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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

orquídea-no-habitat

As orquídeas podem ser cultivadas em vasos, mas ficam mais bonitas e naturais quando colocadas em troncos, que é o habitat natural da maioria das orquídeas. Espécies que crescem em troncos são epífitas, que se desenvolvem utilizando outras plantas como suporte.

Veja bem, só como suporte, elas não são parasitas como algumas pessoas pensam. Elas não sugam a planta hospedeira, nem a prejudicam de maneira alguma.

A idéia de cultivar orquídeas em troncos começou há muitos anos. As orquídeas são muito utilizadas em jardins, plantadas em troncos de arvores e palmeiras. As mais comuns são as “olho de boneca” ou Dendróbio (Dendrobium nobile). Devido à sua rusticidade, elas formam verdadeiras touceiras, com inúmeras flores. Lindo espetáculo da natureza.

Neste post será ilustrada a maneira como não se deve fazer. Tenho certeza de que será muito útil, pois muitas pessoas devem fazer a mesma coisa.

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A escolha do local
Acreditem ou não, mas é a orquídea que escolhe o lugar onde quer crescer, e não o contrário. Portanto, caso queira colocar aquela orquídea linda, cheia de flores, na mesa de centro da sala para mostrar para a visita, conforme-se.

Pode ser que a orquídea não goste deste local. Ela vai demonstrar isso pela coloração de suas folhas, pela sua taxa de crescimento, retenção das flores.

A florada costuma durar mais de um mês em algumas espécies. Se ela acabou de florir e suas flores começarem a murchar, você colocou sua orquídea no lugar errado. Observe se ela está perdendo a cor, se está ou não emitindo novos brotos. Se ela estiver saudável, vai demonstrar isso na sua aparência.

Se ela não estiver gostando do local onde você a colocou, troque de lugar, até ela se adaptar. Não fique triste se ela gostar de um cantinho do banheiro. Se ela estiver feliz, vai recompensá-lo com lindas flores.

Dica: elas gostam de lugares iluminados, mas sem luz do sol direto em cima delas. Vento em demasia também não é legal. Lembre-se que as orquídeas originalmente vivem em troncos de árvores, em locais sombreados e úmidos, protegidos do vento em excesso.

Ao ar livre elas também vão muito bem, desde que estejam protegidas do sol e vento em demasia.

phalaenopsis

A escolha do tronco
Normalmente costumamos comprar a orquídea florida, mesmo porque queremos conhecer a flor, sua forma, cor, perfume, antes de levar a planta pra casa. Não transplante a orquídea nesta fase. Deixe as flores caírem para só então mexer em seu vaso.

Isso porque após a florada, ela entra na fase vegetativa, ou seja, começa a desenvolver as folhas, brotos e raízes. É o início da preparação para a próxima fase reprodutiva (nova florada) e o crescimento está a todo o vapor.

Para ter as orquídeas em troncos, o mais prático é plantar em árvores. Opte por utilizar troncos secos, que podem ser obtidos no chão de florestas, restos de podas, em madeireiras, ou mesmo em lojas de materiais de construção, pois é muito comum utilizar troncos como escora para lajes em construção.

Neste caso, não utilize troncos que liberem resinas, como os de pinus. As orquídeas detestam resina e suas raízes não se fixam. Também não adianta tentar plantar naqueles troncos que imitam xaxim, que são feitos de fibra de coco compactada com cola. Qualquer base que contenha produtos químicos, as orquídeas não se adaptam.

Existem placas feitas com fibra de coco sem adição de cola. Essas sim podem ser usadas. É fácil notar a diferença na hora de comprar: as placas feitas apenas com fibra de coco são leves e bem porosas. Olhando de perto percebemos que não existe nada unindo as fibras.

Dica: cuidado com a escolha do tronco. Se ele estiver meio podre quando você fizer o plantio, provavelmente ele não resistirá. Quando sua orquídea estiver linda e forte, seu tronco estará desmanchando. Opte sempre por madeira de boa qualidade. Galho de peroba é um ótimo exemplo.

troncovaso

A fixação do tronco em um vaso
Encontrados os troncos, o melhor jeito de fixá-los é colocando-os dentro de vasos grandes e enchê-los de terra. Assim, além das orquídeas, você poderá preparar um vaso misto, com outras plantas na base.

Mas lembre-se que as orquídeas não gostam de sol direto, então você deve escolher uma planta de sombra para plantar junto.

Uma ótima pedida é aquela florzinha maria-sem-vergonha ou beijinho (Impatiens walleriana). Pegam facilmente, não precisam de grandes cuidados, florescem o tempo todo e tem um colorido maravilhoso.

Outra opção interessantíssima é plantar bromélias na terra dos vasos. Escolha espécies de sombra, como Nidularium, Vriesia e Aechmea. Suas flores são lindas e coloridas, e gostam de estar em ambientes sombrados, como as orquídeas.

A grande vantagem de colocá-los em vasos, é poder levar suas orquídeas junto, caso você mude de casa/apartamento. Se estiverem plantadas em árvores, você não consegue retirá-las.

phalaenopsis amarela

Espécies de orquídeas indicadas
Para iniciantes, a melhor espécie é a Phalaenopsis, pois é forte e resistente, gosta de calor, apesar de não gostar de sol direto. Desenvolve raízes rapidamente, além de suas flores serem maravilhosas. Resiste bem à falta de umidade. Quando a planta está bem adaptada, pode-se passar uma semana ou mais sem molhá-la, e ela continua linda e forte.

Além da Phalaenopsis, cultivo também o gênero Oncidium que, apesar de mais frágil que a primeira, ainda assim se adapta muito bem aos troncos. Tive casos em que, antes mesmo de estar completamente adaptada ao tronco, ela floresceu. E sua florada ocorre rigorosamente de 12 em 12 meses.

A Dendrobium ou olho-de-boneca é, sem dúvida, a orquídea mais popular que existe. Seu preço acessível conquista cada vez mais as pessoas. Seu cultivo também é fácil, mas requer bastante umidade.

juta

O transplante
Para isso deve-se tirar a orquídea do vaso e envolver as raízes com substrato e tudo com um pano fino. O melhor é gaze (é, aquela que se usa em curativos), que tem a trama dos fios bem aberta. Compre um rolo, usado para grandes curativos. Uma vez envolvida pela gaze, amarre tudo no tronco, deixando a muda na vertical.

Desta maneira a orquídea não vai sofrer muito com a transição, pois ainda está envolvida pelo substrato, suas raízes não ficam expostas e é muito mais fácil manter a umidade. As regas devem ser constantes (sempre que o substrato estiver seco). A frequência vai depender da rapidez que o substrato seca.

Se você deixar o substrato secar às vezes, tudo bem, ela vai crescer, mesmo que seja um pouco mais lentamente.

E depois, observe. O primeiro sinal de que as coisas estão indo bem, é o surgimento de novas raízes. Você sabe que elas estão saudáveis se a ponta estiver bem verde. Como o sistema radicular está envolvido pelo substrato, muitas vezes você conseguirá ver poucas raízes. Mas muitas estarão escondidas no substrato, já se fixando no tronco.

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O tempo para a orquídea pegar
Varia bastante, mas em geral leva mais de um ano. Tenha paciência e não desista. Se você tiver feito o plantio direitinho, por mais que ela pare de crescer, continue regando e cuidando. Com o tempo ela reage.

Tente mudar o vaso com o tronco de local, talvez mais iluminado, com menos vento, ao abrigo da chuva. Faça testes e observe como ela reage.

O último estágio é tirar a gaze. Normalmente a época certa de tirá-la coincide com o apodrecimento da gaze. Cerca de um ano e meio depois do transplante. Quando as raízes estiverem bem fortes e a planta fortemente fixada ao tronco, você poderá deixá-la livre. Nesta fase, ela já conseguirá se virar bem sozinha.

O controle das plantas
Faça o controle de suas plantas. Marque a data da compra da planta, de cada florada, data do transplante, nome científico e comum, enfim, os dados importantes da planta. Isso se torna importante na hora de contabilizar o desenvolvimento da planta.

Você pode achar que a sua planta não está indo bem, que não floresce, mas na verdade ainda não se passou tempo suficiente. Conclusões erradas sobre suas plantas podem levar ao desânimo. Controle tudo o que possa ser controlado (regas, transplantes, datas de plantio, etc) e deixe o resto por conta da natureza.

Por que é importante saber o nome? Na hora de adubar, controlar pragas, separar mudas, você precisa saber qual é a sua planta para obter informações corretas de como proceder.

Para facilitar, existem plaquinhas brancas de plástico que servem para escrever alguns dados, como nome e data da compra. Elas podem ser espetadas junto à planta. Escreve-se com lápis para não borrar com a água. Podem ser encontradas em floriculturas, lojas de artigos para jardinagem ou mesmo com produtores de orquídeas.

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Alerta importante
Se você adora orquídeas, nunca, mas nunca mesmo, compre mudas de orquídeas silvestres que foram tiradas diretamente da natureza. Isso está destruindo as populações nativas de orquídeas das nossas matas.

É muito comum ver em beira de estradas, especialmente perto do litoral, banquinhas precárias de venda de orquídeas e bromélias. Não cometa esse crime. Existe uma infinidade de orquidários que cultivam plantas para venda, que são produzidas em estufas e que não são retiradas da natureza. Essas plantas podem ser compradas sem medo, mesmo sendo nativas.

O extrativismo (retirada de espécies da natureza sem nenhum controle e sustentabilidade) está levando à extinção várias espécies de orquídeas. As pessoas veem, acham lindas, mas elas estão adaptadas às matas fechadas, são plantas muito frágeis.

Quando são trazidas para as cidades, em locais pouco favoráveis e muito diferentes do local onde foram retiradas, elas morrem. Não vale a pena, não contribua para que este crime ambiental continue acontecendo.

chuva no rio

Miltoniopsis híbrido

Os fungos são um dos grandes problemas no cultivo de orquídeas. Em geral, muitas condições indicadas para as orquídeas (como umidade ambiental) também são favoráveis para os fungos. Assim, de forma preventiva, devemos adotar um manejo correto para evitar esta adversidade.

Algumas recomendações importantes
* Substratos limpos
* Ferramentas desinfetadas antes de usá-las. Caso for mexer em outra planta, desinfectar novamente. Existem substâncias químicas para isto, ou mesmo o álcool. Mas o melhor meio é o fogo.
* Evitar que os vasos fiquem muito próximos pois muitos fungos tem seus esporos disseminados pelos respingos da irrigação ou a água da chuva. – A ventilação é um item vital, pois evita que o ambiente fique úmido por muito tempo, o que facilita a disseminação de esporos.
* O piso do orquidário deve ser de brita ou material de rápida drenagem para evitar o acúmulo por muito tempo de umidade. – Retirar as partes doentes das plantas, aplicando algum protetor (como canela ou pasta fúngica) nos locais onde houve a lesão.
* Fazer estudo e utilizar os fungicidas mais eficientes. Muitas vezes o rodízio de fungicidas (principalmente no caso de orquidários maiores) evita o surgimento de fungos resistentes.
* Todos os fatores ambientais (como luminosidade, temperatura, irrigação, adubação, entre outros) devem ser fornecidos criteriosamente para que a planta tenha as melhores condições de saúde, tornando-se mais resistentes.
* A limpeza do orquidário deve ser exemplar, sem entulhos ou qualquer acúmulo desnecessário. Nas visitas diárias recolher todo material que é retirado (como folhas velhas, flores murchas, substratos, etc) para posterior descarte. Jamais jogue no chão.

Os fungicidas
Mas mesmo tomando todas as medidas preventivas ainda podem surgir doenças fúngicas (ou outras). Neste caso precisamos utilizar os fungicidas, de origem química ou orgânica, para restituir a saúde da orquídea.

São muitos os produtos sintéticos vendidos em casas especializadas e não vou entrar no detalhamento destas substâncias. Penso que devemos usá-los em casos onde não há outro meio.

São sempre tóxicos e podem acarretar algum dano ambiental e à saúde humana e animal. Encorajo o estudo de plantas que possuem princípios ativos que nos interessam para tal propósito.

mofo cinzento

As principais doenças fúngicas
– Mofo cinzento: É uma doença que se caracteriza por apresentar pontos escuros nas flores, eventualmente também nas folhas. É comum em Phalenopsis, Cattleya e Dendrobium.

O patógeno chama-se Botrytis cinerea e geralmente manifesta-se no inverno e primavera. Os esporos são difundidos pela água e pelo vento. As plantas ficam com o crescimento dificultado, as flores ficam feias e morrem.  Posteriormente há severa perda de folhas, caso nada seja feito.

É facilmente controlado ao manter as orquídeas em ambiente de boa circulação de ar e irrigando apenas as raízes. Nunca molhe as flores. Ao perceber o fungo, descartar a parte afetada. Em caso muito grave, o fungicida indicado tem como princípio ativo o Mancozeb (Dithane ou Manzate).

Além dos já citados, também pode afetar os gêneros: Aerides, Ascocentrum, Brassia, Brassocattleya, Brassolaeliocattleya, Broughtonia, Calanthe, Cycnoches, Cymbidium, Doritaenopsis, Epidendrum, Laelia, Laeliocattleya, Maxillaria, Miltonia, Oncidium, Paphiopedilum, Phaius, Potinara, Trichoglottis, Vanda e Vanilla.

fusariose

Fusariose: Afeta as raízes, os pseudobulbos, folhas e flores. Ou seja, se não tratar mata a planta. Também conhecido por “canela seca”. Os sintomas são manchas ovais marrons nas flores e folhas novas, dificuldade de crescimento, murcha e clorose.

Três ou quatro manchas nas folhas são característica da doença, que se alastra rapidamente. É preciso remover as partes infectadas usando ferramentas esterilizadas (a chama do fogão é o suficiente).

A infecção ocorre pelas raízes, sendo que o dano causado no sistema vascular dificulta o transporte de água e nutrientes. Se cortamos o pseudobulbo percebe-se linha escuros indo em várias direções.

Tem um cheiro desagradável de podre. O agente causador é o Fusarium oxysporum e o Fusarium solani. O fungo gosta de temperaturas entre 25ºC e 30ºC.

A forma principal de propagação é através do uso de ferramentas de corte não esterilizadas. Segundo a Houston Orchid Society, os sintomas desenvolvem-se mais em plantas estressadas pelo calor e em condições de umidade muito elevada. Utilização muito pesada de fertilizantes também contribui para o desenvolvimento da moléstia. Não há cura garantida para o Fusarium.

O melhor é prevenir. No caso de usar fungicidas, aconselha-se os de contato (mancozeb) e os sistêmicos (mefenoxam, tiofanato-metílico), tão logo apareçam os sintomas. Um exemplo, respectivamente são o Manzate / Dithane e o Ricomil / Cercobin. Mas sempre que possível aconselho a evitar defensivos tóxicos.

Os gêneros mais afetados são: Aerides, Ascocenda, Brassavola, Brassocattleya, Brassolaeliocattleya, Bulbophyllum, Catasetum, Cattleya, Cycnoches, Cymbidium, Dendrobium, Lycaste, Oncidium, Phalaenopsis, Potinara, Sophrolaeliocattleya e Vanda.

podridão negra

Podridão negra : Gerada pelo fungo Phytophthora e Pythium. Algumas espécies destes fungos atacam o Dendrobium, gerando manchas amarelo esverdeadas nas folhas, ficando negras posteriormente. A moléstia progride através das raízes e a chance da planta morrer é grande.

As partes atacadas ficam moles destacando-se facilmente da planta. Nas mudinhas novas ocorre o “dumping-off” (tombamento). Os esporos são dispersos via água e também por contato. Temperaturas amenas / elevadas e alta umidade favorecem este patógeno.

Assim, nestas condições, o cuidado tem de ser grande. Eliminar as partes afetadas é a primeira atitude, além de ter atenção na irrigação. Em orquidários maiores a aplicação preventiva de fungicidas pode ser inevitável.

A doença é muito contagiosa e se as medidas de combate não forem suficientes, tem-se de eliminar a orquídea. Os principais gêneros atacados são: Brassia, Coelogyne, Cymbidium, Laelia, Aerides, Ascocentrum, Epicattleya, Maxillaria, Paphiopedilum, Potinara, Rodriguezia, Brassavola, Brassocattleya, Brassolaeliocattleya, Cattleya, Cyrtopodium, Epidendrum, Laeliocattleya, Oncidium, Vanda e Phalaenopsis além do Dendrobium (já citado).

Manchas foliares de Phyllosticta

Manchas foliares de Phyllosticta: O patógeno é o fungo do gênero Phyllosticta. Ocasiona manchas amareladas nas folhas que tornam-se marrons com o tempo ou mesmo negras quando o fungo vai produzir esporos. Estes esporos são disseminados pelo vento e água.

O formato das manchas é circular ou ovalado, bordas bem definidas e no centro pode-se ver os picnídios (órgão de frutificação do fungo).

Formam estruturas que ficam imersas no tecido do hospedeiro e aquilo que é perceptível na superfície é apenas uma pequena parte do patógeno. A faixa de temperatura boa para este fungo é entre 25ºC e 30ºC.

Não há tratamento químico satisfatório para esta doença. Quando as manchas começam a se desenvolver, o melhor é cortá-las, não deixando também nenhuma folha morta na planta ou no vaso. Isto impede a contaminação nas plantas sadias.

O melhor, quando da irrigação, é fazer no início do dia, permitindo rápida secagem. Ambientes com boa circulação de ar são imprescindíveis para qualquer espécie que estejamos cultivando.

Embora seja doença mais comumente vista em Dendrobium e Vanda , também pode ocorrer em Cymbidium, Brassolaeliocattleya, Cattleya, Epidendrum, Laelia, Laeliocattleya, Odontoglossum. Oncidium e Phalaenopsis.

antracnose

Antracnose: Gerado pelo fungo Colletotrichum. As folhas ficam com manchas marrom escuras ou acinzentadas que formam anéis concêntricos, com leve depressão. Atacam tanto os “seedlings” (mudinhas) como as plantas adultas. É favorecido por temperaturas mais baixas (entre 10º e 20º) e alta umidade.

Para prevenir, evite locais sombreados, de pouca circulação de ar e isolando a planta quando for atacada. O combate é feito com a aplicação de sulfato de cobre sobre as partes atacadas ou com fungicidas sistêmicos (Mancozeb).

Os gêneros afetados são: Aerides, Ascocenda, Ascocentrum, Brassavola, Brassia, Brassocattleya, Brassolaeliocattleya, Bulbophylum, Catasetum, Cattleya, Cymbidium, Cyrtopodium, Dendrobium, Epicattleya, Epidendrum, Laelia, Laeliocattleya, Maxillaria, Miltonia, Odontoglossum, Oncidium, Paphiopedilum, Phaius, Phalaenopsis, Pleurothallis, Rodriguezia, Sophrolaeliocattleya,, Vanda, Vanilla, Zygopetalum, entre outros.

podridão-das raízes

Podridão das raízes: O fungo causador é do gênero Rhizoctonia que seca os pseudobulbos e causa deterioração radicular, o que tira a vitalidade da parte aérea e fim de novas brotações. Lentamente mata a planta. O patógeno gosta de alta umidade e temperaturas beirando os 30ºC.

Possui muitos hospedeiros, sendo assim é importante eliminar restos culturais tanto no orquidário como nos arredores. Os cuidados com esterilização de ferramentas são fundamentais, o que é uma atitude que pode-se considerar como uma recomendação geral. Também o exagero na irrigação ou a má drenagem facilita o surgimento da doença.

Tratamentos químicos são feitos com fungicidas sistêmicos. Orquídeas atacadas: Aerides, Brassavola, Brassocattleya, Cymbidium, Dendrobium, Epicattleya, Epidendrum, Laeliocattleya, Oncidium, Paphiopedilum, Phalaenopsis, Potinara Vanda, entre outras.

ferrugem

– Ferrugem: Os agentes causadores podem ser vários, destacando-se: Sphenospora kevorkianii (=Uredo nigropunctata), Sphenospora mera, S. saphena , Uredo epidendri, U. behnickiana e Hemileia oncidii . Este último se diferencia por não apresentar pústulas. Estes fungos gostam de uma combinação de alta umidade com temperaturas amenas. Ocorrem em vários países desde os EUA até o Brasil.

As folhas são as partes atacadas, principalmente na parte inferior, onde aparecem pequenas pústulas alaranjadas ou mesmo marrom-avermelhadas. O pó alaranjado são os esporos que se disseminam pelo vento e pela água. Crescem com grande rapidez.

Como medida inicial, deve-se cortar as partes atacadas e queimá-las. Nunca jogar no chão próximo ao orquidário. Em seguida é aconselhável deixar a planta isolada das demais.

Os fungicidas com sulfato de cobre são os recomendados. É mais frequente em Oncidium, mas também aparece em Brassavola, Brassia, Bulbophylum, Capanemia, Catasetum, Cattleya, Cyrtopodium, Dendrobium, Encyclia, Epicattleya, Epidendrum, Laelia, Lycaste, Masdevallia, Maxillaria, Miltonia, Odontoglossum, Phaius, Pleurothallis, Rodriguezia e Zygopetalum.

Cercosporiose

Cercosporiose: A infecção inicial pode ocorrer em ambos os lados das folhas, mas geralmente manifesta-se na parte inferior, onde surgem manchas amareladas e irregulares que com o tempo tomam a coloração marrom escura com centro acinzentado.

Também na parte superior surgirão pequenas manchas circulares envoltas por um anel amarelado ou arroxeado.

Na sequência as manchas ficam necrosadas, cobrem as folhas inteiras e acabam caindo. Períodos de chuva, seguidos de alta umidade relativa são favoráveis para o desenvolvimento da moléstia.

O fungo causador é o Cercospora odontoglossi e os gêneros mais atacados são: Brassavola, Cattleya, Cymbidium, Epidendrum, Miltonia, Oncidium, Laelia, Odontoglossum, Oncidium e Sophronitis. Plântulas em bandejas coletivas são mais suscetíveis, pelo que é recomendável usar potes individuais.

Além do descarte das partes atacadas, o controle pode ser feito com fungicidas à base de cobre, Manzeb e Ferban.

podridão na base

Podridão da base: Também conhecido como Murcha do Sclerotium, esta doença é causada pelo fungo Sclerotium rolfsii.

Os sintomas iniciais aparecem na base da planta, com um enrugamento e podridão dos talos e algumas lesões escuras e irregulares nas folhas (começam nas bordas avançando para toda a superfície). Ao redor das manchas surge um halo amarelado.

Nos tecidos das raízes e pseudobulbos observa-se um micélio branco (como algodão) direcionando-se para as folhas. O apodrecimento da base impede a circulação normal de seiva, o que prejudica toda a parte aérea.

Este patógeno sobrevive em substratos orgânicos por longos anos, vivendo de forma saprofítica, suportando com grande resistência as adversidades climáticas.

Quando as condições são favoráveis rapidamente volta a se desenvolver. Alta umidade, temperaturas acima de 26º C e substrato muito orgânico são as condições ideais para o fungo.

Substratos adequados, limpos e com bastante aeração e drenagem garantem uma boa proteção contra esta doença. Cattleya, Dendrobium, Cymbidium, Phalenopsis e Vanda são os gêneros mais suscetíveis.

mancha foliar

Manchas foliares de Phoma pestalozzia: Provoca o trincamento das folhas e manchas alongadas ao redor das nervuras. O gênero de orquídea mais sensível é a Vanda. O Cercobim é um fungicida que pode ser utilizado.

Como se livrar dos fungos?
Infelizmente, na maioria das vezes, não tem jeito, para eliminar os fungos, você precisa usar agrotóxico. Neste caso, basta ir em uma casa especializada em produtos agrotóxicos e pedir um fungicida.

É muito importante que ele seja aplicado de acordo com o recomendado na embalagem. Então, nada de inventar!

Ah! E sempre use luvas! O contato com produtos tóxicos pode causar doenças e intoxicação (alguns dizem até que podem aumentar as chances de câncer).

Alternativas naturais
Muitas pessoas que teve sucesso com receitas caseiras. Segue abaixo duas opções para quem quiser testar.
Receita 1: Pasta de óleo mineral com canela (misturar os dois ingredientes até que vire uma pasta) – aplicar direto nas manchas e não regar por alguns dias.

Receita 2:
1 litro de água + 6 cravos-da-índia + 1 colher de chá de canela em pó + 1 ml de solução a 2% de mercúrio cromo ou iodo.

Como fazer: durante 3 dias, misturar os 3 primeiros ingredientes, no quarto dia, acrescente o mercúrio. Corte a parte afetada e aplique imediatamente no corte. Se desejar, depois pode aplicar no restante da planta. Não guarde o que sobrar! Não molhe a planta por 7 dias.

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Algumas plantas precisam de uma estrutura para poder florescer e crescer saudáveis, um tipo de estrutura bastante usado é o chamado tutor-vivo. Ele é um apoio muito usado como um apoio às plantas altas, para que não fiquem balançando no vaso.

Trata-se basicamente de usar uma planta como estrutura para que outra possa crescer em cima dela. Não é uma relação de parasitismo, pois a planta que usa a outra como suporte não rouba dessa sua seiva e nem qualquer outro tipo de substância.

Pode ser feito de qualquer material, mas os mais usados são as varetinhas de bambu e o arame, comum ou emplastificado (o segundo resiste mais às regas).

O tutor de arame emplastificado é vendido em qualquer garden center, até mesmo em lojas de material de construção. Há lugares que vendem esse material em rolos e outros onde o arame é encontrado já cortado em varetinhas.

Aproveite também para reutilizar os tutores que já vêm nas plantas que a gente compra – com um pouquinho de paciência você os desentorta e tem varetas de bom tamanho para fazer ganchinhos ou segurar suas orquídeas mais altas.

As orquídeas usam bastante o tutor-vivo para poder ter mais possibilidades de crescer e florescer saudáveis. Saiba como pode ser feito um tutor vivo em dracena para orquídeas.

Phalaenopsis em Dracena

Encontrando o tutor-vivo
O exemplo que daremos é o tutor vivo em dracena, mas você pode usar qualquer outro tipo de planta que seja resistente em seu jardim. Uma dica de espécie de orquídea que se adapta bem a esse tipo de forma de cultivo é a Phalaenopsis.

O importante é que a planta que servirá de tutor vivo esteja plantada há algum tempo no local e já tenha se desenvolvido por completo. Depois basta fazer o plantio da sua orquídea e esperar que ela floresça muitas vezes ao ano.

tutor

O substrato
Pelo fato de a orquídea estar fixada em outra planta, no exemplo que estamos dando é a Dracena, não é necessário o uso de nenhum substrato. Basta que a sua orquídea seja amarrada diretamente no galho com um fitilho grosso. Cuide para quem a orquídea fique bem presa.

Uma dica para todas as vezes que for fixar sua planta é usar fios grossos para evitar que as raízes sejam machucadas.

A luminosidade natural
A luminosidade deve ser controlada, pois a sua orquídea não se dá bem com o sol incidente o tempo todo. Assim tente fazer de uma forma que a planta receba os primeiros raios da manhã, mas fique a meia sombra durante o resto do dia, quando o sol é mais forte.

Quando a orquídea é presa a uma árvore é importante tomar muito cuidado com o sol. Observe em qual ponto da árvore o sol bate e escolha fixa-la num ponto em que esteja mais protegida da incidência direta do sol.

A luminosidade em excesso pode deixar as folhas da sua orquídea com um tom verde-amarelado.

tutor vivo

A adubação
Em relação a adubação é interessante que ela seja feita de semanalmente nos casos de tutor vivo. O tipo de adubação mais indicado é aquele químico / foliar. Uma dica é diluir a quantidade indicada na embalagem do adubo em 2 litros de água ao invés de num litro só.

Na hora de comprar o adubo para as suas plantas em mercados ou mesmo em lojas especializadas em jardinagem é importante saber escolher o adubo mais interessante para cada fase da planta.

Em geral esses adubos são compostos por NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio), as fórmulas podem variar na quantidade de cada um desses elementos.

Vale a pena saber que o Nitrogênio é mais importante na fase de crescimento das raízes e por isso mesmo logo que a planta é fixada deve conter com um adubo rico nesse nutriente. Já no momento em que se está esperando a planta florescer é necessário contar com um produto com mais Fósforo em sua fórmula.

Depois de passada a fase de crescimento das raízes e florescimento é importante usar um adubo com mais Potássio para fazer o equilíbrio entre o Nitrogênio e o Fósforo.

A rega
A rega é muito importante, mas ao contrário do que muitos pensam regar todo dia não é sinônimo de uma planta saudável. Aliás, água demais pode causar o apodrecimento das raízes da sua orquídea e também do tutor vivo.

A dica para uma rega na medida certa é observar a terra em que as plantas estão, ou seja, sinta se a terra está úmida. Se sim não regue, mas no caso de a terra estar seca é importante regar.

A terra é o indicativo se a sua planta precisa ou não de água, se uma planta é regada em demasia e fica encharcada pode ter inúmeros problemas, parar de florescer e até morrer.

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Local arejado
Outro ponto bastante importante no cultivo de uma orquídea é contar com um local arejado para fazer o plantio. Na hora de avaliar a planta que será usada como tutor vivo da sua flor pense no arejamento do local em que ela está.

Considere que o ambiente precisa ter uma boa ventilação, mas em nenhuma hipótese receber o vento encanado ou então correntes de ar. Isso prejudica muito orquídeas como a Phalaenopsis e outras.

No momento de escolher o lugar em que a planta será fixada opte por um espaço arejado, mas que não receba correntes de ar. A Orquídea gosta de se sentir segura e o vento acaba trazendo uma sensação de insegurança para a planta.

Diferencie um lugar arejado de um lugar com vento, no máximo o lugar deve ter uma brisa suave, mais do que isso é desaconselhado para as suas orquídeas.

Tutor vivo uma solução
A técnica do tutor vivo, ficar uma planta sobre outra, é bastante interessante para dar utilidade e um colorido a mais para plantas ou árvores que estavam quase sem vida no seu jardim. Além disso, plantas como orquídeas precisam de estabilidade para poder crescer e se desenvolver.

Por isso mesmo usar uma estrutura de uma planta forte como tutor vivo pode ser a solução para que suas orquídeas cresçam bonitas e saudáveis e para que plantas mais antigas ainda tenham uma função dentro do jardim.

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Também vale dizer que dependendo da planta em que você decide fixar a sua orquídea o resultado visual é bem interessante. O seu jardim fica muito mais bonito e cheio de vida, as estruturas naturais são muito boas para manter a organização.

Observe bem o seu jardim para escolher as melhores opções para ser um bom tutor vivo para as suas orquídeas. Esse tipo de trabalho no jardim deixa o ambiente muito mais bonito e criativo.

Vale a pena considerar a idéia de fazer um tutor vivo principalmente com lindas flores com orquídeas.

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podridão negraa e podridão molePodridão negra e Podridão mole

Tratar de orquídeas exige que você compreenda que elas são dotadas de um sistema imunológico como os animais e que você pode tirar proveito dos mecanismos que as orquídeas usam para combater doenças e pragas.

A infecção de uma planta tem um ponto de entrada, que por sua vez podem ser: debilidade nutricional, picadas de insetos, vulnerabilidade a certos patógenos, tratos culturais inadequados e etc. Este fato pode ser tão importante no tratamento de uma orquídea como no seu diagnóstico.

A primeira etapa para se chegar a um diagnóstico, é você conseguir ver onde o problema começou, então há uma excelente chance de que a planta possa ser salva.

Vanda-Coerulea

Muitas vezes, a ponta de uma folha ou um novo crescimento fica com a cor preta indicando que a podridão começou. Se houver tecido saudável sobre o rizoma ou na base da folha a orquídea pode se regenerar.

A maioria das doenças de ação rápida é causada pelas bactérias. Se as bactérias têm penetrado na nova área de crescimento da orquídea ou atingir ou atingiu o centro da coroa de uma Phalaenopsis ou Vanda é na maioria dos casos tarde demais para salvar a planta.

Mas pode valer muito apenas salvar aquela orquídea que você tem tanto apreço. Abaixo, uma solução que se for aplicada a tempo pode salva sua orquídea.

Podridão e água oxigenada (Small)

O peróxido de hidrogênio, mais conhecido como água oxigenada (H2O2), além de ter muitas utilidades como desinfecção de feridas; na indústria de bebidas como esterilizante; descolorir cabelos, entre outros, é um dos maiores aliados no combate de doenças nas orquídeas principalmente aquelas que levam ao apodrecimento da coroa, folhas e raízes que são causadas por fungos e bactérias que num piscar de olhos pode matar uma orquídea em um dia.

A água oxigenada tmbém é muito útil na desinfecção do material de cultivo, sementes de orquídeas e como fungicida e inseticida a ser aplicado às plantas. Também é um poderoso agente para rápida desinfecção e é capaz de dissolver sais acumulados.

Como preparar a solução para combater fungos e bactérias
Adicione 100 ml de água para 200 ml de água oxigenada 10 volumes.

Como tratar a orquídea
Folhas
– Muitas vezes aparece como manchas marrons ou pretas que crescem em tamanho à medida que o tempo passa. Precisam ser tratadas imediatamente. Com uma lâmina esterilizada corte a parte afetada deixando apenas tecido saudável. Em seguida borrife a solução sobre as folhas.

Coroa – Borrifar a solução diretamente na coroa da orquídea o que efetivamente matará o fungo causador da doença.

Raízes – Usando uma tesoura de poda esterilizada, cortar qualquer raiz que apresente cor marrom escuro ou que esteja morta. Agora mergulhe as raízes restantes em um recipiente com a solução e deixe por 20 minutos.

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Logo em seguida retire a planta e deixe secar e reenvase utilizando um novo substrato ou se estiver muito debilitada em um saco plástico com um papel toalha embebido com água e enrolado de forma que a planta não fique com suas raízes sobre o papel toalha.

Encha o saco plástico com ar da boca e amarre a boca do saco plástico e coloque em um local com pouca luz durante até seis semanas, depois providencie o reenvase da planta.

Dica importante
Vale lembrar que, por precaução, a próxima rega após a aplicação do peróxido de hidrogênio não deverá conter adubos ou semelhantes.

Como o peróxido de hidrogênio decompõe-se na presença de qualquer matéria orgânica e luz, ele deve ser armazenado em garrafas bem fechadas e opacas.

Além disto, sua aplicação deve ser preferencialmente a noite. Por fim, é aconselhável misturá-lo com água de baixa mineralização.

É bom lembrar que o peróxido de hidrogênio é altamente corrosivo. Sendo assim, você deve evitar o contato do produto com a pele e, especialmente, seus olhos.

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