhos das folhas para se refugiar de predadores.

Flores de epífitas servem de alimento para os animais ao longo de todo o ano, fornecendo pólen e néctar para aves, morcegos, abelhas, formigas, moscas, besouros, borboletas etc. Outras partes das plantas também são comidas, como as partes mais tenras do centro da roseta de bromélias que são arrancadas por macacos.

Os tanques das bromélias também servem para germinação de outras plantas, como arbóreas, que têm suas sementes apanhadas pelas folhas em forma de roseta. Esse fenômeno já foi registrado em ambientes áridos e em florestas com muita umidade. As plântulas utilizam as folhas e galhos em decomposição para sua nutrição e, com disponibilidade de umidade, podem crescer dentro do tanque até o período em que estabelecem contato com o substrato, como fazem as aráceas.

orquidea

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OBS: Este site não trabalha com vendas de plantas,sementes e afins, apenas são postados artigos com informações sobre como cultivar as plantas. Você pode adquirir sua planta desejada em qualquer bom Garden Center de sua região.


fluvial

Ambientes fluviais são extremamente heterogêneos, exigindo que, em alguns locais, a vegetação tenha características específicas para ali se estabelecer, crescer e se reproduzir. Como resultado, as árvores apresentam os mais diversos tamanhos, formatos de tronco e copa e épocas de floração. Espécies como açoita-cavalo (Luehea divaricata), miguel-pintado (Matayba elaeagnoides), tarumã (Vitex megapotamica), branquilho (Sebastiania commersoniana) e salseiro (Salix humboldtiana) são árvores comuns nas margens dos rios Iguaçu e Tibagi. No entanto, suas áreas de ocorrência natural ao longo desses rios dependem de condicionantes regionais e locais.

Regionalmente, o clima é um importante fator determinante. De acordo com as características climáticas, algumas espécies têm determinadas suas áreas de ocorrência, constituindo as Unidades Fitogeográficas. Portanto, Unidades Fitogeográficas são agrupamentos de espécies, baseados nas suas regiões de ocorrência natural e que respondem ao clima. No estado do Paraná existem cinco grandes Unidades Fitogeográficas (Roderjan et al., 2002). É importante ressaltar que algumas espécies não são exclusivas apenas de uma Unidade Fitogeográfica, mas sim, comuns a várias delas. Bons exemplos arbóreos são branquilho, açoita-cavalo e miguel-pintado.

Localmente, as formas que o rio assume ao longo do seu curso, por vezes correndo sobre rocha ou sobre seus próprios sedimentos, determinam a possibilidade de ocorrência de certas árvores. De modo geral, as formas podem ser retilíneas, como ocorre comumente quando o rio corre diretamente sobre rochas, ou sinuosas, quando ele divaga sobre os seus próprios sedimentos, formando um conjunto de curvas consecutivas. A forma que o rio adquire tem relação direta com a forma das margens e com a quantidade de água dos solos dessas margens. O regime hídrico dos solos é determinante para a sobrevivência e o crescimento das árvores nas margens dos rios, pois as espécies podem ou não ser adaptadas ao alagamento. Quando o rio assume padrão meandrante, como é o rio Iguaçu na região de São Mateus, é comum a formação de amplas planícies, onde as porções mais abaciadas e interiores apresentam solos com alta saturação hídrica por períodos prolongados de tempo. Nessas áreas, poucas espécies arbóreas conseguem sobreviver, pois o alagamento dificulta o processo de respiração pelas raízes e, consequentemente, a sobrevivência das plantas. É comum observar, nesses locais, a corticeira do banhado (Erythrina crista-galli), com várias adaptações para o alagamento. Nas partes mais elevadas das margens sinuosas, mas ainda com forte influência da saturação hídrica dos solos, o branquilho ocorre em grandes densidades. E, finalmente, na porção mais próxima do rio, o salseiro é registrado com poucos indivíduos, mas com adaptações magníficas para sobreviver ao alagamento, à força das correntes nas épocas de cheias e à baixa consistência dos solos.

Quando o rio corre diretamente sobre as rochas, geralmente encaixado em linhas de falha dessas, as planícies praticamente inexistem, o que significa dizer que comumente as encostas estão diretamente em contato com o rio, permitindo a presença de solos bem drenados. Esse padrão pode ser observado, por exemplo, em todo o trecho do rio Iguaçu no terceiro planalto paranaense. Nessas partes do rio, as árvores que crescem nas margens não são selecionadas pelo excesso de água nos solos, sendo as espécies, geralmente, as mesmas espécies que ocorrem na encosta.

Fator igualmente interessante são as adaptações das espécies. Uma delas é a capacidade de algumas arbóreas em inclinar o tronco sem cair por completo e nem quebrar. Elas são adaptadas à retirada natural dos solos pela correnteza ou crescem em direção à maior luminosidade vinda do canal formado pelo rio. Para as árvores em que essa característica inexiste, qualquer instabilidade do substrato das margens leva à queda completa do indivíduo, por vezes, provocando a queda de outros indivíduos arbóreos. As árvores que se dobram por sobre o rio também servem como excelentes suportes para as plantas epifíticas, como bromélias, orquídeas e samambaias. Essas plantas, como não possuem contato com o solo, dependem da água que escorre sobre os seus suportes e da umidade do ar, que sobre o rio é mais alta. Além da umidade, essas árvores proporcionam um substrato menos inclinado, formando verdadeiras “bancadas” para as epífitas, embelezando o ambiente.

flor de lotus

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comigo_ninguem_pode
A comigo ninguém pode (Dieffenbachia pictada), é uma das plantas ornamentais mais perigosas em ambiente urbano, normalmente encontradas em bares, restaurantes e lojas e amplamente cultivadas nos lares. Por ser uma planta de ampla toxidade, ela é responsável por muitos acidentes com intoxicações, principalmente as crianças, que têm costume nato em pôr na boca tudo o que encontra pela frente.

As folhas dessa planta realmente chama a atenção por ser brilhantes e largas, que para quem não a conhece parece muito apetitosa.

As principais vítimas são crianças de 0 a 6 anos que, atraídas pela exuberância da folhagem da planta, levam partes desta à boca. A mastigação, ainda que de pequenas porções das folhas ou pecíolos, causa uma intensa irritação das mucosas da boca, faringe e laringe. Os sintomas iniciam-se com salivação abundante, dores na boca, na língua e nos lábios. Subseqüentemente, ocorre edema das mucosas que tiveram contato direto com a planta.

Não há relatos conclusivos sobre a origem da toxidade da comigo ninguém pode, mas alguns estudos dão conta de que ha alto nível de cristais de oxalato de cálcio e enzima proteolítica, denominada dumbcaína, na seiva da planta. Esses cristais apresentam-se na forma de ráfides (agulhas), e estão contidos dentro de células ejetoras denominadas idioblastos.

Acredita-se que os idioblastos compreendem um fator essencial para a toxicidade dessas plantas, visto que tais células, através de pressão osmótica, ejetam as ráfides com uma força surpreendente, fazendo com que os cristais perfurem e penetrem nos tecidos. O autor cita que sem a força ejetora dos idioblastos, a simples presença das ráfides de oxalato de cálcio e das enzimas proteolíticas não seria suficiente para desencadear a toxicidade. Assim sendo, admite-se atualmente que os efeitos tóxicos provocados por essas espécies são resultantes da ação combinada de diversos fatores.

Segundo o Centro de Informações Toxológicas do Amazonas, para aquele que teve contato com a planta existe um tratamento que consiste na lavagem gástrica e medidas provocadas de vômitos realizadas com muito cuidado em virtude dos efeitos irritantes da planta. O tratamento é sintomático, incluindo administração de demulcentes (clara de ovos, óleo de oliva), bochechos com soluções de hidróxido de alumínio, antiespasmódicos e analgésicos e anti-histamínicos. Nos casos mais graves convém administrar corticosteróides. Lesões oculares são tratadas com lavagem demorada com água corrente e aplicação de colírios antissépticos: corticosteróides por via sistêmica nos casos mais graves.

A comigo ninguém pode é, na verdade, uma das ornamentais mais cobertas de superstições. Embora ninguém conheça a verdadeira origem de tais crenças, diz-se que protege seu cultivador contra mau-olhado, inveja e os maus espíritos e é bom para os negócios, vislumbra prosperidade e absorve as energias de baixa vibração, abundantes em ambientes comerciais.
A crendice popular leva essa planta entre os melhores cuidados, pois se apregoa, que, em a planta definhar ou morrer, certamente seu dono entrará em apuros.

Embora seja uma espécie perigosa, a comigo ninguém pode não deve ser condenada ao extermínio. Quem tiver crianças ou animais em casa basta colocá-la em ambiente de difícil acesso, minimizando assim o perigo de intoxicação.

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angico-branco-ana-angico-branco-anã

São árvores de folhas miúdas, frutos alongados do tipo vagem, com sementes marrom-avermelhadas, redondas, lisas e achatadas. Tem germinação alta e crescimento rápido. Normalmente são árvores de médio a grande porte, comuns em capoeiras ou na colonização de áreas abertas, no inverno perdendo totalmente as folhas. Tem copa ampla de folhagem rarefeita, no total chegando aos 20-25 metros.

As árvores de angico-branco (Anadenanthera colubrina) são encontradas, em boa parte, com intensa florada entre novembro e janeiro. Após perder as folhas, fica coberta de flores brancas. Brotam com as primeiras chuvas de setembro, em seguida sendo coberto por numerosas inflorescências. A flor do angico é melífera e atrai insetos e aves e é muito procurada pelas abelhas. Possui tronco acinzentado, tortuoso e alto. A Casca tem espessura de até 20 mm. A casca externa é lisa branco-acinzentada a cinza-escura, áspera, provida de fendas finas. A casca interna é levemente avermelhada. Sua casca é rica em taninos (substância utilizada pelas plantas como defesa contra o ataque de microorganismos patogênicos) sendo já amplamente utilizada em curtumes. Sua casca amarga pode ser antidesintérica e útil na cura de úlceras. É expectorante energético e com várias aplicações medicinais. A tintura obtida de suas folhas é eficaz em golpes e comoções cerebrais. Sua resina possui aplicações medicinais e industriais.

Possui madeira dura e pesada, de grande durabilidade quando exposta. Serrada e roliça a madeira de angico-branco é indicada para tabuado, construção naval e civil, dormentes de estradas de ferro, marcenaria, carpintaria, assoalhos e tetos, desdobro, obras internas, lenha e carvão de boa qualidade. Por ser uma árvore robusta, um exemplar chega a fornecer mais de 5 m

Sendo rústicos e adaptados a terrenos secos, são recomendados para recuperação ambiental, crescendo muito bem em solos pobres e degradados, podendo ser útil ainda na arborização urbana e no paisagismo. Pode ser aproveitada para arborização de parques e praças e para o plantio em florestas mistas destinadas às áreas de preservação permanente.

Como produzem grande quantidade de sementes e de fácil germinação, é possível produzir facilmente muitas mudas. Essas árvores desenvolvem-se muito bem em floresta ombrófila mista, floresta ombrófila densa, mata ciliar e no cerrado.

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