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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’

Bulbophyllum 'Elizabeth Ann Bucklebury'

Em português chamamos de bulbófilo, mas o seu nome de origem é bulbophyllum e se trata de um gênero botânico. O nome pode parecer bem estranho e dar a sensação de que nada sabemos sobre o assunto, mas na verdade, faz parte de uma família que conhecemos muito bem, a das orquídeas.

Existe ainda uma outra especificação desse gênero. Quando fazemos referência a ele com frutos e flores acrescentando uma segunda palavra que seria fletcherianum, passando a ser “ bulbophyllum fletcherianum”.

As características das plantas do gênero Bulbophyllum
O gênero chamado de  bulbophyllum é uma planta originária da Nova Guiné e classificada como epífita. Uma das suas características marcantes é o perfume que ela exala, que saem tanto das folhas, que são enormes, quanto das flores Um cheiro muito forte e que a faz reconhecer de longe.

Suas s folhas, quando falamos em enormes, não estamos exagerando, pode chegar ao comprimento de 1 m.

Esse gênero forma um grupo com muitas espécies e que são bem variadas, cerca de 2000 é o cálculo. Elas podem ser encontradas em várias partes dos trópicos em qualquer um dos 5 continentes. Porém, é mais fácil vê-las na Ásia e na África.

No seu país de origem, Nova Guiné, já foram catalogadas mais de 500 espécies do gênero.

Bulbophyllum fletcherianum

Descrição do gênero Bulbophyllum
As espécies desse gênero possui uma variedade muito grande, são poucos os pontos em comum. Por exemplo, sobre o crescimento podemos dizer que são simpodial e que possuem rizoma longo. Ele não cresce de forma ordenada  equilibrada com os pseudobulbos.

Pelo contrário, se observa um grande espaço entre eles. Com isso, a planta possui uma touceira e tem aquele aspecto desordenado. Essas são as características incomuns das espécies que fazem parte desse gênero.

Já outras espécies têm o crescimento cespitoso e dificilmente possuem mais de uma folha para cada um dos pseudobulbos. São classificadas como coriáceas e o pecíolo se apresenta de forma marcante.

O tamanho das folhas também varia podendo chegar ao máximo de 1 m de comprimento no caso de algumas espécies.

Já as flores brotam saindo dos nós do rizoma e em outras espécies partem do pseudobulbo, da sua base. A quantidade de flores também pode variar de várias ou uma única e sua apresentação também não é igual para todas as espécies.

Algumas flores quando nascem em maior número formam uma espécie de estrela ou coroa. Você nota formas de corimbo, umbela e até mesmo, elas nascem formando uma fila ou uma ao lado da outra.

O tamanho das flores também é bem variável chegando no máximo ao comprimento de 30 cm partindo de milímetros.

Possuem um lindo colorido no labelo com cores semelhantes as dos insetos da região em que foram cultivadas. A flor fica sutilmente presa ao labelo e com isso se movem facilmente com o ar. Isso faz com que os insetos polinizadores se sintam atraídos por elas. Nem todas as flores das espécies desse gênero são perfumadas, pelo contrário, algumas possuem um cheiro que é melhor manter-se longe.

As pétalas e o labelo, em algumas das plantas podem ser menores que as sépalas, que se apresentam mais largas.

bulbophyllum longissimum

Cultivo das plantas do gênero Bullbophyllum
O cultivo não é o mesmo para todas elas, o que fará a diferença no modo de fazê-lo é a origem.

Generalizando, as plantas que são da África e da Ásia são as mais fáceis de cultivar. Como primeira coisa, elas gostam de umidade, calor e claridade, muita claridade. Porém, não suportam o sol direto.

As espécies encontradas no Brasil (catalogadas 60 espécies e entre nelas nenhuma é ornamental e nem muito grande) são consideradas de maior dificuldade para o plantio.

Apesar de gostar de muito sol, até mesmo o pleno, ficarão melhores com baixa umidade do ar. Porém, nem sempre são assim, existem aquelas que preferem ficar afastadas do sol.

passaro

Cattleya Chocoensis

As orquídeas podem acabar sofrendo com os maus cuidados e terminam sem raízes ou somente desidratadas. Em ambos os casos é necessário recuperá-las e a boa notícia é que é possível fazer isso.

No caso da desidratação da orquídea o processo é bem mais fácil, simples, basta usar soro, aquele que compramos em farmácia e pronto.

Um pacote de soro deverá ser diluído em água, observe as instruções da bula. Outra alternativa é fazer o soro caseiro, a receita da água, açúcar e sal. Com um borrifador você poderá aplicar o líquido na orquídea e recuperá-la em poucos dias.

O soro deverá ser borrifado pelo menos durante 15 dias e observe se o tempo foi necessário ou ainda é melhor esticar o “tratamento” por mais uns dias.

No caso da recuperação de uma orquídea que perdeu as raízes é necessário trabalhar um pouco mais.

miltonia

Veja como fazer para recuperar a planta:
* Serão necessários os seguintes materiais para fazer o tratamento de recuperação da orquídea: saco plástico limpo, pedaço de xaxim, tesoura, fita para amarrar ou barbante, 3 gotas de “complexo B”, escova de dente macia, sabão de coco, adubo e um borrifador de água.

* Você sabe que a sua orquídea perdeu as raízes quando ela está desnutrida e desidratada. É um sinal evidente.

* Retire da terra da orquídea e corte as raízes mortas com a tesoura separada para isso.

* Pegue o sabão de coco e faça espuma e use uma escova de dente macia para lavar a orquídea.

* O vaso de fibra de coco deverá ficar de molho 24 horas dentro da água com adubo. E você deve fazer uma mistura de adubo mais “complexo B” e borrifar na planta e também no xaxim depois do período de molho.

* Passadas as 24 horas, pegue a tesoura e faça um talho no xaxim, neste espaço, coloque a orquídea e use a fita ou barbante para amarrar bem forte. É importante que essa fita não passe sobre as gemas.

* Coloque o xaxim com a planta dentro do saco plástico, feche com a fita, certifique-se que o saco ficou muito bem fechado. Em seguida, escolha um lugar que tenha iluminação do sol indireta e deixe o saco pendurado neste ponto.

* Deixe passar pelo menos 3 meses para retirar a planta de dentro do saco plástico e depois é só plantá-la normalmente. Atenção: ela não deverá ser retirada do xaxim. Use e coloque mais substrato.

Laelia purpurata sanguinea

Curiosidades sobre as orquídeas
Você sabia que no mundo existem uma família de 35 mil espécies de orquídeas? E que é impossível dizer quantas espécies existem? Pois é, são informações verdadeiras. Alguns países, como a Colômbia, por exemplo, possuem muitas espécies, neste caso, 3.500.

Fora todos esses nomes exóticos, as orquídeas desde sempre despertaram o fascínio do homem, especialmente a beleza das flores que brotavam da planta. Outro detalhe que já encantavam os biólogos da Antiguidade era a variação de formas e cores.

As orquídeas podem partir de um centímetro e chegar até 30. Sem falar na variedade das maneiras que elas aparecem e crescem: elas podem viver sobre um outro vegetal, as chamadas epífitas; elas podem ser semiaquáticas; as que aparecem nos rochedos, as que são cultivadas na terra e até mesmo embaixo da terra, espécie que . pode ser encontrada na Austrália.

Sophronitis amarela

Como evitar que a orquídea morra
Usamos muito o ditado “antes prevenir do que remediar” e podemos encaixá-lo no caso das orquídeas. O cuidado com elas para evitar que elas quase morram e seja necessário uma recuperação, deve ser iniciado no cultivo.

O substrato deve ser muito bem feito para garantir que elas cresçam forte. A boa drenagem e porosidade devem ser garantidas. Para obter essa necessidade é aconselhável usar no substratos os seguintes componentes: casca de pinus, pó de carvão, fibra de coco, folhas velhas, areia de rio, piaçava moída, entre outros.

É necessário também observar que tipo de orquídea você tem uma muda em mãos. Elas possuem habitats diferentes e isso deve se respeitado para que elas cresçam da melhor maneira possível.
* As epífitas crescem em árvores agarradas aos troncos e é dali que elas retiram os nutrientes que precisam para sobreviver, mas não só, a fonte de energia principal é a umidade do ambiente.

* As terrestres crescem como as outras plantas e por isso devem ter a raiz forte de onde vem nutrientes e água.

* No caso das litófilas e as rupícolas o lugar preferido delas para crescer é sobre pedras. Elas conseguem pegar os nutrientes de restos de folhas e outros detritos.

Vanda-Coerulea

O clima também deve ser observado para não “perder” a sua Orquídea
As plantas têm as suas preferências de clima. No caso das orquídeas, elas ficam bem em um ambiente cuja a temperatura fique entre 15 e 28 graus. Observando também a umidade do ar que deve ficar no máximo 80% e como mínimo 50%.

Por isso, com temperaturas superiores, proteja a sua planta e deixe sempre o chão do lugar onde elas estão úmidos para ajudar.

As orquídeas não gostam de luz direta e nem sombra, o ideal é a luz indireta do sol.

Não se esqueça de quanto o adubo é importante. A cada 15 dias é necessário fazer a fertilização.

O ideal é usar o seguinte produto diluído na água: NPK 30-10-10.

Siga todas as indicações sobre as orquídeas e na dúvida consulte os profissionais. As plantas só sobrevivem se elas receberem os cuidados que são necessários para cada um individualmente.

gaivotas

Catlleya Mossiae

Elas são uma das mais populares orquídeas. Quando falamos em cattleya estamos fazendo referência a um gênero desse tipo de planta. A sua principal característica é ser vistosa com flores muito grandes possuindo híbridos. E dentro do gênero Cattleya podemos encontrar diversas espécies, que veremos quais são a seguir.

Esse gênero de orquídea é facilmente encontrado no Brasil em lojas que vendem flores. Para quem gosta de orquídeas, usá-las em meio as mistas é uma “receita” que dá muito certo.

A quantidade de espécies de cattleya é bem grande, imagine que até 2008 eram 50, e esse número aumento porque aquelas que faziam parte de outro gênero foram catalogadas como orquídeas. Estamos falando das laelia e da sophronitis que agora fazem parte das espécies de cattleya também.

Laelia purpurata sanguinea

Sophronitis

A descoberta das espécies do gênero Cattleya
Da sua descoberta aos dias atuais, o gênero de orquídea Cattleya vem sendo muito cultivado e adorado, principalmente por quem ama orquídeas. Aliás, é bem comum que a palavra orquídea esteja associada como imagem a grande parte das pessoas por isso tipo de gênero, uma vez que é um dos mais comuns e comercializados.

Para uso ornamental, as espécies de cattleya vêm sendo muito usadas, principalmente, para se obter o maior número de híbridos. Aliás, vala ressaltar que de todos os gêneros de orquídeas, a cattleya não é páreo para nenhum outro em relação a quantos híbridos vistosos pode dar.

Das características que merecem destaque das espécies de Cattleya é que elas podem ser muito variáveis. Pois é, elas conseguem se “modificar” tanto que dá até para confundir com uma orquídea que pertence a uma outra espécie. Uma verdadeira joia para os amantes das orquídeas, para a orquidofilia e o seu crescimento e enriquecimento.

Para descrever uma orquídea da espécie de cattleya sem errar é preciso estar atento a cada detalhe, se são pintas, manchas, a nuance da cor. Só com uma grande observação e sendo estudioso de orquídea é que em alguns casos é possível acertar a que gênero pertence àquela espécie.

cattleya labiata

A busca por novidades no mundo das Orquídeas
As orquídeas ainda são “testadas” pelos amantes dessas flores tão especiais. Eles costumam cruzar espécies para chegar ao que eles chamam de “perfeição”. Normalmente, as preferidas para a “experiência” são as redondas com as flores bem grandes.

Para se ter-se uma ideia da importância das espécies de cattleya, é possível encontrar diversos livros dedicados 100% a elas.

A importância dessa espécie vai além, já foi inclusive uma “mercadoria” de alto valor. Eram vendidas por preços altíssimos há bem pouco tempo atrás.

Porém, com o passar do tempo, o trabalho dos orquidófilos, seja aqueles profissionais ou até mesmo os curiosos, o experimento de cruzar naturalmente as plantas fez com que os chamados clones perdessem o alto valor de mercado.

Com o passar do tempo, as espécies estão cada vez mais bonitas, mais vistosas e fica até difícil de compará-las com as suas origens, com a sua “família”. Isso tudo graças a esse trabalho de aperfeiçoamento feito pelos orquidófilos.

Para ter-se uma ideia, algumas delas atingiram um grau de perfeição que não se parecem mais com as originais. As “verdadeiras” são pequenas, simples e normalmente, são um pouco tortas.

São poucas as pessoas que atualmente fazem o cultivo das orquídeas da espécie de cattleya sem fazer nenhuma alteração no seu “perfil” original.

Conheça as principais espécies de Cattleya:

Cattleya Aurantiaca

* Aurantiaca: suas flores chegam a 5 cm e por isso é considerada de porte médio. Precisa ter boa iluminação natural e adora calor, as suas flores aparecem no final do inverno.

Cattleya Chocoensis
* Chocoensis: não suporta temperaturas abaixo de 10ºC e também precisa de uma boa iluminação natural. Demora em média um ano para florir.

cattleya Elongata
* Elongata: as suas hastes são longas durante o período da florescência e gosta de sol durante uma parte do dia e na outra prefere ficar na sombra. As suas primeiras flores aparecem somente depois de 2 a 3 anos do cultivo.

Cattleya forbesii

* Forbesii: é uma das mais da espécie para o cultivo. As suas flores aparecem enquanto ela ainda é jovem, logo após o cultivo. Ela prefere umidade ambiental e de meia sombra.

Cattleya Intermedia Coeruela

* Intermedia Coeruela: é uma outra orquídea que é considerada de fácil cultivo. O tamanho máximo dessa orquídea é de 10 cm. O momento de florescência é no inverno.

Intermedia Tipo AD

* Intermedia Tipo AD: outra orquídea que só floresce durante o inverno. A sementeira pode influenciar na tonalidade da cor e também na forma. Por isso é muito comum encontrar essa espécie de cattleya bem diferente uma da outra.

Labiata-tipo-AD

* Labiata Tipo AD: essa orquídea só floresce depois de um ano, mas quando elas chegam são lindas, perfumadas e grandes. Elas preferem umidade ambiental e gostam muito da luminosidade natural.

Lueddemanniana tipo AD

* Lueddemanniana tipo AD: essa espécie gosta de boa umidade ambiental e deve ser plantada na meia sombra. A formação de touceiras é bem rápida se for cultivada corretamente. Pode ser cultivada sem problemas em clima quente.

Cattleya-Máxima-NBS

* Máxima NBS: a florescência acontece somente 1 ano depois do cultivo. O tamanho dessa orquídea é médio, o máximo. A medida máxima é de 12 cm chegando a forma cachos com o máximo 6 flores.

Percivaliana AD

* Percivaliana AD: podemos ver mais flores bonitas e vistosas durante o outono. Somente com o clima quente é que a planta pode dar o seu melhor. A sementeira faz a diferença se a planta terá uma forma ou outra.

Cattleya_schofieldiana

* Schofieldiana: essa é uma das orquídeas da espécie que mais demoram a florir, pode chegar até 3 anos depois do cultivo. E podem chegar a medir 12 cm cada uma das flores. Como é muito comum a mistura desse tipo de orquídea, algumas podem apresentar pintas e outras podem ser lisas. Adora o calor e precisa de umidade ambiental.

Se você gosta de orquídeas agora é só escolher a sua preferida do gênero da cattleya e prestar atenção em alguns detalhes, principalmente, no que diz respeito ao clima e a necessidade de luminosidade.

Se a orquídea precisa ser cultivada em um lugar quente não adianta tentar plantá-la em um lugar frio.  Fique atento as particularidades de cada uma delas.

chuva no mar

Cattleya-Julio-Conceicao

Saiba os erros graves no cultivo de Orquídeas

1-Ventilação
As orquídeas se desenvolveram ao longo de milhares de anos e adquiriram a capacidade de retirar do ar, nutrientes e umidade para crescer e se desenvolver. Por isso elas não toleram ambientes sem circulação de ar. E quando não há condições o cultivador vai perceber pois o crescimento fica prejudicado, com pouca ou nenhuma floração e ainda o aparecimento e a disseminação de pragas e fungos aumenta consideravelmente. Quanto mais arejado for o local de cultivo melhor, sem corrente de vento forte, apenas circulação de ar.

2- Luminosidade
Este é um item fundamental no cultivo de orquídeas, pois dela depende sua floração. Planta com menos luminosidade de que necessita não dá flor, só faz crescer a parte vegetativa.
Se for cultivar em orquidário prefira locais iluminados, pois é mais fácil controlar a intensidade do sol com a tela de sombreamento e diminui também a temperatura. Nem todas as espécies se adaptam se não tiver boa luz.

regas9

3 – Rega
Primeiro é acabar com um mito… As orquídeas precisam e gostam de umidade sim!
Mas para regar com eficiência é preciso atenção e observação, pois se regar de mais favorece o surgimento de fungos e outras pragas, além de apodrecer as raízes.
As raízes não suportam ficar encharcadas, pois são como esponjas e depois que absorvem a agua precisam secar para depois molhar de novo.

Outra questão diferente de regar, é a umidade ambiente. Observe as roupas no varal se secarem rápido é porque a umidade está baixa e nesse caso se já tiver regado as orquídeas pode molhar apenas o chão para que aumente a umidade do ar no ambiente em que as cultiva. Isto às vezes é melhor que jogar agua nelas, pois simula o habitat de muitas espécies, onde sempre tem água por perto, seja de um rio, lago, nevoeiro noturno, etc.
Outra maneira de evitar os excessos na hora da rega é vaporizar agua apenas nas folhas, deixando o substrato mais seco, intercalando com regas normais em que se molha a planta toda.

orquíde

4 – Adubação
É essencial para o sucesso no cultivo, mas o grande erro aqui é não seguir a recomendação do fabricante.
A captação de recursos pelas orquídeas é muito lenta, pois tem o sistema de vegetação CAM, que é igual ao dos cactos. É normal que quem inicie no cultivo de orquídeas tenha pressa e aumente a dosagem do adubo querendo ver o resultado rápido, mas isso só vai prejudicar e em casos mais graves vai queimar a planta literalmente.

A diferença entre adubo e veneno está na dose. Quando adquirir o adubo, leia atentamente o rotulo e siga as instruções de aplicação. As melhores opções para que inicia e não conhece muito são os adubos orgânicos, e os organominerais, porque são alimentos completos para as orquídeas e atuam também no substrato melhorando a condição das raízes e da captação de recursos. Antes da adubação é importante regar as plantas para deixá-las bem hidratadas.

5 – Disposição
As orquídeas são plantas que necessitam de espaço para que se desenvolvam e o arejamento é fundamental, pois como a maioria delas vegeta de forma epífita, o ar tem um papel fundamental na saúde delas.
A recomendação é de pelo menos 10 cm de distancia entre os vasos. Quanto mais perto a distância, mais fácil para a disseminação de pragas e fungos, além de dificultar a rega e a adubação.

substrato

6 – Substrato
Como a quantidade de espécies de orquídeas é enorme e os habitats são os mais variados cada espécie exige um substrato para o cultivo. Além disso, outro fator que prejudica demais as orquídeas são os substratos velhos e saturados ou ainda aqueles que estão com muito resíduos de adubações contínuas que acabam queimando as raízes.

Existem vários tipos de raízes, por isso vários tipos de substratos. De maneira geral para as necessidades das orquídeas o substrato ideal é que seja: volumoso, de média a alta porosidade e de baixa densidade. No aspecto químico o pH deve estar entre 5 e 6 , de baixa salinidade. Essas qualidades propiciam boa nutrição para as raízes, boa fixação, aeração e ausência de fungos e pragas.

Os substratos mais usados atualmente são: musgo esfagno, carvão vegetal, chips de coco, pedras como seixo rolado e brita, casca de arroz carbonizada, casca de pinus, casca de macadâmia. Estes podem ser usados sozinhos ou misturados usando sempre um que acumula mais umidade e outro que é mais seco e arejado para as raízes respirarem.

Além desses existem ainda os substratos regionais como exemplo o caroço de açaí e a casca do coco seco.
Também se utiliza madeiras em pedaços, troncos e cascas como a peroba, cedro, cabreúva, canela, guaraiúva, café, Sansão do campo, etc.

vasos de barro

7 – Vasos
Um erro muito comum é confundir a orquídea com uma planta terrestre e por falta de informação a pessoa escolhe um vaso que não é próprio para o cultivo de orquídeas. Muitas vezes de tamanho exagerado,
além de misturar vários tipos de vasos no cultivo o que acaba dificultando o cultivo na questão da rega e secagem dos vasos. Se o vaso não é adequado os prejuízos são o apodrecimento das raízes.

Os mais usados atualmente são os vasos de barro, os de plástico e os cachepots de madeira, além de troncos e cascas de árvores. Sempre que for usar um novo vaso escolha o tamanho conforme a planta onde a medida é encostar a planta numa das bordas e medir de dois a três dedos livres na frente para que ela cresça.

Isso pode parecer apertado e é o ideal para que a planta fique firme e se desenvolva permanecendo nesse vaso por até dois anos quando deverá ser replantada.

8 – Clima
Quando se começa a cultivar orquídeas é comum as pessoas quererem de tudo, sem se preocupar com as necessidades da planta e o que ocorre é que muitas vezes a planta adquirida precisa de um clima especifico e acaba sofrendo e até morrendo em um clima diferente frustrando o iniciante.

É fundamental avaliar o clima que você tem na sua região e na hora de comprar pergunte ao produtor qual é o clima exigido pela orquídea que você quer para saber se é compatível. Sempre tenha a identificação das plantas que adquirir, pois com o nome é fácil fazer uma pesquisa sobre o habitat e as necessidades da planta usando a Internet.

Micro Orquídea Lophiaris Pumila

9 – Combate às pragas
Esse é um item que acaba com o sonho de muitos iniciantes que por praticas de cultivo errado em locais muito úmidos e mal iluminados e sem ventilação acabam causando a desnutrição da planta e consequentemente o ataque de fungos e pragas, porque para que todos saibam essa é a lei da natureza sobre sustentabilidade. “Tudo o que é vegetal se reintegra ao meio de forma a beneficiar e reciclar.”

Então plantas debilitadas são atacadas, pois estão sendo recicladas e servindo a outros seres, insetos ou fungos, etc. Como prevenção as pragas e doenças eu posso citar o óleo de neem que é natural extraído de uma árvore e que atua prevenindo e combatendo centenas de problemas em plantas, desde insetos a diversos tipos de fungos e bactérias, não sendo prejudicial nem ao ser humano nem aos animais.

É vendido em gardens e agropecuárias e o modo de usar é especificado pelo fabricante. Além do óleo de neem existem receitas caseiras e naturais que são preventivos ao aparecimento de problemas e podem ser aplicados regularmente como a canela, cebola, cravo, alho, fumo, pimenta etc.  Mas a ação mais importante está na correta e regular nutrição da orquídea pois existem nutrientes específicos que fazem naturalmente a defesa da planta.

10 – Cultivar em locais inadequados
O desejo de ter um orquidário com diversas espécies pode fazer com que algumas delas não se adaptem. O segredo é pesquisar o habitat das plantas que se pretende adquirir e quais as espécies que são da mesma região ou clima comum.

No mundo são mais de 30.000 mil espécies de diversos gêneros, epífitas, rupícolas e terrestres, além de mais de 250.000 mil diferentes híbridos que possuem as características herdadas dos “pais” e podem vegetar em mais tipos de clima do que as espécies.

Saiba que o clima é fundamental no cultivo de orquídeas e chega a ser 80% do sucesso no cultivo e na saúde da planta.

oncidium twinkle jasmin

Esses são os erros mais comuns e que acabam atrapalhando o cultivo das orquídeas e também de outras plantas. Plantas são como nós, quando chegam à um novo local vão procurar se adaptar, e por isso o mais interessante é fazer um tipo de ” quarentena” e apenas observar, evitando mexer ou já replantar.

Quando os primeiros sinais de que a planta começa a vegetar, como uma brotação ou emissão de raízes aparecer, é a indicação que ela está se adaptando ao novo local.
A paciência e a observação são as duas qualidades que mais evoluem no cultivo de orquídeas, pois sem elas dificilmente se consegue.

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