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Posts para categoria ‘Orquídeas e Bromélias’


Muitos pensam que as orquídeas são flores muito frágeis que necessitam de uma redoma de vidro em torno delas para que sobrevivam. E que, ao menor problema, morrerão e deixarão a pessoa que cuidou delas, investindo muito tempo e paciência, durante todo tempo “a ver navios”.

Mas as coisas não são bem assim. Orquídeas são plantas fortes e que precisam apenas de cuidados básicos de higiene e alimentação como qualquer outra planta. Cuidados mais complexos e dispendiosos só se justificariam se você desejar criá-las pra fins comerciais.

A adubação da terra; o controle da exposição à luz (sem deixá-las tomar sol direto) e a manutenção da umidade do ar em torno de trinta por cento (esse sim o principal problema em algumas regiões) são suficientes para que suas orquídeas plantadas fiquem belas, floridas e cubram sua vida com um manto de beleza e jovialidade.

A adubação pode ser feita com produtos comprados prontos, em lojas especializadas, ou produzida por você mesmo. Basta comprar os itens que compõem o adubo separadamente e preparar uma solução com 100g de fosfato de potássio monobásico ou fosfato de potássio diácido (KH2PO4), 38g de nitrato de potássio (KNO3) e 427g de nitrato de cálcio [Ca (NO3)2 4H2O]; diluídos em dois litros de água.

Depois disso, para regar as plantas, dilua novamente essa solução em oito litros de água e faça as regas uma vez por semana. Se as plantas estiverem muito fracas ou o clima muito quente e seco, faça uma rega diária com essa solução (de oito litros) diluída mais uma vez em vinte litros de água.

Se aparecerem manchas, pintas ou qualquer outro sinal de fungo, suspenda a adubação (afinal, você estará alimentando os indesejáveis) e combata as pragas primeiramente com fungicidas ou bactericidas apropriados.

Ao comprar sua primeira orquídea, veja se há a possibilidade de removê-la do vaso antes da compra. Olhe bem se existem tatuzinhos, lesmas, vermes ou caracóis nas folhas e raízes para evitar comprar plantas doentes que lhe darão trabalho.

Se só for possível fazer isso depois da compra e você não desejar se livrar da planta, elimine esses hóspedes indesejados catando-os das folhas, caules, bulbos e raízes da planta com todo o cuidado e depois faça a medicação adequada.

Se não conseguir tirar as orquídeas do vaso, encha uma vasilha com água suficiente para cobrir todo o vaso e espere que os animais subam para respirar e cate-os. Repita esse processo uma vez por semana sem encostar o fundo do vão no fundo do recipiente.

Sarcochilus

Cochonilhas (uns pontinhos brancos nas folhas, caules e raízes) são bichinhos que sugam a seiva da planta e impedem o seu desenvolvimento, sendo também vetores de doenças perigosas para as orquídeas. Limpe-as com um pano e use os remédios adequados.

Uma doença provocada por fungos que e muito destrutiva para as orquídeas é a podridão negra. Ela ataca as raízes apodrecendo-as e matando a planta. Se notar manchas negras no rizoma e no pseudobulbo, elimine a planta.

Para prevenir o aparecimento de fungos é importante impedir também o surgimento dos nematóides. Use uma solução de fungicida e nematicida de amplo espectro e borrife a planta até que o líquido escorra pelo fundo do vaso.

Além de matar os fungos e os nematóides, esse tratamento eliminará também as cochonilhas, os caracóis, os caramujos e tatuzinhos.

Como você pode perceber, nada muito “cabeludo” ou complexo. Cuidados básicos com higiene, água na medida certa e luz a vontade. Isso é tudo o que suas orquídeas podem precisar para ser lindas e trazerem flores maravilhosas para alegrar a sua casa.

chuva forte


As sementes das orquídeas apresentam uma particularidade muito interessante: são minúsculas, muito leves (em forma de pó) e numerosas (cada cápsula contém milhares de sementes) para facilitar a dispersão e, assim, são desprovidas de reservas nutritivas (amido).  Para germinarem, portanto, necessitam se associarem (simbiose) a um fungo (micorriza), que lhes provém as reservas nutritivas.
Mas existe um método mais simples de semeadura natural (caseiro).  Muito usado pr alguns orquidófilos.

É necessário o seguinte material:
-
Raízes da planta mãe;
- Cápsulas da planta mãe;
- Um copo de água de coco;
- Um pilão;
- Uma peneira.

1) Retire da planta mãe (portadora da cápsula de semente) a ponta de algumas raízes (cerca de 5 cm) portadoras do fungo micorriza. Este fungo está presente em quase toda planta que possui sementes;
2) Em um pilão limpo, macere bem as raízes de modo que fiquem bem compactas;
3) Adicione um copo de água de coco às raízes que estão no pilão;
4) Peneire todo conteúdo do pilão em um copo;
5) Abra com cuidado as cápsulas e junte as sementinhas no copo onde estão as raízes com água de coco;
6) Observe que milhares de sementes estão contidos num único copo de água e que nem sempre todas germinarão porque estarão à mercê dos ventos, chuvas, insetos, etc.
Procure um tronco de árvore deitado ou inclinado (árvore viva, não derrubada) para receber as sementes.

Esse método é caseiro, qualquer pessoa pode executá-lo sem nenhum problema. Bastando observar os passos.
É recomendável fazê-lo após o inverno, onde os galhos estão cobertos de limo.

Caso você não tenha um tronco ou galho nestas condições, uma semana antes de fazer a semeadura caseira, cubra este tronco com uma estopa, amarrando-a firmemente com um fio plástico. Molhe diariamente até que fique encorpado.

Naturalmente que nem todas as sementes germinarão por razões citadas acima, mas dentro de poucos meses você verá muitas plânturas nascendo sobre o galho, significando que foi um sucesso sua semeadura.
Desejo muita sorte a àqueles que forem executar!

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Quando você comprar uma orquídea, já plantada há um certo tempo, muitas vezes coberta de musgo, pode estar levando para casa, como brinde, as seguintes dores de cabeça:

Lesmas, caracóis, tatuzinhos;
Nematóides;
Cochonilhas em raízes, folhas e pseudo-bulbos;
Fungos e/ou bactérias.

Os cuidados abaixo, poderão livrar você desses hóspedes indesejáveis. Se puder desenvasar, lesmas, caracóis e tatuzinhos podem ser eliminados por catação manual, não esquecendo os ovos, caso existam. Ovos de lesmas são esferas transparentes que chegam a atingir 3 mm de diâmetro.

Se o desenvasamento for difícil, um outro meio é imergir o vaso, por cerca de duas horas, num recipiente com água suficiente para atingir a borda do vaso. Como os bichos terão que subir para respirar, poderão facilmente ser eliminados.
Atenção para não encostar o fundo do vaso no fundo do recipiente, pois, muitas vezes, assim como o furo do fundo do vaso é o caminho de entrada, é também o caminho de saída dos bichos. Como podem ainda existir ovos, é preciso repetir o processo algumas vezes a cada semana.

As cochonilhas podem se hospedar nas raízes, sugando-lhes a seiva, ou no verso das folhas ou ficarem escondidas entre as palhas secas que cobrem o pseudobulbo. Parece um pó branco, mas, na verdade, são bichinhos de alguns milímetros que vão sugando a seiva da planta, deixando a região toda amarelada. Se não for combatida a tempo, esta parte da planta estará perdida.
Detectado o problema, faça uma limpeza manual, retire as partes secas e faça uma desinfecção, como está explicado no final do capítulo.

Nematóides causam estragos que, a curto ou longo prazo, levam a planta à morte. A reação contra os nematóides varia de planta para planta. Ela pode até não morrer, se as condições lhe forem favoráveis, mas ficará raquítica e não dará flores.
Segundo os especialistas, existem cerca de 5.000 espécies de nematóides parasitos de plantas. O mais comum em orquídeas tem aspecto de lombriga, cor branca e tamanho da ordem de décimos de mm e, quando colocados sobre uma lâmina de um microscópio de baixo aumento com uma gota d’água, serpenteiam, como minhocas. Outros têm anéis e se movem se esticando e se encolhendo, como lagartas.
Eles atacam qualquer parte da planta, mas, em geral, iniciam seu ataque pelas raízes que começam a apodrecer. Se as condições forem favoráveis para os nematóides (muita umidade), todas as raízes irão apodrecer em curto espaço de tempo. Do contrário, têm a capacidade de entrar em dormência por meses ou até anos.
Esta podridão é distinguível da podridão negra (causada pelo fungo Pythium), porque o ataque do nematóide pára quando atinge o cerne duro, enquanto que o Pythium avança pelo rizoma até o pseudobulbo em questão de dias. Mais ainda, o broto atacado por nematóide fica mole e aquoso, enquanto que o atacado pelo fungo Pythium não perde a consistência.

Se você notar mancha negra ou marrom, começando em geral pelo rizoma ou pseudobulbo, é podridão negra. Corte imediatamente a parte afetada e tente salvar o resto.
Um nematóide fêmea, parasito de plantas, tem uma postura de cerca de 2.000 ovos, de modo que a proliferação é intensa. Através de respingos de água, eles se espalham pela vizinhança. Se atingirem um broto, este apodrece. Não é incomum o cálice entre as folhas tenras superiores de uma Vanda apodrecerem infectados por nematóides.
É importante não esquecer jamais de desinfetar o instrumento cortante. O meio mais prático é flambar com uma chama que pode ser até de um isqueiro. Para ter certeza de que a chama atingiu 100 graus centígrados, o instrumento deve chiar ao ser imerso na água. Um outro meio prático de flambar é adquirir um maçarico portátil com magiclick que é vendido em lojas de ferragens. Há vírus que suportam temperatura de 92 graus durante vários minutos.

Voltando aos nematóides, se uma raiz tiver uma parte escura e outra branca, os nematóides podem estar ativados neste ponto de transição. Espremendo este ponto e examinando num microscópio de baixo aumento pode-se detectar nematóides no caldo.
Uma outra maneira bem mais prática é fazer uma desinfecção preventiva da seguinte maneira: Em 1 litro de água, com PH entre 5 e 6, dilua um inseticida nematicida de amplo espectro com qualquer fungicida e borrife toda a planta, jorrando no substrato até escorrer pelo fundo. Este processo elimina caramujo, caracol, tatuzinho, nematóide, cochonilha de raízes, alguns fungos, como a Rhyzoctonia Solani que também é responsável pela podridão das raízes (quando a podridão avança pelo rizoma a causa é este fungo e não nematóide).

Observações: pH é o grau de alcalinidade ou acidez da água. O melhor é ter uma água com um grau de acidez menor que 7. Há defensivos agrícolas que, se diluídos em água de torneira, têm a vida média de 10 minutos, enquanto que, se forem diluídos em água com pH entre 5 e 6, permanecem ativos durante 30 horas. Por isso é importante saber qual o pH de sua água. Mais abaixo, mostramos como chegar ao pH ideal.
Nunca use agrotóxico em temperatura acima de 25 graus, sob pena de perder suas plantas. Dê preferência a temperaturas abaixo de 20 graus.

Cuidado com agrotóxicos com grau de toxidez 1, também identificado com uma tarja vermelha no rótulo, pois são produtos de alta toxidez para nós e outros seres vivos. Atualmente está sendo lançado na praça um óleo extraído da semente de uma árvore chamada Nim que tem a vantagem de ser um produto biológico pouco tóxico. Quem tiver acesso a esta árvore, pode usar 15g de suas folhas, batidas num liquidificador com 1 litro de água e usar como:

a) inseticida – contra as principais pragas de orquídeas, como pulgões, cochonilhas, nematóides, ácaros, trips, lagartos, besouros,
b) como fungicida - na rhizoctonia solani (podridão das raízes), fusarium oxysporum (debilidade geral da planta, amarelecimento, podridão das raízes), sclerotium rolfsii (podridão negra)
c) bactericida – nas soluções de agrotóxicos, o pH da água deve estar em torno de 5 a 6. Para conseguir a máxima eficiência dos produtos utilizados, deve-se acrescentar um espalhante adesivo, facilmente encontrável em casas de produtos agrícolas. Quem usar água de rua, pode acrescentar de 8 a 10 gotas de vinagre por litro e o pH irá se reduzir entre 5 a 6.

Nas casas de produtos agrícolas, existe uma substância própria (em geral em embalagem de 1 litro) cuja finalidade é controlar o pH da água.
Em plantas muito detonadas por fungos (manchas, pintas, etc.), faça um coquetel, usando o dobro da dosagem indicada na bula. Em uma semana ou até antes, conforme a gravidade da doença aplique um outro coquetel com produtos diferentes e assim por diante. Se, com tudo isso, surgir uma nova folha com os mesmos sintomas, esteja atento para uma possível virose.

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Catasetum Rebecca Northen

Ambiente – Ao iniciar o cultivo de catasetum é necessário a escolha de um local com boa ventilação e que tenha uma cobertura para proteção do excesso de chuva e separado de outras plantas.
A maioria dos catasetum são plantas de regiões quentes, e maioria das espécies não tolera a exposição por muito tempo a baixa temperatura, ou seja, inferior a 4 Cº e neste caso as plantas deverão ser abrigadas em lugares aquecidos.

Plantio – O transplante ou plantio deverá ser feito no final do inverno, quando as plantas começam a brotar e emitir as raízes novas. Os vasos indicados são de plástico para as regiões secas e de barro para as regiões onde há muita umidade e deve-se escolher vaso proporcional ao tamanho das plantas. O substrato fica a critério de cada um, o importante é que dê condições de aeração, fixação e disponibilidades de nutrientes. Exemplo: xaxim, musgo coxim, piaçava, casca de arvores (Pinus, corticeira, peroba, ipês, etc.).

Ciclo vegetativo – Os catasetum tem dois períodos distintos ou seja período de crescimento e período de dormência. No período de crescimento os mesmo necessitam de muita água, adubação e tratos culturais, enquanto no período de dormência, que começa logo após as quedas das folhas é neste período que as plantas deverão ficar sem receber água e protegidos de chuvas, com exceção as espécies do alto Amazonas que poderão ser irrigados levemente a cada 15 dias evitando irrigar nos dias de alta umidade ou dias que a temperatura estiver baixa.

Irrigações – Os cuidados com ás irrigações: irrigar os catasetum somente pela manhã e evitar irrigar nos dias de alta umidade de modo que à tarde as partes aéreas das plantas estejam enxutas, se a sua região é de alta umidade faça a irrigação somente no substrato evitando que os pequenos brotos fiquem com a água acumulada, o que pode vir a causar o apodrecimento do mesmo. Neste período de crescimento deve-se irrigar com abundância.

Adubação – Para se obter plantas fortes é necessário uma boa adubação no período de crescimento, mas sem exagerar na dosagem. Usa-se as doses recomendadas, porém aplique com mais freqüência, usando a formulação balanceada Ex: 10-10-10 ou 20-20-20, dependendo do substrato, pode-se fazer o uso da torta de mamona, usando meia colher de chá em uma só aplicação logo após o inicio da brotação, não é recomendado aplicar quando o substrato for xaxim ou musgo.

Tratos culturais – No período de crescimento os catasetum estão sujeitos ao ataque de pragas e fungos;

Pragas: As principais pragas que atacam os catasetum são: ácaros, lagartos, percevejos, pulgões, cochinilhas e besouro.

Ácaros: Atacam as folhas tornando-as amarelas que posteriormente secam. Quando os bulbos estão em formação, prejudicam o desenvolvimento dos mesmos ou levam a perda total.

Lagartas: Atacam brotos e folhas novas e a haste floral. No caso dos brotos, estes comem o miolo, o que leva à perda do bulbo que ira se formar.

Percevejos: Estes são menos comuns e atacam principalmente a haste floral sugando-as e levando a queda dos botões.

Pulgões e Cochinilhas: Estes atacam raízes, bulbos, folhas e principalmente os brotos sugando-os e podendo levar a perda total da planta se não for tratada a tempo.

Besouro: Este quando em forma de larva desenvolve-se dentro da haste floral os botões, o que leva a perda da floração. Na forma adulto, atacam as flores.

Cuidados: Verifique as plantas periodicamente e quando notar a presença destas pragas, consulte um técnico para orientá-lo no tratamento.

Fungos: Estes aparecem nos bulbos, gemas e folhas. O que geralmente são causados pôr excesso de umidade e a falta de ventilação. Os principais danos são a perda das folhas ou das plantas quando ocorrem nas gemas.

Quando notar o aparecimento de pequenas manchas escuras em qualquer parte das plantas, deve-se fazer aplicação de um bom fungicida e procurar arejar mais as plantas.